sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

COMO SURGIU A PERSEGUIÇÃO AOS GATOS PRETOS?


Para contar como o gato de cor negra acabou sendo tratado como animal maldito é preciso lembrar que ele começou a ser brutalmente assassinado muito antes do período conhecido como “Caça às Bruxas”, quando muitas mulheres foram queimadas vivas diante de uma plateia insana que vibrava com cada execução em praça pública. Os gatos foram decretados inimigos da humanidade pela Igreja Católica e não se sabe bem o motivo uma vez que na Bíblia não há nenhuma menção favorável ou negativa referente aos gatos. Eles simplesmente não são citados em nenhuma passagem bíblica.
O Papa Gregório IX, em 1232, fundou a Santa Inquisição que durante seis séculos perseguiu mulheres, homossexuais, judeus, ateus, gatos e seus admiradores. Ele afirmava que “o diabólico gato preto, cor do mal e da vergonha, havia caído das nuvens para a infelicidade dos homens”. A estratégia da Igreja Católica da época para atacar os celtas foi pregar que eles eram bruxos.

Como os celtas costumavam viver isolados e rodeados de gatos, os animais foram associados as trevas, especialmente por terem hábitos noturnos. Para se ter uma ideia da barbárie cometida contra os gatos basta citar que foram emparedados vivos para garantir a solidez de casas, igrejas e castelos. Foram lançados do alto de muralhas e, como todos sabem, queimados vivos junto com as bruxas.
Mas o extermínio dos gatos teve graves consequências. Entre 1347 e 1350 a Europa sofreu com a Peste Negra ou Bubônica. A bactéria Yersinia pestis residia na pulga do rato preto indiano que chegou à Europa por meio de embarcações. Como última alternativa de controle da doença os gatos foram readmitidos nas cidades e somente assim a epidemia teve fim.

Uma missão tão fundamental poderia ter absolvido os felinos de novas perseguições, porém, mais uma vez a Igreja culpou os gatos pela peste e deu continuidade a uma dura perseguição.



Exatamente um século depois, em 1450, o assassinato, principalmente de mulheres, se intensificou a ponto de sinais como verrugas e sardas serem, para os católicos, indício de que as pessoas tinham pacto com o demônio. Mas não era só isso. Muitas dessas mulheres foram ganhando inimigos porque eram curandeiras. Elas conheciam muito bem ervas, atuavam como enfermeiras e parteiras.
Obviamente, a classe médica que era majoritariamente masculina, não gostou da atuação delas. A partir disso criou-se uma histeria na comunidade e as bruxas passaram a ser odiadas por todos e, de quebra, também os gatos que, normalmente, conviviam com elas e já traziam um longo histórico de perseguição por parte da Igreja Católica.

Em 1484, outro Papa, Inocêncio VIII, novamente declarou ódio aos gatos e milhares de pessoas foram torturadas para confessar que atuavam junto a Satanás. Quando não confessavam eram queimadas vivas e se confessassem tinham a “misericórdia” de serem estranguladas antes de serem jogadas na fogueira.
Para ser considerado um feiticeiro bastava ter um gato.
O Dia de Todos os Santos passou a ser comemorado com o arremesso de sacos cheios de gatos vivos para dentro de fogueiras. Rituais com tortura de gatos foram também acrescentados as comemorações de São Vito e Páscoa.
A Caça às Bruxas só teve fim por volta de 1750, ou seja, 300 anos depois.
                                                        Campanha da Ampara Animal
No século XVIII a Igreja Católica aboliu leis contra a feitiçaria e não mais pregou contra os gatos. O cardeal Richelieu, inclusive, teve muitos gatos, mas um deles, preto, era chamado de Lúcifer. E um dado interessante: Isaac Newton, que na época já gozava de prestígio, motivou a simpatia pelos felinos criando a portinhola, muito comum na Europa para que os gatos pudessem entrar e sair das casas.

No século XIX são aprovadas na Inglaterra as primeiras leis para combater crueldade contra animais e criadas organizações em defesa dos bichos. De lá para cá admiradores dos felinos, muitos bem famosos, foram surgindo. Lord Byron escreveu “O gato possui a beleza sem a vaidade, a força sem a insolência, a coragem sem a ferocidade, todas as virtudes do homem sem os vícios”. Victor Hugo, Charles Baudelaire, Mark Twain, Pablo Neruda, Chopin, Liszt, Monet, Renoir, entre outros também se declararam amantes dos gatos


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Histórias Inspiradoras: SALVOS DA CEIA DE NATAL


Nessa semana que antecede o Natal alguns porquinhos ganharam uma segunda chance e a oportunidade de uma vida livre. Uma denúncia feita ao deputado estadual Feliciano Filho levou ao resgate, com a ajuda da polícia ambiental, de dois porquinhos na área urbana de SP. Os animais já estão num lugar seguro.
“No domingo pela manhã recebi uma denúncia gravíssima com imagens de um porco sendo morto com requintes de crueldade! Após várias marretadas na cabeça, ele ainda se mexia quando começaram a cortá-lo!!! Os seus gritos eram ensurdecedores!!! Doía na alma ouvir um ser gritar de dor e desespero, pedindo socorro!!! Além de tamanha crueldade, ainda fizeram tudo isto na frente de uma criança!”, conta o deputado. 



