quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

BELO VIDEO DO SANTUÁRIO ECOLÓGICO RANCHO DOS GNOMOS


Video de Luli Sarraf, com fotos de Biga e música de Nana Lacerda e Bruno Moreno composta especialmente para o Rancho. Participem da campanha para construção dos recintos dos mais de 200 animais na sede nova. Com apenas R$ 10 a pessoa já ganha nome nas placas que serão colocadas na entrada das moradias dos animais. Acesse www.kickante.com.br/ranchodosgnomos

ELES ESTÃO DESAPARECENDO E POUCA GENTE SE IMPORTA COM ISSO

MATÉRIA DA FOLHA DE 20 DE JANEIRO




segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

SÉRIE SEM VOLTA É GENIAL E ELETRIZANTE



Muita emoção na série exibida na Record às 22h30 e que termina na próxima sexta, dia 20. O roteiro é fascinante, forte, envolvente. O elenco é excelente. O cenário de te tirar o fôlego. É uma série cinematográfica - não é à toa que obteve patrocínio da Ancine. Cada um dos personagens está perfeito. A história é muito, mas muito interessante. Tudo de máximo profissionalismo. Mas ainda existe um preconceito com relação à Record e muita gente deixa de assistir um trabalho de excelente nível como esse apenas porque passa na emissora evangélica.

Percebi isso ao comentar com alumas pessoas minha empolgação com a série. Mas a maioria não quis nem saber. Logo encerrou o papo dizendo que não assiste novela da Record. Ainda que exista bastante gente intolerante à religião evangélica, que culpa têm os atores, diretores e roteiristas? E essas pessoas criticam sem nem sequer assistirem um capítulo. Puro preconceito.

Não sou evangélica, mas de uns tempos para cá me dei a oportunidade de experimentar produções da Record e me encantei. É um show de talento, cenários, figurino, beleza... e com temas que até então a gente não via na TV. A série Sem Volta que, aliás, também tem excelente sonoplastia, é uma espécie de reality show na selva recheado de emoções fortes. A gente vive o desespero pela sobrevivência junto com os atores.... e se questiona: como agiríamos no mesmo lugar deles?

O personagem Solis, que de matador se torna salvador da pátria, é um espetáculo de interpretação. Sua ambiguidade e transformação durante a dura experiência com o grupo de montanhistas é um elemento fascinante na trama. Mas confesso que algumas cenas, fora do Pico da Agulha onde os personagens se perdem, me causaram desconforto. Em particular a do bebezinho recebendo uma mamadeira com cocaína. Aquilo doeu na alma. Inimaginável alguém fazer uma coisa dessas com um bebê. E acho que deveriam ter mostrado algum tipo de salvamento da criança. Foi muito angustiante ver o bebê diante dos pais mortos e com uma mamadeira de coca. Essa é a única cena que eu ão gostei de ver. Mas no geral, que roteiro brilhante. Essa série merece um prêmio!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

FIM DOS TESTES DE ANIMAIS PARA COSMÉTICOS



É sobre isso que trata a matéria especial da revista Vegetarianos de Janeiro. Mostra que a sociedade e muitos pesquisadores já entendem que, além das razões óbvias e éticas, o modelo animal é menos seguro e eficiente que os métodos substitutivos. Aliás... o correto, para quem deseja a abolição animal, é usar o termo substitutivo e não alternativo. O método substitutivo não usa animais e nem ingredientes de origem animal em nenhuma etapa da experimentação... não refina nem reduz o numero de animais... simplesmente não usa animais.

Na mesma matéria fala-se da Lei 15.316, do deputado estadual Feliciano Filho, que proíbe em SP os testes em animais na indústria de cosméticos e produtos de limpeza. Um avanço que já está sendo copiado em outros Estados. A vivissecção é, sem sombra de dúvida, uma das piores atrocidades contra os animais. É um sofrimento contínuo, longo... uma insensatez.

