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quinta-feira, 25 de abril de 2013

ESTAMOS TODOS EM PLENA EVOLUÇÃO

                          Koko adora livros e revistas. Ela nunca se interessou por outros gorilas

DICA DE LEITURA

A revista Quanta é uma excelente leitura para quem se interessa por Ciências. Na edição desse mês a matéria principal mostra inúmeras outras teorias e estudos q surgiram pós Darwin... e tb o que já se pensava, antes dele, sobre a evolução das espécies. Atualmente se fala em " teoria sintética expandida da evolução". Difícil de entender? É que surgiram hipóteses (e provas) de outros mecanismos de evolução como epigenética, auto-organização, evolutibilidade e simbiogênese. Muita coisa pra explicar nesse post, mas que consta na matéria. Mas para dar uma prévia, vou comentar sobre a ideia dos possíveis "saltos" da evolução. É quando um processo evolutivo, que deveria ser lento, tem um avanço rápido em curto espaço de tempo devido ao que os pesquisadores chamam de "efeito fundador". Esse efeito pode se dar com a fragmentação de uma população (por uma razão ambiental qualquer) que se une a outra (mais evoluída ou de aspectos diferentes, por exemplo) e favorece o surgimento de uma nova espécie. Dá asas à imaginação, não dá? 



Isso não fala na revista, é uma ponderação minha: sempre digo (com base em pesquisas q já li) que não se pode comparar um lobo com um cão que vive integrado a uma família humana nas grandes cidades. Muita gente insiste em dizer que os animais urbanos são tão instintivamente limitados e primitivos quanto os q ainda vivem em habitat natural. Isso não é verdade. Há uma evolução latente nos lobos e em todas as espécies animais (provavelmente nas vegetais tb), mas que segue um longo percurso determinado pelo ambiente e necessidades daquele grupo de animais. No momento em que esses indivíduos são introduzidos num ambiente mais complexo, numa vida completamente diferente da floresta e no convívio com espécies mais evoluídas (do ponto de vista racional/intelectual), a evolução deles pode dar um "salto".  E a evolução é uma coisa q não tem volta. O cachorrinho q cresceu na cidade jamais voltará a desenvolver as funções e comportamentos de seus ancestrais caninos.

                                                                 Koko e seus tratadores

O clássico caso da Gorila Koko

Koko é uma gorila bastante famosa que desenvolveu a linguagem dos sinais, folheia revistas, assiste filmes e desenhos na TV, acessa computador e sabe não só expressar o que sente e quer, como tb cria sinais para objetos que não lhe foram apresentados. Koko gosta de chapéu, batom, se reconhece no espelho e reconhece outros animais e pessoas por meio de fotos. Parece muito para uma gorila? Então veja mais esse detalhe interessantíssimo: Koko tem mais de 30 anos. Cresceu com humanos e ao longo de sua vida foi apresentada a vários gorilas com o intuito de fazê-la se interessar por algum. Resultado: Koko nunca quis nada além de "amizade" com eles. Ela não os reconhece como possíveis parceiros sexuais pq Koko simplesmente já se vê como "humana". Eu arrisco dizer q ela se relacionaria sexualmente, de livre e espontânea vontade, com um homem.

                   Koko pediu por meio de sinais um gatinho para criar como bichinho de estimação

Hoje Koko vive num santuário ao ar livre. É uma semi-liberdade, já que ela jamais teria condições de viver por conta própria numa floresta. Uma vez perguntei a sua tratadora porque Koko foi privada da vida numa casa  - lugar q ela, obviamente, deve adorar viver, muito mais do que em cima de árvores. A resposta foi que seus tratadores vão morrer um dia e o destino de Koko pode ser muito cruel, com pessoas a explorando ou a jogando numa jaula. Então o santuário é uma forma de mantê-la em segurança. Faz sentido, mas acho q Koko já poderia ser considerada "pessoa" e conviver com humanos pelo resto de sua vida. Ela deveria gozar de algum tipo de "proteção à pessoa não-humana". Não sei se conseguem entender o que quero dizer... mas é minha opinião.

Reflexões de Fátima ChuEcco

Koko ajuda a montar arvore de Natal

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Além de nós, quais animais folheiam revistas? Os chimpanzés com certeza, além de outros primatas


Na foto está a chimpanzé Mônica do Projeto GAP de Sorocaba (SP). Nome de gente e hábito genuinamente humano de ver revistas. Ela não pode ler, mas se interessa e, além disso, vai saber o que se passa na cabeça dela aos ver as fotos de tantas pessoas naquelas páginas. Talvez tente entender o que se passa nas fotos.

Quando somos crianças e ainda não sabemos ler, também imaginamos o que são e o que dizem os personagens de um livro. Eu mesma, quando pequena, me sentava ao lado de uma pilha de gibis e criava os diálogos entre os personagens já que ainda não podia ler o que diziam. 

Nessa outra foto abaixo é Yasmin, também do GAP, que se esforça para entender as fotos. Tudo bem que a revista está de ponta cabeça, mas o que importa? Nossa imaginação e de nossos "primos" é bem fértil!


Para começo de conversa um esclarecimento: chimpanzés, gorilas, orangotangos e bonobos não são "macacos" e sim "grandes primatas", como os humanos. Então são cinco grandes primatas sendo quatro não humanos (ou apes em inglês) e um humano (nós). Popularmente todos os primatas (grandes ou pequenos) são chamados de macacos (ou monkeys em inglês), mas somente os primatas que possuem rabo (cauda) é que são macacos de verdade como os saguis, micos, bugios, macaco-prego etc. 

