sexta-feira, 4 de maio de 2018

EVOLUÇÃO É MUITO MAIS QUE VEGANISMO



 


Deixar de comer animais é só um passo da evolução.
Deixar de comer vida (inclusive a vegetal) é o passo seguinte.
Mas a humanidade está nesse ponto?
Vejo com frequência grupos que amam animais trocando ofensas... uns porque defendem cães e gatos e outros (geralmente vegans) porque não admitem que se defenda animais domésticos e não os de consumo.

Mas... veganismo é o caminho, não o destino.
Tudo depende de um processo evolutivo que passa pelos campos biológico, cultural e emocional do ser humano... e isso leva muitos anos. Tempo suficiente pra nenhum de nós estar mais aqui. E no caso do planeta Terra há ainda um agravante nesse processo: humanos e outros animais estão em estágios evolutivos muito diferentes, o que contribui drasticamente para  a escravidão, o abuso e crueldades, sendo que os mais fortes dominam os mais fracos.


E os próprios humanos tb se encontram em estágios evolutivos diferentes.
Então... o processo fica mais longo e penoso porque mesmo aquele que planta sementes do bem, da igualdade, desperdiça muita energia lutando contra os que estão num estágio mais atrasado que pode ser entendido como “menos ético”.

Porque amamos uns e comemos outros?

Existe uma razão clara para que a grande maioria das pessoas que ama cães e gatos, coma galinha, vacas, porcos e uma infinidade de bichos.
CONVIVÊNCIA.

E é no convívio próximo com outras espécies (e me refiro ao convívio dentro de casa) que são gerados afetividade, compaixão, amizade, companheirismo, proteção mútua e uma série de outros bons sentimentos. E somado a isso tem ainda o avanço da comunicação entre espécies distintas. Todo mundo que vive com cães e gatos aprende, pelos sons que eles emitem, o que querem, o que os incomoda, o que os faz feliz etc. Mesma coisa no sentido inverso: eles tb passam a entender muitas de nossas palavras, intenções, expressões, gestos etc.



A convivência estabelece uma relação em que o outro deixa de ser inimigo, perigo e muito menos comida.  É por isso que animais selvagens criados com humanos nãos os atacam (salvo situações de extremo estresse – mas isso tb ocorre entre humanos, ou seja, vemos o tempo todo filhos matando pais, crimes passionais, psicopatias de alto nível e um desfiladeiro de violência de caráter humano). 



Então creio que a frase “Porque amamos uns e comemos outros?” tem a seguinte resposta: porque não convivemos de forma próxima com todas as espécies. Defendemos com mais facilidade os animais que vivem conosco sob o mesmo teto. E isso vale pra todos os bichos: inimigos naturais viram amigos, assim, gatos podem conviver com pássaros, cães com gatos... olha... até cobras com ratos se forem 
criados juntos.



Alimento artificial

Veja bem: convivência é a resposta, não a solução. O ideal seria aprendermos a respeitar todo tipo de vida, independente da convivência, incluindo a vegetal, pois, já há pesquisas que mostram que as plantas tem sim um princípio de inteligência e emoções, mas se vc diz isso pra um vegan ele dá risada... aliás, a mesma risada irônica que um apreciador de carne dá quando vc diz que animal pensa, sente dor e tem sentimentos. 


Lá na frente, num futuro que poucos podem imaginar, a alimentação será totalmente diferente da de hoje, provavelmente obtida de forma artificial.
Enquanto esse dia não chega, vale a pena comemorar cada pequena evolução. ASSIM:

Ótimo que não comam cães e gatos em boa parte do mundo. Ótimo que seja proibido caçar tartarugas e onças pintadas. Ótimo que não matem mais animais em muitos  CCZs. Ótimo que estão protegendo elefantes e ursos. Ótimo que tem gente lutando pelos macacos. Ótimo que tem cada vez mais opções sem carne nas prateleiras. Tudo isso faz parte de um processo. Cada avanço tem que ser valorizado e não criticado porque não engloba vaca, boi, galinha e porco. A gente chega lá.


Qualquer hora deixarão de comer coelhos. Depois galinhas, mais adiante bois. Uma hora não permitirão vivissecção... e assim por diante. Ninguém vai conseguir acabar com  o consumo de carne criticando os avanços que se teve até hoje. Cada animal, seja doméstico, selvagem ou silvestre que vai ganhando respeito (e leis de proteção) contribui para a libertação dos animais usados para o consumo humano. Uma coisa vai puxando a outra.