Mas se vários países já entenderam isso e estão impedindo tanto a produção com uso de animais quanto a compra de produtos testados em animais, ainda falta atualizar dois outros importantes eixos:  abolir o uso de animais no ensino (o que já é perfeitamente possível graças a inúmeros novos métodos muito mais eficientes para o aprendizado) e na pesquisa científica (onde ainda resistem muitos pesquisadores adeptos da Velha Ciência, tradicionais e com pouca disposição para mudanças que só viriam a beneficiar os humanos).

Vejam a matéria:





O EGITO FOI UM INFERNO PARA OS GATOS



Segundo matéria da revista SuperInteressante, existe um engano ao pensarmos que o Antigo Egito foi um paraíso para os gatos, onde eram admirados e protegidos. A reportagem explica que eles eram sim admirados, mas criados para serem oferecidos aos deuses e isso chegou ao ponto de ser feito em escala industrial. Em um só templo foram encontradas 300 mil múmias felinas. Fazer múmia de gato era mais barato que fazer gato de bronze como oferenda aos deuses.  Por isso, os gatos eram criados em espaços confinados e até filhotes viravam múmias. Grande parte das oferendas eram dirigidas à Deusa Bastet que tinha a cabeça de um gato. Essa matéria mostra que não existia nenhum glamour na vida do gato no Antigo Egito. Claro que muitos deles foram amados e protegidos, enfeitados com ouro e tinham uma vida de rei. Mas a grande maioria foi sacrificada para agradar a deuses. Abaixo trecho da matéria, realmente superinteressante, que fala disso.


GATOS EXÍMIOS CAÇADORES

A mesma matéria fala também sobre a destreza dos gatos em relação à caça. Bem... em se tratando do atual gato urbano, inserindo em casas desde pequenos, não dá pra dizer o mesmo. Os que vivem nas ruas, por uma questão de sobrevivência, até podem ser mais caçadores, mas os que vivem nos sofás dificilmente caçam alguma coisa sem ser grão de ração. Alguns deles até tentam pegar um mosquito ali, uma baratinha acolá... mas a chance de sucesso é pequena. Muitos gatos criados em casas com humanos sequer se interessam em caçar moscas. Outros não ligam para pombas ou passarinhos.

Caçar ou não caçar depende, hoje em dia, de índole muito mais que de instinto. Como nós, todos os animais evoluíram  e o comportamento deles deixou de ser padrão há muito tempo. 

Uns são exímios caçadores, mas outros totalmente desinteressados em caçar. Uns são mais arredios e outros supercomunicativos. Tem os tímidos e os supersociáveis. Tem gato que mia muito como forma de se expressar e outros que quase nunca miam. Isso porque são personalidades diferentes mesmo em se tratando de gatos da mesma raça e até mesmo criados sob o mesmo teto e condições. Cada um é de um jeito. Isso é fato. E quem tem gatos sabe disso.



COMO SURGIU A PERSEGUIÇÃO AOS GATOS PRETOS?


Para contar como o gato de cor negra acabou sendo tratado como animal maldito é preciso lembrar que ele começou a ser brutalmente assassinado muito antes do período conhecido como “Caça às Bruxas”, quando muitas mulheres foram queimadas vivas diante de uma plateia insana que vibrava com cada execução em praça pública. Os gatos foram decretados inimigos da humanidade pela Igreja Católica e não se sabe bem o motivo uma vez que na Bíblia não há nenhuma menção favorável ou negativa referente aos gatos. Eles simplesmente não são citados em nenhuma passagem bíblica.
O Papa Gregório IX, em 1232, fundou a Santa Inquisição que durante seis séculos perseguiu mulheres, homossexuais, judeus, ateus, gatos e seus admiradores. Ele afirmava que “o diabólico gato preto, cor do mal e da vergonha, havia caído das nuvens para a infelicidade dos homens”. A estratégia da Igreja Católica da época para atacar os celtas foi pregar que eles eram bruxos.

