quarta-feira, 11 de maio de 2016

POR QUE MESMO NÃO SENDO RACISTA VC TEM TUDO A VER COM O PRECONCEITO?

                                 Princesa Izabel já idosa, em Paris. Ela morreu com 75 anos

Porque para a construção de um mundo mais justo e de igualdade cada um de nós tem que plantar uma semente. Porque mesmo não sendo professores ou escritores, cada um de nós é pai, mãe, tio, tia, vizinho ou amigo de negros. Acompanhe o raciocínio abaixo e veja que semente vc pode plantar.

Fazem apenas 128 anos que os negros se tornaram livres no Brasil, ou seja, pouco mais de um século. A Abolição da Escravatura no Brasil se deu em 13 de maio de 1888 pela Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel que, por sua vez, era filha de D.Pedro II, nascida no Rio. Se pararmos para pensar, trata-se de um fato relativamente recente. Jovens negros da atualidade podem ter tido bisavós escravos. E 128 anos não é tempo suficiente para grandes mudanças. Além disso, quando libertados, os negros caíram automaticamente na camada mais pobre da população da época, com quase nenhum acesso aos estudos e trabalhos de níveis e salários menores. A maioria continuou prestando serviços braçais por não saber fazer outra coisa e nem ter melhores oportunidades de emprego.

Isso é um fato. O outro é que, independente da trajetória física, isto é, a trajetória dos negros no tempo e espaço, persiste uma discriminação racial visível a qualquer pessoa. Eu, por exemplo, me formei em Jornalismo nos anos 90 e na minha sala havia apenas dois negros entre 60 alunos. Isso porque era Jornalismo, um curso de meio período e normalmente mais barato. Em Medicina nem se fala! Quantos médicos e dentistas negros a gente vê em atuação? Na formatura da minha sobrinha, já no século XXI (e pelo menos um século após a Lei Áurea) não havia nenhum formando negro na faculdade que ela cursou. Todos os negros presentes na festa eram convidados dos formandos ou garçons e porteiros.

      Beyoncé é uma das negras mais famosas e ricas do planeta, mas quantas chegam a esse ponto?

Essa semana mesmo a Record está exibindo uma série de reportagens sobre a situação dos negros e pardos no Brasil. Sãos os mais pobres e a maioria dos desempregados e, inclusive, quando empregados, ganham menos. Claro que temos vários exemplos de negros bem-sucedidos no mundo do esporte e das artes, mas dá para contar nos dedos. Ainda hoje, 128 anos após a abolição da escravatura, os atores negros ainda fazem, preferencialmente, papel de escravos, empregados e bandidos nas novelas, minisséries e filmes. Dificilmente o negro é visto como grande empresário, ricaço, galã ou protagonista da novela. Uma das raras exceções é Mister Braum.

Nos últimos anos, o mundo publicitário tem dado alguma colaboração para que isso mude. Há várias propagandas com negros, mas ainda são tímidas perto da avalanche de brancos pilotando carros de luxo, usando perfumes caros e protagonizando comerciais de inúmeros produtos.

Cabelo de princesa

Uma propaganda que me pareceu “gritante” ao deixar bem claro o quanto a discriminação ainda é forte (e reforçada o tempo todo) foi “Cabelo de Princesa” com menininhas brancas tratando os cabelos com um determinado xampu. Não havia uma só representante negra ou parda. Fiquei imaginando como se sentiram as garotinhas negras assistindo aquela propaganda. Cabelo de princesa longo e liso é um conceito marcante em nossa sociedade que afeta diretamente as novas gerações de negros que crescem assistindo que a beleza se encontra apenas nas crianças e pessoas de cor branca.
Outro ”reforço” na infância contra os negros se dá pelos clássicos livros de história... e até nos mais modernos. Heróis, príncipes e princesas são sempre brancos, com raríssimas exceções. 

Isso alimenta a autoestima da criança branca que consegue se identificar com aqueles personagens “fortes, corajosos, bonitos e do bem”, mas deixa as crianças negras no vácuo, com sensação de impotência, sem referência de heróis e princesas com seu tom de pele.