Na quinta-feira mais uma denúncia. Dessa vez a ONG Canto da Terra, de Santana (SP), também entrou em contato com Feliciano Filho para salvar 15 porcos, incluindo uma mãe e seus quatro filhotes, que estavam em uma casa aguardando o momento do abate. “Com apoio do deputado e do CCZ de Guarulhos, os animais foram salvos a poucas horas de serem mortos.  Acreditamos na transformação destas vidas. Vamos neste Natal celebrar a vida. Um momento de prazer pelo paladar da carne na mesa são duas vidas perdidas. A primeira é a vida de quem é comido e a segunda é de quem come. O primeiro vira cadáver e o segundo vive sem compaixão”, declarou em seu facebook  Magno Grilenzoni do Canto da Terra.
                                              

A gerente técnica do CCZ de Guarulhos, Lúcia Matias Ley, enviou uma viatura ao abatedouro clandestino e, depois do resgate, achou melhor manter os porquinhos no estabelecimento por alguns dias, antes de serem levados para uma ONG no Interior paulista: “Os porcos precisam de uma alimentação e instalação adequadas, então tratamos de criar esse ambiente para que se restabeleçam e fiquem aptos para viajar. Receberão os primeiros cuidados como desverminação, pulverização para parasitas e microchip”.
Feliciano Filho comemorou os dois resgates: “É por isso que há mais de 17 anos só participo de ceia de Natal e Ano Novo se for Vegetariana!
O próximo passo da ONG Canto da Terra (https://www.facebook.com/ongcantodaterra/?fref=ts) é castrar os porcos – uma ação que contará com ajuda de veterinários voluntários. Porém, a ONG pede ajuda para medicamentos e outros itens como: 15 fios nylon 0, 15 agulhas verdes, 15 agulhas rosas, - 15 pacotes grandes de gaze estéril, 15 pacotes com 50 unidades de campo operatório, 15 bisturis estéril número 22 ou 24, 5 litros de água oxigenada, 5 litros de álcool 70 e 5 litros de iodo. Ajuda financeira pode ser feita pela Vakinha emergencial https://www.vakinha.com.br/vaquinha/transporte-dos-porquinhos-para-o-santuario


 Dica de Leitura:
Não deixem de alugar o filme “A Menina e o Porquinho”. Belíssima história para crianças e adultos que fala da amizade entre uma garotinha e os animais da fazenda. O porquinho do filme é uma criatura encantadora que fica amigo até mesmo da Dona Aranha do paiol. Um filme adorável!
Nota da autora:
Foi justamente um Peru de Natal que me motivou a deixar de comer carne por meio do livro “Cândido Urbano – O urubu que queria ser gente”. Logo no começo da obra, o urubu Cândido se despede de seu amigo Peru, pois, é época de Natal e ele será abatido paras as festas. O livro mostra também o Peru se despedindo de sua família. Muito triste e tocante. É um livro bem antigo e que li na adolescência. Valeu a pena!
Fátima ChuEcco



domingo, 11 de dezembro de 2016

O LEÃO BARTÔ E SEUS AMIGOS PRECISAM URGENTE DE UMA CASA NOVA. AJUDEM!

                                      Bartô cresceu no Rancho. Foto: Biga Pessoa

Uma segunda campanha para construir as moradias animais: A partir de R$ 10 o contribuinte ganha homenagem em placas a serem colocadas no recinto dos grandes felinos, das aves e de outros animais abrigados pelo Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos. E o colaborador ainda pode escolher entre ter seu nome ou de outra pessoa e até mesmo de seu bichinho eternizado na placa de agradecimento

O Santuário Ecológico Ranchos dos Gnomos, localizado em Cotia (SP) e que atualmente abriga cerca de 200 animais entre selvagens, silvestres, exóticos e domésticos, vítimas de tráfico, circo, queimadas, desmatamentos, rinhas e abandono, já tem uma nova sede em Joanópolis (Interior de SP) comprada com a arrecadação de uma campanha realizada em 2015. Embora a campanha de financiamento coletivo tenha sido, até hoje, a maior em toda a América Latina em número de colaboradores (15 mil), a arrecadação de R$ 1 milhão não foi suficiente para também construir o recinto dos animais. O plano era vender a sede antiga, mas isso ainda não foi possível e os animais continuam em Cotia.

O propósito da primeira campanha era adquirir um terreno em Gonçalves (MG), mas a negociação não deu certo. No entanto, parece que, por outro lado, deu muito mais certo conseguir outro local. Uma incrível vibração positiva, formada por todos aqueles que ajudaram e torceram pelo Rancho, fez com que o casal vegano Marcos e Silvia Pompeu conseguisse um outro terreno que tem 172 mil metros quadrados e fica próximo à Serra da Mantiqueira. É um lugar maravilhoso, com muito verde, bem afastado da cidade e repleto de animais nativos, inclusive raros, como lobo guará e onça.

