terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PARQUE INDEPENDÊNCIA – O PARQUE DOS “TOQUINHOS”




O belo Museu Paulista, mais conhecido como o Museu do Ipiranga, está cercado de “toquinhos” ou o que restou de árvores que vem sendo cortadas, de forma discreta, há cerca de dois anos. Recentemente uma palmeira leque de 60 anos e 30 m de altura “entrou na faca” e outra de (pasmem!) 89 anos continua no “corredor da morte”. Se continuar desse jeito, daqui a pouco haverá muitos “banquinhos” feitos dos troncos, mas nenhuma sombra de árvore para o desfrute dos usuários do Parque Independência – isso sem falar na lesão ao patrimônio histórico, pois, tanto o prédio do Museu quanto sua vegetação são “tombados”. A Secretaria do Verde marcou reunião na tarde do dia 17, justamente para discutir essa questão com a população, mas cancelou o encontro. E mais uma vez os moradores ficaram sem uma resposta pra isso: afinal por que cortar tantas árvores, algumas bem antigas, de um dos parques mais importantes do Brasil? 

                        Árvore gigante, de mais de 80 anos, que abrigava ninhos de diversos pássaros foi uma das vítimas

Celso Henriques, do Cades Ipiranga, tem se esforçado para evitar o corte de cerca de 30 árvores de diversas espécies como tipuana, jacarandá mimoso, palmeira leque, canelona e pitangueira.  “Pedi laudo a respeito das que foram autorizadas para corte à engenheira agrônoma responsável e a alegação para todas é sempre a mesma, ou seja, risco de queda. Mas onde fica o trabalho de manutenção dessas árvores, de cuidado com a saúde delas? Há casos em que uma poda de manutenção, rebaixamento e adequação podem evitar a queda. Muitas das arvores que são cortadas abrigam dezenas de espécies de pássaros”, conta. Celso insiste que a análise das árvores em questão seja feita também por órgãos como Condephaaat, Conpresp e Iphan.

                                                                 Casal de quero-quero no Pq da Independência

“Não encontrei justificativa que leve à supressão desses 30 exemplares. Quais danos permanentes que eles vêm causando ao patrimônio público, se durante os seis anos que venho atuando como conselheiro, nunca houve qualquer tipo de reclamação? Esses exemplares já fazem parte da história do Museu Paulista”, continua o conselheiro. 

IMPORTANTE DESTACAR:  segundo Celso, há autorização para o corte das seguintes árvores:
1) Uma PALMEIRA de 89 anos – outra de 60 já foi cortada e o “toco” está lá
2) Corte de VINTE árvores num raio de 20 m em torno do transformador do parque
3) TREZE exemplares de árvores centenárias dentro da área do almoxarifado que, aliás, estão sufocados pelo cimento num claro desrespeito as necessidades básicas dessa vegetação
4) SEIS árvores em torno do refeitório sob a alegação de que “estão no lugar errado” – como assim? Parque não é lugar de árvore?
AGORA a SENTENÇA de MORTE
Despacho 5/14 do Depave 5 dita:
1) Supressão de 10 exemplares arbóreos de várias espécies na área interna do Parque Independência e plantio de dez novos exemplares “padrão” Depave. – mais uma vez cabe perguntar... como assim “padrão”?
Despacho 7/14 do Depave 5 dita:
2) Transplante de dois exemplares arbóreos – cabe perguntar... pra onde?

                                                                                       Sagui no Pq Independência

Celso tem procurado sensibilizar ativistas da região, associações, políticos, moradores e mídia no sentido de defenderem as árvores do Pq Independência. Interessados na causa podem contatá-lo pelo email celsohenriques@gmail.com


 
Todas a fotos por Fátima ChuEcco com exceção da que mostra um dos "toquinhos" (acima) que é do Celso Henriques



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