domingo, 28 de junho de 2020

Embaixadores dos Gorilas: um projeto maravilhoso e urgente. Emocione-se com as fotos e vídeos



Esse é um convite aos seus olhos e ao seu coração! Mergulhe nas entranhas da República Democrática do Congo onde as fotos e vídeos dessa matéria revelam escolas precárias, onde falta tudo, de eletricidade a livros e computador, mas cheias de crianças com um objetivo muito nobre: a proteção dos gorilas das montanhas – espécie que “resiste” em reduzido número apenas na fronteira daquele país com Uganda e Ruanda.


Assista video  que mostra como as crianças aprendem sobre os gorilas:



Essas crianças das fotos, com seus uniformes surrados e cujo futuro pode pender para a preservação da natureza ou, no sentido inverso, para a caça e exploração dos animais selvagens, fazem parte do projeto recém-lançado “GorillaAmbassadors” ou Embaixadores dos Gorilas, conduzido por uma equipe de pessoas que têm contato direto com os gorilas das montanhas do Parque Nacional de Virunga, na República Democrática do Congo.


Eu insisto: repare nas fotos e videos. Esses jovens carecem de quase tudo para si mesmos e ainda assim podem ser a única salvação de uma espécie que tem atualmente apenas mil indivíduos em todo o planeta e que, cada vez mais, corre perigo, já que com a pandemia, o turismo está suspenso e a movimentação dos caçadores ficou facilitada. Ainda este mês, inclusive, um conhecido gorila da montanha chamado Rafiki, de 25 anos, foi morto por caçadores enquanto tentava defender sua família. Veja a matéria sobre isso acessando AQUI


O projeto "Embaixadores dos Gorilas” é voltado para a nova geração que vive em torno dos parques nacionais de Virunga e Bahia Kahuzi. Os jovens aprendem sobre os gorilas a fim de proteger a espécie e toda a vida selvagem do país. "O foco é educar a população local porque se não entenderem o valor dos gorilas matarão todos”, comenta o congolês Estimic Visiri, idealizador do projeto.


Assista vídeo que mostra a vida dos gorilas dos montanhas em liberdade:




Estimic conversou comigo pelo Facebook e explicou: “Os caçadores furtivos que estão matando os animais selvagens não tiveram a oportunidade de aprender o valor de proteger a vida selvagem, e é por isso que não queremos que essa nova geração cresça da mesma forma que a antiga. Fizemos uma parceria com as escolas das aldeias ao redor dos parques e estamos ensinando por meio da arte e vídeos tudo sobre a bondade e o valor dos gorilas”.

E aqui eu faço uma pausa para uma ressalva na fala de Estimic: “Bondade e valor dos gorilas”


Muita gente só conhece alguma coisa sobre essa espécie de gorilas por causa do filme “Na Montanha dos Gorilas” que foi um grande sucesso dos anos 80 (é um clássico até hoje) e conta a história da pesquisadora Dian Fossey interpretada por Sigourney Weaver. Dian foi morta por caçadores, mas não sem antes conseguir a proteção da espécie com quem ela conviveu bem de perto e pela qual era apaixonada.

Nos estudos de Dian e nos realizados após sua morte ficou provado que os gorilas das montanhas não são agressivos e só atacam em último caso em legítima defesa. Quando se sentem ameaçados eles primeiro urram, batem no peito e quebram galhos para afugentar o inimigo. O combate corpo a corpo é a última alternativa deles. Essa é uma das razões pelas quais foram e continuam sendo tão covardemente caçados e mortos. A reação deles diante do perigo é pacífica demais, principalmente quando se trata de caçadores armados. Os gorilas das montanhas são também vegetarianos. Saiba mais sobre os gorilas das montanhas acessando AQUI

                                  Veja vídeo sobre o Projeto Embaixadores dos Gorilas


Embaixadores dos Gorilas atinge mil jovens

Até agora o projeto conseguiu alcançar mil jovens entre 8 e 16 anos de idade em escolas e orfanatos de Virunga e Kahuzi na República Democrática do Congo. O objetivo é atingir 20 aldeias em todo o entorno dos locais onde os gorilas das montanhas vivem: “Planejamos atingir até os idosos realizando alguns projetos que os impedirão de destruir o parque e matar os gorilas”.