Caminho, não destino

Acho ótimas as campanhas que procuram motivar o vegetarianismo ou o veganismo... mas repito, esse é só um caminho, não o destino.

A maioria dos vegans e dos protetores de animais vegetarianos, alimentam seus cães e gatos com ração de carne. Se vc vê um animal esfomeado na rua, pele e osso, não vai dar pra ele um maço de  alface.
Portanto, ninguém tem como se declarar “limpo” do consumo de carne. 


A Terra está num estágio em que vida se alimenta de vida, portanto, ainda é bem "involuída". Isso está diminuindo e é bem provável que um dia acabe. Mas por enquanto é sim importante uns defenderem cães e gatos, outros bois e galinhas, outros coelhinhos,  outros golfinhos e baleias, outros  cobras e lagartos, outros ratinhos de laboratório... porque todas essas lutam convergem para um mesmo destino, só que por diferentes caminhos.


Nota final:
Muita gente se sente especialmente evoluída porque deixou de comer carne. E ainda por cima ataca quem defende outros animais (domésticos ou selvagens) porque acha que ou se defende todos ou não se defende nenhum. É mais ou menos como chegar num ativista pelos direitos dos gays e dizer: "Por que vc não defende os idosos e as crianças? Não é tudo gente?". Lutas distintas convergem para um mesmo objetivo quando as pessoas se unem. Ativistas pelos animais, vegans ou não, deveriam ter em mente que cada animal que ganha respeito e direitos contribui para a libertação de outras espécies. Evolução é um processo e veganismo é só um dos caminhos, mas não o destino. 
O que meu artigo procura expor é que é excelente que tem gente que luta pelos elefantes, outros pelos lobos, outros pelas araras, outros pelas galinhas, outros pelos animais de laboratório. O objetivo é unico (liberdade, ética etc), mas as lutas precisam ser segmentadas e devem ser respeitadas, especialmente, pelos ativistas q defendem os animais usados como comida. Digo isso pq é muito comum ver protetores de cães e gatos sendo atacados pq não estão defendendo vacas. E tem mais: conheço varios vegans que embora lutem pela libertação animal, nada fazem pelo proximo... são pessoas egoistas, q não ajudam ninguem. Evolução é todo um contexto e não só o fato de deixar de comer carne... aliás, deixar de comer carne é a parte mais fácil. Fátima Chuecco

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Lambida de cachorro não mata e até faz bem pra saúde

Vários jornais nacionais e internacionais noticiaram o caso de um homem que teria perdido parte das pernas, dedos e rosto devido a uma lambida de seu cachorro na região de um arranhão. De fato, o britânico Jaco Nel sofreu uma forte infecção denominada septicemia, mas a culpa não foi de seu cão que estava apenas demonstrando carinho ao lamber-lhe a mão.
Por conta de uma notícia irresponsável como essa, muitos cães podem estar indo parar no olho da rua. Outros devem estar apanhando toda vez que tentam brincar e lamber seus tutores e crianças como forma de expressar afeto. As pessoas foram alarmadas indevidamente. Entenda sobre a doença, como se contrai e beije hoje mesmo seu cachorro!
Acesse a notícia em 

terça-feira, 1 de maio de 2018

Punição inédita, coletiva e exemplar para quem maltrata e mata animais




Foi o que aconteceu esse mês no Pará, numa sentença inédita no Brasil em favor dos animais, com a condenação do ex-prefeito da cidade de Santa Cruz do Arari, Marcelo José Beltrão Pamplona, a 20 anos de prisão e multa de R$ 1, 7 milhão. Outros seis envolvidos no massacre de cerca de 400 cães em situação de rua, incluindo o secretário de Transportes, dois funcionários da prefeitura, dois laçadores dos cães e o dono de uma das embarcações que levou os animais até uma ilha para morrerem, também receberam condenação entre 1 e 2 anos de cadeia mais multa.

Além disso, “todos perderam a função pública em qualquer esfera da administração pública, ou a qualquer título, eleito ou concursado, tendo em vista que os crimes praticados foram no exercício de função pública e no interior da administração pública, inclusive com o uso de bens públicos”, conforme definiu a sentença do o juiz Leonel Figueiredo Cavalcanti. Ele caracterizou os envolvidos como “detentores de personalidades reprováveis, por serem pessoas frias, calculistas e insensíveis ao sofrimento de indefesos animais diante da supremacia da espécie humana”.



