sábado, 23 de junho de 2018

A causa animal perdeu um protetor de mão cheia e peito aberto




Juka Sobreiro partiu deixando um legado de amor aos animais e 40 cães em Cotia

A morte por infarto foi na manhã do dia 23 de junho

Sabe aqueles protetores com DNA totalmente voltado para a causa animal? Esse era o Juka, sempre metido em resgates, mutirões, feiras de adoção e ações que fizeram história na proteção animal de SP e do Brasil.  No massacre de cães de Santa Cruz do Arari, em Belém do Pará, Juka teve uma participação excepcional e, inclusive, trouxe para SP o Boneco (cãozinho sem as patas dianteiras que encontrou se arrastando pelas ruas de Belém), o cão Pelpo e o gatinho Zelpus. Ele também participou ativamente nas manifestações contra a fábrica de pele de chinchilas e nas do Instituto Royal, ambos em SP.

O charmoso e bem-humorado publicitário, que partiu o coração de muitas protetoras, acabou deixando a carreira para se dedicar aos animais. De vegetariano passou a ser vegano, e sempre trazia nos lábios um sorriso não importando qual fosse a situação. Ainda posso vê-lo levando tudo com leveza e dizendo uma frase típica dele: “Simples Assim!”. Juka era muito entusiasmado e acabava contagiando outras pessoas para protestos e ações diretas em defesa dos animais.

Ele acalantava um sonho há muitos anos: ter seu próprio hotelzinho para cães e gatos para com o dinheiro poder cuidar de animais que ele resgatava mas não tinha onde colocar. Concretizou esse sonho dois anos atrás, ocasião em que aproveitei para fazer uma matéria na ANDA e que pode ser acessada no link https://www.anda.jor.br/2016/11/lares-temporarios-se-profissionalizam-e-viram-hoteis-para-caes-e-gatos/

Em seu último post no facebook, no dia 22 de junho, uma foto com filhotinhos de gato chama a atenção. Nela, ele diz: “Festa dos filhotes. Ambiente relaxado ajuda no tratamento”. Uma prova de que Juka, até seus últimos momentos, continuava trabalhando pelos animais e estava feliz com a missão que abraçou.

Recentemente estava deixando o hotel em Cotia, feito com tanto carinho, por reclamação de vizinhos. Estava indo para Mairiporã com 40 cães que resgatou e mais alguns hospedados, mas não deu tempo de concluir as obras e os animais permanecem em Cotia. Por isso, fica aqui um APELO a todos que admiravam o trabalho de Juka Sobreiro:


COMO AJUDAR OS AMADOS ANIMAIS DE JUKA SOBREIRO
A protetora Paula Canazza, companheira de luta de Juka até seus últimos dias, está próxima da chácara que seria a nova sede do hotelzinho do protetor.  Paula não tem a menor condição de assumir ou hospedar os cães porque já cuida de 101 cachorros e 22 gatos numa situação muito delicada nas finanças. Mesmo assim ela ficará com Boneco e Pelpo, os dois grandes amores que Juka trouxe do Pará. O gatinho Zelpus já tem adotante.

Ela vai tentar instalar todos os cães na chácara alugada por Juka até ver o que pode ser feito. E, para isso, Paula precisa de ajuda para tudo, inclusive para transportar os cães de Cotia para Mairiporã e também: ração de cachorro, produtos de limpeza e, claro, ajuda financeira porque tem as despesas de aluguel, água e luz. E as adoções desses animais são urgentes. 

Paula e Juka tinham uma profunda admiração um pelo outro, portanto, ajudando a Paula estaremos enviando ao Juka um reconfortante abraço dizendo: “Amigo querido... não se preocupe e descanse... sorria de novo nesse seu novo caminho porque vamos ajudar seus amados animais... Simples Assim...”