Nos grandes clássicos infantis como A Bela Adormecida, Branca de Neve e os Sete Anões, Alice no País das Maravilhas, Chapeuzinho Vermelho etc não há negros. Claro que os escritores desses clássicos criaram personagens de acordo com a sociedade em que viviam e em que o negro era uma figura nula. Não podemos criticá-los por isso pois eles criaram de acordo com a época em que viviam. Mas novas versões desses clássicos, que aliás são feitas aos montes especialmente para as telas de cinema, poderiam conter negros no papel dos protagonistas. 

Além disso, novas histórias infantis precisam ter mais negros nos papeis principais para inspirar (e educar) as crianças brancas e negras no sentido de que para ser herói, príncipe e princesa, bonito e justo, a cor da pele não importa.

As editoras e escritores, roteiristas de novelas e filmes... todos têm um papel crucial nessa mudança. Não adianta de forma alguma tentar combater o racismo em adultos se nada for feito na infância porque é lá que se formam os conceitos e que se consegue inserir o respeito pelo próximo, a admiração pelo próximo, o reconhecimento do outro como um ser igual de direitos e idênticas capacidades.

Ághata Borralheira negra?

No Dia das Crianças do ano passado, por acaso, entrei numa loja de brinquedos. Não havia bonecas negras, réplicas de heróis negros e poucos bichinhos de pelúcia de cor preta (para falar a verdade quase nenhum). Tentei me colocar no lugar de uma menininha negra percorrendo aquela loja em busca de um presente. Eu não conseguiria levar para casa uma linda boneca negra com coroa de princesa e onde eu pudesse me espelhar. Também não acharia um gatinho ou cachorrinho preto de pelúcia representando a cor dos animais que mais são abandonados nas ruas e sobram nos abrigos.


Claro que dificilmente uma criança vai questionar essa “ausência” de brinquedos com os quais ela se identifique, mas isso entra de forma natural na mente dela construindo um sentimento de exclusão. Enquanto isso, as crianças brancas que percorrem a mesma loja se veem em toda parte. À primeira vista isso pode parecer “inofensivo”, porém, mais tarde trará sérios danos para o conceito de igualdade. E isso é também um FATO, igual ao de que a abolição da escravatura está relativamente recente e causa ainda reflexos nos negros e pardos.

CADA UM DE NÓS É RESPONSÁVEL PELA MUDANÇA

Nem todo mundo é professor, escritor, roteirista ou cineasta. Mas todo mundo é uma dessas coisas: pai, mãe, tio, tia, madrinha, padrinho, vizinho ou amigo de uma criança negra ou parda. Todo mundo tem filhos, sobrinhos ou amigos com filhos em escolas onde negros e brancos crescem e aprendem juntos. Por isso cada um de nós pode incentivar a leitura de histórias onde o negro tem status de personagem principal (e do bem!). Procurem e deem livros com personagens negros. Educadores: recomendem e apliquem histórias com personagens negros em sala de aula.

Com base em minha experiência profissional e de vida, e especialmente aquela visita à loja de brinquedos, e também por ter uma gata preta que é especialmente muito comunicativa e ativa, tive a ideia de refazer alguns clássicos infantis com protagonistas na pele de uma gatinha negra – assim além de inserir o negro no universo infantil também posso motivar as crianças a amarem e respeitarem animais de todas as cores, pois, como dito acima, são também os animais de cor preta que mais sofrem com abandono nas ruas e passam a vida  nos abrigos sem serem adotados. É REFLEXO DO RACISMO. Quem não respeita o humano negro, dificilmente terá respeito pelo animal preto.