O episódio, que ficou conhecido como “O Massacre de Arari”, ocorrido em 2013, teve repercussão internacional. Fotografias e vídeos entregues ao Ministério Público mostraram os cães sendo laçados e arrastados pelas ruas, ocasionando fraturas e diversos ferimentos. Eles foram estocados nos porões de duas embarcações (sendo uma da prefeitura) e depois jogados no Rio Monções para morrerem afogados. Outros foram deixados na Ilha do Francês onde não havia meios de sobreviverem.

O resultado dessa denúncia criminal apresentada à Justiça pelo Ministério Público do Pará (MPPA) deve entrar para a história da causa animal no Brasil como entrou recentemente também a condenação da “matadora de animais de SP”, Dalva Lina (Caso Dalva), a 17 anos de prisão. Além de ser condenado pelo “canicídio”, o ex-prefeito de Santa Cruz foi também punido por tentativa de obstrução das investigações, com agressões e intimidação de testemunhas.



Na ocasião, cerca de 80 cães, em estado lamentável, puderam ser resgatados da Ilha por protetores do Pará e de SP. Para tanto, foram alugados barcos de pequeno e médio porte. As fotos rodaram o mundo. Alguns desses cães, no entanto, já em pele e osso, não resistiram. Os que sobraram ficaram com a ONG Au Family, de Belém do Pará. O problema com os animais em situação de rua é bastante crônico e sério no Pará. Dos 144 municípios, apenas 5 possuem Centro de Controle de Zoonoses com capacidade para castrações. O controle populacional via castração em massas poderia ter evitado tamanha crueldade.
FOTOS: dos resgates por barco

Lei mais na matéria da ANDA 





domingo, 29 de abril de 2018

Gatos de Clube de Jaú Sofreram silencioso Massacre



Há décadas eles viviam soltos no Caiçara Clube de Jaú. Eram castrados, vacinados e amados... porém, também odiados por alguns. Com o tempo aprenderam a confiar nas pessoas sem nem desconfiar o lado obscuro delas e a tragédia que estava por vir. Aos poucos, os gatos de Jaú foram aparecendo mortos ou sumindo. A própria diretoria do clube instalou uma placa onde acusa os gatos de inúmeras doenças atiçando ainda mais o ódio contra os felinos. Doenças que não se pega só de gatos e algumas que nem se pega deles. Uma judiação. Um massacre!

As pessoas que cuidavam dos gatos estão inconsoláveis e ainda foram proibidas de alimentar os poucos que restaram: apenas três de 50. Apesar do cenário de crime ambiental, o clube continua ostentando a placa preconceituosa e os pobres gatos continuam sendo caçados, mortos ou agonizando de fome. Nem parece uma cidade desenvolvida de um dos maiores Estados do Brasil. As redes sociais têm espalhado denúncias de crimes contra animais até de cidades que mal vemos no mapa... pequenininhas, mas com uma população que enfrentou prefeitura, secretaria de saúde e botou a boca no trombone. Será Jaú a cidade inimiga dos gatos?

Veja o video em homenagem aos gatinhos desaparecidos e mortos acessando
https://www.facebook.com/vanessam.battochio.3/posts/108641750003855

Entenda o caso acessando a matéria no portal da ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais

https://www.anda.jor.br/2018/04/gatos-de-jau-sp-sofrem-um-silencioso-massacre/


sábado, 28 de abril de 2018

Adotados do CCZ, eles tiveram uma segunda chance



Os cães Jack, Lion, Kevin, Sagati e o gatinho Nobel escaparam de um terrível fim no CCZ de SP desde que ficou proibida a matança de animais abandonados por força de uma lei estadual. Mas até abril de 2008 os animais recolhidos nas ruas eram mortos das piores maneiras possíveis incluindo câmara de gás, de descompressão, por injeção letal, choque ou a pauladas. A prefeitura dava apenas o prazo de três dias para o tutor retirar seu animal e cobrava uma multa. 



