Alguns gatos parecem "evaporar". E então seus tutores saem desesperados em busca deles e muitos cometem um erro fatal: ficam rodando as ruas do bairro (muitas vezes até de carro) e esquecem de focar nas casas da vizinhança mais próxima.
Essa história ocorrida, em abril deste ano, traz duas DICAS para quem perdeu um gatinho. A primeira é que ele pode estar bem mais perto do que se imagina, aliás, na casa ao lado ou que faz fundos com a sua. A segunda DICA é que estabelecer uma conexão mental com o bichano pode fazer uma diferença enorme na busca.
A Andressa Almeida, de SP, já estava desperdiçando seu curto tempo andando pelo bairro em busca da gatinha Irene quando, por orientação da BuscaCats, decidiu focar no próprio quarteirão. A tarefa era difícil porque sua gatinha entrou num daqueles terrenos imeeeeensos de antenas da Enel, cheio de mato, ao lado da sua casa.
Foi uma maratona recuperar Irene e Andressa envolveu a família toda: a avó, mãe, irmão e também o vigia do terreno da Enel onde havia galinhas, coelho e muito lugar para a gatinha se esconder. Aliás, ela provavelmente esteve zanzando por cinco dias nesse terreno antes de ser encontrada sabem onde???
Encontrada na casa bem atrás da sua... separada apenas por um muro!
Irene tem 5 anos e é castrada. Então fica o alerta de que mesmo castrados, os gatos podem sim se aventurar na rua se tiverem chance. É totalmente Mito que gato castrado não sai de casa. Podem até ficar mais sossegados, mas experimentar a liberdade será sempre uma tentação.
E reparem que a "escapada" não foi por falta de companhia de outros gatos, pois Irene convive com Zé Maria, Lucrécia e Joaquim. Andressa acredita que fechou Irene acidentalmente fora de casa, na laje. E dalí ela desceu para a garagem e depois foi para a rua.
Tinha opção de ficar quietinha na garagem que, aliás, tem passagem para a ala dos cachorros que ela é habituada a entrar. Mas a curiosidade coçou suas patinhas e lá foi ela se lançar num mundo desconhecido deixando todo mundo louco.
Felizmente, Andressa focou a vizinhança explorando imóveis do seu quarteirão, falando com diversos moradores e ganhando aliados. Vizinhos a avisaram sobre casas onde a gatinha andava circulando.
Uma manhã sua avó ouviu um miado que vinha da rua detrás, mas as tentativas de encontrar a gata foram em vão.
Naquela noite Andressa buscou se conectar com Irene mentalmente:
"Fiz o que a consultora da BuscaCats falou e pedi muito para Irene fazer contato comigo e me mandar um sinal para encontrá-la. Então, pela manhã, bem na hora que fui para a cozinha, escutei um `miau´ e reconheci que era dela. Subi na escada encostada no muro e a vi sentadinha na lavanderia da casa que dá para os fundos da minha. Comecei a gritar para moradora segurar a Irene lá e o filho dela pegou minha gata entregando-a para mim por cima do muro".
Gravem essas DICAS: explorem a vizinhança e façam conexão mental com o gatinho perdido. E jamais se acomodem na ideia de que "o gato volta sozinho". Embora uns consigam fazer isso, muitos outros, como Irene, precisam ser resgatados e o quanto antes porque as ruas são repletas de perigos.
Texto: Fátima ChuEcco, jornalista especializada em gatos, fundadora e consultora da BuscaCats