A vida de uma gatinha estava por um fio quando foi salva,
nada mais nada menos, por Dalai Lama – o maior representante do Budismo
Tibetano. Maltratada quando filhote teve sequelas e andava desengonçada, mesmo
assim, cativou monges, celebridades e moradores dos arredores do templo budista
no Himalaia. Esse é o enredo da história contada por David Michie no livro “A Gata do Dalai Lama”, recém-lançado no Brasil pela editora Lúcida Letra. O melhor da obra é que a inspiração do autor partiu de uma gata por ele adotada. Nascido no Zimbábue e
morador da Austrália, David adotou a gata Wussik ao mesmo tempo em que aprendia sobre o
budismo tibetano. Foi dessa maneira que ele teve a ideia de criar uma
protagonista que também fosse uma gata retirada das ruas. Ah... você pensou que
o personagem principal fosse Dalai Lama? Não!
Mas aposto que você vai amar a visão dessa felina vaidosa e curiosa a
respeito da sociedade humana. Wussik morreu pouco antes do livro ser publicado aos 16 anos de idade.
Gata Wussik, adotada e que inspirou a obra
"Como um amante do gato fiquei intrigado quando soube que Sua Santidade já teve um gatinho também. Então comecei a imaginar que tipo de vida teria uma gata do Dalai Lama. Todas as celebridades interessantes que conheceria e as conversas fascinantes que ouviria. Imagine se ela pudesse falar! Esse foi o início de 'A gata do Dalai Lama', conta o autor. .A narração da pequena e inteligente gatinha transforma o livro numa agradável viagem ao Budismo: ela aprende com seu mestre ensinamentos tocantes e os repassa para nós de uma maneira leve e divertida.
Gata Wussik, adotada e que inspirou a obra
"Como um amante do gato fiquei intrigado quando soube que Sua Santidade já teve um gatinho também. Então comecei a imaginar que tipo de vida teria uma gata do Dalai Lama. Todas as celebridades interessantes que conheceria e as conversas fascinantes que ouviria. Imagine se ela pudesse falar! Esse foi o início de 'A gata do Dalai Lama', conta o autor. .A narração da pequena e inteligente gatinha transforma o livro numa agradável viagem ao Budismo: ela aprende com seu mestre ensinamentos tocantes e os repassa para nós de uma maneira leve e divertida.
Alguns trechos são de um humor fantástico... diga-se de
passagem, bem felino. E em meio as aventuras dessa gatinha que atravessa os
muros do templo em busca de “novidades”, a filosofia budista se faz presente em
pequenos episódios vivenciados pelos humanos. Vou confessar uma coisa: pela
primeira vez tive vontade de conhecer melhor o budismo porque algumas passagens
me tocaram. Vejam esse exemplo: “O propósito do budismo não é converter as
pessoas. É dar a elas as ferramentas para que possam criar uma felicidade
maior. Para que possam ser católicas mais felizes, ateus mais felizes, budistas
mais felizes”. Gosto disso: de incluir todas as pessoas independente da
religião que tenham e tb as que não seguem nenhuma”.
Mas o que mexeu comigo messsmo, num trecho do livro em que
Dalai Explica à gatinha que todas as criaturas são iguais e têm direito igual à
vida... foi: “Duas importantes causas da felicidade – primeiro, o desejo de
fazer o outro feliz, o que os budistas definem como o AMOR. Segundo... o desejo
de libertar o outro do descontentamento ou do sofrimento, que definimos como COMPAIXÃO”. E continua: “É útil pensar em outros seres como sendo exatamente
como nós mesmos. Todo ser vivo luta pela felicidade. Todo ser quer evitar as
formas de sofrimento. Eles não são apenas objetos ou coisas para serem usados
para o nosso benefício. Mahatma Gandhi disse
que a grandeza de uma nação e o seu progresso moral podem ser julgados pela
maneira que seus animais são tratados”.
Também gostei da “sinceridade” do personagem “Dalai Lama”. Ele não é vegetariano. Admite que come carne às vezes por indicação médica, mas que seria melhor que ninguém precisasse comer animais ou se alimentar de outras vidas, nem mesmo matar os menores seres que revestem as plantações para obter alimento apenas de origem vegetal. David Michie assina best-sellers como “Budismo para pessoas ocupadas” e não poupou esforços para fazer da obra uma prazerosa viagem à filosofia dos lamas. “A Gata do Dalai Lama”, da Editora Lúcida Letra, tem preço sugerido de R$ 36 nas livrarias de todo o Brasil. Para saber mais sobre a gatinha Wussik acesse o site do autor www.davidmichie.com