Entre as ações educacionais estão pintura e outras atividades artísticas, vídeos e palestras sobre gorilas, além de visitas a santuários de outros grandes primatas como chimpanzés.  


“Somos limitados porque apoiamos o programa com dinheiro que recebemos de turistas que visitam gorilas conosco”, comenta Estimic que é também diretor da empresa comunitária “Congo Tourism Gate”, atualmente parada por conta da pandemia. Vale ressaltar que as visitas monitoradas são feitas a famílias de gorilas acostumadas com a presença humana e representam um recurso importante para a própria preservação da espécie.

COMO AJUDAR

Estimic diz que até o momento o projeto ganhou o apoio de uma organização amaricana sem fins lucrativos chamada How Global, mas precisa muito de patrocinadores. Para ajudar os “Embaixadores dos Gorilas” divulgue esse projeto, repasse para empresas ou pessoas que possam contribuir financeiramente ou com doação de material escolar ou outros tipos de doação. Para mais informações ou detalhes de como ajudar mesmo à distância fale com o Estimic pelo Facebook dele acessando AQUI

E para encerrar o assunto, veja mais um vídeo de mamãe gorila da montanha com seu filhinho... um vídeo bem curtinho mas muito encantador:


Fotos e vídeos cedidos por Estimic Visiri

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Homeopatia pode ser uma boa solução para tratar papilomas caninos


Quando elas aparecem, essas lesões costumam assustar os tutores de cães devido à aparência. São verrugas com aspecto de couve-flor causadas pelo vírus do papiloma que pode ser passado de animal para animal ao se lamberem ou cheirarem. Mas a homeopatia tem conseguido ótimos resultados no tratamento e cura dessas lesões. Vale lembrar que a homeopatia não tem contraindicação, podendo ser usada em animais de diferentes espécies, idades e em problemas diversos.

Embora os papilomas sejam mais comuns em cães jovens devido ao comportamento mais brincalhão que os leva a morder e lamber mais outros animais, a doença pode surgir em qualquer idade, inclusive na velhice devido à baixa imunidade por uso de certos medicamentos. Com o uso da homeopatia o cão pode, por exemplo, ter o chamado "remédio único" que é feito sob medida para ele. É um tratamento muito interessante. Leia mais sobre esse assunto e onde esse tipo de tratamento está disponível acessando AQUI

Ilustração Free-Photos/Pixabay

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

terça-feira, 23 de junho de 2020

Colby foi salvo de matadouro da China. Uma história emocionante!

Colby foi resgatado quando filhote

Essa semana está acontecendo o terrível Festival de carne de cachorro e gato de Yulin, na China.  Embora o governo chinês tenha recentemente decretado que os cães são animais de estimação e não podem mais ser consumidos, o festival criticado em todo o planeta continua sendo realizado. Nele cães e gatos são mortos uns na frente dos outros das maneiras mais brutais. Antes da morte são socados em gaiolas onde ficam sem comer, beber e muitas vezes com os focinhos amarrados. Embora existam muitas atrocidades contra os animais em todos os países, o consumo de cachorro e gato na China e outros países asiáticos é um dos mais tenebrosos shows de sofrimento animal.

Por outro lado, a boa notícia: cresce o número de chineses que são contra essa tortura e também o de ativistas chineses que lutam para acabar com esse comércio. Embora a China tenha construído uma péssima impressão para o resto do mundo ao permitir tamanha brutalidade, vale lembrar que são os próprios chineses que estão conseguindo libertar muitos animais e exigir leis em defesa deles.

Colby é um dos sortudos que conseguiu uma segunda chance. Ele foi resgatado pelo Dr. Peter J. Li, especialista em Direitos Animais da HSI - Humane Society International, em 2014, quando era apenas um filhote e estava prestes a ser morto no Yulin Dog Meat Festival, realizado anualmente na China.

