A
música “4 Patas” do cantor Alex Fava foi lançada hoje em clipe estrelado pelo
cãozinho Lord que, de fato, foi resgatado das ruas por uma ONG. A letra da
música traduz muito bem os sentimentos de um cão abandonado no meio do nada,
como costuma acontecer em toda parte do mundo. O clipe tem direção de Diego
Freitas, da Parakino Filmes que, aliás, foi quem adotou Lord, e mostra as
situações que enfrentam os animais em situação de rua. Esse
último single faz parte da trilogia “Projeto Consciência” do artista. Os dois
temas anteriores abordaram o abandono de idosos e a depressão. “Eu não sabia,
mas muitos animais são abandonados principalmente em épocas festivas como
férias, Natal e ano novo. É triste ver um ser vivo sendo jogado fora, como se
fosse um objeto. Além do abandono é muito importante chamar a atenção para
adoção de cães e gatos”, diz o cantor.
Alex Fava com Cacau E
completa: “Já conhecíamos o Lord e o Diego de outros clipes e produções que
fizemos. Lembro de ficar encantado com a história deles. Isso me inspirou muito
e me fez pensar no tema da música. Queria falar sobre a adoção responsável,
acho que ficou bem explicado, tanto na música, quanto no clipe”. Aproveitando
o tema Alex adotou a cadelinha Cacau do "Marcelinho Protetor" de SP. Ela faz uma “pontinha” no clipe: “Me
encantei logo que olhei para a Caca. Hoje com 2 meses ela já me traz muita
felicidade. É um amor que não sabemos explicar, não tem dimensão. Será que
conseguirão achá-la no clipe?”, indaga o cantor. Veja
o clipe
Chi Chi morreu em fevereiro deste ano no Arizona (EUA), junto
de sua família humana, depois de ter sido resgatada, em 2016, de restaurante
coreano onde, durante vários dias, foi mantida pendurada de cabeça para baixo
com as patas fortemente amarradas. A cadelinha ficou famosa e foi notícia em
inúmeros jornais e programas de TV como exemplo de superação, pois, mesmo tendo
que amputar as quatro patas, adaptou-se as próteses, várias delas projetadas pelos veterinários Ron e Rosemary Goldstein que acompanharam a cadelinha por toda sua vida.
Chi Chi tinha energia de sobra: corria, brincava e exalava
entusiasmo. Era extremamente sociável com pessoas e outros animais. Amava de paixão bichinhos de pelúcia. Chi Chi fez campanhas contra o consumo de carne de cachorro
e sua página no facebook, recheada de fotos e vídeos, tem mais de 60 mil
seguidores
Em março de 2018 foi detectado um câncer nasal agressivo em
Chi Chi. O tratamento com radiação lhe proporcionou mais 11 meses de vida, mas
também causou sequelas irreversíveis. Seu tutor, Richard Howell, tem publicado toda
a emocionante trajetória de Chi Chi no facebook da cadelinha: “Ainda é incrível para mim como ela foi feliz e
brincalhona apesar do que já tinha passado. Ela é uma lembrança especial de determinação.
Chi Chi nunca permitiu que o que aconteceu com ela afetasse sua capacidade de
amar todos os dias e amar em abundância. Ela continua a ser uma inspiração
mesmo que não esteja mais conosco”.
Chi Chi em coreano
significa "amar", mas amor foi tudo o que essa cadelinha não teve na
Coreia do Sul numa região famosa por comer cachorros. “Ela era apenas um
filhote espancado durante dias para ter sua carne amaciada. As amarras eram tão
fortes que a carne começou a apodrecer ao redor dos ossos” - o relato é de
Shannon Keith, fundadora da Arme - Animal Rescue Media & Education,
entidade protetora de animais dos EUA que conseguiu salvar Chi Chi que,
obviamente, só recebeu esse nome depois de ser libertada do inferno.