Conheça a história de vários animais que tiveram uma segunda chance acessando a matéria completa em 

https://www.anda.jor.br/2018/04/eles-tiveram-uma-segunda-chance/






terça-feira, 24 de abril de 2018

Cachorro mutante de rara beleza é encontrado em Porto Alegre (RS)




Um cãozinho com metade do corpo amarela e outra metade preta, com pintas alaranjadas em apenas um lado, resgatado semana passada em Porto Alegre (RS) pela ONG Animais Sem Fronteiras, é um raríssimo caso de quimerismo. Trata-se de uma mutação genética decorrente da união de dois óvulos fecundados no momento da gestação. Surge então um organismo com características distintas, como se fossem dois animais em um só e, geralmente, o resultado é único e magnífico. Animais "quimera", com essa característica de ter o corpo dividido em duas cores, já são bastante incomuns. Mas esse cãozinho tem, além dessa mutação, uma outra que gerou as manchas arredondadas. Ele pode ser "exemplar único".

Para melhor leitura do texto acesse a matéria no Portal ANDA 


24 de Abril - Uma data que homenageia as vítimas da vivissecção



De todos os abusos que o homem comete contra os animais, a vivissecção, sem dúvida, é uma das mais brutais porque expõe as vítimas à dor física e emocional por longos períodos. É um inferno cercado de paredes e aventais brancos. São animais indefessos, confinados em gaiolas ou baias, e que a cada contato com o ser humano demonstram um estado de intenso horror. Na foto acima, por exemplo, as duas macaquinhas criadas em laboratório da China serão usadas por toda a vida em experimentos.

Em 1979 a Sociedade Nacional Anti-Vivissecção (National Anti-Vivisection Society, NAVS) escolheu a data de 24 de abril para homenagear as cobaias e motivar a população a refletir sobre essa dolorosa escravidão. Segundo uma pesquisa feita pela Coligação Europeia para o Fim das Experiências em Animais, todos os anos, 115 milhões de animais são usados em pesquisa em todo o mundo e o pior: dada a angústia vivida diariamente por esses animais e as características corporais muito diferentes das nossas, a maior parte das pesquisas médicas, por exemplo, não levam a nada senão ao sofrimento animal.

O Dia Internacional do Animal de Laboratório contempla animais usados na pesquisa científica, no ensino, nos testes de cosméticos e produtos de limpeza, e em mais uma infinidade de situações que visam melhorar a qualidade de vida do ser humano ou saciar sua vaidade, roubando a vida de seres inocentes, muitos deles, tratados como meros objetos desde filhotes.

Compreendendo a extensão dessa dor, o deputado estadual Feliciano Filho (PRP – SP) é autor da Lei Antitestes de Cosméticos (15.316) em vigor em SP desde 2014, e procura derrubar o veto ao seu Projeto de Lei (PL) 706 que visa proibir o uso de cobaias no ensino. O deputado tem também o PL 583 que proíbe que os animais capturados pelos CCZs de SP sejam entregues para centros de pesquisa e ensino.

Conheça a Lei Antitestes: http://felicianofilho.com.br/leis/lei-no-15-316-de-23012014-proibe-a-utilizacao-de-animais-para-desenvolvimento-experimento-e-teste-de-produtos-cosmeticos-e-de-higiene-pessoal-perfumes-e-seus-componentes-e-da-outras-providencia/

sábado, 14 de abril de 2018

Gatos de Roma e do Museu do Ipiranga: Castrar e Cuidar é a melhor estratégia


O Parque Independência em SP é referência no método de CED – Captura, Esterilização e Devolução já adotado com gatos das maiores cidades do mundo como Nova York, Paris e Roma. Mas os últimos relatórios internacionais apontam que o método de CED deve ser acompanhado por uma forte política pública contra o abandono. Num estudo realizado com 103 colônias de gatos em Roma, na Itália, onde houve a castração e devolução ao local de origem de cerca de 8 mil felinos em 10 anos, constatou-se que em paralelo a esse trabalho, as colônias cresceram em torno de 21% por conta de novos abandonos.
A fim de tornar as colônias mais estáveis, estão sendo inseridas câmeras e programas de conscientização desde 2000 nos principais pontos turísticos onde os gatos escolheram para viver. O governo italiano assimilou que, mesmo com esse residual de 21% de crescimento registrado ao longo dos anos, ainda é mais seguro, tanto para os animais quanto para a população humana, que os gatos sejam castrados pelos órgãos públicos e tratados pelos voluntários, afinal, com a retirada dos felinos, novas colônias sem tratamento veterinário se formariam e se reproduziriam rapidamente.
Os gatos do Museu do Ipiranga
“Eles são todos castrados, vacinados, vermifugados e têm nome. Conhecemos todos. Hoje são 50, mas já doamos mais de 100 nos últimos anos. Nosso grupo de nove voluntários emprega os próprios recursos no cuidado com esses gatos que, na verdade, não são selvagens. São gatos domésticos abandonados no Parque Independência sem dó nem piedade. Não somos ONG, não temos abrigo. O maior problema não são os gatos, mas a falta de consciência das pessoas”, conta a bióloga Francielli Vergino que há oito anos ajuda no tratamento e monitoramento da colônia felina.