Como os celtas costumavam viver isolados e rodeados de gatos, os animais foram associados as trevas, especialmente por terem hábitos noturnos. Para se ter uma ideia da barbárie cometida contra os gatos basta citar que foram emparedados vivos para garantir a solidez de casas, igrejas e castelos. Foram lançados do alto de muralhas e, como todos sabem, queimados vivos junto com as bruxas.
Mas o extermínio dos gatos teve graves consequências. Entre 1347 e 1350 a Europa sofreu com a Peste Negra ou Bubônica. A bactéria Yersinia pestis residia na pulga do rato preto indiano que chegou à Europa por meio de embarcações. Como última alternativa de controle da doença os gatos foram readmitidos nas cidades e somente assim a epidemia teve fim.

Uma missão tão fundamental poderia ter absolvido os felinos de novas perseguições, porém, mais uma vez a Igreja culpou os gatos pela peste e deu continuidade a uma dura perseguição.



Exatamente um século depois, em 1450, o assassinato, principalmente de mulheres, se intensificou a ponto de sinais como verrugas e sardas serem, para os católicos, indício de que as pessoas tinham pacto com o demônio. Mas não era só isso. Muitas dessas mulheres foram ganhando inimigos porque eram curandeiras. Elas conheciam muito bem ervas, atuavam como enfermeiras e parteiras.
Obviamente, a classe médica que era majoritariamente masculina, não gostou da atuação delas. A partir disso criou-se uma histeria na comunidade e as bruxas passaram a ser odiadas por todos e, de quebra, também os gatos que, normalmente, conviviam com elas e já traziam um longo histórico de perseguição por parte da Igreja Católica.

Em 1484, outro Papa, Inocêncio VIII, novamente declarou ódio aos gatos e milhares de pessoas foram torturadas para confessar que atuavam junto a Satanás. Quando não confessavam eram queimadas vivas e se confessassem tinham a “misericórdia” de serem estranguladas antes de serem jogadas na fogueira.
Para ser considerado um feiticeiro bastava ter um gato.
O Dia de Todos os Santos passou a ser comemorado com o arremesso de sacos cheios de gatos vivos para dentro de fogueiras. Rituais com tortura de gatos foram também acrescentados as comemorações de São Vito e Páscoa.
A Caça às Bruxas só teve fim por volta de 1750, ou seja, 300 anos depois.
                                                        Campanha da Ampara Animal
No século XVIII a Igreja Católica aboliu leis contra a feitiçaria e não mais pregou contra os gatos. O cardeal Richelieu, inclusive, teve muitos gatos, mas um deles, preto, era chamado de Lúcifer. E um dado interessante: Isaac Newton, que na época já gozava de prestígio, motivou a simpatia pelos felinos criando a portinhola, muito comum na Europa para que os gatos pudessem entrar e sair das casas.

No século XIX são aprovadas na Inglaterra as primeiras leis para combater crueldade contra animais e criadas organizações em defesa dos bichos. De lá para cá admiradores dos felinos, muitos bem famosos, foram surgindo. Lord Byron escreveu “O gato possui a beleza sem a vaidade, a força sem a insolência, a coragem sem a ferocidade, todas as virtudes do homem sem os vícios”. Victor Hugo, Charles Baudelaire, Mark Twain, Pablo Neruda, Chopin, Liszt, Monet, Renoir, entre outros também se declararam amantes dos gatos


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Histórias Inspiradoras: SALVOS DA CEIA DE NATAL


Nessa semana que antecede o Natal alguns porquinhos ganharam uma segunda chance e a oportunidade de uma vida livre. Uma denúncia feita ao deputado estadual Feliciano Filho levou ao resgate, com a ajuda da polícia ambiental, de dois porquinhos na área urbana de SP. Os animais já estão num lugar seguro.
“No domingo pela manhã recebi uma denúncia gravíssima com imagens de um porco sendo morto com requintes de crueldade! Após várias marretadas na cabeça, ele ainda se mexia quando começaram a cortá-lo!!! Os seus gritos eram ensurdecedores!!! Doía na alma ouvir um ser gritar de dor e desespero, pedindo socorro!!! Além de tamanha crueldade, ainda fizeram tudo isto na frente de uma criança!”, conta o deputado. 