O projeto Ághata Borralheira (que é o nome da minha gatinha) compreende uma série de histórias clássicas repaginadas no sentido de encantar e sensibilizar crianças e adultos para a questão do racismo. O facebook da Ághata Borralheira já está em atividade com muitas fotos, vídeos e histórias inspiradoras sobre animais. Se você acha que pode contribuir para com essa causa, se acha importante plantar essa semente nas futuras gerações para construir um mundo mais justo e igualitário, visite o facebook da Ághata e participe. Abaixo alguns vídeos que apresentam a Ághata Borralheira para o público







segunda-feira, 9 de maio de 2016

LAÇOS DE AMOR E COMPANHEIRISMO FORMAM FAMÍLIAS


ANDRE E MAISHA NÃO SÃO PARENTES, SEQUER SÃO DA MESMA ESPÉCIE E, NO ENTANTO, SE CONSIDERAM DA MESMA FAMÍLIA‪#‎todasasfamilias‬ Eles vivem na creche para gorilas da República Democrática do Congo. Inclusive, num entrevista André disse que tem pelos gorilas orfãos que ele cuioda o mesmo carinho que tem pelos seus próprios filhos. Portanto, se não fosse pela palavra "PESSOAS", eles se enqradrariam na nova definição de "FAMÍLIA" do Dicionário Houaiss: "Núcleo de pessoas unidas por laços afetivos que geralmente compartilham o mesmo espaço e mantêm entre si uma relação solidária". Se vc acredita que os animais que vivem conosco de forma amorosa fazem parte da nossa família publique uma foto e seu depoimento. Coloque no final a hastag #todasasfamilias para que todos possam ver que o conceito de família precisa ser ainda mais ampliado. Acesse também o site http://todasasfamilias, com.br e deixe lá sua definição de família com uma foto. Quem sabem repensam essa definição mais uma vez já que, como o próprio diretor do Houaiss disse, Mauro Villar "quando o meio social se altera aparecem novos conceitos e é preciso atualização do dicionário para que se possa espelhar o mundo". Participe!


AJUDE A INCLUIR OS ANIMAIS COMO MEMBROS DA FAMÍLIA


ATENÇÃO: SE OS ANIMAIS DOMÉSTICOS FOREM INCLUÍDOS COMO MEMBROS DA FAMÍLIA NO DICIONÁRIO HOUAISS, ISSO PODE NOS AJUDAR A CONSEGUIR MAIS LEIS DE PROTEÇÃO PARA ELES. Então ajude publicando sua definição de família e uma foto do seu "filho ou parente peludo" com a hastag ‪#‎todasasfamilias‬ Você pode ainda participar da enquete mandando sua frase e foto para o site da campanha. Eu estou postando na minha rede social com essa foto porque acho que representa, com humor, o quanto minha gatinha Ághata Borralheira faz parte da minha família. Participe também!

ANIMAIS FAZEM PARTE DE FAMÍLIAS HUMANAS. VOCÊ CONCORDA COM ISSO?

  Alôncio, resgatado de um centro de pesquisa universitário para fazer parte da família de Gabriela

URGENTE: SE VOCÊ CONSIDERA SEU CACHORRO OU GATO UM MEMBRO DA SUA FAMÍLIA CORRA JÁ PARA O SITE DA CAMPANHA http://todasasfamilias.com.br/  e escreva uma frase incluindo os animais como membros das famílias humanas (pode também anexar uma foto do seu cachorro ou gato). A CAMPANHA FOI CRIADA ESPECIALMENTE PARA REDEFINIR A PALAVRA “FAMÍLIA" NO DICIONÁRIO HOUAISS. 

No Fantástico de ontem (08/05), foi entrevistado o diretor do dicionário, Mauro Villar, que explicou a necessidade de se atualizar o termo uma vez que a realidade atual mostra novos tipos de famílias humanas. Ele diz: “Se o meio social se altera, novos conceitos aparecem e é preciso acompanhar essa dinâmica para espelhar o mundo”.

Ocorre, no entanto, que a reportagem não mostrou famílias onde cães e gatos são considerados membros, como se pertencer a uma espécie animal diferente fosse empecilho para um animal ser considerado membro da família. Sabemos que não é. Quantas pessoas hoje em dia não se referem aos cães e gatos como “filhos”? Quantas pessoas não têm como único companheiro um animal de estimação? Para muitas pessoas um cão ou gato pode ser a única “família”. 

Blake, adotado de um abrigo para viver com Gleen nos EUA, que mora sozinho e sofre convulsões diárias. Blake mordisca e acorda Gleen logo no início das convulsões salvando sua vida o tempo todo

Mauro Villar acredita que, depois de tantos depoimentos recolhidos na campanha, a melhor definição para traduzir a família atual é: “Núcleo de pessoas unidas por laços afetivos que geralmente compartilham o mesmo espaço e mantêm entre si uma relação solidária”.