Existe ainda uma crença de que os gatos afetam a população de pássaros, mas os nascidos nas cidades perdem muito de seu instinto, habilidade e interesse para a caça. Além disso, gato alimentado não sai caçando conforme assinala Francielli: “Os gatos do museu são bem alimentados com ração. Eles comem e dormem. É isso que eles fazem. Os pássaros não estão fugindo do parque por conta dos gatos, mas por causa da escassez de comida e água. Quando as poucas árvores frutíferas dão jacas e abacates, os munícipes levam tudo embora. E não tem fonte, por isso, é comum vermos os passarinhos se banhando nos potes de água dos gatos”.

Veja video com duas gatinhas falando sobre isso:


Assim como os gatos, os saguis (macacos de pequeno porte) também foram sendo abandonados no Parque Independência e hoje são bem numerosos. Por isso Francielli ressalta: “Nas florestas esses pássaros contam com um número muito maior de predadores como répteis, aves maiores como gaviões, falcões, corujas, dentre outros. No Parque os macaquinhos são os verdadeiros predadores das aves! Na falta de alimento eles predam os ovos e filhotes de pássaros!”.

Veja Video da gatinha Ághata Borralheira que convive com diversos passarinhos;


Outra acusação contra os gatos é de serem transmissores de doenças à fauna silvestre mas, em primeiro lugar, sabe-se que os gatos cobrem suas fezes (o que, aliás, vira adubo) e as doenças tipicamente felinas (contra as quais os gatos dos museus são vacinados) não se desenvolvem em aves. E eles também não são um perigo à saúde humana, caso contrário, os milhares de frequentadores do Parque Independência e milhões de pessoas que possuem gatos em casa viveriam sempre doentes com patologias felinas. Portanto, essa é outra lenda felina urbana.
Leia matéria completa em https://www.anda.jor.br/2018/04/gatos-de-parques-combater-o-abandono-castrar-e-cuidar-e-a-melhor-estrategia/ 

segunda-feira, 5 de março de 2018

CRIADAS COMO CRIANÇAS E USADAS COMO OBJETOS


Zhong Zhong e Hua Hua foram clonadas para servirem de modelo para se testar medicamentos e tratamentos. Estão num lindo quarto infantil cheio de brinquedos que em breve se transformará num pesadelo cheio de agulhas, tubos, dor e medo. A "invenção" é chinesa e está sendo aplaudida por grande parte das pessoas. Isso é justo?

Elas nem desconfiam que em breve enfrentarão um terrível pesadelo. Do quarto com apetrechos que os humanos criam para suas próprias crianças, elas em breve serão levadas para salas frias e assustadoras. Os olhinhos que agora brilham de alegria ao ver seus tratadores como se fossem seus pais, devem ganhar uma tristeza e uma dúvida sem fim: por que estão fazendo isso conosco? - elas devem pensar dentro de algum tempo.


As duas macacas clonadas na China foram feitas para servirem de objeto em pesquisa biomédica. Ponto. Não importa o que elas sentem, o amor que elas terão por seus tratadores e o pânico e a dor a que estão destinadas. Simplesmente serão utilizadas sem dó nem piedade e esse ambiente "fofo" logo será substituído por uma gélida jaula onde essas "crianças" estarão com tubos, fios, drogadas e machucadas. Essa é a medicina que alguns chamam de futurística, com clonagem de seres indefesos para servirem aos propósitos humanos. Um retrocesso aos primórdios da medicina quando o único caminho conhecido era o das cobaias.


