quinta-feira, 24 de março de 2022

Procurando por Ferrugem, tutora achou também o Ferruginho. Ambos estão bem!


Essa história é bem curiosa e também ilustra DUAS Dicas Valiosas para quem está com o gato perdido: a de procurar bem perto de casa e a de nunca perder a esperança. Ferrugem (foto acima) ficou desaparecido por 24 dias em Brasília, mas antes de ser encontrado, repousando ao lado de um lago, outro gato muito parecido com ele, apelidado de Ferruginho, foi resgatado por Sandra Mara Peters Queiróz.

O gatinho, também amarelinho e peludo como o Ferrugem "original", estava no alto de uma jabuticabeira  perto da portaria do condomínio da Sandra:

"O síndico me ligou achando que era meu gato e eu mesma, à princípio, também achei que era. Um menino conseguiu pegá-lo e eu o levei para casa. Só então notei que não era o Ferrugem".


Sandra ficou um tanto decepcionada, pois, vinha se empenhando em buscas diárias conforme orientações que passei a ela durante uma consultoria sobre gatos perdidos. Além das buscas a pé, ofereceu recompensas, espalhou posts e cartazes. Mas nenhum resultado.

Pedi que escrevesse uma mensagem para ser postada no zap do condomínio ao lado do dela, solicitando que todos procurassem Ferrugem nos cantinhos mais escondidos ou inusitados de suas casas e prédios.

Ferrugem é microchipado, tem coleira com o celular de Sandra e também plaquinha com QRCode. No entanto, foi justamente a mensagem postada no condomínio vizinho que fez uma moradora notar Ferrugem deitado ao lado de um lago, sob a sombra de um arbusto.


"Foi logo no dia seguinte que encontrei o Ferruginho que uma moça me ligou e enviou fotos do Ferrugem. Na hora percebi que era ele porque, inclusive, estava com a coleirinha. Pedi à moça que o segurasse e corri para lá. Ele atendeu o chamado e veio na nossa direção".

Ferrugem estava bem magro, com carrapichos e uma pata machucada, mas no geral estava bem.  

Análise da fuga do Ferrugem

Quando a Sandra me procurou e descreveu os imóveis ao redor do seu, me chamou a atenção uma casa de muro verde ao lado de outra em reforma. Perguntei onde o telhado daquela casa dava e ela respondeu que desembocava no condomínio ao lado, distante apenas uns 100 metros. 

E um detalhe: Ferrugem tinha acompanhado a reforma daquela casa como uma espécie de "mestre de obras" felino porque gato AMA cheiro de cimento, areia e tijolo. Isso me fez pensar que Ferrugem poderia ter ido para aquela casa matar a saudade do "cheiro de obra" e de lá poderia ter entrado no outro condomínio onde justamente foi encontrado depois de quase um mês.

Provavelmente se perdeu por lá devido alguma circunstância: pode ter sido perseguido por um cachorro, criança ou adulto que o fez se aprofundar para dentro do condomínio e daí não soube mais voltar.



E o Ferruginho?

Foi acolhido por Sandra que colocou a foto dele nas redes sociais e vejam que INCRÍVEL

Uma amiga da tutora do Ferruginho o reconheceu num post e ele também voltou para casa. Estava desaparecido desde 29 de dezembro de 2021... há quase TRÊS MESES!!!

"Hoje é dia mais feliz da minha vida", disse Caroline Ferreira assim que buscou Ferruginho na casa de Sandra. Aliás, o verdadeiro nome dele é Gatinho.

Falando com Caroline foi possível sentir seu entusiasmo. Era pura vibração! E ela contou que, além de toda a família ficar muito feliz, os três cães da casa também demonstraram alegria quando Gatinho voltou. História muito bonitinha, né?!


O condomínio da Caroline fica a cerca de 8 km da casa da Sandra, com o que se pode concluir que Gatinho pegou "carona" em algum veículo. Geralmente, um gato só vai parar longe se levado por alguém ou se entra no motor de um carro/caminhão porque, o mais comum, é ficarem entre 100 e 500 m distantes de casa.

Além disso, Gatinho escapou numa noite muito chuvosa seguida de outros dias de muita chuva, o que reforça a hipótese dele ter procurado abrigo em algum motor. E foi parar justamente no condomínio da Sandra onde ela procurava por um gato igual a ele. Muito interessante não?!

Embora um pouco magro, com pequenos ferimentos e perda de pelos, Caroline avalia que "o amor da sua vida" está bem para o longo período em que esteve fora: 

"Ele deve ter se alimentado de barata... ele adora barata. E talvez se alimentado de ração oferecida a outros animais nos lugares por onde passou. Mas eu nunca perdi a esperança de encontrá-lo".


Gatinho também se perdeu numa região bastante arborizada e num período em que os pássaros costumam ter filhotes, sendo que muitos deles caem no chão. De qualquer forma, deu muita, mas muita sorte de ser resgatado e depois reconhecido na rede social. 

E sabem o que mais? A Caroline ainda adotou mais dois gatos enquanto procurava pelo Gatinho.

Sabe aquela história "uma pata lava a outra"? 

Às vezes, procurando por um gato, a gente encontra outro que também precisa de ajuda e... às vezes, ajudando esse "outro" gato, a gente acaba achando o nosso.

Não é a primeira vez que vejo isso acontecer. A Stefani, uma moça que também atendi, acolheu um gato muito parecido com o dela, o Platão (foto abaixo). Mas depois de umas horas ela percebeu que era na verdade uma fêmea. No entanto, deixou a gatinha continuar na sua garagem alimentando-a e tratando dela. Pouco tempo depois o gato da Stefani reapareceu. Estava há 35 dias sumido. E a tutora da gatinha também  foi buscá-la pois morava na mesma rua que Stefani. Leia essa história AQUI


Texto: Fátima ChuEcco - Jornalista, escritora e consultora sobre gatos perdidos

http://buscacats.blogspot.com

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terça-feira, 22 de março de 2022

Como essa atrocidade na Ucrânia vai terminar?


