“Vai demorar para eu passear de novo?” – pergunta minha gata
Dianna para a pet-terapeuta Simone Hasenauer, durante uma consulta telepática
entre SP e Curitiba (PR). Dianna, como muitos animais, deixou de sair com o isolamento social. Ela não passeava na rua e sim na área livre
do prédio na minha companhia. Eram cerca de 30 a 40 minutos diários durante os
quais ela aproveitava para cheirar as plantas, rolar no chão e tomar sol que foram
bruscamente cortados.
O “desabafo” de Dianna desencadeou uma longa conversa à distância
com Simone que é terapeuta holística, fitoenergética, reikiana, comunicadora
animal e fundadora da empresa "Pet Terapias".
“Dianna começou o contato me mostrando um lugar florido e com sol.
Imaginei que era onde ela gostaria de estar. Disse que está muito aborrecida de
ficar o dia todo em casa, que a vida dela ficou estressante e sem graça”, conta
a terapeuta que, para estabelecer o contato telepático, pede uma foto do animal e
do tutor tiradas no dia da consulta.
À princípio, tive dúvidas que esse “contato” se realizaria. Dianna
é fechada, anda mal-humorada e, embora eu acredite piamente na comunicação
telepática entre humanos e animais, nunca achei que fosse possível entre
animais e pessoas estranhas.
Dianna desabafou: "Estou muito aborrecida de ficar o dia todo em casa"
“Tem uns que gostam de conversar. Outros não. Eu respeito o tempo
deles e faço no dia que minha energia está alta e eles querem conversar. Se não
dá num dia tento em outro. Para mim é muito natural conversar com animais, como
converso com as pessoas. Somos todos iguais, só a espécie é diferente”, explica.
Simone pede que os tutores formulem cinco perguntas para o animal.
Normalmente, quem busca esse tipo de terapia quer ajuda para a saúde do
bichinho e da sua própria. Dianna tem 15 anos, falou da saúde dela e ainda
arriscou uns “conselhos” para a terapeuta transmitir a mim.
“Minha saúde está daquele jeito... tem dia que estou melhor,
depois pioro de novo. É duro ficar mais velha. A maior parte das coisas que
tenho são da idade, mas minha tutora precisa entender que capto suas dores”,
disse Dianna. Segundo a terapeuta, ela se referia as dores da alma que muitas vezes também se manifestam no físico. Então vale mencionar que Dianna tem um problema num pé e eu, recentemente, também descobri um problema num dos pés que estou tratando com fisioterapia.
“Eles são um espelho de nós e, inclusive, podem nos alertar com
relação a nossa saúde. Meu foco são os animais, mas os tutores precisam de ajuda
também”, explica Simone que também perguntou à minha gatinha o que ela achava
do uso de calêndula (que cura dores da alma) num tratamento conjunto e à
distância para nós duas acrescido de reiki.
Dianna respondeu que ela prefere tratamentos naturais, achou uma boa ideia o uso de calêndula, mas insistiu:
“Você sabe se vai demorar pra eu sair de novo? Gosto de TV, mas ver
todo dia cansa” – de fato Dianna gosta de ver desenhos sentada bem juntinho da
TV, mas eu não havia comentado isso com Simone.
Dois gatos
de Brasília também fizeram “contato”
A bancária Débora Miliorini investiu na comunicação telepática com
Simone para ajudar dois de seus gatos, mas confessa que acabou também sendo
ajudada.
“Meu gato mais velho, Faraó Huni, andava muito briguento, bravo
comigo e passou a não dormir em casa. Além disso, ele estava com um problema de
saúde e procurei a Simone para ver se ela tinha como ajudar. As respostas dele
me surpreenderam”, conta.
Huni mostrou ser um gato muito "decidido"
“Tudo o que ele disse me impressionou muito, especialmente coisas
sobre mim muito particulares, que só eu sei. Depois dessa comunicação o meu
comportamento mudou e o dele também. Huni se tornou menos agressivo e ficou mais próximo de mim
do que antes”.
Débora gostou tanto da consulta que pediu à Simone que falasse
também com seu gato Rishi: “Ele contou que tinha medo de voltar a viver no
lugar de onde o resgatei, um local muito sujo na beira de uma rua, que serve de
estrada em uma cidade pequena próxima a Caldas Novas, em Goiás. A Simone,
então, disse para ele ficar tranquilo porque ninguém o levaria de volta”.
Rishi demonstrou medo de voltar para o lugar de onde foi resgatado
O próprio Rishi, segundo a terapeuta, sugeriu o uso de “hamamelis”
para tratar a herpes que ele traz de nascença. “Eu o trato com
homeopatia, mas nunca havia usado essa planta. Jamais pensei que os animais
soubessem como se curar nesse nível, dizendo o nome das plantas. Claro que a Simone
pediu para verificar com a veterinária dele se tudo bem dele usar”.
Terapeuta
tem vários animais adotados
Simone
sempre teve animais vítimas de abandono ou maus-tratos. Atualmente mora em Curitiba com 11
gatos e dois cachorros. Em seu sítio tem mais três gatos e dois cachorros. Ela
optou por estudar a comunicação com os animais e se dedicar a isso depois de
algumas experiências bem marcantes. Uma delas foi com um cachorro que, todas as
tardes, aparecia na sua rua e depois sumia. Ela o adotou.
Simone com Beethoven
“Na comunicação telepática com o Bebê (foi esse o nome que dei
para ele no dia que o adotei), ele me mostrou um gramado onde ficava
acorrentado embaixo de chuva e um homem lhe maltratando. Aliás, ele tinha muito
medo de trovões e chuvas. Em outro momento me mostrou sofrendo com pauladas. De
fato, observei que tinha medo de vassouras, homens e cheiros como de cigarro”,
conta.
A revelação veio uns dias depois:
“Certo dia minha vizinha passou na frente da minha casa e cumprimentou
Bebê chamando-o pelo nome de Beethoven. Ficou feliz quando viu que eu o havia
adotado e me contou que ela e um amigo o resgataram de uma chácara, onde o
caseiro o mantinha acorrentado e foi embora o deixando para morrer. Ela estourou
a corrente que o prendia e o trouxe para cá. De noite ele se escondia numa
casa abandonada. Em dias de chuva os drogados batiam nele com paus para o expulsarem e dormirem na casa. Então entendi que ele havia me contado seu passado ao vir morar comigo”.
Simone com gatinho Malte
Simone atende via celular e também presencialmente em seu
consultório (todo rosa). Para conhecer os serviços e preços das consultas
acesse o Whats App (41) 9215-4228 ou seu site AQUI
Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora