Em pleno século XXI,
o homem ainda lembra um pouco aquele do “tempo das cavernas” quando a pele dos
animais era a única coisa que ele podia usar para se proteger do frio. O tempo
passou, o ser humano evoluiu, mas muita gente estacionou no passado e continua
pagando fortunas por um casaco de peles. Aliás, um casaco feito com pele de
chinchila pode exigir a morte de 50 a 200 desses animais e das formas mais
brutais. E uma triste notícia: os maiores produtores são a Argentina e o Brasil.
Felizmente, pelo menos no Estado de SP, a
Lei Nº15.566 de 2014, do deputado estadual Feliciano Filho, proíbe criação ou
manutenção de qualquer animal doméstico, domesticado, nativo, exótico,
silvestre ou ornamental com a finalidade exclusiva de extração de peles. Em SP
havia uma fábrica de horrores até a sanção dessa Lei.
“Foi com muita emoção que assisti essa vitória. Agora, esta é
uma atividade ilegal, passível de denúncia, fiscalização e as devidas punições
legais. Desde vinha trabalhando muito para realizar mais este
sonho”, revela o deputado. Segundo ele, a
Lei Nº15.566 salvará milhares de vidas: “São animais que vivem em
cubículos muito pequenos, mal podendo se mexer, para depois serem mortos de
forma cruel para satisfazer a vaidade humana. Isto é inadmissível. Só nós,
protetores que amamos os animais, sentimos e sofremos por saber o quanto eles
sofrem”, comenta.
Sofrimento é mesmo a palavra-chave da extração de peles. Num famoso
dedicado aos produtores de peles de chinchila para fins de vestimenta diz: “O
abate pode ser feito por asfixia química, eletrocussão ou desnucamento,
devendo-se sempre ter o máximo cuidado na hora da execução para não afetar o
pêlo do animal. O método mais comum é o por desnucamento, bastante rápido.
Consiste em segurar o animal pela cauda e cabeça e mantendo-o estendido
deslocar a cabeça para trás.”
Ocorre que muitos animais continuam vivos após o desnucamento e têm suas
peles arrancadas nessa dolorosa condição.
Que SP sirva de inspiração para o resto do país onde a chinchila continua
vítima desse cruel comércio.