Na quinta-feira mais uma denúncia. Dessa vez a ONG Canto da Terra, de Santana (SP), também entrou em contato com Feliciano Filho para salvar 15 porcos, incluindo uma mãe e seus quatro filhotes, que estavam em uma casa aguardando o momento do abate. “Com apoio do deputado e do CCZ de Guarulhos, os animais foram salvos a poucas horas de serem mortos.  Acreditamos na transformação destas vidas. Vamos neste Natal celebrar a vida. Um momento de prazer pelo paladar da carne na mesa são duas vidas perdidas. A primeira é a vida de quem é comido e a segunda é de quem come. O primeiro vira cadáver e o segundo vive sem compaixão”, declarou em seu facebook  Magno Grilenzoni do Canto da Terra.
                                              

A gerente técnica do CCZ de Guarulhos, Lúcia Matias Ley, enviou uma viatura ao abatedouro clandestino e, depois do resgate, achou melhor manter os porquinhos no estabelecimento por alguns dias, antes de serem levados para uma ONG no Interior paulista: “Os porcos precisam de uma alimentação e instalação adequadas, então tratamos de criar esse ambiente para que se restabeleçam e fiquem aptos para viajar. Receberão os primeiros cuidados como desverminação, pulverização para parasitas e microchip”.
Feliciano Filho comemorou os dois resgates: “É por isso que há mais de 17 anos só participo de ceia de Natal e Ano Novo se for Vegetariana!
O próximo passo da ONG Canto da Terra (https://www.facebook.com/ongcantodaterra/?fref=ts) é castrar os porcos – uma ação que contará com ajuda de veterinários voluntários. Porém, a ONG pede ajuda para medicamentos e outros itens como: 15 fios nylon 0, 15 agulhas verdes, 15 agulhas rosas, - 15 pacotes grandes de gaze estéril, 15 pacotes com 50 unidades de campo operatório, 15 bisturis estéril número 22 ou 24, 5 litros de água oxigenada, 5 litros de álcool 70 e 5 litros de iodo. Ajuda financeira pode ser feita pela Vakinha emergencial https://www.vakinha.com.br/vaquinha/transporte-dos-porquinhos-para-o-santuario


 Dica de Leitura:
Não deixem de alugar o filme “A Menina e o Porquinho”. Belíssima história para crianças e adultos que fala da amizade entre uma garotinha e os animais da fazenda. O porquinho do filme é uma criatura encantadora que fica amigo até mesmo da Dona Aranha do paiol. Um filme adorável!
Nota da autora:
Foi justamente um Peru de Natal que me motivou a deixar de comer carne por meio do livro “Cândido Urbano – O urubu que queria ser gente”. Logo no começo da obra, o urubu Cândido se despede de seu amigo Peru, pois, é época de Natal e ele será abatido paras as festas. O livro mostra também o Peru se despedindo de sua família. Muito triste e tocante. É um livro bem antigo e que li na adolescência. Valeu a pena!
Fátima ChuEcco



domingo, 11 de dezembro de 2016

O LEÃO BARTÔ E SEUS AMIGOS PRECISAM URGENTE DE UMA CASA NOVA. AJUDEM!

                                      Bartô cresceu no Rancho. Foto: Biga Pessoa

Uma segunda campanha para construir as moradias animais: A partir de R$ 10 o contribuinte ganha homenagem em placas a serem colocadas no recinto dos grandes felinos, das aves e de outros animais abrigados pelo Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos. E o colaborador ainda pode escolher entre ter seu nome ou de outra pessoa e até mesmo de seu bichinho eternizado na placa de agradecimento

O Santuário Ecológico Ranchos dos Gnomos, localizado em Cotia (SP) e que atualmente abriga cerca de 200 animais entre selvagens, silvestres, exóticos e domésticos, vítimas de tráfico, circo, queimadas, desmatamentos, rinhas e abandono, já tem uma nova sede em Joanópolis (Interior de SP) comprada com a arrecadação de uma campanha realizada em 2015. Embora a campanha de financiamento coletivo tenha sido, até hoje, a maior em toda a América Latina em número de colaboradores (15 mil), a arrecadação de R$ 1 milhão não foi suficiente para também construir o recinto dos animais. O plano era vender a sede antiga, mas isso ainda não foi possível e os animais continuam em Cotia.

