domingo, 9 de outubro de 2022

Lucy é encontrada no Dia dos Animais, depois de 16 dias desaparecida



O Dia dos Animais (e de São Francisco), comemorado em 4 de Outubro, teve um significado ainda mais especial para Hellen Cristina Inácio, tutora da Lucy (foto). É que nesse dia ela reencontrou sua gatinha que já estava sumida há 16 dias em SP. Embora Lucy não costumasse zanzar pelo quarteirão, um dia ela resolveu se aventurar saindo pela janela da cozinha.

Para piorar a situação, Hellen e o marido estavam viajando e seus gatos ficaram aos cuidados de uma vizinha que imediatamente fez de tudo para achar a gatinha. Acontece que procurar por um gato não é nada simples nem fácil. Tem que ser perseverante e explorar minuciosamente a vizinhança dia após dia sem perder a esperança.

Atenção: não tem que sair pelo bairro em locais distantes de casa e muito menos procurar de carro. Na grande maioria dos casos, o gato que se perde fica nas proximidades, normalmente no mesmo quarteirão ou na rua detrás, acessos laterais da casa, enfim, muito perto. 

Um gato só vai parar longe se entra no motor de um carro ou se alguém o leva embora.  Então tem que focar os locais mais próximos onde ele possa ter buscado abrigo ou ter ficado acidentalmente preso. Isso é vital.

A Hellen procurou minha consultoria para gatos perdidos quando Lucy já estava sumida há uma semana e, pelos vídeos que me enviou das redondezas, logo vi que havia muito lugar para a gatinha se esconder: vilas, condomínios, estacionamento de mercados, fábrica abandonada, várias casinhas com jardim (e outros gatos) e um galpão, bem nas costas da sua casa, que logo de início me chamou a atenção.

Foi justamente no galpão o resgate da gatinha, pois, ela andava indo lá em busca de comida e o proprietário do imóvel avisou Hellen. Anotem: galpões, estacionamentos, oficinas mecânicas, borracharias, imóveis em obra ou vazios... tudo isso faz parte da extensa lista de locais que os gatos procuram quando se perdem.


Além disso, Hellen seguiu outra orientação: criou pontos de alimentação fixos para manter a gatinha alimentanda e por perto. Contou com a ajuda de alguns vizinhos para essa importante ação que, muitas vezes, salva a vida de um gatinho perdido.


A paixão da Hellen por Lucy é tão grande que ficou difícil escolher uma foto, então ela mandou várias e eu adorei a fotogenia dessa felina. Então mais um pouco de imagens pra voces que amam gatos.


 Nessa história cabe ainda um alerta: Lucy é uma gatinha rajada - pelagem muito comum dos gatos no Brasil. Por isso é importante ter cuidado ao examinar gatos rajados durante uma busca do animal perdido. Muitas vezes, devido ao trauma vivido na rua, um gato não interage com o tutor quando localizado. Pode ficar arredio ou indiferente, então é necessário observar seu comportamento e comparar com os hábitos do gatinho perdido.

Acompanhei um caso assim que, por um triz, quase que um gato rajado não volta pra casa. Sua tutora ficou em dúvida se era mesmo seu gato dada a indiferença inicial do bichano. Mas vejam como ela descobriu que se tratava do Mike acessando a matéria AQUI

Alerta 2: Cuidado ao oferecer recompensa por gatos rajados e pretos. Não aconselho. Por terem pelagem comum, pessoas de má índole podem raptar gatos de mesma pelagem para ganharem recompensa. Leia mais sobre isso AQUI

Texto: Fátima ChuEcco, jornalista e fundadora da @buscacats e da editora @miaubookecia



terça-feira, 4 de outubro de 2022

DOZE MANEIRAS DE HUMANIZAR OS BICHOS. E POR QUE NÃO?


Sempre vejo pessoas criticando cães e gatos que eventualmente usam roupinhas alegando que isso é "humanizar" o animal. Mas qual o problema? Desde que as roupas sejam confortáveis, não atrapalhem os movimentos e o animal não demonstre que deseja se livrar delas... qual o problema? Animais domésticos são humanizados a partir do momento que passam a viver junto de humanos. 

Vejam doze principais maneiras que humanizam os bichos ainda que eles nunca venham a usar roupinhas.

Um: eles ganham um teto fixo ao abrigo da chuva e do frio - o que não teriam se estivessem vivendo livres. Dois: eles tomam banho com xampu e condicionador - sendo que na natureza tomariam, quando muito, banho de chuva. Três: passam a comer em pratinhos e a beber água em tigelas. Quatro: ganham cama  macia ou passam a dormir na cama de seus tutores. Cinco: são levados ao veterinário (equivalente de médico pra gente) quando ficam doentes. Seis: ganham brinquedos, bolas e bichinhos de pelúcia. Sete: passeiam em locais escolhidos por seus tutores - o equivalente a levar os filhos humanos num parque. Oito: comem comida industrializada, dura, com aromatizantes e conservantes. Nove: assim como as pessoas cortam os cabelos, muitos cães e gatos também têm o pelo tosado pelos seus tutores. Dez: passam a entender a linguagem humana reagindo a diversas palavras dirigidas a eles. Onze: usam sapatinhos para não queimar as patinhas no chão quente (o que é ótimo pra eles). Doze: ganham nomes humanos.



Depois de tudo isso, dá pra dizer que "apenas" colocar roupinha é humanizar bicho? 
E à propósito... qual o problema de humanizar? Há um incontestável lado bom nisso. 

Quanto mais próximos da convivência humana, mais livres os animais ficam do consumo humano, ou seja, na maior parte dos países, os animais que se tornaram domésticos deixaram de ser "comidos" - com exceção de alguns países asiáticos onde, muitas vezes, se come o mesmo cachorro e gato criado junto da família humana. Milhares de anos atrás, por exemplo, tivessem os porcos se unido aos homens das cavernas, talvez hoje teríamos porquinhos como animais de estimação e cães no açougue.

A "humanização" de algumas espécies têm garantido sua sobrevivência longe de matadouros. A convivência próxima criou empatia, laços e desejo de proteção. Por algum motivo, cães e gatos tiveram essa chance de adentrar na casa dos humanos e, obviamente, foram inseridos em atividades e comportamentos humanizados. Caso nós vivêssemos com eles no habitat deles também passaríamos a nos comportar como eles. Aliás, há alguns casos verídicos desse tipo, de crianças crescidas com animais selvagens que passaram a agir como eles.

Essa crítica em cima da humanização de bichos me parece um tanto equivocada já que só o fato de inserí-los em nossas casas já é em sim um tremendo ato de humanização. Algumas pessoas protestam dizendo: "Eles não nasceram de roupa!". Bem..... e nós também não.

Texto: Fátima ChuEcco jornalista e escritora



PENSE FORA DA CAIXA

Dianna ilustra a expressão “Pensar fora da Caixa” que vem do inglês “Think outside the box” e significa pensar de forma criativa, livre...