Bem... eu discordo. Em primeiro lugar, essa definição aborta os laços genéticos. Ainda que não vivam juntos ou mesmo se odeiem, pessoas podem fazer parte de uma mesma família apenas pelo fator genético. Muitas pessoas compartilham o mesmo espaço sem pertencerem a uma mesma família. Isso vale para situações diversas que forçam pessoas a apenas dividirem um mesmo teto. E está cheio de gente que não divide o mesmo espaço com os pais ou irmãos, como no caso de divórcios onde os filhos passam a morar com apenas um dos pais... e, ás vezes, com nenhum deles.

E, por fim, também não acho que a relação “solidária” possa significar “família”, afinal, podemos (e até devemos) ser solidários uns com os outros independente de fazermos parte da mesma família. Por isso, escrevi a seguinte frase no site da campanha:  “Pessoas e animais ligados de forma afetiva. Cães, gatos e outros animais de estimação já fazem parte das famílias humanas”. E anexei uma foto com uma de minhas gatas.

André Bauma e Maisha em creche de gorilas na República Democrática do Congo. Eles chegam pequenos e orfãos e enxergam em André sua única família. André também diz que os considera filhos

Embora uma nova definição já esteja traçada por Mauro Villar, ela só valerá, por enquanto, para o Dicionário Houaiss da internet, o que permite novas alterações e/ou atualizações (antes que seja tarde). Por isso, AJUDEM a MUDAR o CONCEITO DE FAMÍLIA.  Percebam o quanto isso pode contribuir para conseguirmos mais proteção para os animais. Uma vez reconhecidos como da família certamente poderão gozar de mais direitos. Entrem no site, escrevam uma frase incluindo os animais como sendo da família e anexem fotos se puderem. E publiquem em suas páginas do facebook e outras redes sociais com a hastag #todasasfamilias . PROTETORES E SIMPATIZANTES DA CAUSA ANIMAL PRECISAM SE MANIFESTAR, AFINAL, COMO O PRÓPRIO DIRETOR DO DICIONÁRIO AFIRMOU "QUANDO O MEIO SOCIAL SE ALTERA, NOVOS CONCEITOS APARECEM".

quarta-feira, 4 de maio de 2016

ÁGHATA BORRALHEIRA CAÇA FANTASMAS

VIDEO DA ÁGHATA BORRALHEIRA QUE TEVE MAIS DE 17 MIL VISUALIZAÇÕES NO FACEBOOK DELA. FOI O VIDEO DE BAIXO ORÇAMENTO (CONFORME ELA MESMA DIZ) QUE MAIS AGRADOU A GALERA ATÉ O MOMENTO! ENTÃO RESOLVI SOLTAR NO YOU TUBE TB PARA QUE MAIS PESSOAS POSSAM VER! #agataborralheira #cinderela #ághataborralheira #gatospretos #amogatos #videosdegatos


POR QUE VALE A PENA ASSISTIR OS DEZ MANDAMENTOS


Não sou evangélica nem católica, mas estou adorando a segunda temporada dos #DezMandamentos pelo aspecto histórico, pela plasticidade das imagens, figurino NOTA DEZ, beleza e desempenho dos atores, cenários deslumbrantes e nunca antes retratados em novelas. Sequer assisti a primeira temporada, mas me apaixonei pela segunda rica em detalhes da época. Para começo de conversa, a novela é um colírio para os olhos com atores em extrema boa forma, lindos... e isso também vale para as atrizes. O príncipe Zur e Josué já representam bem o que estou destacando... mas a beleza de Rayanne Moraes, que faz a Joanna, também é impressionante.

Mas não é só isso!



A novela nos mergulha em nosso passado mais remoto mostrando costumes que, aliás, se enraizaram em nossa civilização e permanecem fortes até hoje. Resgata a questão da escravidão, mas a de brancos que, ao que parece, foi anterior a de negros. São brancos escravizando brancos das piores formas possíveis. Tem a questão dos reinados e o que tornava os reis poderosos. A guerra das divindades. E um elemento crucial: a guerra por terras que, naquela parte da Terra parece que não mudou muito.


É curioso notar que a novela teve início com Moisés recebendo os Dez Mandamentos, entre eles, como todos sabem, o “Não Matarás”. No entanto, o próprio Moisés está disposto a tomar as terras de Canaã para seu povo nem que isso implique numa guerra, nem que isso signifique matar pessoas ao longo da caminhada até Canaã. A “Terra Prometida” ao povo hebreu (de Moisés) é fértil, fica próxima ao mar, garante alimentos e uma vida melhor, mas já está ocupada por outros povos incluindo famílias inteiras, mulheres e crianças. Mas Moisés diz que Deus deseja que Canaã seja dos hebreus nem que isso seja conseguido a custo de derramamento de sangue.



Esse aspecto me chamou a atenção porque mais ou menos denuncia a origem de uma guerra que nunca teve fim naquela região do planeta. Outra questão a observar é a “adoração” aos deuses e também ao Deus de Israel (que seria pai de Jesus mais tarde segundo a Bíblia). Templos são cobertos de ouro e pedras preciosas, assim como divindades adoradas na época.  Mas o povo hebreu tb está construindo um templo de adoração ao Deus de Israel ricamente decorado com ouro e pedras preciosas. Isso mostra o quanto a questão do ouro e outros metais ou pedras preciosas foram sempre “entendidos” pelos povos como material de “adoração”, de poder – sendo que o mais natural fosse utilizar esses recursos naturais para geração de energia. Ou seja, desde o Antigo Egito, passando por todas as religiões antigas, o ouro sempre teve conotação de “poder” e adoração.


Chamo a atenção ainda para o figurino. É uma delícia ver os vestidos, todos sempre em tons de areia, com amarrações e soltos até as canelas. E o cuidado que foi tomado para não se exagerar nisso: somente agora as mulheres trocaram de roupa, passadas semanas depois do início da novela. De fato, não se trocava de roupa como hoje. No castelo do rei Balak muito luxo nas vestimentas... tudo tão gostoso de ver! E o mago tem um look perfeito, penteado perfeito... vale “superapena” conferir essa novela por pelo menos uns três dias para ver todos esses cenários e situações que estou comentando.


Nunca pensei que eu fosse me interessar por uma história bíblica... mas como falei, os Dez Mandamentos acrescenta uma atração nova na TV. As novelas se repetem em elenco, roteiros, histórias... não há nada novo, com exceção de algumas minisséries da Globo que mereceram destaque e ibope. Os Dez Mandamentos têm um certo “frescor”, nos mergulha num novo e velho mundo ao mesmo tempo... é diferente, bem dirigida, em ótimos atores e, como disse acima, uma plasticidade deliciosa rica em detalhes. Experimentem!



PRÍNCIPE NEGRO PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA


EXTRA EXTRA! PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA O PRÍNCIPE DA #CINDERELLA É #NEGRO E BRASILEIRO! #TIAGOBARBOSA DIZ QUE ESTÁ NA HORA DE NEGRO DEIXAR DE FAZER PAPEL APENAS DE ESCRAVO E TRAFICANTE EM NOVELAS E FILMES. A PEÇA ESTÁ EM CARTAZ EM SP.

De fato, após 128 anos da abolição da escravatura, é raro vermos negros protagonistas no cinema ou na TV e, quando são, geralmente é história sobre o período da escravatura. Em geral, tanto em filmes quanto em novelas ou seriados brasileiros, são empregados, bandidos, pobres, escravos... Mister Brown, da Globo tem sido uma exceção, mas tem aquele toque de humor, então não parece ser uma situação que se deva levar a sério. Apresentador de telejornal negro tem em todas as emissoras, mas apresentador de programa não (salvo o Metrópolis).

Fica realmente muito difícil combater o preconceito se isso só é efeito com os adultos. O negro tem que estar inserido no universo infantil. No entanto, heróis, príncipes e princesas são sempre brancos... há séculos... e continuam sendo.

