sábado, 4 de maio de 2013

O FUTURO É UMA FACADA! QUEM GOSTA DE ANIMAIS NÃO DEVE ASSISTIR ESSE FILME!




Obrigada Miranda July, por estragar meu sábado

Hoje me dei ao luxo de ser fraca e subi a Rua Augusta em prantos, quer dizer, meio-pranto pq fiquei segurando o soluço do choro e chorando em frações bem doloridas pra não chamar tanto a atenção. O motivo foi o filme “O Futuro”,da cineasta Miranda July, em cartaz no Cinesesc Augusta que, ironicamente, cheguei a divulgar no meu blog achando que se tratava de uma historia de esperança. Lá na sala de cinema, tb tive que segurar o choro pra não arrebentar em soluços e fiquei imaginando quantas outras pessoas tb não estariam fazendo a mesma coisa.

No filme, um gatinho de nome Paw Paw, com a patinha machucada, é retirado das ruas. No abrigo municipal descobrem q ele tem tb insuficiência renal e por volta de apenas seis meses de vida. Mesmo assim, um casal se oferece para adotá-lo, mas só pode pegá-lo em 30 dias q é o tempo para ele se recuperar. Então o gatinho “falante” começa a contar cada segundo. Ele comenta sobre seu sonho de ter um lar e de ser amado. Os dias vão passando e ele vai achando o tempo longo demais, porém, não perde a esperança. Só que o casal esquece de buscá-lo e ele é eutanasiado pq o abrigo está lotado.

A narração do gatinho é de cortar o coração. Ele diz que não acredita que o deixaram lá. Ele comenta algo assim: “Não acredito que estou morto, tanto, que nem saí da gaiola. Prefiro pensar que ainda virão me pegar”. E por fim, ele diz: “Desisti”. A patinha dele, que é, aliás, tudo que vemos dele (com exceção de sua aparição no começo do filme), desce lentamente pela grade em sinal de cansaço, fracasso... fim.

Tinha visto numa entrevista estrangeira que Miranda foi até criticada por ter falado sobre adoção de animais no lugar de crianças nesse filme. Ela respondeu que adora gatos e que são excelentes companheiros. Então por que não aproveitou essa oportunidade para nos dar um belo filme de esperança? Para quem ela fez esse filme? Para quem ama os animais certamente não foi. Já sabemos o quanto é dura a vida dos bichinhos que sacodem o rabinho ou soltam um miadinho doce na esperança de serem adotados. Cenas que nos perseguem em cada canto da cidade.  

Estou fazendo questão de contar o final do filme para que as pessoas que amam bichos não assistam O Futuro enganadas, achando que o roteiro irá encher seus corações de alegria. O Futuro é uma facada.


 Não perca a cabeça

No caminho pra casa... que vim inteirinho chorando, inclusive no metrô... eu mexia num chaveiro preso a minha bolsa cuja figura era de uma menina. Na porta da minha casa a cabeça da menina se soltou do corpo. Era uma peça única, mas estranhamente a menina “perdeu” a cabeça. Vcs acreditam em “sinais”? Eu sim. No caminho vinha cheia de ideias para detonar Miranda... fazer uma campanha internacional pelo gatinho (que é fictício), mas q representa milhões de gatinhos que, em vão, ficam alegres com um afago achando que serão amados, mas continuam enjaulados. Pensei em publicar uma crítica bem severa e espalhar em 300 idiomas pra ninguém assistir esse filme. Mas o chaveiro me deu a seguinte mensagem: “Não perca a cabeça”.

Por isso, mudei de ideia e criei um novo fim para esse filme do qual nada extraí de bom. Um final que espero que dê um pouco de tranquilidade para as pessoas que tb se emocionaram ao ver o filme e que enviarei para a própria Miranda.


UM FINAL FELIZ para PAW PAW:
Paw Paw na gaiola: “Desisti” – a patinha enfaixada desce devagar pelas grades...
Algumas horas depois:
Paw Paw: “Vejo um clarão... e está quentinho aqui. Será q é isso que chamam de céu? Mas não tô vendo nenhum ratinho alado. Somente uma sala com muitas almofadas, quadros nas paredes... ah... tem tb uma lareira acesa... por isso o calor”.
Alguns instantes depois: “Uma mulher se aproxima. Acho q a conheço. Era lá do abrigo. Ela está me acariciando e pergunta se estou me sentindo bem. Agora lembro. Ela é a veterinária novata. Ela me aplicava soro todo dia e seu rosto foi a última coisa que vi antes de... morrer... quer dizer... será que morri? Agora fiquei confuso”.
Veterinária: “Paw Paw... nós enganamos todo mundo. Dei uma dose de anestesia não letal em vc e o trouxe para minha casa. Vc está acordando de um filme (ops!) sonho ruim. Tem bastante espaço aqui pra vc correr quando a patinha sarar e vou te dar muito amor... eu e outros gatinhos da casa que já foram abandonados como vc”.
Paw Paw: “Moça... mesmo que vc não entenda o que estou miando, me fala seu nome, mentalize-o para mim. Quero agradecer para sempre seu gesto e devolver seu carinho enquanto eu viver”.
Veterinária: “Paw Paw... meu nome é Miranda”

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