Por favor... contatem a Paula pelo whats 11- 98630-3541
Contas da Paula
Caixa econômica 
Agência 1103
Conta poupança 0827-8
Paula Canazza da Silva 
CPF 302.485.308-10
Ou
Itaú 
Agência 2777
Conta corrente 01919-7
Caroline Canazza da Silva Poupet

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Boi pula de navio, nada 10 km e se torna símbolo de resistência



Imaginem como seria nadar por quase 10 km num mar extremamente frio a fim de se salvar da morte. Foi exatamente o que fez um boizinho na madrugada do dia 14 de junho (uma das mais frias do ano) depois de pular do navio Aldelta, que estava atracado no Porto de São Sebastião (litoral norte de SP), durante a operação para carregamento de 5 mil animais rumo a algum país do Oriente Médio.
A vontade de viver fez com que esse boizinho sobrevivesse até as 7 horas da manhã em plena água gelada, quando foi avistado por uma pequena embarcação. Foi laçado e levado em segurança para a Praia das Cigarras, mas o que poderia ser uma esperança de liberdade logo se transformou num novo pesadelo.
A defesa civil foi acionada e a Cia DOCAS, que administra o Porto, enviou um caminhão guincho que içou o boizinho (já com todas as patas amarradas) como se fosse um saco de batatas. A DOCAS noticiou que o boi seria examinado pelos veterinários presentes no Porto e, se estivesse bem, seria novamente embarcado… para a morte.
Rodrigo Polacow, morador e ambientalista de São Sebastião, conseguiu fotografar o resgate e também filmar o içamento do animal. Ele conta que o boi aparentava estar bastante exausto, mas não tinha ferimentos, inclusive, chegou a ficar em pé na beira da areia, mas logo tombou de cansaço. Tanto sacrifício para, como diz o ditado, “morrer na praia”… ou quase isso.
Leia mais e veja os videos em

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Festival de carne de cachorro e gato - Espetáculo de Sadismo Coletivo


Mês de luto para quem ama cães e gatos. O espetáculo de sadismo coletivo em Yulin, na China, que começa dia 21 de junho, não é ilegal e atrai milhares de pessoas desde 2010, quando teve início essa barbárie. Entre 2 e 3 mil cães perdem a vida das maneiras mais sórdidas: a pauladas, facadas, enforcados, queimados e até mesmo jogados vivos em caldeirões de água fervente. E enquanto esperam a dolorosa morte assistem o sofrimento dos outros animais – um festival de tortura extrema, física e psicológica e, sem dúvida, uma das piores atrocidades contra os animais no planeta.



Leia matéria completa e assine a petição em 
https://www.anda.jor.br/2018/06/festival-de-carne-de-cachorro-e-gato-comeca-dia-21-na-china/

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Como Ághata Borralheira entrou na minha vida




Uma incrível história que pode ser tudo, menos coincidência

Num primeiro momento eu não a vi... pude ver apenas suas patinhas da frente... e elas eram peludas, largas e diferentes. Ághata, com pouco mais de um mês de vida, estava escondida atrás de uma geladeira numa casa vizinha. Então me chamaram por saberem que gosto de gatos e quando fui olhar só dava para ver as patinhas. Disse ao dono da casa: “É uma gata de raça. As patas são muito largas. Mas está muito assustada. Deixe-a sair daí sozinha e então fica com ela ou coloca para adoção”.

O vizinho era pai de um veterinário casado com uma veterinária. Então eu sabia que mal nenhum faria aquela bolinha preta e peluda. Fui embora. Na época estava atordoada com o sumiço de uma gatinha minha. Tinha acabado de me mudar para aquela rua e, assustada, minha gatinha fugiu quando abri a porta cheia de sacolas de compras. Eu a procurava todas as noites pelo quarteirão e, especialmente, num prédio em construção onde, geralmente, os gatos costumam se esconder e até viver.

Noite após noite chamava por minha gatinha e, embora não a avistasse, ouvia um “miadinho” vindo do prédio em obra. Então falei com o vigia e ele disse que via um gatinho bem pequeno correndo pelos entulhos e entrando na cabine dos pedreiros toda noite. Já tinha visto, inclusive, o gatinho dormindo dentro de um sapato, pois, era tão pequeno que encaixava direitinho. No entanto, era arisco e fugia quando o vigia se aproximava.