Claro que na época em que essas histórias foram escritas o negro mal era entendido como gente e é natural que, devido a origem dos escritores, os personagens fossem todos brancos. A questão não é essa. A questão é que fica bem difícil combater o preconceito entre adultos se esse problema não for trabalhado na infância. As crianças, brancas e negras, crescem lendo histórias e assistindo filmes onde heróis, príncipes e princesas nunca são negros. Isso fortalece a autoestima nas crianças brancas que conseguem se ver e se identificar com aqueles personagens do bem, mas deixa as negras no vácuo, sem identificação, sem reforço positivo de sua imagem. Então, repaginar os clássicos com heróis, príncipes e princesas negros é muito importante.



A PROPOSTA DAS  HISTÓRIAS DA ÁGHATA BORRALHEIRA É A MESMA, OU SEJA, INSERIR O NEGRO NO UNIVERSO INFANTIL POR MEIO DE UMA GATINHA PRETA. Ela estará em breve protagonizando histórias como da Cinderella em livros para encantar e sensibilizar crianças e adultos. PARTICIPEM E APOIEM ESSA INICIATIVA CURTINDO E COMPARTILHANDO A PÁGINA DA ÁGHATA BORRALHEIRA onde há várias fotos e videos meigos e engraçados.

Matéria sobre Tiago Barbosa em Cinderella no link http://blogdoarcanjo.blogosfera.uol.com.br/2016/05/04/negro-ser-principe-e-grito-rumo-ao-avanco-diz-ator-tiago-barbosa/

terça-feira, 3 de maio de 2016

AS REDES SOCIAIS SÃO ÓTIMAS E PÉSSIMAS AO MESMO TEMPO! LEIA E ENTENDA O QUE ACONTECE COM GRANDE PARTE DE NÓS!




A gente nem percebe para onde a correnteza está nos levando. Mas o escritor, ator, roteirista, jornalista e mais um monte de "ista" Ulisses Tavares dá a dica nesse belo poema. Juro que vale a pena a ler... e refletir a respeito. 

A GRANDE SOLIDÃO

                               
                Sozinhos nascemos. Sozinho morreremos.
                Assim é, assim sempre será.
                E morrer, como todos sabem, é uma grande chatice. Algo que não se evita, infelizmente, nem malhando em academia e deixando de fumar. O ruim da morte é que evita a continuidade de nossos queixumes e esperanças.
                Mas tem, sim, uma coisa pior que a grande e afiada foice.
                É a morte em vida.
                Aquela que permitimos, autorizamos, mas não deixamos rolar.
                Me refiro, denuncio, essa morte estúpida e cotidiana de nada fazermos para romper a solidão. A minha, a sua, a de todos nós.
                Custa pegar o telefone? Custa tanto assim abrir a porta? Custa algum dinheiro irmos de encontro ao outro?
                Custa sairmos da matrix das redes sociais?


                Custa sim. Custa tanto que poucos fazem, preferindo se encapsular, como disse Fernando Pessoa, em sua própria cabeça.
                Me refugio em meus pensamentos e excluo o Outro de meu mundo. Simples assim. Cruel assim. Meio masoquista, meio sádico.
                Afinal, o Outro não me entende, compreende, me abraça.
                Meus problemas são meus e ponto final.
                Existe coisa mais estúpida que essa? Que tipo de animal somos nós que acha a solidão uma forma de defesa? Algum meteorito caiu sobre nossos genes e alterou nosso existir no mundo? O que existe de tão terrível em abrir nossa alma, escancarar nosso coração, nos entregar a braços e corpos estranhos? Será que ser frágil e finito e humano é mesmo uma fraqueza?
                Nós, esquisitos humanos, por meios culturais ou genéticos, conseguimos o que pareceria impossível: sermos um organismo vivo que renega outro organismo vivo. Porisso colamos rótulos de inimigo na testa de quase todo mundo.
                Mas a verdade é uma só e se sobrepõe a tudo:
                Se estou sozinho, estou morto. Orgulhoso zumbi.
                É minha culpa, minha responsabilidade. Cabe a mim tomar uma providência já, agora. Será que sou capaz de fazer isso? Ou vou continuar esperando que o Outro tome a iniciativa?            