Uma das fotos mais marcantes da invasão da Ucrânia referentes a animais é essa de Vadim Ghirda e que faz parte de uma galeria de fotos da matéria do G1 "Animais de estimação em meio à Guerra da Ucrânia" e que pode ser ser acessada AQUI

Nos últimos dias ficamos sabendo de vários ucranianos que fugiram com seus animais e outros que não deixaram o país por causa deles, como o dono de um CatCafé cheio de gatos resgatados e protetores de animais que até morreram tentando levar alimento a abrigos.

Reparem na expressão do cachorrinho na foto de Marko Djurica em matéria do G1 
                                                  

Isso, sem falar é claro, da gravíssima situação de 27 bebês que estão num bunker aos cuidados de apenas duas enfermeiras e um teatro usado como abrigo que tem 1200 civis presos no subsolo após uma explosão de bomba. Como irão sobreviver sem comida e água?

Toda essa gente não pode ser resgatada porque  as áreas continuam sendo bombardeadas pelos russos. Repito: pelos russos... porque os pequenos grupos que Putin acusa como responsáveis por matar civis sequer têm armamentos para tamanha destruição que está sendo feita na Ucrânia. 

Foto de Yara Nardi na matéria do G1. De cortar o coração!

O que a gente vê hoje é na verdade o que sobrou da Mariupol e de Kiev. Só tem destroços, corpos apodrecendo nas calçadas, gente e animais desesperados. E vai piorar até não sobrar nada nem ninguém.

É crime de guerra atacar civis. Existem acordos internacionais para evitar que as guerras virem genocídios. Guerra se faz nas fronteiras e as batalhas precisam ser entre militares. 

Mas nada disso está acontecendo. 

Foto de Visar Kryeziv da matéria do G1. O olhar de medo pode ser notado tb nos animais


Foto de Aleksandra Szmigiel mostra o esforço em não deixar ninguém para trás. Publicada na matéria do G1 citada acima

E depois disso?

Tem uma cena enigmática no clássico "O Planeta dos Macacos" (versão original) que talvez tenha "antecipado" esse momento. Vc achou que era apenas coisa de filme futurístico? Tomara que seja.


Texto: Jornalista e Escritora Fátima ChuEcco que não entende como o mundo de hoje permite que esse tipo de atrocidade ainda ocorra

domingo, 13 de março de 2022

Nobel nos deixou hoje depois de 3 anos no CCZ e mais 6 ao lado de uma família amorosa


 "Nobel se dá bem com gato, cachorro, papagaio... ele faz amizade com todo mundo", dizia a tutora do Nobel durante o lançamento do meu fotolivro "Ághata Borralheira & Amigos tocando corações" do qual Nobel foi um dos personagens comparecendo na história com a foto acima.

E inclusive, Nobel esteve pessoalmente no lançamento do fotolivro na Livraria Martins Fontes da Av Paulista em 2018. Simpático como ele só acabou fazendo um sucesso danado no evento.


Eu conheci o Nobel quando ele ainda estava no CCZ  de SP aguardando adoção. Na época ele estava alojado na parte nova e nobre do canil/gatil municipal. Tinha uma salinha bem arrumada e acesso a um pequeno gramado. Era muito amável, mas soube que tinha um problema nas vias urinárias que travava sua adoção.

No entanto, teve quem se interessasse por ele e assim Nobel ganhou um lar onde viveu por 6 anos. Neste domingo, 13 de março, Nobel nos deixou em decorrência de problemas renais.


Conheça a história do Nobel no vídeo abaixo:


Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora e consultora sobre gatos perdidos

Site www.miaubookecia.com



segunda-feira, 7 de março de 2022

Como ajudar os animais da Ucrânia à distância nessa invasão insana



 Em primeiro lugar eu quero dizer que a palavra correta para descrever esse sofrimento na Ucrânia é "invasão russa" e não guerra porque guerra é quando dois ou mais países entram espontaneamente num conflito armado. O que aconteceu na Ucrânia foi uma invasão armada.

Em segundo lugar é importante ressaltar que existem tratados internacionais estabelecendo regras para as guerras e assim, os civis não podem ser alvo dos ataques. Matar civis é crime de guerra. Os confrontos devem ser entre forças militares nas fronteiras.


Mas como na Ucrânia nada disso foi respeitado, o que temos visto é muito sofrimento das pessoas e dos animais... e um grande sofrimento também de pessoas que permaneceram no país para não deixarem seus cães e gatos para trás. 

É disso que fala essa excelente matéria do DODO, com muitas fotos (como essas postadas aqui) e relatos dos ucranianos. Se vc não lê inglês basta acionar a tradução automática porque vale muito a pena ler. 


Pelas últimas notícias já vimos que o dono de um CatCafé que tem muitos gatos permaneceu no país, assim como um protetor que tem dezenas de cães resgatados. E várias ONGs internacionais estão tentando fazer chegar comida, ração e medicamentos a esses protetores e seus animais.

Na matéria do DODO que pode ser acessada AQUI tem o link de várias ONGs que os brasileiros também podem ajudar. Não deixem de ver e compartilhar.





Fátima ChuEcco Jornalista e Escritora 



Penso, logo, existo e me expresso! Decifre o que eles estão sentindo!

Embora o filósofo Descartes tenha ficado mundialmente famoso com a frase "Penso, logo, existo" que na época foi associada apenas a...