É UM DOS PAÍSES AFRICANOS MAIS POBRES DO MUNDO E COM A MAIOR TAXA DE ANALFABETISMO. Se isso não bastasse, ainda conta com um recrutamento de crianças e jovens para pedirem esmolas. São meninos que perderam os pais ou foram entregues pela família que não podia sustentá-los a um grupo que obriga a pedir dinheiro nas ruas em troca de comida. Se não atingem a meta ganham punições dolorosas, surras e ficam com marcas pelo corpo que servem de alerta para as outras crianças (leia mais abaixo sobre o cotidiano desses escravos mirins). Esses meninos são chamados de garibous (vejam video documentário no site www.cafiburkina.com.br criado por Roberto e Simone Fernandes, de Joinville, SC). O casal busca ajuda para resgatar, cuidar e alfabetizar essas vítimas da escravidão e está aceitando doações de diversos tipos - materiais que possam ser usados por esse garotos (lista completa tb está no site). Um
container sairá de Joinville (SC) em direção ao país africano em
janeiro de 2014 para levar as doações para a fundação da ONG em Burkina Faso.
Num gesto que serve de inspiração para outros comerciantes, a loja de brinquedos Play Kids fez doação de 5% do
lucro líquido de suas vendas efetuadas durante o mês de dezembro para o Centro de Assistência e Formação Integral (CAFI). Inaugurada recentemente, a Play Kids já
nasceu com a proposta de ajudar. Segundo Vânia, sócia-proprietária, o
projeto de Simone e Roberto Fernandes já era de seu conhecimento, mas agora, com a loja,
sua ajuda poderá ser mais efetiva.
Doações
Quem quiser contribuir com o projeto, pode conhecer a lista completa de produtos faltantes em
http://www.cafiburkina.com.br,
sob o selo "Container Burkina Faso". Os que preferirem ainda podem
fazer doações em dinheiro através da seguinte conta: Banco Bradesco,
agência Ag. 2232-2 C/C 40031-9. Para transportar o container de
Joinville a Burkina Faso, o CAFI conta ainda com a ajuda da CVF Trading
Joinville e Litoral Transportes Marítimos, que doou seus serviços para o
envio do material.
Cafi e os garibous
Os garibous são entregues pelos pais aos
marabous, líderes islâmicos que prometem dar assistência total aos
garotos além de ensinamentos religiosos. A realidade, no entanto, é bem
diferente: ao chegarem às escolas corânicas, os meninos encontram uma
vida miserável, sofrem castigos físicos e mentais e tem que mendigar
diariamente pelo próprio sustento e pelo sustento de seu tutor. No
pequeno país de Burkina Faso, situado no oeste do continente africano, a
religião islã é praticada por cerca de 50% da população.
Vivendo agora sob a tutoria dos Marabous, essas crianças e jovens, com
idade entre 5 e 17 anos, passam a enfrentar uma luta diária pela
sobrevivência, com longas jornadas de abusos e exploração em
condições sub-humanas, sem acesso às necessidades básicas de
sobrevivência, como moradia, alimentação e cuidados de saúde, sendo
transformadas em verdadeiras escravas, conhecidas como Garibous, que no
dialeto local significa “mendigos”.
Mal vestidos, sujos e desnutridos, os Garibous acordam diariamente às
cinco da manhã para cumprir o ritual islâmico de oração. Privados do
sono devem recitar e memorizar versículos do Alcorão, sob a supervisão
de um mestre corânico, cujos métodos de ensino abrangem muita violência.
Após o rigoroso ritual, as crianças são obrigadas a perambular pelas
ruas para conseguir dinheiro para seu tutor e para se alimentar. Aqueles
que não conseguem dinheiro ou não atingem a quantidade diária
recomendada, são submetidos a duros castigos físicos.
No período de chuvas, que são escassas no país, os Garibous são
obrigados, também, a trabalharem na agricultura, sem o auxílio de
ferramentas adequadas para o cultivo, muitas vezes famintos, doentes e
sem acesso à água potável.
Os que tentam fugir da escola corânica sofrem severas punições, como
castigos físicos extremos, que podem cegar ou deixar marcas físicas
profundas, para que sirvam de lição aos outros que tentarem fugir.
Os pais, muitas vezes sabem das condições enfrentadas pelos filhos, porém a miséria os obriga a deixá-los nessa situação.
Essa prática de escravidão acontece em todos os países do oeste
africano. Valendo-se da religião, a exploração de menores pelas escolas
corânicas se transformou numa grande indústria, tanto que o número de
escolas e de Garibous tiveram um grande aumento nesta última década.
O Estado, como protetor dos direitos humanos, responsabiliza a família e
a religião pelo fenômeno vivido e quase nada faz para reverter essa
situação.
Estima-se que mais de 1 milhão de crianças e jovens vivam nessa condição
de análoga-escravidão. Várias ONG´s e grupos humanitários trabalham
para denunciar essa triste realidade e conseguir dar uma vida digna a
essas crianças. Fonte www.garibous.com