terça-feira, 4 de abril de 2017

Todo dia é DIA dos Animais de Rua


O Dia Mundial dos Animais de Rua é comemorado em 4 de Abril, mas na verdade, todo dia é dia de se lembrar deles e lutar por seus direitos

Uma forma de fazer isso é conhecendo os episódios que culminaram na aprovação da Lei Feliciano, que proíbe a matança de animais pra fins de controle populacional e configurou-se em um ato histórico, divisor de águas e verdadeira mudança de paradigma, proibindo uma prática arcaica, ineficaz e desumana
Em 2010 várias organizações holandesas de proteção aos animais realizaram a Primeira Conferência de Animais de Rua, contando também com a presença de entidades de outros países. Durante o evento surgiu a ideia de se instituir uma data em homenagem aos “vira-latas”. O dia 4 de abril foi escolhido por fazer alusão ao Dia 4 de Outubro, que é quando se comemora o Dia Internacional dos Animais.

No Brasil, até 16 de abril de 2008, os animais de rua ou que foram parar na rua por abandono ou por se perderem de suas famílias, eram capturados pelos CCZs de todo o Brasil. Eles eram enviados a universidades para servirem de cobaias ou mortos na câmara de gás, entre outros métodos brutais de extermínio. Tomo mundo temia as chamadas “Carrocinhas”.
O alívio, pelo menos em SP, veio no dia 17 de abril de 2008, quando foi publicada a Lei 12.916/2008 (Lei Feliciano) que passou a proibir a matança indiscriminada de animais como forma de controle populacional pelos Centros de Controle de Zoonoses (antigas Carrocinhas) e canis municipais.

O deputado estadual Feliciano Filho, autor da Lei, conta que já nasceu protetor de animais: “Durante toda a minha vida fiz muitos resgates, porém, alimentava o sonho de realizar um trabalho maior, que ajudasse grande número de animais de rua”. A oportunidade veio em 17 de abril de 2001 quando o deputado foi até o CCZ de Campinas procurar por sua cachorrinha desaparecida.
“Não havia água ou comida para os animais e eles já estavam praticando canibalismo, se matando e se comendo, no meio das fezes! Fiquei tão horrorizado com o que vi que prometi que daquele segundo em diante dedicaria a minha vida aos animais e lutaria para acabar com as mortes nos CCZs. O primeiro passo foi logo no dia seguinte, em 18 de abril. Consegui lacrar a câmara de gás do CCZ de Campinas e fazer um acordo com a diretoria”, continua o deputado.
Feliciano então se dispôs a fazer inúmeras feiras de adoção para dar uma segunda chance aos cães mantidos no local.  Durante meses mergulhou num trabalho intenso, com a ajuda de voluntários: “Foi um movimento forte e inédito pelos animais de Campinas. Deu muita mídia e repercussão. Todo mundo queria ajudar e, de fato, centenas de vidas foram poupadas”, conta.
Mas um dia o deputado foi informado que o CCZ sacrificaria dezenas de animais. “Corri para lá e encontrei diversos corpos de animais no freezer. Na sala de eutanásia havia um cãozinho imobilizado na mesa e um veterinário com uma seringa nas mãos. Sob muita tensão consegui brecar o procedimento. Falei que estava agindo dentro da lei ao defender aqueles animais e que não sairia da sala enquanto os veterinários e o cãozinho não saíssem também. E assim foi feito!”, relembra.
                                                            Feliciano Filho e Save
Feliciano adotou o cãozinho e batizou-o de Save, uma referência ao verbo “salvar” em inglês. “Ele ficou muito traumatizado e foi preciso muito carinho para a sua recuperação. Save viveu por mais 10 anos e tornou-se o símbolo da luta contra a matança indiscriminada nos CCZs e canis municipais", conta o deputado.
A Lei Feliciano também protege os “Animais Comunitários” lembrando que “cão ou gato comunitário” é aquele que estabelece com a comunidade laços de dependência e manutenção, embora não possua responsável único e definido, e, desde 2008, só podem ser recolhidos para esterilização e registro, devendo ser devolvidos aos locais de origem.
A Lei Feliciano já foi reproduzida em 20 Estados e, inclusive, está de acordo com o que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ou seja, que a castração de animais de rua é a melhor forma de controle populacional.