Ulisses Tavares é o Outro,um cara igual a você. Bacana, boboca e solitário.

sábado, 30 de abril de 2016

GATO PARTICIPA DE CASAMENTO DOS TUTORES


Um gatinho preto, de patinhas e peito brancos, chamado Menino Vargas, foi o “Cavalheiro de Honra” no casamento de Luiz e Layssa na Philadelphia (EUA). Ele, inclusive, usou gravatinha igual ao “pai adotivo” e se comportou direitinho até o final da cerimônia. Layssa conta que providenciou uma pessoa para cuidar dele durante o evento e deu as crianças bolinhas de sabão para distraírem Menino. “Ele adora esse tipo de brincadeira! Ninguém acreditou que ele pudesse participar do casamento, mas deu tudo certo” – diz a “mãe adotiva” orgulhosa.




Menino nasceu em uma oficina mecânica e é filho de uma gata chamada “Menina”. De índole mansa e muito comunicativo, já fez amizade com uma pit bull da casa vizinha e recentemente travou contato com uma yorkshire da vizinhança. Layssa conta que nos EUA a maior parte dos gatos é criada solta. Ela também solta Menino, mas fica de olho nele e nunca o deixa sozinho. 

Ele também passeia de peitoral assim como a Ághata Borralheira, sua mais recente amizade estrangeira. Ághata é uma gatinha preta que também tem “botinhas e luvinhas” brancas, e queixo branco como Menino. Ela protagoniza histórias da literatura clássica buscando acabar com o preconceito contra os gatos pretos e incentivar crianças e adultos a amarem animais de todas as cores. Para saber mais e participar dessa iniciativa acesse o facebook Ághata Borralheira https://www.facebook.com/aghataborralheirabook/ 

                                                                    Menino Vargas

                                                              Ághata Borralheira

sexta-feira, 29 de abril de 2016

GATOS EM BRECHÓ DA ÁFRICA DO SUL


Uma protetora de gatos teve a ideia de manter um brechó para manter os gatos que resgata. E eles acabaram virando atração do lugar. Ficam naturalmente espalhados pela loja dando um toque especial aos objetos antigos ou descartados. Visivelmente bem tratados são alvo das câmeras de turistas que visitam Johanesburgo e que têm um motivo a mais para comprar alguma coisa. Fica a dica para protetoras que possam abrir em suas próprias casas um espaço assim. Fotos? Rosemary Polycarpo em viagem a Johanesburgo






segunda-feira, 25 de abril de 2016

FILME SOBRE A PSIQUIATRA QUE AMAVA GATOS ESTREIA DIA 28


Que delícia! Estreia dia 28 de abril, no Cine Caixa Belas Artes (SP),  o filme "Nise - O Coração da Loucura", sobre a história de Nise da Silveira, psiquiatra que implantou terapia com animais, especialmente com gatos, em hospitais psiquiátricos. Mas já está em exibição em outros cinemas da Av Paulista como o PlayArte Bristol, Shopping Cidade SP e Reserva Cultural (e tb no Espaço Itaú da Rua Augusta). Além de trabalhar a afetividade dos pacientes com os animais, Nise investiu na "arte" contida nos internos. Eles tiveram oportunidade de expor em pinturas e outros trabalhos artísticos tudo o que sentiam, sonhavam, desejavam. Nise tinha um gatinho, o Carlinhos, que era seu companheiro de todas as horas e aparece com ela em muitas fotos. Sabiam que ela esteve presa? E que teve muita dificuldade para convencer outras pessoas de que o melhor tratamento não era o de eletrochoque e remédios? Assistam! Levou o Troféu de Melhor Filme em Festival de Tóquio e percorreu vários países colecionando elogios de críticos e público. Glória Pires é quem faz o papel de Nise e em entrevista à TV Cultura a atriz disse que amou esse trabalho. Vejam trailer do filme e fotos abaixo:

Trailer http://www.adorocinema.com/filmes/filme-240724/trailer-19549122/




PENSE FORA DA CAIXA

Dianna ilustra a expressão “Pensar fora da Caixa” que vem do inglês “Think outside the box” e significa pensar de forma criativa, livre...