domingo, 3 de dezembro de 2017

Ativistas lotam CPI de Maus-Tratos que tratou do uso de cobaias no ensino



Com o auditório Teotônio Vilela lotado de protetores, ativistas e alguns ícones da da causa animal como Nina Rosa, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) de Maus-Tratos contra Animais da Alesp – Assembleia Legislativa de SP ouviu no dia 28 de novembro o diretor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, José Antonio Visintin, sobre o uso de animais na universidade.

A convocação se deu por conta de um RI-Requerimento de Informação enviado à USP pelo presidente da CPI, o deputado estadual Feliciano Filho (PSC), solicitando relação dos animais mantidos pela instituição e dos procedimentos neles realizados dentro do campo do ensino.
A resposta evasiva, assinada pelo diretor Visintin, mencionava pouco mais de 10 mil animais, mas não descrevia os procedimentos aos quais os mesmos eram submetidos. A USP possui biotério para pesquisa, mas não pode utilizar cobaias no ensino, pois, segundo a Lei federal 9.605, havendo métodos substitutivos, é crime o uso de animais mesmo que para fins didáticos.

Já existem modelos anatômicos e simuladores de bovinos, equinos e outros animais. Tem até simulador de parto (foto)
Interrogado pelos deputados, Visintin afirmou que na faculdade de Veterinária e Zootecnia da USP, não se comete nenhum abuso contra animais e que os alunos aprendem com pacientes reais do hospital veterinário, mas que há pelo menos dois procedimentos, a inseminação artificial e a transferência de embriões, que não podem ser realizados sem o modelo do animal vivo. Disse também que cada vaca da fazenda onde os alunos de zootecnia recebem aulas práticas, pode ser palpada por três estudantes em média. A plateia reagiu com vaias diante dessa e de outras revelações do diretor da USP.
Para o toque retal, em que um braço humano inteiro é introduzido na vaca, já existem métodos substitutivos há muito tempo. A inseminação artificial e a manipulação de embriões também podem ser treinadas em modelos sintéticos antes de se realizar o procedimento num animal que de fato precisará passar por isso. Os aparatos substitutivos foram mostrados e explicados pelo biólogo Sérgio Greif que é um pesquisador dessa área.
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https://www.anda.jor.br/2017/11/ativistas-ouvem-diretor-de-veterinaria-da-usp-na-cpi-de-maus-tratos-contra-animais-de-sp/

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