                                                           Dr Peter Li e Colby 

Vejam o depoimento do Dr Peter Li:

"Colby é uma mistura de Samoyed e Chow Chow. Eu estava investigando o mercado de carne de cachorro de Yulin em 2014 dias antes do notório Festival de Carne de Cachorro. Às 4 da manhã, eu estava em um mercado de cães e ouvi sons feitos por filhotes. Sabendo que os filhotes seriam mortos para consumo, eu os levei (mais tarde os nomeamos de Colby e Scout). Eu não conseguia ver como eles eram, pois estava escuro. Quando o dia chegou, fiquei chocado com a fofura deles. `Eles são ursos polares!` - eu exclamei. Scout chegou aos EUA uma semana antes de Colby, que adotei em 4 de julho daquele ano. Agora, Scout vive em Washington DC. Ele é um amor e tem uma família amorosa. Colby aproveitou cada segundo em minha casa compartilhando amor e atenção com outros dois cães e gatos. Colby ainda acredita que ele é um filhote de cachorro. Ele assusta todas as pessoas à nossa porta, mas tem medo de trovão. Nós o amamos muito"

                                 Colby na casa do Dr Peter Li com seus irmãos caninos

Na semana passada ativistas da HSI salvaram mais 10 filhotes que seriam expostos no Festival de Yulin leia matéria AQUI

Com a proibição da venda de carne de cachorro, o centro de Yulin aestá com poucos restaurantes abertos, mas nos arredores da cidade o comércio continua ativo, infelizmente. Mesmo assim, o Dr. Peter Li diz que há menos comerciantes e uma queda visível no interesse pelo consumo de cachorros e gatos na China. Ele conta que os jovens, em sua maioria, sequer se imaginam comendo esses animais.

"O consumo em massa de carne de cachorro ainda acontece em uma escala muito reduzida. A indústria de carne de cachorro deve ser desligada. Não há razão para a China permitir que essa indústria exista, pois é sustentada por atividades criminosas que violam as próprias leis da China", comenta o ativista chinês em seu Facebook.

                                             Momento do resgate dos filhotes em 2014

Gatinho sobrevivente vira Embaixador de Yulin



Vale esclarecer que as novas regras do governo chinês só dizem respeito à proteção dos cães, mas é possível que a proibição do consumo de carne de gato venha em seguida. Até lá muitos animais devem passar por sofrimentos inimagináveis, como foi o caso do gatinho Huru, também resgatado pelo Dr Peter e equipe da HSI em 2015. Hoje Huru vive no Reino Unido e sua história é muito incrível e emocionante. Veja fotos atuais de Huru e conheça essa linda história acessando AQUI

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

domingo, 21 de junho de 2020

China não acabou com venda de carne de cachorro. Veja como ativistas resgataram 10 filhotes



Você acreditou e comemorou quando, umas semanas atrás, o governo chinês anunciou que tornava proibida a venda de carne de cachorro instituindo os cães como animais de estimação? Os gatos não foram inseridos na medida, mas mesmo assim se considerou uma vitória da causa animal, afinal, proibindo o consumo de cães logo em seguida seria bem possível a lei atingir também os bichanos.

Infelizmente, apesar da recente proibição, o famoso Festival de Carne de Cachorro e Gato de Yulin, na China, teve início ontem (20/06) de forma mais discreta, sem grandes açougues e restaurantes abertos no centro da cidade. No entanto, uma equipe da Humane Society International (HSI), presente no local semana passada, fotografou e filmou centenas de animais engaiolados e outros já até assados expostos em bancas nos arredores de Yulin.

O vídeo gravado pela HSI mostra fileiras de cães mortos deitados em mesas ou sendo massacrados, desafiando a declaração do Ministério da Agricultura da China emitida no mês passado. No vídeo é possível ver filhotes, oferecidos para abate e venda em um mercado, sendo resgatados por ativistas chineses (lembrando que muitos chineses estão lutando para essa atrocidade acabar). Dez filhotes foram salvos e levados para abrigos.



“A China fez progressos nos últimos meses no sentido de encerrar o comércio de carne de cachorro, confirmando mais significativamente no início deste mês que os cães são considerados animais de estimação e não carne . Embora isso não seja uma proibição do comércio, duas cidades - Shenzhen e Zhuhai - proibiram o consumo de carne de cachorro e gato”, diz matéria no blog da HSI que pode ser lida na íntegra AQUI

Yulin, segundo os ativistas,  está com o comércio de carne de cachorro e gato menor e mais silencioso, mas continua existindo. “Uma das razões é que o governo está reprimindo o transporte de animais entre as províncias. Isso torna mais difícil para os comerciantes adquirirem cães vivos fora da província de Guangxi, como fizeram nos últimos anos, quando um grande número de cães foi transportado em caminhões, passando dias sem comida e água”, diz a reportagem.