O propósito da primeira campanha era adquirir um terreno em Gonçalves (MG), mas a negociação não deu certo. No entanto, parece que, por outro lado, deu muito mais certo conseguir outro local. Uma incrível vibração positiva, formada por todos aqueles que ajudaram e torceram pelo Rancho, fez com que o casal vegano Marcos e Silvia Pompeu conseguisse um outro terreno que tem 172 mil metros quadrados e fica próximo à Serra da Mantiqueira. É um lugar maravilhoso, com muito verde, bem afastado da cidade e repleto de animais nativos, inclusive raros, como lobo guará e onça.

                                              Bugio do Rancho. Foto: Biga Pessoa

Outra vantagem do lugar é que já tem estruturas construídas para humanos. São várias casas de diversos tamanhos e, inclusive, com móveis deixados pelos antigos donos, que podem abrigar os fundadores do Rancho, funcionários, um centro veterinário e um espaço de quarentena para animais novos ou em tratamento. As despesas, daqui para a frente, serão com o transporte e construção da moradia dos animais. Porém, o Rancho só pode concretizar o sonho da nova sede com mais uma ajuda de pessoas de todo o Brasil. Trata-se de uma nova e “corajosa cruzada” que busca envolver um grande número de amantes de animais na campanha dirigida pela empresa Kickante pelo link https://www.kickante.com.br/campanhas/santuario-animal-construindo-nosso-recinto

Recompensa para toda a vida!
Dessa vez a recompensa é uma homenagem nas placas que ficarão dispostas na entrada dos recintos de animais selvagens (há 18 grandes felinos), silvestres, exóticos e domésticos, além de um especial para os idosos. O nome do contribuinte será perpetuado nesse magnífico espaço dedicado a salvar e preservar vidas. E isso a partir de uma participação mínima de R$ 10. Na nova sede haverá também um platô com belíssima vista para a Serra da Mantiqueira com as placas em homenagem aos contribuintes da primeira campanha.

Os primeiros inquilinos
Falar de Rancho dos Gnomos é falar de incríveis surpresas. Duas delas já tem nome: Loba e João Pequeno (vide fotos). Loba, que passava fome junto com o antigo tutor, foi “convidada” a se mudar para o Rancho. E claro que ela topou! Basta olhar para Loba para perceber o quanto ela está maravilhada com a nova vida e cercada de amor que nunca tinha recebido antes.

                                       Loba - uma segunda chance no Rancho

O caso de João Pequeno é fantástico.  Ele surgiu na estrada e começou a correr atrás da camionete que Marcos dirigia. Marcos e Silvia notaram pelo espelho retrovisor o esforço do cachorrinho em alcançá-los e pararam o carro no acostamento. O cãozinho então, sem nenhum receio ou cerimônia, pulou no colo de Marcos assim que ele abriu a porta. “Foi como se ele já nos conhecesse ou soubesse que podíamos cuidar dele”, conta Silvia.

João Pequeno parece mesmo ser “íntimo” do Rancho dos Gnomos. Rapidamente se adaptou ao lugar, recebe sorridente todos os visitantes e acompanha Marcos e Silvia em suas tarefas pela nova sede. Parece que conhece o casal há anos (ou de outra vida). Virou uma espécie de “hostness” (encarregado da recepção e guia local). E vale frisar: ele realmente sorri.