quinta-feira, 30 de março de 2017

LIVRO ÁGHATA BORRALHEIRA & AMIGOS - TOCANDO CORAÇÕES

O livro reúne três histórias, todas com personagens reais para incentivar a amizade, o respeito à diversidade, a inclusão, a solidariedade e o amor. Uma obra "tocante", cheia de fotos coloridas, para amantes de gatos, de animais, educadores, pais, tios, avós, adultos e crianças. A compra pelo site dá direito de receber o livro em casa e participação em filmes da Ághata Borralheira. À venda em https://www.catarse.me/AghataBorralheiraBook



quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

BELO VIDEO DO SANTUÁRIO ECOLÓGICO RANCHO DOS GNOMOS


Video de Luli Sarraf, com fotos de Biga e música de Nana Lacerda e Bruno Moreno composta especialmente para o Rancho. Participem da campanha para construção dos recintos dos mais de 200 animais na sede nova. Com apenas R$ 10 a pessoa já ganha nome nas placas que serão colocadas na entrada das moradias dos animais. Acesse www.kickante.com.br/ranchodosgnomos

ELES ESTÃO DESAPARECENDO E POUCA GENTE SE IMPORTA COM ISSO

MATÉRIA DA FOLHA DE 20 DE JANEIRO




segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

SÉRIE SEM VOLTA É GENIAL E ELETRIZANTE



Muita emoção na série exibida na Record às 22h30 e que termina na próxima sexta, dia 20. O roteiro é fascinante, forte, envolvente. O elenco é excelente. O cenário de te tirar o fôlego. É uma série cinematográfica - não é à toa que obteve patrocínio da Ancine. Cada um dos personagens está perfeito. A história é muito, mas muito interessante. Tudo de máximo profissionalismo. Mas ainda existe um preconceito com relação à Record e muita gente deixa de assistir um trabalho de excelente nível como esse apenas porque passa na emissora evangélica.

Percebi isso ao comentar com alumas pessoas minha empolgação com a série. Mas a maioria não quis nem saber. Logo encerrou o papo dizendo que não assiste novela da Record. Ainda que exista bastante gente intolerante à religião evangélica, que culpa têm os atores, diretores e roteiristas? E essas pessoas criticam sem nem sequer assistirem um capítulo. Puro preconceito.

Não sou evangélica, mas de uns tempos para cá me dei a oportunidade de experimentar produções da Record e me encantei. É um show de talento, cenários, figurino, beleza... e com temas que até então a gente não via na TV. A série Sem Volta que, aliás, também tem excelente sonoplastia, é uma espécie de reality show na selva recheado de emoções fortes. A gente vive o desespero pela sobrevivência junto com os atores.... e se questiona: como agiríamos no mesmo lugar deles?

O personagem Solis, que de matador se torna salvador da pátria, é um espetáculo de interpretação. Sua ambiguidade e transformação durante a dura experiência com o grupo de montanhistas é um elemento fascinante na trama. Mas confesso que algumas cenas, fora do Pico da Agulha onde os personagens se perdem, me causaram desconforto. Em particular a do bebezinho recebendo uma mamadeira com cocaína. Aquilo doeu na alma. Inimaginável alguém fazer uma coisa dessas com um bebê. E acho que deveriam ter mostrado algum tipo de salvamento da criança. Foi muito angustiante ver o bebê diante dos pais mortos e com uma mamadeira de coca. Essa é a única cena que eu ão gostei de ver. Mas no geral, que roteiro brilhante. Essa série merece um prêmio!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

FIM DOS TESTES DE ANIMAIS PARA COSMÉTICOS



É sobre isso que trata a matéria especial da revista Vegetarianos de Janeiro. Mostra que a sociedade e muitos pesquisadores já entendem que, além das razões óbvias e éticas, o modelo animal é menos seguro e eficiente que os métodos substitutivos. Aliás... o correto, para quem deseja a abolição animal, é usar o termo substitutivo e não alternativo. O método substitutivo não usa animais e nem ingredientes de origem animal em nenhuma etapa da experimentação... não refina nem reduz o numero de animais... simplesmente não usa animais.