A venda e o consumo caíram. Peter Li, especialista em políticas da HSI na China, acredita que isso está acontecendo porque as autoridades podem querer manter um olho mais atento em toda a atividade comercial de carne de cachorro. Os ativistas falaram com uma jovem que mora em Yulin com seus três cães e dez gatos e, como a maioria dos jovens chineses, ela não tem qualquer interesse em comer carne de cachorro.

“Isso parece encorajador para a HSI, porém a instituição pede às autoridades locais de Yulin que adotem a declaração do governo de que os cães são companheiros e não comida, interrompendo o festival de carne de cachorro e o comércio de carne de cachorro e gato durante todo o ano. Os olhos do mundo, mais uma vez, estão focados na China à medida que esse terrível evento se desenrola, desta vez ainda mais por causa da pandemia de coronavírus e sua ligação a mercados lotados, onde animais são abatidos para consumo. A maioria das pessoas na China não come carne de cachorro e gato, e não há tolerância por lá - ou no resto do mundo - por tanta crueldade” – relata a reportagem da HSI.

Para ajudar os trabalhos de resgate e acolhimento dos cães e gatos da China, Corea, Vietnã e outros locais onde se come esses animais clique AQUI

Fotos blog HSI

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

sábado, 20 de junho de 2020

Gatinho Bob morreu atropelado. Leia o relato de seu tutor James



A morte de Bob, que ficou famoso por fazer companhia a um músico de rua e dependente de drogas de Londres, foi anunciada no dia 16, mas nada foi mencionado sobre o atropelamento que lhe tirou a vida. Imediatamente milhares de fãs em todo o mundo se emocionaram com a despedida repentina do gatinho que protagonizou o best seller “Um gato de rua chamado Bob”. Ele motivou James Bowen a largar o vício e ainda o tornou rico. Os dois viajaram muitas vezes juntos para lançar o livro em diversos países. Bob estava com cerca de 14 anos de idade.

Somente na manhã do dia 20, James publicou o relato abaixo na página do Facebook de Bob explicando o que ocorreu com o gatinho:

"Não me sentia pronto para falar sobre as circunstâncias da morte de Bob no início desta semana. Foi muito perturbador, não apenas para mim, mas também para seus milhões de fãs em todo o mundo. Mas lamento ter que confirmar que Bob morreu devido a ferimentos sofridos quando foi atropelado por um carro perto de nossa casa na segunda-feira à tarde. Ele desapareceu dois dias antes e, apesar dos apelos e buscas locais, foi descoberto a menos de 800 metros de casa e levado a um veterinário local que me contatou. Não posso descrever a dor que sinto. Estou totalmente desprovido. Bob tinha doença renal em estágio dois, mas estávamos administrando bem sua condição e acho que ele teria vivido por mais um ano ou dois. Estou tão triste que ele não foi capaz de aproveitar sua aposentadoria por completo. Sinto muita falta dele. Obrigado por todas as suas incríveis palavras de apoio e pelos tributos que você pagou a Bob nos últimos dias. Eles significaram o mundo para mim enquanto eu lutava para passar por esse período inacreditavelmente difícil. Todo meu amor. James" - veja o relato original em inglês no Facebook do Bob (e que já tem 15 mil comentários) acessando AQUI


Eu sei que as opiniões irão se dividir. Muita gente vai dizer que não se deixa um gato idoso e com problemas renais ter acesso à rua - no que concordo plenamente, mas se fosse no Brasil. Porém, precisamos lembrar que essa "cultura" de telar as casas e apartamentos para impedir que os gatos saiam é tipicamente brasileira. Reparem  nos filmes feitos nos EUA e em alguns países da Europa... os gatos normalmente são criados soltos porque nem mesmo as casas têm portões ou muros.

Inclusive, várias casas têm aquela portinhola basculante para permitir entrada e saída dos animais de estimação. E na Inglaterra, inclusive, os tutores de gatos enfrentam problemas porque os bichanos muitas vezes caçam passarinhos nas árvores das ruas.