Quando o açougueiro percebeu a infecção
nas pernas de Chi Chi a jogou no lixo dentro de um saco plástico. Foi quando
Juyun Yu a encontrou e levou-a para a Arme. O veterinário percebeu que a única
forma de conseguir salvar a cachorrinha era amputando as quatro patas. Chi Chi
reagiu bem à cirurgia, encantou a todos no hospital veterinário da Coreia do
Sul e sua história emocionou a família de Richard Howell, do outro lado do
mundo, em Phoenix (Arizona), que resolveu adotá-la.
“Chi Chi foi um presente especial de
Deus. Nós nunca imaginamos o impacto que ela teria em nossas vidas, pois, só
queríamos dar a ela a melhor vida possível. Mas Deus tinha um plano diferente.
Ela foi verdadeiramente uma bênção e um privilégio para nós compartilhá-la com
o mundo. Só Deus poderia pegar um cachorro que era lixo de alguém e torná-lo um
tesouro mundial, usando sua extraordinária história para impactar positivamente
as pessoas de maneira notável”, comenta.
Richard Howell com Chi Chi no colo
No Brasil Chi Chi
também deixou sua doce marca registrada no livro “Ághata Borralheira &
Amigos tocando corações”. Na obra ela aparece como personagem da história “Ághata no País
das Maravilhas” como uma cadelinha exemplo de superação sempre “sorrindo” e
animada para fazer amizades, exatamente como ela foi na vida real. A protagonista Ághata Borralheira também morreu ano passado. Ao receber o
livro seu tutor fez uma foto e enviou ao Brasil.
A alegria estampada
no rosto de Chi Chi é visível até para quem não convive com cachorros. Para
muitos, ela só sobreviveu de forma milagrosa a fim de servir de inspiração e
símbolo contra a cruel matança de cães e gatos para consumo que ainda persiste em
muitos países. Em seu facebook as pessoas choram sua ausência há dias, afinal,
Chi Chi foi mesmo uma criatura extraordinária.
Campanhas para salvar cães e gatos de restaurantes
Atualmente está sendo
feita uma campanha por meio de outdoors e cartazes em transporte público
pedindo o fim do consumo de cachorros e gatos na China e Coreia do Sul e que
dizem, por exemplo, “Cães são família, não comida”
No site
change.org uma petição brasileira pedindo o fim do Festival de Yulin, na China,
onde são assassinados cerca de 15 mil cães e 10 mil gatos anualmente, já tem
quase 2 milhões de assinaturas e segue na meta de alcançar 3 milhões
TEXTO: Fátima ChEcco, jornalista profissional MTB 21.012 - texto protegido por direitos autorais pode ser compartilhado/divulgado à vontade porque isso é LEGAL. Mas não pode ser comercializado/patrocinado em portais na íntegra ou em partes por ser ILEGAL.
“BELLA”, cadelinha que protagoniza o filme “A caminho de
casa”, em cartaz nos cinemas desde o dia 28 de fevereiro, vivia num abrigo do
Tennessee (EUA), onde foi parar em 2017 depois de ser encontrada num lixão em estado
miserável. Aliás, depois do filme, Bella, que na verdade se chama SHELBY, foi
adotada e participou de uma campanha que arrecadou ração, camas e brinquedos
para os demais animais que continuam no Cheatham County Animal Control, da onde
ela saiu para o estrelato.
E mais: o autor de “A caminho de casa” (original “A dog`s
way home”), W. Bruce Cameron, encantado com a trajetória da cadelinha, escreveu
um livro sobre ela chamado “A história de Shelby”.
E um importante detalhe para as gateiras: o filme tem vários
GATOS, reais e fofos. Inclusive, Bella está sempre ao lado deles.
A crítica brasileira, no entanto, além de não mencionar nada sobre a vida real da cadelinha, foi um tanto impiedosa com
o filme salientando o que chamaram de “tom infantil”, já que é narrado pela própria Bella e o classificando como apenas mais um filme de cachorro para
emocionar as pessoas.