Na mesma matéria fala-se da Lei 15.316, do deputado estadual Feliciano Filho, que proíbe em SP os testes em animais na indústria de cosméticos e produtos de limpeza. Um avanço que já está sendo copiado em outros Estados. A vivissecção é, sem sombra de dúvida, uma das piores atrocidades contra os animais. É um sofrimento contínuo, longo... uma insensatez.

Mas se vários países já entenderam isso e estão impedindo tanto a produção com uso de animais quanto a compra de produtos testados em animais, ainda falta atualizar dois outros importantes eixos:  abolir o uso de animais no ensino (o que já é perfeitamente possível graças a inúmeros novos métodos muito mais eficientes para o aprendizado) e na pesquisa científica (onde ainda resistem muitos pesquisadores adeptos da Velha Ciência, tradicionais e com pouca disposição para mudanças que só viriam a beneficiar os humanos).

Vejam a matéria:





O EGITO FOI UM INFERNO PARA OS GATOS



Segundo matéria da revista SuperInteressante, existe um engano ao pensarmos que o Antigo Egito foi um paraíso para os gatos, onde eram admirados e protegidos. A reportagem explica que eles eram sim admirados, mas criados para serem oferecidos aos deuses e isso chegou ao ponto de ser feito em escala industrial. Em um só templo foram encontradas 300 mil múmias felinas. Fazer múmia de gato era mais barato que fazer gato de bronze como oferenda aos deuses.  Por isso, os gatos eram criados em espaços confinados e até filhotes viravam múmias. Grande parte das oferendas eram dirigidas à Deusa Bastet que tinha a cabeça de um gato. Essa matéria mostra que não existia nenhum glamour na vida do gato no Antigo Egito. Claro que muitos deles foram amados e protegidos, enfeitados com ouro e tinham uma vida de rei. Mas a grande maioria foi sacrificada para agradar a deuses. Abaixo trecho da matéria, realmente superinteressante, que fala disso.


GATOS EXÍMIOS CAÇADORES

A mesma matéria fala também sobre a destreza dos gatos em relação à caça. Bem... em se tratando do atual gato urbano, inserindo em casas desde pequenos, não dá pra dizer o mesmo. Os que vivem nas ruas, por uma questão de sobrevivência, até podem ser mais caçadores, mas os que vivem nos sofás dificilmente caçam alguma coisa sem ser grão de ração. Alguns deles até tentam pegar um mosquito ali, uma baratinha acolá... mas a chance de sucesso é pequena. Muitos gatos criados em casas com humanos sequer se interessam em caçar moscas. Outros não ligam para pombas ou passarinhos.

Caçar ou não caçar depende, hoje em dia, de índole muito mais que de instinto. Como nós, todos os animais evoluíram  e o comportamento deles deixou de ser padrão há muito tempo. 

Uns são exímios caçadores, mas outros totalmente desinteressados em caçar. Uns são mais arredios e outros supercomunicativos. Tem os tímidos e os supersociáveis. Tem gato que mia muito como forma de se expressar e outros que quase nunca miam. Isso porque são personalidades diferentes mesmo em se tratando de gatos da mesma raça e até mesmo criados sob o mesmo teto e condições. Cada um é de um jeito. Isso é fato. E quem tem gatos sabe disso.



COMO SURGIU A PERSEGUIÇÃO AOS GATOS PRETOS?


Para contar como o gato de cor negra acabou sendo tratado como animal maldito é preciso lembrar que ele começou a ser brutalmente assassinado muito antes do período conhecido como “Caça às Bruxas”, quando muitas mulheres foram queimadas vivas diante de uma plateia insana que vibrava com cada execução em praça pública. Os gatos foram decretados inimigos da humanidade pela Igreja Católica e não se sabe bem o motivo uma vez que na Bíblia não há nenhuma menção favorável ou negativa referente aos gatos. Eles simplesmente não são citados em nenhuma passagem bíblica.
O Papa Gregório IX, em 1232, fundou a Santa Inquisição que durante seis séculos perseguiu mulheres, homossexuais, judeus, ateus, gatos e seus admiradores. Ele afirmava que “o diabólico gato preto, cor do mal e da vergonha, havia caído das nuvens para a infelicidade dos homens”. A estratégia da Igreja Católica da época para atacar os celtas foi pregar que eles eram bruxos.