Aliás, é por essa razão também que a grande maioria dos gatos recolhidos das ruas pelas prefeituras de cidades americanas e europeias estão perdidos ou "passeando", mas não são gatos de rua. E o destino é ainda mais trágico porque em grande parte dessas cidades ainda existe câmara de gás e outros métodos para matar os animais apreendidos que não são procurados pelos tutores.

Agora... talvez o Bob, por já estar idoso, tivesse que contar com uma maior vigilância... Mas como podemos julgar se não sabemos ao certo o que houve? Tem outra hipótese. Leia abaixo:

Nossos guardiães na Terra

Há uma espécie de "conhecimento popular" de que os gatos são nossos "guardiães" e muitas vezes somem de casa propositalmente carregando consigo uma doença e até mesmo a morte que poderia aplacar seu tutor. Eles absorvem o mal e se distanciam... às vezes voltam, noutras vezes não.

Eu mesma vi algo assim. Quando minha mãe ficou muito doente de câncer, nosso gatinho desapareceu - na época tb não era cultura telar casas no Brasil. Procurei muito, mas nem sinal. Depois de umas semanas encontrei um gato muito semelhante deitado numa calçada perto de casa. Estava desmaiado. Era puro pele e osso, sujo... não era possível nem reconhecer se era nosso gato. Levei no veterinário e foi constatado que estava em coma. Houve uma tentativa de reanimá-lo, mas era muito remota a chance dele viver e ele morreu. Minha mãe, na época, foi se recuperando aos poucos. Ela não está mais viva, mas naquela ocasião ela teve uma melhora.

Leia também esse outro artigo que contém mais detalhes da história de Bob e James e trailer do encantador filme do qual o próprio Bob participa. Acesse AQUI

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Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Bob partiu. Assista ao encantador filme "Um gato de rua chamado Bob" - uma homenagem a esse gatinho muito especial


Sabemos que todos os animais têm a capacidade de mudar por completo a vida de muitas pessoas. É um dom! Mas alguns animais têm essa capacidade ampliada e acabam iluminando a vida de muita gente e não só a de seu tutor. Com o gato Bob, morto dia 15 por motivos não divulgados até o momento, foi assim. Ele não só tirou seu tutor das drogas como ainda o deixou rico por meio do livro "Um  gato de rua chamado Bob", como também tocou fundo milhões de corações em todo o mundo.

Histórias "tocantes" de animais que viram livros e depois filmes existem muitas, mas as que envolvem gatos são bem  mais raras. Bob veio para chamar a atenção para o amor puro e companheirismo que os pequenos felinos podem oferecer. Com James Bowen, seu tutor, músico de rua, rodou o mundo, foi personagem de vários e encantadores livros. Ele esteve em programas de TV... eventos... agindo como se entendesse tudo, sempre com um olhar muito singelo.


Não dá pra negar: Bob tinha uma missão e não era só com seu tutor, hoje milionário, James Bowen. Ele veio chamar a atenção do mundo para o poder transformador dos gatos que, infelizmente, ainda hoje sofrem muito preconceito.



Ao que tudo indica, a morte foi repentina, pois, no dia 14 James anunciou uma transmissão ao vivo pelo seu Facebook que foi cancelada na última hora. James alegou problemas técnicos. A morte de Bob foi anunciada no dia seguinte, mas não se contou o motivo. O gatinho tinha por volta de 14 anos e era extremamente amado em todo o planeta. Veja seu Facebook (que tem mais de 600 mil seguidores) e onde a Postagem sobre sua morte já passa de 320 mil visualizações e milhares de comentários saudosos.

Além dos livros, que reservam uma leitura muito agradável, o filme é maravilhoso e o próprio Bob participa na maior parte das cenas. Não percam! Procurem no You Tube, Netflix e Net. Vale muito a pena! Abaixo o trailler onde o próprio Bob contracena com um ator bem parecido com seu tutor:


Fotos postadas nessa matéria do Facebook do Bob

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Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

segunda-feira, 15 de junho de 2020

A Acupuntura pode aliviar a dor em cães e gatos com doenças genéticas ou próprias da velhice




Cães e gatos, como nós, também envelhecem e costumam desenvolver doenças com sintomas dolorosos muito semelhantes as nossas nessa fase da vida: artrite, artrose e bico de papagaio são alguns exemplos. Outros animais possuem problemas genéticos que também causam dor como a displasia coxofemural (que ocorre em cães, principalmente de raças grandes como golden, labrador e rottweiler). Para todos esses problemas a Acupuntura é um dos melhores tratamentos.