Lamentavelmente, a mídia repercutiu a notícia como um avanço da ciência. Nem mesmo o ativismo se pronunciou muito a respeito. O horror que essas duas macaquinhas, diga-se de passagem tão "humanas", e repletas de inteligência, emoções e consciência de si mesmas irão enfrentar é imensurável. Provável caírem em depressão profunda depois de algumas tentativas de abraçarem seus tratadores em busca de uma resposta para tanta dor: por que estão nos machucando? - elas devem pensar sem nada entender.


Olhem bem para as fotos, para os olhares infantis e cheios de vida e curiosidade como o de qualquer outra criança. Em breve isso será jogado no lixo pelos aclamados cientistas chineses que já tentaram clonar centenas de animais sem sucesso. Agora eles estão felizes e realizados com uma clonagem que vem a ser mais um holocausto criado pelo homem na Terra... holocausto para os outros animais. Serão criados macacos com doenças genéticas para servirem de modelo para se testar terapias das mais invasivas e medicamentos que podem dar efeitos muitos diversos nesses pequenos primatas e no ser humano. Uma lástima que a maior parte das pessoas olhem para esses rostinhos e nada sintam. Uma pena que a medicina ande tanto pra trás e ainda seja aplaudida.



domingo, 18 de fevereiro de 2018

“O Touro Ferdinando” mostra abatedouro em detalhes e é um desenho fabuloso para crianças e adultos


Numa rara ousadia em animações infanto-juvenis do cinema, o filme “O Touro Ferdinando”, que é dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha (A Era do Gelo e Rio), mostra o interior de um abatedouro na Espanha desde o compartimento onde os bois são içados até o momento final, passando por várias máquinas de corte e amaciamento da carne.

Mas Calma! Nenhum boi é morto no desenho! A turma de bois que entra no frigorífico escapa com vida e por isso mesmo a animação é formidável para ser mostrada a filhos, netos e sobrinhos. Professores deveriam exibir Ferdinando na escola como um trabalho extra-curricular. Vegetarianos e veganos deveriam exibir esse desenho em seus eventos e para suas crianças.

O Touro Ferdinando concorre a indicações ao Oscar 2018 nas categorias de Melhor Animação, Melhor Canção Original e Melhor Trilha Sonora. O filme segue o conteúdo do clássico de Walt Disney que, na época, teve apenas 7 minutos de duração. Veja abaixo:



Escrito em 1936 pelo autor americano Munro Leaf,  chegou aos cinemas norte-americanos em 25 de novembro de 1938 e ganhou Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação, categoria na época chamada de "Curta-Metragem - Cartoons".
A nova versão tem muita cor, humor, personagens incríveis e um enredo maravilhoso que nos prende do começo ao fim. 

                                            Desenho original de 1936

Muita ação, muita emoção, especialmente no final, quando Ferdinando, já na arena da tourada, fica na mira da espada. O final é feliz, então os mais sensíveis não precisam ter medo de assistir. A animação é recheada de mensagens de amizade, compaixão e amor.

Fui ver no cinema sozinha, sem a companhia de nenhuma criança e me surpreendi ao perceber pelo menos mais umas sete mulheres também vendo o filme sem menores de idade ao lado. Embora o filme seja todo construído para ter uma linguagem acessível as crianças é uma ótima dica para os adultos também, especialmente, os que amam os animais e são contra as touradas.



Eu vi a versão antiga quando era criança e tenho certeza que o filme teve influência na formação de minha personalidade. Nunca me saiu da memória o touro Ferdinando cheirando flores. Como neta de espanhola nascida na Província de Múrcia, em casa tinha até uma castanhola. Minha mãe contava que tinha tios toureiros que ficaram na Espanha e, provavelmente, lá morreram na época da guerra que fez minha avó fugir para o Brasil. Mas minha mãe detestava touradas (embora nunca tivesse visto uma pessoalmente já que nasceu no Brasil).

Acredito que para a causa animal, um dos pilares mais importantes, talvez essencial e básico, é atingir as novas gerações. Ainda que esteja sendo feito um trabalho consistente e permanente no sentido de proteger os animais em todo o mundo, isso tudo pode se perder se as novas gerações não derem continuidade, mas elas só farão isso se forem motivadas com filmes como o do Ferdinando e livros que incentivem o respeito aos animais.