                                              Bugio do Rancho. Foto: Biga Pessoa

Outra vantagem do lugar é que já tem estruturas construídas para humanos. São várias casas de diversos tamanhos e, inclusive, com móveis deixados pelos antigos donos, que podem abrigar os fundadores do Rancho, funcionários, um centro veterinário e um espaço de quarentena para animais novos ou em tratamento. As despesas, daqui para a frente, serão com o transporte e construção da moradia dos animais. Porém, o Rancho só pode concretizar o sonho da nova sede com mais uma ajuda de pessoas de todo o Brasil. Trata-se de uma nova e “corajosa cruzada” que busca envolver um grande número de amantes de animais na campanha dirigida pela empresa Kickante pelo link https://www.kickante.com.br/campanhas/santuario-animal-construindo-nosso-recinto

Recompensa para toda a vida!
Dessa vez a recompensa é uma homenagem nas placas que ficarão dispostas na entrada dos recintos de animais selvagens (há 18 grandes felinos), silvestres, exóticos e domésticos, além de um especial para os idosos. O nome do contribuinte será perpetuado nesse magnífico espaço dedicado a salvar e preservar vidas. E isso a partir de uma participação mínima de R$ 10. Na nova sede haverá também um platô com belíssima vista para a Serra da Mantiqueira com as placas em homenagem aos contribuintes da primeira campanha.

Os primeiros inquilinos
Falar de Rancho dos Gnomos é falar de incríveis surpresas. Duas delas já tem nome: Loba e João Pequeno (vide fotos). Loba, que passava fome junto com o antigo tutor, foi “convidada” a se mudar para o Rancho. E claro que ela topou! Basta olhar para Loba para perceber o quanto ela está maravilhada com a nova vida e cercada de amor que nunca tinha recebido antes.

                                       Loba - uma segunda chance no Rancho

O caso de João Pequeno é fantástico.  Ele surgiu na estrada e começou a correr atrás da camionete que Marcos dirigia. Marcos e Silvia notaram pelo espelho retrovisor o esforço do cachorrinho em alcançá-los e pararam o carro no acostamento. O cãozinho então, sem nenhum receio ou cerimônia, pulou no colo de Marcos assim que ele abriu a porta. “Foi como se ele já nos conhecesse ou soubesse que podíamos cuidar dele”, conta Silvia.

João Pequeno parece mesmo ser “íntimo” do Rancho dos Gnomos. Rapidamente se adaptou ao lugar, recebe sorridente todos os visitantes e acompanha Marcos e Silvia em suas tarefas pela nova sede. Parece que conhece o casal há anos (ou de outra vida). Virou uma espécie de “hostness” (encarregado da recepção e guia local). E vale frisar: ele realmente sorri.

                                     Marcos Pompeu e o sorridente João Pequeno

Nova sede, novos cursos
Assim que a nova sede estiver concluída, com todos os animais devidamente alojados em suas moradias, projetadas para lhes dar qualidade de vida, o Rancho retomará sua grade de cursos e o Programa de Ecovoluntariado. Os cursos terão temas como direitos animais, alimentação vegana e permacultura, entre outros. O Ecovoluntariado estará aberto para todos que quiserem  vivenciar o dia a dia de um santuário, trabalhando nas tarefas cotidianas e ajudando a cuidar dos animais supervisionados pelos tratadores locais.

Trajetória do Rancho
O Rancho dos Gnomos atua há 25 anos no resgate e manutenção de animais das mais variadas espécies, incluindo leões que passaram a vida toda em  jaulas de circo. Bartô (vide foto) é o grande felino veterano do Santuário fundado pelo casal de veganos Silvia e Marcos Pompeu, em 1991. Em 1996, Bartô foi apreendido na casa de um fotógrafo que tinha comprado o leão ainda bebê de um circo para tirar fotos junto de crianças. Para protelar seu crescimento, a alimentação de Bartô consistia de apenas um copo de leite por dia, o que culminou em grave raquitismo.

                                   Leoas fotografadas por Biga Pessoa no Rancho

São tantas as histórias do Rancho que não caberiam num livro. Em cada cantinho bate um coração agradecido

Em 2003 chegaram ao Rancho, por meio da Polícia Militar Ambiental, duas leoas, Agna e Kiara. Elas foram abandonadas dentro de uma gaiola totalmente lacrada por solda e jogada no meio de um matagal na cidade de Jundiaí-SP. Hoje elas vivem com Baguá e Timbo (filhos de um casal de leões oriundos do Bwana Park do Rio – fechado quando constatada a situação trágica em que viviam os animais, morrendo de fome e de doenças). As leoas Biná e Hera foram vítimas de maus-tratos em circos com garras amputadas e queimaduras pelo corpo. Biná teve dente serrado e, decorrente disso, uma grave infecção na boca. Por pouco as duas não morreram.