A veterinária Viviane Reis, da Clínica Integrativa Pet, localizada no bairro de Perdizes, em SP, conta que a duração das sessões de acupuntura depende muito de cada problema, mas em geral duram em torno de uma hora e muitos animais chegam a dormir.

Viviane trabalha com Medicina Veterinária Integrativa, que une alopatia com terapias complementares como homeopatia e fitoterapia, entre outras. “Para um acupunturista é importante saber a respeito do estado emocional do seu paciente, do seu estado físico, do ambiente que ele vive, da sua alimentação, avaliar seu pulso e sua língua. Ou seja, uma avaliação completa para identificar o foco do problema”, comenta.

A partir dessa “consulta integrativa”, Viviane prescreve um tratamento mais abrangente já que, segundo ela, “a doença se instala quando há desequilíbrio em um ou mais fatores que envolvem o animal”.

É nessa análise mais profunda, enxergando o paciente como um “todo” e não em “partes”, que a veterinária consegue definir as melhores terapias:  “Além da acupuntura, dependendo do caso, também incluo outros tratamentos como a moxabustão, uma espécie de acupuntura térmica feita com bastão de Artemisia que gera calor e tem ação antiinflamatória. Posso ainda incluir numa sessão de acupuntura terapia eletromagnética, eletroterapia, laserterapia e/ ou ozonioterapia”, relata a veterinária.


   
Outra técnica utilizada é a hemopuntura, onde é retirado sangue do animal e injetado nos pontos de acupuntura. “Isso é muito bom principalmente para animais que estão fazendo quimioterapia, com problemas de pele ou se recuperando de uma anemia”, diz.

Vale ressaltar que a acupuntura não tem contraindicações, mas exige um cuidado especial em animais que têm tumor na coluna, devendo-se evitar de agulhar diretamente neste ponto. Nos animais gestantes também há um cuidado especial.

Acupuntura dói?

“Ao contrário do que muitos acreditam, a acupuntura na maioria das vezes é indolor. Apenas em alguns casos, quando a agulha é inserida em um ponto de dor, o animal pode sentir um leve incômodo, mas que logo é substituído por uma sensação de alívio e relaxamento”, comenta Viviane.

Mas como tratar com acupuntura animais bravos, ariscos ou agitados?

“Nesses casos é preciso aplicar pouco agulhamento para os animais irem se acostumando. Quando não se acostumam podemos substituir a acupuntura pela laserpuntura que é a utilização do laser nos pontos de acupuntura e que também costuma dar uma boa resposta contra a dor”, explica a veterinária.

A acupuntura é uma técnica milenar e faz parte da Medicina Tradicional Chinesa. São estimulados pontos específicos, denominados acupontos, com agulhas finas. A prática libera  neurotransmissores que ajudam a combater a dor, além de promover o reequilíbrio energético do organismo.

A acupuntura pode ser utilizada também em problemas respiratórios, neurológicos, digestivos, dermatológicos, oncológicos e até mesmo comportamentais como estresse e depressão.

Viviane Reis é formada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Lavras, especializada em Homeopatia Veterinária pelo HD Science, em Acupuntura Veterinária pelo Instituto Bioethicus e pós-graduada em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais pelo Equalis.

A Clínica Integrativa Pet fica na Rua Ministro Gastão Mesquita, 443, Perdizes (SP). Telefone (11) 9 9424-4286. Acesse o site e www.instagram.com/integrativapet/

Fotos: Abertura foto de Huoadg/Pixabay e foto central de Ian Kevan/Pixabay

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Caçadores matam gorila Rafiki que protegia sua família com 17 membros


"Este é o lado mais sombrio da pandemia de coronavírus! Os caçadores furtivos tomam conta da vida selvagem enquanto os arbustos ficam silenciosos sem turistas e patrulhas limitadas! Este gorila da montanha silverback foi morto por caçadores furtivos, quatro deles foram presos pelas autoridades do parque, mas o tesouro se foi!" - o depoimento é do guarda florestal Estimic Visiri que postou a foto acima em seu facebook . Estimic não trabalha em Uganda, onde Rafiki foi assassinado, mas também protege os gorilas-das-montanhas que vivem na República Democrática do Congo.

