O
que dói mais que o fim de um amor? Mas era AMOR?
Não importa
o q aconteça, agradeça tudo o vc pôde viver no seu último relacionamento. Algumas
relações a dois (e tb de amizade) se desgastam ou, simplesmente, as pessoas
deixam de ter motivos para continuarem juntas.Talvez, a essa hora, o amor q vc
vivia até então tenha acabado e vc esteja se perguntando: “MAS PRA ONDE ELE FOI?”.
É preciso
lembrar que algumas pessoas entram e saem de nossas vidas. Podem ficar por
muito tempo, pra sempre ou bem pouco. Mas qdo não ficam o tempo q gostaríamos,
um gosto amargo toma conta da boca e o corpo todo parece que vai entrar em
colapso. Despencar de uma escada q era escalada com empolgação sempre machuca.
E, além disso, tem a VERGONHA dos outros, especialmente da família e amigos
próximos que, mais uma vez, torciam pra vc ser feliz no amor.
A tendência
é SUPERVALORIZAR O VASO QUEBRADO. Enquanto estava inteiro nem era assim tão
vistoso, mas foi só quebrar pra se transformar numa obra de arte. Fica
impossível lembrar os defeitos do outro. Ele vira príncipe, anjo, melhor homem
do mundo e sua última oportunidade de ser feliz com alguém. Ganha megapoderes
que, segundo vc, te fariam feliz pra sempre.
Tb é
tendência achar que o último parceiro é o “THE BEST”. Sempre supera os
anteriores. Mas se comparar friamente verá que há bastante “mais do mesmo” em
todas as relações que teve. Daí, pra
justificar tamanha dor, é comum pensar: “Mas com esse tinha amor e
compromisso”. Tinha?
Alguns homens
fazem sexo com tanto FERVOR que as mulheres acreditam que é amor. Mas isso pode
ser uma atitude meramente biológica. Muitos homens ainda carregam uma
determinação muita forte e de origem primitiva que os faz “marcar” as namoradas
como se estivessem marcando territórios. Querem deixar as parceiras impregnadas
deles. Mas isso não tem nada a ver com amor.
Além disso,
tem uma questão que pouca gente consegue entender... pelo menos no calor da
separação. Vc AMA seu ex ou AMA a situação de namoro? Seu prazer, satisfação e
gratidão estão mesmo ligados à essência daquele homem ou à situação de
relacionamento fixo e gostoso que ele inseriu na sua vida?
Nessas horas
costuma surgir uma culpa bastante infantil: “Estraguei tudo!”. Vc se sente
culpada por não ter conseguido “manter” o namoro com um cara tão maravilhoso.
Será?
Quando tem
que durar dura, não importa o que a gente faça. Quando um homem está muito
interessado numa mulher, todos os defeitos dela viram “charminho”. Ele não
implica com eles... mas acha graça.
Claro q a
cada relação é bom ir corrigindo vícios de comportamento e atitudes
inadequadas. É necessário ir se conhecendo e melhorando para não cair sempre na
mesma situação de conflito a dois. Mas mesmo se corrigindo e evitando erros do
passado, há de se levar em conta os anseios do outro. ALGUÉM PODE DESISTIR DE
UM RELACIONAMENTO ATÉ MESMO QUANDO ELE ESTÁ BOM por uma razão íntima qualquer.
É preciso
ser íntegro e não carregar relações meia-boca por medo de não aparecer outra ou
de quebrar a cara de novo. É tb preciso prestar atenção se vc estava de fato
amando seu namorado ou apenas a situação criada com ele que te dava a sensação de
inclusão, de proteção e de preencher algumas carências.
Outra
TENDÊNCIA comum é a pessoa, digamos, rejeitada, sentir que não tem valor. Mas a verdade é que vc foi sim valorizada. Cada parceiro conheceu e apreciou suas qualidades, tanto, que firmou uma parceria com vc
por algum tempo. Mas num dado momento, quis romper essa união e não cabe a vc
ficar sondando as razões íntimas que o levaram a isso. PARCERIAS TB TERMINAM.
É muito
importante sentir-se INTEIRA, sem aquela sensação de que te levaram uma parte
do corpo ou da alma. AH... QUE BOM SERIA SE SERENIDADE VENDESSE EM FARMÁCIA. A
gente poderia engolir uma pílula todo dia e tudo seria mais fácil. Assim,
olharíamos para quem sai da nossa vida como alguém que apenas entrou no mesmo
vagão que o nosso, sentou do nosso lado e numa determinada estação foi embora.
Nesse momento, atentaríamos os olhos para o próximo passageiro que se sentasse
do nosso lado.
Infelizmente,
em geral, É COMUM entrar num turbilhão de emoções antagônicas. As pessoas querem
continuar junto, beijar, se reconciliar e, ao mesmo tempo, esbofetear o outro
até desmaiá-lo.
MAS O MELHOR
A FAZER É NÃO FAZER NADA. O que vc faz quando um temporal te pega no meio da
rua? Vc busca abrigo e espera o temporal
passar ou enfrenta a chuva gritando mais que os trovões?
A melhor
coisa é relaxar e esperar a PRÓXIMA ESTAÇÃO de trem. O problema é: QUEM AGUENTA?
A maioria puxa logo o gancho de emergência. A maioria para o vagão e não deixa mais ninguém sair ou entrar. Cria-se pânico e
desespero na estação.
É muito
difícil lidar com a ambigüidade de emoções. A gente fica bem, mal, bem mal...
CONFUSÃO MENTAL. De uma única pessoa começam a saltar várias: a chorona, a
determinada a esquecer e dar a volta por cima, a revoltada que vai quebrar
tudo, a magoada, a vítima, a superior q não se sente afetada, a estraçalhada...
RESULTADO: inércia
ou, pior, agitação inadequada, catastrófica.
Daí pra
frente, continuar vivendo parece a Guerra dos Cem Anos. E tudo isso por algo
que talvez nem tenha nada a ver com amor.
Tb NÃO É
FÁCIL levantar a cabeça imediatamente e pisar “duro” como se nada tivesse
acontecido. Mas a sugestão é se reerguer com motivação saudável. REVOLTA E
RAIVA não devem ser a força motriz para readquirir uma postura “ereta”. A gente tem q ficar em pé com a força da
compreensão da situação, do amor que temos por nós mesmos e respeito a tudo de
maravilhoso que nos cerca e que nos foi dado como ferramentas para vivermos
cada vez melhor... não pior.... espiritualmente falando.
A força da serenidade e da paciência
é que precisa nos reerguer. A força da clareza. A força da consciência de que
“Hei! Vc ta inteira! Ninguém levou nenhum pedaço!”. E a força da gratidão porque ninguém entra na nossa vida por acaso. E cada pessoa que entra, ainda que saia, deixa algo precioso para nossa evolução espiritual.
Reflexões de Fátima ChuEcco