Cerca de 10 mil animais já passaram pelo Rancho
O Santuário tem ainda onças-pardas, bugios, macacos-prego, preguiças, veados catingueiro, emas, lontra, quati e cães, gatos, araras, papagaios, gansos, burrinho, galinha d'angola... (Ufa! De perder o fôlego!). Uma infinidade de espécies. Uma verdadeira Arca de Noé com animais que enfrentaram um dilúvio, só que de maus-tratos. E sobreviveram... graças à pequena, mas dedicada equipe do Rancho entre funcionários e voluntários.
O Santuário oferece suporte 24 horas por dia aos órgãos oficiais brasileiros como o IBAMA, Polícia Militar Ambiental, Polícia Federal, Defesa Civil e Secretarias do Meio Ambiente no acolhimento desses animais. Realiza ainda um completo programa de educação ambiental pelo qual já passaram cerca de 25 mil crianças e jovens da rede de ensino. Recentemente, depois de recuperados pelo Rancho, 128 aves foram libertadas no Mato Grosso do Sul.

                                                   Silvia e Marcos com Dashan

Imensamente gratos!
“Sabemos que será uma nova grande empreitada, mas temos que retirar os animais da antiga sede com urgência. Esse lugar, em meio a natureza, fará uma diferença enorme na vida desses animais que já sofreram tanto. Estamos imensamente gratos por todos aqueles que colaboraram na primeira campanha e contando com a generosidade de todos novamente”, explica Marcos.

“O Rancho do Gnomos é o maior presente que recebi de Deus e sou eternamente grata por esta oportunidade que me permite caminhar ao lado desses seres incríveis e que chamo de irmãos. Ao longo desses anos conheci o verdadeiro significado da palavra Amor. A primeira campanha provou que juntos somos mais fortes. Agora estamos atravessando uma nova etapa e precisando que os corações se abram novamente”, declara Silvia.

                                             DETALHE na Nova Sede do Rancho


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

NOVIDADE!!!DENUNCIE MAUS-TRATOS AOS ANIMAIS ATÉ PELO CELULAR

                                                       Cinthya Pimentel com Nina
Hoje a causa animal teve em SP um grande avanço. Coisa de primeiro mundo! A partir de agora, pelo link www.ssp.sp.gov.br/depa já se pode denunciar maus-tratos a animais até pelo celular. É a DEPA – Delegacia Eletrônica de Proteção Animal que passa a funcionar dentro da Secretaria de Segurança Pública graças à Lei 16.303/16, de autoria do deputado estadual Feliciano Filho, sancionada pelo governador Geraldo Alckmin em setembro. As denúncias serão examinadas e direcionadas para as delegacias das regiões das ocorrências e o denunciante recebe, em até 10 dias, retorno sobre o andamento do caso.
“A denúncia pode conter fotos, vídeos e testemunhos. A DEPA só não atenderá casos urgentes, em que o animal corre eminente risco de vida, pois, nessas ocasiões, deve-se acionar a polícia militar. A DEPA contempla maus-tratos em geral, animais acorrentados sem comida ou água e que apanham, abandonados ou presos em imóveis, tráfico de animais silvestres, criadouros e abatedouros clandestinos, dentre outras ocorrências”, diz o deputado Feliciano Filho.
Segundo levantamento feito pelo Estadão, foram registrados 4,4 mil boletins de maus-tratos a animais de janeiro a julho desse ano em delegacias de todo o Estado. Desse total, apenas 426 casos foram denunciados na grande SP (9,6%), sendo os demais 3.974 em cidades do Interior e Litoral.
                                                             Marlene Menezes com Cat
“É uma média de apenas um ou dois casos denunciados por dia na Capital, apesar do grande volume de ocorrências de maus-tratos, muitas delas publicadas nas redes sociais. Isso acontece porque grande parte das pessoas não tem condições de ir a uma delegacia ou não quer ir para evitar constrangimento. Com a DEPA o número de denúncias aumentará e muitas vidas serão salvas”, comenta o deputado.
Da mesma opinião é a advogada Cinthya Pimentel, da Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB de SP: “A maior relevância da DEPA é possibilitar que um número muito maior de pessoas denuncie, inclusive, gente que não atua na causa animal. Até agora, quem se disponha a ir até uma delegacia fazer denúncia de maus-tratos era, geralmente, protetores ou ativistas mas, mesmo esses, por conta da morosidade e também porque esses casos nem sempre são tratados com a devida importância nas delegacias, acabavam desistindo da denúncia. Com a DEPA é possível ampliar o público de denunciantes pela facilidade de se usar a internet e recursos de um celular”.
Marlene Menezes Pereira, cuidadora de idosos de SP, está feliz com o fato de fazer denúncias de modo simples: “A DEPA será de grande ajuda aos nossos animaizinhos. Estou muito satisfeita com essa conquista. Já desisti de fazer denúncia por ter que ir a uma delegacia. Procuro ajudar como posso. Eu e uma amiga alimentamos alguns cães de rua e, se vejo algum animal em situação de risco, costumo me envolver sempre. Com a DEPA ficará bem mais fácil”.
                                            Roberto Blatt leva cão do CCZ para passear
“O atendimento eletrônico é uma tendência moderna, irreversível e muito bem-vinda, nestes tempos onde falta tempo para tudo. Desburocratizar a vida dos cidadãos é essencial e a DEPA vem contribuir para isto ao mesmo tempo em que ajuda os animais. Muitas pessoas que poderiam desistir de prestar queixas ou de denunciar por temer burocracia e perda de tempo poderão agora contar com um instrumento ágil”, comenta o engenheiro Roberto Blatt.
“Acredito que a Depa será um grande avanço para ajudarmos animais em situação de perigo, maus-tratos e abusos por humanos! A agilidade com que poderão ser feitas as denúncias farão a diferença no resgate e ajuda para os animais!”, comenta a dona de casa Giuseppa Mendes, de SP.
“Vale ressaltar que a DEPA não apenas incentiva e facilita as denúncias de maus-tratos como também pode gerar um mapa da crueldade animal em SP, identificando tipos de crimes mais comuns, localidades com mais denúncias e perfil dos agressores”, complementa o deputado. Um trabalho assim já é feito nos EUA. Segundo estudos do FBI ao longo dos últimos 30 anos, os psicopatas começam torturando e matando animais. Assim, o mapeamento de crimes de maus-tratos ajuda a prevenir ações de assassinos em série naquele país.
                                                            Giuseppa Mendes
Dez Motivos que fazem da DEPA – Delegacia Eletrônica de Proteção Animal essencial para a causa animal:
1)    Evita o constrangimento de ter de ir na delegacia – e muitas vezes não ser levado a sério – assim como cumpre o papel de uma delegacia especializada em crueldade animal;
2)    Permite o mapeamento de crimes contra animais ajudando também a salvar pessoas já que, segundo estudos, quem tortura animais geralmente é violento com outras pessoas;
3)      Agiliza as denúncias de maus-tratos conservando o denunciante em anonimato e, assim, protegendo-o contra represálias;
4)      Contribui para o fechamento de restaurantes que comercializam carne de cachorro e gato (cujo consumo é proibido no Brasil) e de abatedouros clandestinos;
5)      Ajuda a combater o tráfico de animais silvestres, lembrando que o Brasil é um dos países campeões n esse tipo e desmonta rinhas de cães, canários e galos;
6)   Ajuda a fechar criadouros de cães que mantêm fêmeas tratadas como meros objetos, separadas dos filhotes e submetidas a consecutivas crias;
7)   Ajuda a tirar da tortura animais mantidos em cordas, correntes ou expostos sob sol e chuva, sem alimento ou água;
8) Recebe vídeos e fotos do fato a ser investigado e devolve ao denunciante a resolução do caso após dez dias;
9)  Pune locais onde animais abandonados e adotáveis estejam sendo eutanasiados uma vez que a Lei Feliciano Filho extinguiu esse método bárbaro de controle da população canina e felina;
10)  Pune pet shops que mantêm bichos à venda em condições precárias ou, ainda, que utilizam meios dolorosos para conter animais durante o banho e tosa.
Fátima ChuEcco é jornalista ambientalista e ativista da causa animal

Uso de animais no ensino é desnecessário e ainda por cima é CRIME


Esta foi a conclusão da Audiência Pública realizada no dia 22 de novembro na Assembleia Legislativa de SP, com a presença de especialistas das áreas técnica e jurídica. Segundo os veterinários, médicos e juristas convidados, não há mais nada que justifique a continuidade do uso de cobaias no ensino, já que existem métodos substitutivos e, segundo a Lei 9.605, É CRIME fazer uso de cobaias havendo tais métodos disponíveis.
A cardiologista e professora Odete Miranda, da Faculdade de Medicina do ABC, por exemplo, conseguiu banir o uso de cobaias na faculdade em 2007. Ela formulou um dossiê com mais de 300 páginas com métodos alternativos, motivada pela reação de diversos alunos que não suportavam ver o sofrimento dos animais destinados para as aulas.“Eram cachorros muitas vezes arrastados do biotério até a sala de aula porque eles sabiam que iam morrer”, relatou ela na audiência.
A questão é nos colocarmos no lugar do outro. Imagine ser amarrado e levado contra sua vontade para uma sala de aula. Imagine alguém te pegar à força e fazer isso com você. Como aconteceu com o Perninha, cãozinho que foi cobaia por dois meses numa universidade de Minas Gerais e conseguiu ser liberado por ação judicial. Cortaram os ligamentos das perninhas dele, sofreu muito, mas conseguiu ser resgatado e agora aguarda adoção na ONG Cão Sem Dono.
Nós temos que mudar essa dolorosa situação. Muita gente não acreditava que seria possível o fim da carrocinha, da extração de peles, dos testes de cosméticos em animais, mas isso foi possível com a ajuda de todos. Agora temos mais esse desafio: libertar os animais da vivissecção no ensino. É uma tendência. Das 197 faculdades dos EUA e Canadá apenas quatro ainda usam cobaias.
Júlia Matera, professora da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, onde também não se usa mais animais, disse que usar e reutilizar animais no ensino é a mesma coisa que mantê-los num campo de concentração nazista. “Hoje ouço os alunos agradecerem por não terem que submeter um animal ao sofrimento. Os estudantes conseguem se concentrar melhor na aula e isso melhora o aprendizado”, contou.
A professora Júlia, inclusive, ganhou o primeiro lugar esse ano num Prêmio internacional destinado a métodos substitutivos ao uso de animais vivos. Ela deixou bem claro que os métodos substitutivos são humanitários, eficientes, respeitam a vida e, como podem ser repetidos diversas vezes, dentro e fora da sala de aula, facilitam o aprendizado.
A veterinária Paula Andrea de Santis Bastos, coordenadora da Comissão de Ética no Uso de Animais da FMU, disse que os alunos só treinam em animais que realmente precisam de auxílio veterinário.
O juiz federal Anderson Furlan assinalou que hoje podemos dizer que qualquer procedimento feito em cobaias na área do ensino já pode ser considerado crime, uma vez que existem métodos alternativos. “Não há escapatória para essa conclusão. Se tem método alternativo, quem usa cobaia comete um crime passível de pena. Além do mais, o uso de animais vivos no ensino não é requesito obrigatório para obtenção do diploma”.
Carlos Alberto Muller, presidente da Comissão Nacional de Especialidades Emergentes da CFMV disse que o Conselho também se mostra favorável aos métodos substitutivos e que fiscaliza as centenas de biotérios do país, muitas vezes locais de extrema angústia para os animais.
É por isso que criei o Projeto de Lei 706/2012. Livrar os animais dessa tortura contínua e absolutamente desnecessária no ensino é nosso dever. É uma missão que temos para com os nossos irmãos animais. O PL 706propõe que a utilização de animais no ensino se restrinja apenas a estudos observacionais em campo, exames clínicos que auxiliem o diagnóstico do paciente e animais que estejam de fato necessitando da intervenção de um profissional para restabelecimento de sua saúde, além de regulamentar a utilização de material biológico e cadáveres adquiridos eticamente.
Ou seja, todos os médicos e veterinários foram unânimes em dizer que a experimentação no ensino já passou da hora de acabar em nosso país. Além de dessensibilizar os alunos ainda prejudica o aprendizado, pois, conforme dito na audiência, para adquirir confiança e destreza imprescindíveis para o exercício profissional, é preciso praticar alguns procedimentos no mínimo 20 vezes – o que é viável apenas num cadáver, pois, no animal vivo treina-se poucas vezes.
Para aqueles que discursaram no campo jurídico ficou muito claro que a criminalização é uma realidade uma vez que hoje temos métodos substitutivos para todas as práticas, inclusive, existem diretores de universidades respondendo processo criminal.
A sociedade não suporta mais tanta crueldade que é totalmente dispensável. Os tempos são outros. Vamos evoluir e lutar juntos por mais essa conquista!

terça-feira, 15 de novembro de 2016

O QUE VOCÊ PENSA SOBRE USO DE COBAIAS NO ENSINO?


Esse é o Perninha - ex-cobaia da Universidade Federal de Viçosa (MG). Em 2015 ele passou dois meses em dolorosos experimentos que incluíam o rompimento dos ligamentos do joelho. Perninha era um cão sem teto, mas saudável. Após a tortura a que foi submetido junto com outros 13 cães, teve a liberdade decretada por ação judicial - um fato inédito no Brasil. Nunca antes um juiz havia decretado a soltura de cobaias em pleno processo de experimentação. Todos os companheiros de "cela" de Perninha e ele próprio tiveram sequelas e terão que tomar remédios o resto da vida. Perninha veio para SP e vive no abrigo da ONG Cão Sem Dono. É o único, das 14 cobaias, que não foi adotado. Ele manca um pouquinho, mas também sorri agradecido pela chance que lhe foi dada. O tratamento para o problema ao qual Perninha foi induzido poderia muito bem ser testado em animais que realmente tivessem a doença e precisassem de ajuda. Muitos cães morrem porque seus tutores não podem pagar tratamentos, no entanto, volumosas verbas ainda são destinadas para experimentos como esses.  Você concorda com isso?

A vivissecção no ensino é tema da Audiência Pública do dia 22 de novembro, às 18h, na Assembleia Legislativa de SP (Alesp), promovida pelo deputado estadual Feliciano Filho. O evento tem início com a exibição do documentário “Cobaia – Os Porões da Ciência”, de Marcos Spallini e que conta com a participação do biólogo Sérgio Greif, conhecido defensor dos métodos substitutivos. Presença de Perninha (foto).

