sábado, 7 de janeiro de 2023

Perdeu o gatinho? Procure o quanto antes em casas vazias da vizinhança


 A gatinha Princesa (foto) recentemente deu um baita susto na sua tutora Cíntia Regina Ruggero, de SP. Como tantos outros gatos, ela escapou de casa e o instinto a levou a se enfiar em outra casa ali mesmo na vizinhança mais próxima... só que uma casa vazia.

A busca por esse tipo de abrigo é "clássica". Grande parte dos gatos que fogem de casa ou se perdem logo descobrem que um casa sem humanos é o melhor esconderijo temporário que podem ter. É nessas casas com placas de aluga-se ou vende-se... ou mesmo abandonadas, que os gatos conseguem abrigo da chuva, do frio, de cães e, claro, de humanos desconhecidos.

O perigo é ficarem presos dentro delas, como também acontece com frequência. Isso porque às vezes os gatos entram pelo forro do telhado, pulam para dentro da residência, mas depois não conseguem saltar de volta para o teto. Então uma das principais ações que se deve adotar ao perder um gato é procurar nas casas vazias (inclusive dentro delas).


Leiam o relato da Cíntia:

"Fátima, suas dicas foram cruciais pra mim! Encontrei a Princesa! Não eram nem 5h da manhã quando voltei a uma casa vazia, atrás do meu quarteirão, onde eu tinha ouvido um miado quando chamei pela minha gatinha. Retornei a essa mesma casa, chamei e ela já miou em resposta!

Ela está muito bem, Graças a Deus. Entrou numa casa vazia, sem perigo. Mas não saberia voltar porque da rua pra casa não há acesso sem passar por um local onde houve briga de gatos na madrugada do desaparecimento dela.

Fátima, fiquei com as suas dicas na cabeça. Quando despertei às 4:40h eu tinha certeza que iria chamar naquela casa e ter resposta. Deixo aqui o meu agradecimento de coração por todo o apoio e por cada dica que recebi!".

Meu comentário:  Cíntia teria errado feio e talvez nem voltasse a ver sua gatinha se, ao invés de procurar por ela bem pertinho de casa, ficasse sondando pelo bairro. E o que faz o gato atender ao chamado do tutor é a voz dele e não gravação de miados de outros gatos que, aliás, Cíntia já tinha tentado em vão. Tem que chamar e esperar para dar tempo do gato responder ou aparecer... se ele estiver em condições de fazer isso.

Pedi que Cíntia procurasse pela gata nas casas vazias mais próximas porque, diferente dos cães, gatos não saem perambulando pelas ruas e avenidas... eles tendem a se esconder no lugar quer se sentem mais seguros e a poucos metros de suas casas... na verdade, alguns se instalam nas casas vizinhas. Repasse essa dica caso conheça alguém que está com gatinho desaparecido!

Texto: Fátima ChuEcco jornalista, escritora e fundadora da @buscacats



Animais domésticos: Fazer testamento não é "pensar na morte", mas "pensar na vida" de quem fica


Muita gente detesta falar em testamento porque acredita que não se deve pensar na morte. No entanto, quando uma pessoa se preocupa em fazer um testamento ela está pensando muito mais na vida de quem fica, como na de seus animais domésticos por exemplo... e é assim que deve ser para não deixar os bichinhos desamparados.

Algumas pessoas falam assim: "Cuido deles enquanto viver... faço de tudo por eles enquanto eu estiver aqui". Mas não é certo deixar os animais entregues à própria sorte. Aliás, que amor é esse que não se preocupa com o futuro dos que ficam?

O tutor que pensa assim, na verdade, está cometendo uma espécie de abandono, só que ao invés de ser abandono em vida é abandono em morte.

Além disso, testamento não é só para quem tem bens materiais ou fortunas. Claro que se o tutor tiver uma casa, um carro, uma boa poupança no banco, obras de arte... enfim... algo que possa reverter aos seus animais, realmente deve fazer isso e "em vida" via testamento. 

Mas um testamento, inclusive, manuscrito, pode deixar pequenos bens, eletrodomésticos e até instruções médicas e de nutrição sobre os animais. Tem que deixar tudo "anotadinho" principalmente se tiver algum bichinho diabético, renal, que carece de alimentação especial ou tratamento médico. 

Não quer escrever testamento? Então pelo menos deixa um recado bem visível colado na geladeira para que as pessoas saibam do que os animais necessitam.



Mas é BOM LEMBRAR também que: 

Segundo o Código Civil brasileiro é possível deixar de 50%  a 100% da herança para uma ONG ou pessoa que se comprometa a cuidar de seus animais. No caso de você ter os chamados "herdeiros necessários" que são os cônjuges, descendentes (filhos, netos e bisnetos) e ascendentes (pais, avós e bisavós), esses herdeiros, por lei, ficam com 50% e você pode destinar os outros 50% para quem quiser.

No entanto, se a pessoa não tiver "herdeiros necessários" pode destinar 100% de sua herança da maneira que quiser

Irmãos, tios e primos não são herdeiros necessários e eles só ficam com a herança se não houver um testamento destinando a mesma para outras pessoas ou entidades.

A escritora Nélida Piñon, por exemplo, falecida em dezembro último, deixou toda sua herança, que incluía quatro imóveis no Rio, para suas duas cachorrinhas, Suzy e Pilara. Uma assistente que acompanhou Nélida por 25 anos foi designada no testamento como tutora das cadelinhas e administradora dos bens. Abaixo Nélida com as duas cachorrinhas em foto de arquivo pessoal:


Vemos com frequência casos dramáticos de parentes dando literalmente um fim (nada digno) aos animais da pessoa que morreu. Soltam longe da casa, em qualquer lugar ou fazem coisa pior. Então deixar um testamento que dê um pouco de segurança aos animais é essencial.

Uma das matérias mais lidas desse blog abordou esse tema de forma bem completa, inclusive, ensinando a fazer um testamento simples, do próprio punho e que tem sim validade. 

Leia clicando AQUI ou https://jornalistafatima.blogspot.com/2021/01/no-brasil-e-permitido-deixar-de-50-100.html

Texto: Fátima ChuEcco jornalista, escritora, fundadora da @buscacats

Entrevista Internacional: Conheça J`accuse, o cãopanheiro de Lupin (Série Netflix)

Quem acompanha a série "Lupin" da Netflix já deve ter se encantado com o cachorrinho adotado pelo personagem Assane Diop, interpr...