O problema é que o lugar ficava cada dia mais perigoso com madeiras, ferros e pregos por todo lado. Então, uma noite, peguei uma caixa de transporte e botei dentro um sachê bem cheiroso. Coloquei num ponto onde ficaria fácil de eu alcançar caso o gatinho entrasse para comer. Foi tenso, mas deu certo. Capturei o gatinho que depois vim a saber que era uma gatinha... a minha Ághata.

Chegando em casa pude notar, pelas largas e peludas patinhas, que se tratava do mesmo gatinho atrás da geladeira. Num primeiro momento não quis ficar com ele, mas o destino fez ele voltar para mim. Não encontrei mais minha gata desaparecida, mas já tinha em casa a Dianna e a Millah. A pequena Ághata era muito miudinha e, apesar do susto da captura, logo se socializou conosco como que adivinhando que seríamos sua família.




Carreira cinematográfica nível amador, mas feito com amor

Desde o início, Ághata demonstrou uma atração louca por SAPATOS masculinos. Ela se jogava aos pés das visitas masculinas... abraçava os sapatos com tanto gosto que parecia voltar ao tempo em que, sozinha, naquela obra, os sapatos eram seu refúgio... seu cantinho quente e de sossego. Quando as visitas não usavam sapatos, mas tênis, ela agarrava do mesmo jeito.

O talento para fotos e filmes despontou na adolescência. Fotografar e filmar a Ághata era sempre uma delícia porque ela gostava de ser o alvo das atenções. Não fugia nem se fazia indiferente... ela participava... colaborava, como se tivesse um script (roteiro) sempre em mente.



Sua índole meiga encantava as pessoas. Ághata andava bem com peitoral... como se não usasse nada. Mesma coisa com seus vestidinhos. Muita gente não acha certo gato usar roupa, mas posso garantir que Ághata adorava. Ela desfilava com eles, subia e descia móveis, fazia tudo com naturalidade e, além do mais, não vivia com eles no corpo... eram apenas figurino de seus “CURTA-METRAGENS DE BAIXO ORÇAMENTO”.

Durante todo seu tratamento médico, surpreendeu os veterinários tal sua doçura deixando-se manusear sem resistência e espontaneamente escancarando as perninhas pAra fazer ultrassom... e olha que ela fez muitos, mas muitos ultrassons.... assim como muitas vezes colheu sangue e urina... mas tolerava tudo pacificamente e no ultrassom até ronronava.



Uma GUERREIRINHA

Ághata foi castrada aos 8 meses de idade e nunca ficou doente, nunca tomou remédio nenhum até seus 8 anos de vida. Então apareceu uma tal doença intestinal que a fazia passar por episódios de extremo emagrecimento e perda de apetite. Em duas dessas crises ela foi “desenganada”.

Mas a cada crise meu AMOR por ela crescia e eu usava esse amor como ferramenta de cura – assim como no livrinho dela também é mostrado que o Amor é a razão da recuperação incrível de vários bichinhos reais. Esse amor penetrava em cada remedinho e vitamina que ela tomava. E assim Ághata se recuperava em pouco tempo e de forma surpreendente. Uma guerreirinha!



O problema intestinal já tinha dado sinais de um possível linfoma lá trás, há quase dois anos, quando o tratamento começou de forma leve, mas ela se recuperava sempre tão rápido, se enchia tanto de vida e alegria, que eu alimentava a esperança da doença não chegar a um ponto muito grave.

Na crise de janeiro ela chegou a ter corpúsculo de Heinz que acabam com o sangue levando o animal a anemia profunda e morte. A única salvação seria por meio de transfusão de sangue, mas poderia ter rejeição ou então durar apenas um ou dois meses.



Diante de uma situação tão delicada, optei por tentar salvá-la do meu jeito... “NOSSO” jeito, investindo em vitamina B12 (citoneurim) injetável (que já a tinha salvado de outras vezes), ômega 3 (ograx 500 receitado pela veterinária) e mais a medicação habitual. E mais uma vez deu certo.