Rafiki era um gorila-da-montanha conhecido como "costas prateadas" (característica comum em gorilas líderes). Ele e sua família de 17 membros eram bem conhecidos dos preservacionistas de Uganda e também dos turistas. Rafiki tinha por volta de 25 anos e estava bem habituado ao contato humano. Os guardas florestais notaram seu desaparecimento no dia 1 de junho e no dia 2 encontraram seu corpo perfurado por um objeto cortante que atingiu seus orgãos internos.

Quatro caçadores locais já foram detidos e um deles confessou que durante uma caçada a outros animais Rafiki os atacou. A cena é improvável porque os gorilas nunca atacam a não ser que sejam ameaçados. Como protetor natural de uma família com 17 gorilas, Rafiki só teria uma atitude agressiva se visse seu bando em perigo. Os caçadores podem ter tentado se aproximar de algum gorila jovem que por ventura tenha se afastado da família.

Veja vídeo de Rafiki... reparem em seu olhar, tão sereno e humano:


Outra hipótese é dos caçadores, ao perseguirem outros animais, terem adentrado num local onde a família de Rafiki descansava. Mas... ainda assim... acostumado à presença humana, no máximo, Rafiki teria tentado espantar os caçadores com urros e quebrando galhos, que é o comportamento natural e mais usual de qualquer gorila-da-montanha numa posição de liderança.

O que acontece com a numerosa família de Rafiki agora?

Quando uma família de gorilas-da-montanha perde seu líder, ela tende a se dispersar, facilitando ainda mais a ação de caçadores. E, aliás, muitas vezes, matar o líder tem justamente esse propósito: dispersar o grupo e deixar mães e bebês bem vulneráveis. O que pode acontecer é um gorila do próprio grupo, com personalidade forte conseguir reunir todos novamente ou um gorila selvagem e solitário conseguir atrair parte dos membros, especialmente as fêmeas, e assim dar início a uma nova liderança.

Existem apenas mil gorilas-das-montanhas no mundo... só mil. Estão nas Montanhas de Virunga entre República Democrática do Congo, Uganda e Ruanda. Em Uganda o turismo de observação dos gorilas em seu habitat natural tem ajudado a conseguir recursos para a preservação da espécie e combate aos caçadores.

Mas a pandemia de covid-19 promoveu o fim do turismo e abriu portas para caçadores locais.  Não está fácil! Além de serem suscetíveis as doenças humanas, os gorilas enfrentam também a ação de assassinos bem armados que agora se sentem mais à vontade para matar essas adoráveis e raras criaturas.

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

sábado, 6 de junho de 2020

As doenças de cães e gatos têm muito a ver com o estado emocional e ambiente em que vivem


"Ai que gostoso!!!" - é o que parece pensar (e sentir) o gatinho da foto. Isso se chama "equilíbrio físico e emocional". Quando há um desequilíbrio causado por uma situação estressante, de medo, por alimentação inadequada ou mesmo por uma doença viral, muita coisa muda no sensível organismo dos bichinhos.

Coceiras frequentes, dores que se espalham pelo corpo, queda de pelo, diarréias e sensibilidade gástrica. Muitas doenças e sintomas que afetam cães e gatos têm fundo emocional e também podem estar intimamente ligados ao ambiente no qual o bichinho vive. Por isso a "consulta integrativa" - um termo ainda novo para muitos tutores de animais - busca analisar cada cachorro e gato levando em consideração sua personalidade, seus hábitos, sua casa e nutrição.

A veterinária Viviane Reis, da Clínica Integrativa Pet, explica: “Não é possível atender os animais apenas de forma alopática, enxergando a doença e não o doente. Percebi que era necessário olhá-los como um todo e não em partes”.

É importante explicar que Medicina Veterinária Integrativa não é a mesma coisa que Medicina Alternativa: "Não dispensamos o uso da medicação alopática ou convencional, mas completamos com acupuntura, homeopatia e fitoterapia, entre outras terapias”, acrescenta a veterinária.


O cãozinho Vishnu (foto acima), de 13 anos, por exemplo, foi tratado de forma integrativa por Viviane: "Ele chegou na Integrativa Pet em agosto de 2019 depois de retirar um melanoma oral e estava fazendo quimioterapia. Também tinha displasia coxofemural, uma doença de má formação genética. Mudei a dieta do cãozinho para uma alimentação mais natural e voltada para animais com câncer. Começamos a fazer fitoterapia chinesa para reequilibrar o organismo e homeopatia específica para o câncer”, continua a veterinária.


Além disso, para combater a dor gerada pela displasia, Vishnu fazia semanalmente acupuntura e ozonioterapia. “Mesmo se tratando de um câncer agressivo, Vishnu está indo muito bem, sem a volta dos sintomas”, comenta Viviane que é também formada em homeopatia e acupuntura.

A Integrativa Pet fica na Rua Ministro Gastão Mesquita, 443, Perdizes (SP). Telefone (11) 9 9424-4286.  Saiba mais acessando o SITE AQUI
Instagram https://www.instagram.com/integrativapet/

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora www.miaubookecia.com




quarta-feira, 3 de junho de 2020

Você pensava ser de outro planeta quando era criança? Isso é comum, atípico ou pode até ter um fundo de verdade?


Assistindo a um filme chamado "Ensinando a Viver" (2007), cujo título original é "Martian Child", numa Sessão da Tarde da Globo que fora da quarentena dificilmente eu teria visto, me lembrei que assim como o garotinho do filme eu também cheguei a pensar que era de outro planeta quando criança.

Gostaria muito de saber se isso aconteceu com alguns membros desses grupos do Facebook focados em OVNIs e extraterrestres.

No meu caso, creio que tinha por volta de sete anos de idade. Todo final de tarde eu me sentava sozinha no quintal e ficava esperando um nave vir me buscar. Não lembro por quanto tempo fiz isso, mas obviamente desisti de esperar. Também não consigo me lembrar o que me levou a esse comportamento esperançoso de ser "resgatada" da Terra.  Talvez a leitura do livro "O pequeno príncipe"... talvez.

Nesse filme o garotinho acredita ser de Marte e estar numa missão para aprender sobre os terráqueos. É bem interessante. No enredo existe uma razão para ele se comportar dessa forma - que não vou contar pra não estragar a surpresa de quem não viu o filme. Mas me surgiu a curiosidade de saber se pessoas como eu, bem interessadas em alienígenas e que até sonham com eles e com outros mundos, tiveram também essa fase na infância de acharem que não pertenciam a esse planeta.

Nos estudos sobre crianças índigos e cristais, que sempre existiram, mas cada vez aumenta mais a presença delas nesse planeta, há relatos de meninos e meninas dizendo que não pertencem à Terra e que muitas vezes não conseguem se relacionar bem com outras crianças por sentirem-se  "fora do lugar". A inadequação, no entanto, nem sempre vem acompanhada de isolamento e timidez. Pode ser exatamente o contrário.

Apenas para ilustrar, eu tb tive problemas no pré-primário, aos seis anos de idade. Aliás, só me lembro da minha vida daí pra frente. A sala tinha vários mesas quadradas coletivas, mas meninas e meninos sentavam separados. Eu era muito falante... perturbava muito a aula. Então a professora Vicentina (lembro até do nome dela) me colocava na mesa dos meninos, só que não adiantava nada porque continuava falando feito um papagaio. E eu pintava com tanta força os desenhos que chegava a furar o papel. E me lembro dela chamar a atenção da minha mãe sobre isso.

No filme em questão o garotinho obviamente tb não se ajusta as salas de aula. Ele tem um mundo só dele, mas não sofre de autismo. É também muito inteligente e tem algumas habilidade que vale a pena citar: sente o sabor das cores. Isso é possível?

Bem... aprendemos a separar muito bem todos os sentidos... o olfato, o paladar, a audição, a visão... de forma a funcionarem sem interferirem uns nos outros. Mas alguns de vcs tb já devem ter tido a experiência de, por exemplo, sentir o cheiro ou o sabor de uma cor. Eu tb já tive isso em sonho, mas com os olhos abertos nunca.

Vejam o trailer do filme e contem suas experiências nos comentários ao final dessa matéria. É mais fácil postar o comentário de forma anônima citando seu nome ao final do texto.



Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora www.miaubookecia.com



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