Não percam! Ainda está em cartaz em uns poucos cinemas e deve entrar no Now em breve. Veja o trailer





domingo, 14 de janeiro de 2018

ESTRANGEIRA (O) NO PRÓPRIO PLANETA



Selecionei três vídeos com cenas que são o retrato de uma humanidade escravagista e doente. E isso é só uma pequena parcela do que os humanos fazem com as demais espécies na Terra. Quem se choca e sofre com essas cenas se sente estrangeiro aqui... como se não pertencesse a essa época ou planeta. É uma sensação latente de deslocamento no tempo e espaço.

Para começar, vamos pensar sobre o seguinte:
Uma pessoa mentalmente saudável conseguiria matar dezenas de animais por dia, centenas por mês e milhares por ano? Todos diriam que não. Apenas um psicopata seria capaz de matar tantos animais assim, sem se importar com a angústia e dor física deles.

Mas e se a pessoa matar essa quantidade de animais, igualmente não se importando com o sofrimento deles, dentro de uma indústria de carne legalizada ou matadouros de cães e gatos? Ela seria psicopata também?

                                       O gatinho branco da foto, chamado Huru, foi resgatado e ficou famoso

Agora ficou mais difícil de responder porque, embora a matança dos animais represente a sobrevivência dela e de sua família, que tipo de personalidade ela precisa ter para exercer essa atividade extremamente cruel para com animais indefesos?

O que define um serial killer, como o próprio nome diz, é a matança em série, com pequenos ou grandes intervalos entre uma morte e outra, mas ele também pode matar em massa, quando provoca a morte de muitas pessoas ao mesmo tempo, por exemplo, entrando numa escola e atirando nos alunos. 

Em geral, o ato é motivado por prazer em ver o sofrimento alheio, principalmente se há rituais de tortura, mas também pode ser uma fixação qualquer em cima de algum tipo específico de pessoa. Mas um elemento presente em qualquer tipo de psicopata é a frieza e o completo desprezo pela dor do outro, ou seja, falta de empatia. 


Os animais possuem e expressam seus sentimentos e emoções. Isso já está mais do que provado e qualquer um pode observar. O sujeito que mata diariamente vacas, porcos, galinhas etc... também é dotado de um alto grau de frieza, caso contrário, faria qualquer outra coisa, menos isso. Pediria esmola mas não mataria. Comeria lixo mas não mataria.

Não estou aqui discutindo a responsabilidade que tem o consumidor nessa matança “autorizada”. Quero apenas motivar a reflexão sobre o ato de matar tratado como uma coisa normal, sendo que não é nada natural. A conduta de dar choques, açoitar e matar animais com as próprias mãos é típico de uma personalidade psicótica. 

Mesmo quando se trata de sobrevivência numa floresta ou deserto, o homem mentalmente saudável não mata um animal por prazer ou o tortura antes de comer. Então fica a sugestão de reflexão. Qual a diferença entre o psicopata que mata e tortura animais dentro de quatro paredes e daqueles que fazem a mesma coisa dentro de uma profissão legalizada?

TRÊS DENTRE MILHÕES DE VIDEOS QUE CHOCARIAM CIVILIZAÇÕES MAIS ADIANTADAS QUE OS HUMANOS CASO ELAS VISITASSEM O NOSSO PLANETA: choque em porcos, matança de gatos, açoite em cavalo. Não recomendado para quem é muito sensível.

Gatos sofrendo nas gaiolas e implorando ajuda antes de serem mortos

https://www.facebook.com/FightDogMeat/videos/1696831263671790/?hc_ref=ARS6qtgp-OkphYn20j4CJ5Hz71JwltTuk9muvvqv0EmChiu0tUFr_gB4bz9FSLZ-bjE&pnref=story 

Porcos tomando choque, entre outras coisas

https://www.facebook.com/natanaelcoelho39/posts/2219559681403631?pnref=story 

Cavalo sendo açoitado

https://www.facebook.com/Fatosquechocam/videos/319737711846400/?hc_ref=ARQVr7N6jWnf6bcmtVoI9jnzA7zKKJo4GlRedXHB7lhYNwLX4luh-w3TWG8kBfMY4CA&pnref=story 

Penso, logo, existo e me expresso! Decifre o que eles estão sentindo!

Embora o filósofo Descartes tenha ficado mundialmente famoso com a frase "Penso, logo, existo" que na época foi associada apenas a...