Em ABRIL, para surpresa das duas veterinárias que cuidavam dela, os exames não só estavam ótimos, sem anemia nem nada errado, como até dos corpúsculos Ághata tinha se livrado – não sei se existe na literatura veterinária a expulsão de corpúsculo sem transfusão, mas Ághata foi capaz disso.



Uma doença que usa disfarce

No dia 12 de MAIO comemorei meu aniversário agradecendo mais um ano na companhia da Ághata, Dianna e Rebecca.  E Ághata estava muito bem. No entanto, alguns dias depois ela começou a perder peso novamente. Já comia pouco e começou a ter discreta fraqueza nas perninhas. Estranhamente os exames continuavam normais.

Então, nos dias 27 e 28 de maio, ela realmente demonstrou não estar se sentindo muito bem. Quase não comia, não tinha mais vontade de sair, mal andava pela casa.  Nova bateria de exames foi feita na manhã do dia 29 com pedido de resultado urgente. Então veio a bomba... o linfoma tinha avançado e muito rápido. Estava claro que se tratava de uma doença que faz uso de disfarce. Permanece estrategicamente silenciosa e escondida e, de repente, mostra a cara.



Depois do almoço ela piorou e em questão de duas ou três horas entrou em colapso. Não posso dizer que ela não sofreu nada. Mas posso agradecer por ter sido um sofrimento de poucas horas durante as quais pude estar do lado dela. Foi muito triste... muito doído... muito angustiante... para nós duas.... mas ao menos tive a chance de me despedir, de beijá-la, de repetir inúmeras vezes: eu te amo eu te amo eu te amo. E eu rezo para que em toda a viagem dela esse mantra de amor possa ter sido ouvido por ela porque "eu realmente tenho um AMOR LOUCO por você, minha linda Cinderela".

Deixo um conselho para pessoas que tratam de gatinhos com linfoma:

dêem B12 INJETÁVEL (citoneurim 5000) se seu gatinho começar a ficar sem coordenação motora. Os veterinários se dividem. Alguns acham que a vitamina piora o limfoma, outros acham que é bom dar. Eu pude ver, em todas as crises da Ághata, que essa vitamina ajudou na recuperação, pois, muitas vezes, a falta de coordenação impede que o animalzinho se alimente direito. Restabelecida a coordenação, especialmente da cabecinha, eles voltam a comer.

Dêem COBAVITAL (que é para abrir o apetite) – a Ághata respondeu muito bem durante um ano e meio a esse remédio (sempre comeu mais que a Dianna e a Rebecca), mas não respondeu à Martizapina que é um ansiolítico humano que está sendo usado em cães e gatos com finalidade de abrir o apetite. Vocês podem até tentar a Martizapina, mas se não der resultado, tentem o cobavital.

Se puderem, se a situação permitir, evitem tratamentos fortes e radicais como radioterapia etc. O quimioterápico LEUKERAN tem baixo efeito colateral, não é caro, é pequenininho e fácil de dar, e a Ághata tb conviveu muito bem com ele todo esse tempo. Remédios mais fortes a teriam levado embora muito mais cedo.

EVITEM ATUM EM LATA mesmo sendo atum em água ou natural. Os assassinos corpúsculos de Heinz (que citei acima) podem ser gerados pelo consumo de cebola e alho. A Ághata, em janeiro, comia até uma lata de atum natural em água. Na descrição do produto não vemos cebola e alho, mas em se tratando de um produto que precisa de algum condimento e conservantes, pode ser que essas latas de atum possuam sim algum componente que estimula a formação dos corpúsculos. Eu cortei o atum e, como dito acima, Ághata se livrou desses corpúsculos que estavam em grande quantidade em seu corpinho.

 E AMOR nem preciso receitar... sei que todos vcs têm de monte por seus queridos cães e gatos. E acreditem, ele é essencial, vital...




PENSE FORA DA CAIXA

Dianna ilustra a expressão “Pensar fora da Caixa” que vem do inglês “Think outside the box” e significa pensar de forma criativa, livre...