Como os celtas costumavam viver isolados e rodeados de gatos, os animais foram associados as trevas, especialmente por terem hábitos noturnos. Para se ter uma ideia da barbárie cometida contra os gatos basta citar que foram emparedados vivos para garantir a solidez de casas, igrejas e castelos. Foram lançados do alto de muralhas e, como todos sabem, queimados vivos junto com as bruxas.
Mas o extermínio dos gatos teve graves consequências. Entre 1347 e 1350 a Europa sofreu com a Peste Negra ou Bubônica. A bactéria Yersinia pestis residia na pulga do rato preto indiano que chegou à Europa por meio de embarcações. Como última alternativa de controle da doença os gatos foram readmitidos nas cidades e somente assim a epidemia teve fim.

Uma missão tão fundamental poderia ter absolvido os felinos de novas perseguições, porém, mais uma vez a Igreja culpou os gatos pela peste e deu continuidade a uma dura perseguição.



Exatamente um século depois, em 1450, o assassinato, principalmente de mulheres, se intensificou a ponto de sinais como verrugas e sardas serem, para os católicos, indício de que as pessoas tinham pacto com o demônio. Mas não era só isso. Muitas dessas mulheres foram ganhando inimigos porque eram curandeiras. Elas conheciam muito bem ervas, atuavam como enfermeiras e parteiras.
Obviamente, a classe médica que era majoritariamente masculina, não gostou da atuação delas. A partir disso criou-se uma histeria na comunidade e as bruxas passaram a ser odiadas por todos e, de quebra, também os gatos que, normalmente, conviviam com elas e já traziam um longo histórico de perseguição por parte da Igreja Católica.

Em 1484, outro Papa, Inocêncio VIII, novamente declarou ódio aos gatos e milhares de pessoas foram torturadas para confessar que atuavam junto a Satanás. Quando não confessavam eram queimadas vivas e se confessassem tinham a “misericórdia” de serem estranguladas antes de serem jogadas na fogueira.
Para ser considerado um feiticeiro bastava ter um gato.
O Dia de Todos os Santos passou a ser comemorado com o arremesso de sacos cheios de gatos vivos para dentro de fogueiras. Rituais com tortura de gatos foram também acrescentados as comemorações de São Vito e Páscoa.
A Caça às Bruxas só teve fim por volta de 1750, ou seja, 300 anos depois.
                                                        Campanha da Ampara Animal
No século XVIII a Igreja Católica aboliu leis contra a feitiçaria e não mais pregou contra os gatos. O cardeal Richelieu, inclusive, teve muitos gatos, mas um deles, preto, era chamado de Lúcifer. E um dado interessante: Isaac Newton, que na época já gozava de prestígio, motivou a simpatia pelos felinos criando a portinhola, muito comum na Europa para que os gatos pudessem entrar e sair das casas.

No século XIX são aprovadas na Inglaterra as primeiras leis para combater crueldade contra animais e criadas organizações em defesa dos bichos. De lá para cá admiradores dos felinos, muitos bem famosos, foram surgindo. Lord Byron escreveu “O gato possui a beleza sem a vaidade, a força sem a insolência, a coragem sem a ferocidade, todas as virtudes do homem sem os vícios”. Victor Hugo, Charles Baudelaire, Mark Twain, Pablo Neruda, Chopin, Liszt, Monet, Renoir, entre outros também se declararam amantes dos gatos


Penso, logo, existo e me expresso! Decifre o que eles estão sentindo!

Embora o filósofo Descartes tenha ficado mundialmente famoso com a frase "Penso, logo, existo" que na época foi associada apenas a...