Essa noite tive um sonho muito interessante. Alguns indios foram me chamar em casa pra me contar uma história. Era sobre um bebê que nasceu bem os bracinhos na tribo deles. Ele seria sacrificado, mas alguns indios conseguiram impedir a morte dele. Então ele cresceu... passou 21 anos na Tribo dos Jeitos e depois foi viver na cidade próxima chamada Ajavalali (ou algo parecido com isso).
Os indios me mostraram o bebe assim que ele nasceu ainda coberto de sangue. Ele tinha os olhos brancos e eu perguntei: ele enxerga?. Depois eu vi um homem que se apresentou como sendo aquele bebê. Seu nome era Carlos. Ele era forte, não tinha parte dos braços (apenas um trecho antes do cotovelo) e conservava os olhos brancos. Era um homem muito bonito. Ele disse que estava há 33 anos vivendo fora da tribo, ou seja, estaria para completar 55 anos.
A impressão que tive foi que os indios me chamaram pra fazer uma reportagem sobre esse caso e no sonho eu pensava: será que isso é no Brasil? Tentei segurar as imagens ao máximo, mas já estava entre o sonho e a realidade e a última coisa que eu consegui ver foi o indio com seu belo rosto e olhos tão diferentes, cabelo castanho até os ombros e na frente dele um lobo branco com olhos exatamente iguais aos dele. E então eu acordei.
Na Internet nada achei sobre um indio que teria nascido sem braços e sobrevivido. Procurei imagens, notícias... mas nada achei. Busquei imagens do lobo e vi que quase foi extinto e, de fato, tem olhos brancos, mas enxerga muito bem. Mas existe uma simbologia com a figura do lobo. No site yoga-bemestar.blogspot.com.br encontrei um conto indígena que fala de lobos que nos habitam e que segue abaixo. Caso tenham mais alguma pista sobre esse meu sonho, por favor, deixem um comentário. Foi muito intrigante e fiquei com a sensação que esse indio de nome Carlos de fato existe ou existiu.
Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate que acontece
dentro das pessoas.
Ele disse: - É uma batalha entre dois lobos que vivem dentro de todos nós.
Um é Mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância,
pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, orgulho falso,
superioridade e ego.
O outro é Bom. É alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade,
humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão
e fé.
O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô: - Qual lobo vence?
O velho índio respondeu:
- "Aquele que você alimenta!”