A vida das cobaias se resume a um sofrimento que pode durar dias, semanas, meses e até anos. É uma das piores atrocidades do ser humano contra outros animais. No entanto, esse tipo de exploração, ao menos no ensino, tem chance de terminar já que são muitas as ferramentas que substituem animais vivos com eficiência, tornando o aprendizado ético e muito mais rico sob vários aspectos em faculdades de medicina, medicina veterinária, biologia, psicologia, odontologia e ciências farmacêuticas.

“A utilização animal vem sendo cada vez mais questionada no meio acadêmico e pela população em geral, seja por questões éticas ou científicas. Há uma crescente tendência da sociedade em trazer os animais para uma esfera moral, reconhecendo-os como sujeitos de direito. As mais importantes universidades do mundo têm abandonado o uso de animais”, comenta Feliciano Filho.

O deputado pretende, por meio do Projeto de Lei Nº 706 de 2012, que a utilização de animais no ensino se restrinja apenas a estudos observacionais em campo, exames clínicos que auxiliem o diagnóstico do paciente e animais que estejam de fato necessitando da intervenção de um profissional para restabelecimento de sua saúde. O PL regulamenta ainda a utilização de material biológico e cadáveres adquiridos eticamente.

O evento contará com a presença do juiz federal Anderson Furlan (que participou recentemente da audiência pública sobre a vaquejada), Júlia Matera, professora da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP (premiada em concurso internacional sobre métodos substitutivos ao uso de animais no ensino) e Odete Miranda, professora da Faculdade de Medicina do ABC, onde desde 2007 não se utiliza mais animais nas aulas, dentre outros convidados (vide programação).



Brasil já utiliza métodos substitutivos
A professora Odete Miranda orquestrou um minucioso processo para abolir o uso de animais na Faculdade de Medicina do ABC: “Numa ocasião um cachorrinho era arrastado para dentro da sala de aula gritando de desespero e traumatizando os alunos. Naquele dia decidi fazer algo a respeito”. Depois de várias etapas de convencimento envolvendo alunos, docentes e a direção da escola, além de montar um dossiê de métodos substitutivos com mais de 300 páginas, a professora conseguiu, em 2007, por fim ao uso de animais na faculdade.

A nefrologista Sabrina Polycarpo se formou na Faculdade do ABC: “Os animais foram abolidos no meu último ano de faculdade, então eu infelizmente peguei muitas aulas com animais. Sempre achei 100% desnecessário e cruel e me lembro, principalmente, com muita dor, das aulas com cachorros. Eu ficava a aula toda atrás do responsável pela anestesia preocupada com o animal sentir dor. Nunca fiz qualquer procedimento em nenhum, sempre me recusei. Graças a Deus isso acabou. A professora Odete sempre foi conhecida pelo ativismo contra essas práticas”, conta.

A professora Júlia Matera também se sentia incomodada com o uso de animais vivos na USP, afinal, eram mais de 300 por ano recolhidos do CCZ. Ela pesquisou métodos modernos e esse ano ficou em primeiro lugar no concurso “Métodos substitutivos ao uso prejudicial de animais no ensino humanitário da Medicina Veterinária e Zootecnia na América Latina” promovido pela World Animal Protection. Hoje a USP utiliza cadáveres cedidos pelo seu Hospital Veterinário. Todos os alunos passaram a realizar os procedimentos e, inclusive, repeti-los. 

Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 90% das faculdades de Medicina não utilizam mais animais em experimentos, entre elas, instituições conceituadas, como Harvard, Stanford e Yale. Na Grã-Bretanha e Alemanha 100% as faculdades de medicina não utilizam mais animais em experimentos. Segundo o Comitê Médico para a Medicina Veterinária Responsável (com sede em Whashington), das 187 faculdades existentes nos EUA e Canadá, apenas quatro ainda utilizam animais vivos.

“A utilização de animais vivos tem o potencial de dessensibilizar o estudante, podendo fazê-lo perder o senso de reverência e respeito à vida. Já a utilização de métodos substitutivos condiz com a formação de profissionais mais sensíveis e humanitários”, afirma Feliciano.

Salvar ou tirar vidas?
A Lei Federal 9.605 de 1998 (Lei de Crimes Ambientais), em seu artigo 32, parágrafo 1º, estabelece que é crime a realização de procedimentos dolorosos ou cruéis em animais vivos, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. Por sua vez, o Concea – Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal diz que havendo métodos alternativos ao uso de animais vivos, as instituições de ensino devem adotar ferramentas mais modernas.

Métodos substitutivos existem e estão cada vez mais sofisticados.  Os simuladores bovinos avançados, por exemplo, têm complexo sistema de órgãos internos que permitem a prática de apalpação cólica e parto. São muitos os simuladores caninos que permitem o treinamento de inúmeros procedimentos como suturas, injeção venosa, cirurgias, raio X, entubação, estabilização espinhal, técnicas de bandagem, ressuscitação boca-focinho, acesso jugular e vascular. Outros simuladores, como o de felinos e de ratos, são igualmente realistas. Além disso, existem softwares de alta qualidade que utilizam inteligência artificial e métodos in vitro.

Programação
18h
Exibição do documentário Cobaia – Os Porões da Ciência
19h
Audiência Pública “Uso de animais vivos no ensino: Ainda é Necessário?”
Página do facebook https://www.facebook.com/events/1128698350549651/
Convidados:
Anderson Furlan – juiz federal (Maringá –PR)
Carlos Alberto Muller - Presidente da Comissão de Especialidades Emergentes do CFMV Conselho Federal de Medicina Veterinária
FAJ – Faculdade de Jaguariúna  - Professor Flavio Pacetta, Diretor de Campus da Faculdade Jaguariúna
Júlia Matera – professora da  Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP
Odete Miranda – professora da Faculdade de Medicina do ABC
Paula Andrea de Santis Bastos –  professora da FMU e membro da Nuvet – Núcleo de Medicina Veterinária e Espiritualidade
Aurea Cruz Garçon – Coordenadora do Nucleo Cultura de Células  Instituto Adolfo lutz
Luciana Knopp – biomédica e professora da Faculdade Federal de Salvador
Maru – veterinária da Natureza em Forma
Neimar Roncati – diretor Faculdade de Veterinária Anhembi Morumbi
Paulo Anselmo – veterinário e diretor do Depto de Proteção Animal de Campinas
Adriana Leite (dermatologista) e Fernanda Bayeux (advogada), da Cosm-éticos
Local:
Auditório Paulo Kobayashi
Alesp - Av Pedro Alvares Cabral, 201, Parque Ibirapuera
Fone  (11) 3886-6000








Calendário ajuda cães do CCZ de SP

                                                      Angel do CCZ
 
Com apenas 5 reais é possível comprar o calendário "Adote um amigo" do Projeto Melhor Amigo, formado por voluntárias do CCZ de SP. O calendário contém fotos dos cães que estão há anos esperando adoção, assinadas por Simone Ferrarese. As ilustrações, que deram graça as fotos colocando patins e outros acessórios nos cachorros, são de Caio Tabuso. É um calendário de mesa que mostra a importância desse Projeto na vida desses animais e que, junto com o Projeto Cãominhada, oferece um pouco de qualidade de vida para cães que passam dia e noite em baias. Aos domingos, salvo os dias de chuva, qualquer pessoa pode dar um pouco de carinho e levar os cães do CCZ para passear. Mas o que eles precisam mesmo é de um lar para chamar de seu. Assim, o calendário funciona também como uma pequena vitrine dos candidatos a uma família humana. Compre, dê de presente, coloque na mesa do escritório e ajude esses animais carentes de quase tudo, mas especialmente de carinho. Para mais informações acesse a página do calendário no facebook https://www.facebook.com/melhoramigosp.ccz/






segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Pele – cada um tem a sua! E é bom que continue assim!


Em pleno século XXI, o homem ainda lembra um pouco aquele do “tempo das cavernas” quando a pele dos animais era a única coisa que ele podia usar para se proteger do frio. O tempo passou, o ser humano evoluiu, mas muita gente estacionou no passado e continua pagando fortunas por um casaco de peles. Aliás, um casaco feito com pele de chinchila pode exigir a morte de 50 a 200 desses animais e das formas mais brutais. E uma triste notícia: os maiores produtores são a Argentina e o Brasil.
Felizmente, pelo menos no Estado de SP, a Lei Nº15.566 de 2014, do deputado estadual Feliciano Filho, proíbe criação ou manutenção de qualquer animal doméstico, domesticado, nativo, exótico, silvestre ou ornamental com a finalidade exclusiva de extração de peles. Em SP havia uma fábrica de horrores até a sanção dessa Lei.

“Foi com muita emoção que assisti essa vitória. Agora, esta é uma atividade ilegal, passível de denúncia, fiscalização e as devidas punições legais. Desde vinha trabalhando muito para realizar mais este sonho”, revela o deputado. Segundo ele, a  Lei Nº15.566 salvará milhares de vidas: “São animais que vivem em cubículos muito pequenos, mal podendo se mexer, para depois serem mortos de forma cruel para satisfazer a vaidade humana. Isto é inadmissível. Só nós, protetores que amamos os animais, sentimos e sofremos por saber o quanto eles sofrem”, comenta.
Sofrimento é mesmo a palavra-chave da extração de peles. Num famoso dedicado aos produtores de peles de chinchila para fins de vestimenta diz: “O abate pode ser feito por asfixia química, eletrocussão ou desnucamento, devendo-se sempre ter o máximo cuidado na hora da execução para não afetar o pêlo do animal. O método mais comum é o por desnucamento, bastante rápido. Consiste em segurar o animal pela cauda e cabeça e mantendo-o estendido deslocar a cabeça para trás.”

Ocorre que muitos animais continuam vivos após o desnucamento e têm suas peles arrancadas nessa dolorosa condição.  Que SP sirva de inspiração para o resto do país onde a chinchila continua vítima desse cruel comércio.

PENSE FORA DA CAIXA

Dianna ilustra a expressão “Pensar fora da Caixa” que vem do inglês “Think outside the box” e significa pensar de forma criativa, livre...