PURO ENGANO. Em primeiro lugar, logo no início, o filme
retrata uma situação que já cansamos de ver aqui no Brasil e que costuma ter
final trágico: a demolição de imóveis com vários gatos vivendo dentro. Uma cena
que certamente não passa despercebida ou sem importância para quem é da causa
animal ou eventualmente acompanha casos dramáticos como esse.
Felizmente, em Denver (EUA), onde o filme se passa, é possível
acionar entidades de proteção animal e desautorizar a demolição de casas que
contenham animais. Por outro lado, a cidade tem também um rude controle de
animais que proíbe pit bulls por considerá-los cães de alta periculosidade. Quem
os possui precisa mantê-los apenas dentro da residência e não pode sequer
passear com eles sob pena de serem eutanasiados.
É bom assistirmos esses filmes que mostram a realidade dos
animais em outros cantos do planeta para aprendermos a valorizar as conquistas
que já tivemos. Em SP a Lei 12.916 conhecida como Lei Feliciano, há dez anos
proíbe a matança de animais em situação de rua, sejam vira-latas, pit bulls ou
de qualquer raça. E essa lei se espalhou por mais 11 estados sendo que nos
demais também existe uma insistente luta para acabar com o extermínio de
animais.
Mas certamente também nos falta uma lei que impeça a
demolição de imóveis enquanto todos os animais residentes não tiveram sido
retirados da forma mais ética possível e conduzidos a um lugar seguro.
Voltando ao enredo do filme...
Um conselho: assistam! Tem humor, emoção e cenas com as
quais muita gente vai se identificar, especialmente a de uma turminha de cães
vagando pela cidade para receber alimento de comerciantes e moradores.
Além disso, os animais selvagens são feitos por computação
gráfica – o que é ótimo já que lugar de animal selvagem é na selva. Os diretores
de “A caminho de casa” também declararam que tomaram o cuidado de não expor a
cadelinha a situações de risco ou aflição, diferente do “Quatro vidas de um
cachorro” (também de autoria de Bruce Cameron), que teve de responder por
denúncias de maus-tratos aos cães que participaram do filme.
“Todos se esforçaram para garantir que Shelby e outros animais
fossem bem tratados. Todos da equipe recebiam três números para telefonar se
vissem algo de errado e, inclusive, podiam fazer isso anonimamente para
denunciar qualquer caso de maus-tratos. Toda vez que você vê Shelby fazendo
algo complicado na tela é porque ela está ansiosa por carinho, guloseimas e
brinquedos. Ela é mais que uma estrela de cinema. É um cachorro incrível”, relatou
Cameron.
O ex-oficial de controle de animais do abrigo de Shelby,
Thomas Jordi, declarou: “Ela tinha uma qualidade de estrela. Uma personalidade
realmente única. Ela era esse tipo de cachorro que fazia você sorrir”.
Nesse link tem um vídeo que mostra a cadelinha quando ainda
vivia num abrigo e a entrevista com o autor Bruce Cameron cujos trechos estão
reproduzidos aqui:
Outra
coisa interessante é que o SITE OFICIAL do filme traz uma série de fotos de
cães e relatos de seus tutores contando como foram resgatados. Vejam em https://www.adogswayhomeparents.com/ Trailer
do filme
A missão continua....
Shelby continua atuando mesmo fora da tela. Mês
passado ela esteve com os alunos de Kingston Springs no Condado de Cheatham,
onde também fica o abrigo onde ela viveu. Os estudantes coletaram comida para
cães e gatos, camas e brinquedos. Ela foi muito acariciada e tirou centenas de
fotos com as crianças. Chelby também visitará outras escolas e hospitais
infantis. Dentro e fora do filme ela cumpre a missão de alegrar e dar esperança
as pessoas.
TEXTO: Fátima ChEcco, jornalista profissional MTB 21.012 - texto protegido por direitos autorais pode ser compartilhado/divulgado à vontade porque isso é LEGAL. Mas não pode ser comercializado/patrocinado em portais na íntegra ou em partes por ser ILEGAL.