                                     Marcos Pompeu e o sorridente João Pequeno

Nova sede, novos cursos
Assim que a nova sede estiver concluída, com todos os animais devidamente alojados em suas moradias, projetadas para lhes dar qualidade de vida, o Rancho retomará sua grade de cursos e o Programa de Ecovoluntariado. Os cursos terão temas como direitos animais, alimentação vegana e permacultura, entre outros. O Ecovoluntariado estará aberto para todos que quiserem  vivenciar o dia a dia de um santuário, trabalhando nas tarefas cotidianas e ajudando a cuidar dos animais supervisionados pelos tratadores locais.

Trajetória do Rancho
O Rancho dos Gnomos atua há 25 anos no resgate e manutenção de animais das mais variadas espécies, incluindo leões que passaram a vida toda em  jaulas de circo. Bartô (vide foto) é o grande felino veterano do Santuário fundado pelo casal de veganos Silvia e Marcos Pompeu, em 1991. Em 1996, Bartô foi apreendido na casa de um fotógrafo que tinha comprado o leão ainda bebê de um circo para tirar fotos junto de crianças. Para protelar seu crescimento, a alimentação de Bartô consistia de apenas um copo de leite por dia, o que culminou em grave raquitismo.

                                   Leoas fotografadas por Biga Pessoa no Rancho

São tantas as histórias do Rancho que não caberiam num livro. Em cada cantinho bate um coração agradecido

Em 2003 chegaram ao Rancho, por meio da Polícia Militar Ambiental, duas leoas, Agna e Kiara. Elas foram abandonadas dentro de uma gaiola totalmente lacrada por solda e jogada no meio de um matagal na cidade de Jundiaí-SP. Hoje elas vivem com Baguá e Timbo (filhos de um casal de leões oriundos do Bwana Park do Rio – fechado quando constatada a situação trágica em que viviam os animais, morrendo de fome e de doenças). As leoas Biná e Hera foram vítimas de maus-tratos em circos com garras amputadas e queimaduras pelo corpo. Biná teve dente serrado e, decorrente disso, uma grave infecção na boca. Por pouco as duas não morreram.

Cerca de 10 mil animais já passaram pelo Rancho
O Santuário tem ainda onças-pardas, bugios, macacos-prego, preguiças, veados catingueiro, emas, lontra, quati e cães, gatos, araras, papagaios, gansos, burrinho, galinha d'angola... (Ufa! De perder o fôlego!). Uma infinidade de espécies. Uma verdadeira Arca de Noé com animais que enfrentaram um dilúvio, só que de maus-tratos. E sobreviveram... graças à pequena, mas dedicada equipe do Rancho entre funcionários e voluntários.
O Santuário oferece suporte 24 horas por dia aos órgãos oficiais brasileiros como o IBAMA, Polícia Militar Ambiental, Polícia Federal, Defesa Civil e Secretarias do Meio Ambiente no acolhimento desses animais. Realiza ainda um completo programa de educação ambiental pelo qual já passaram cerca de 25 mil crianças e jovens da rede de ensino. Recentemente, depois de recuperados pelo Rancho, 128 aves foram libertadas no Mato Grosso do Sul.

                                                   Silvia e Marcos com Dashan

Imensamente gratos!
“Sabemos que será uma nova grande empreitada, mas temos que retirar os animais da antiga sede com urgência. Esse lugar, em meio a natureza, fará uma diferença enorme na vida desses animais que já sofreram tanto. Estamos imensamente gratos por todos aqueles que colaboraram na primeira campanha e contando com a generosidade de todos novamente”, explica Marcos.

“O Rancho do Gnomos é o maior presente que recebi de Deus e sou eternamente grata por esta oportunidade que me permite caminhar ao lado desses seres incríveis e que chamo de irmãos. Ao longo desses anos conheci o verdadeiro significado da palavra Amor. A primeira campanha provou que juntos somos mais fortes. Agora estamos atravessando uma nova etapa e precisando que os corações se abram novamente”, declara Silvia.

                                             DETALHE na Nova Sede do Rancho


Penso, logo, existo e me expresso! Decifre o que eles estão sentindo!

Embora o filósofo Descartes tenha ficado mundialmente famoso com a frase "Penso, logo, existo" que na época foi associada apenas a...