Eu explico essa diferença detalhadamente numa matéria que fiz para o Projeto GAP e que pode ser lida AQUI

O GAP é um movimento internacional cujo objetivo é lutar pela garantia dos direitos básicos à vida, liberdade e não-tortura dos grandes primatas não humanos que, como dito acima, são os chimpanzés, gorilas, orangotangos e bonobos. 

O Projeto GAP Brasil começou suas atividades em 2000 e atualmente conta com quatro santuários que abrigam em sua maioria animais resgatados de maus-tratos e condições inadequadas de vida em circos, espetáculos e zoológicos. Atualmente o GAP Brasil acolhe 250 animais sendo 49 chimpanzés. Os demais são felinos, ursos, aves e pequenos animais. Acesse o site AQUI, o Facebook AQUI e o Instagram AQUI

“Um chimpanzé não é um pet e também não pode ser usado como mero objeto de diversão ou cobaia. Ele pensa, sente, se afeiçoa, odeia, sofre, aprende e, inclusive, transmite seu aprendizado. Enfim, é como nós. A única diferença é que não fala, porém se comunica por gestos, sons e expressões faciais. Precisamos garantir seus direitos à vida e à liberdade”, explica Dr. Pedro Ynterian, fundador do Projeto GAP Brasil, ex-Presidente Internacional e atual Secretário Geral do Projeto GAP Internacional e proprietário do Santuário de Grandes Primatas de Sorocaba.

Quando a foto substitui palavras


Essa belíssima foto de Tim Flach revela o quanto os chimpanzés lembram humanos. Mas será que apenas "lembram"? OU de fato são pessoas? Será que não há uma resistência dos humanos em os admitirem como iguais? 

Os primatas não possuem patas, mas mãos e pés. Eles sorriem e riem... até gargalham. Possuem inúmeros sons para se comunicar, igualzinho que o homem fazia para se comunicar no tempo das cavernas. Existe um claro sentido de moral e também sentimento de luto.

Eles fazem ferramentas com galhos, pedras e folhas. Possuem complexas estruturas sociais, aprendem a se comunicar por meio da linguagem dos sinais e a utilizar o computador com o raciocínio equivalente ao de uma criança de sete ou oito anos. Podem se reconhecer no espelho, assim como outros animais ou pessoas por meio de fotos.

O que está faltando para os grandes primatas serem reconhecidos como "gente"?



Leia outras matérias bem interessantes sobre os grandes primatas nos links abaixo:

Conheça o verdadeiro Gorila Ivan que inspirou uma das mais novas produções da Disney  acessando AQUI

Sobre a gorila Koko (já falecida, mas que foi criada como uma menininha humana e aprendeu a linguagem dos sinais) Acesse AQUI e veja matéria que tem, inclusive, um depoimento que colhi da pesquisadora que cuidou de Koko

Uma reflexão sobre a trilogia do Planeta dos Macacos (que para mim é uma das maiores produções cinematográficas) - Acesse AQUI

Texto de:

Fátima ChuEcco Jornalista e Escritora

www.miaubookecia.com 





sábado, 23 de janeiro de 2021

Conheça o verdadeiro gorila que inspirou a animação “O Grande Ivan” em cartaz na Disney+


A animação da Disney é linda e cheia de magia mas, infelizmente, o oposto da verdadeira vida do gorila Ivan, morto aos 50 anos de idade depois de passar quase a vida toda num ambiente de concreto e sonhando com a liberdade.


Os gorilas são 98% parecidos com os humanos. Eles são geneticamente mais parecidos com humanos do que com chimpanzés. É por isso que Ivan, da espécie “gorila da planície”, podia pintar e desenhar com lápis de cera - aliás, a única forma que ele tinha para expressar sua tristeza.


Diferente do filme "O Grande Ivan", o gorila que vivia no shopping não tinha amigos com os quais interagir. Primeiro ele foi arrancado da sua família na República Democrática do Congo e entregue a um casal que o criou até os cinco anos de idade junto com o filho humano.

Ivan sentava na mesa, dormia em cama, andava de moto com seu "irmão" e recebia carinho, mas ao se tornar mais forte e começar a quebrar tudo na casa, como reflexo de seu desenvolvimento, foi lançado numa jaula de um centro comercial nos EUA para virar atração principal.

No shopping ofereciam a ele cigarros e hambúrgueres (lembrando que gorilas são vegetarianos por natureza). Ele também podia assistir uma TV em preto e branco – isto é, quando os humanos se preocupavam em sintonizar algum canal.

Tudo era motivo para atrair clientes e, de fato, Ivan logo ganhou milhares de fãs que o assistiam por meio de vidros que cercavam sua gaiola.

Ivan não tomava sol e jamais respirava ar puro, mas como “cortesia” lhe deram um tapete verde.

Em 1991, o National Geographic Explorer lançou o documentário "The Urban Gorilla" narrado por Glenn Close e que motivou manifestações pedindo a libertação de Ivan. 

Recomendo assistir o vídeo abaixo (The Urban Gorilla) que mostra Ivan no ambiente frio onde foi obrigado a ficar por 27 anos, abandonado pela família que o fez se sentir por algum tempo amado.


Ele terminou seus dias no Zoo Atlanta, na Geórgia, onde passou 18 anos (de 1994 a 2012) e morreu devido a um tumor no peito. Embora se tratasse de um zoo, o ambiente era imensamente melhor que o shopping porque Ivan vivia solto numa minifloresta com outros gorilas. 

Veja vídeos de Ivan no zoo:




Ivan era um "dorso prateado" que, no mundo dos gorilas, significa ser um líder natural que geralmente chefia um grupo e tem muitas fêmeas. No entanto, mesmo estando com outros de sua espécie por 18 anos, Ivan não teve filhos.


Um fato semelhante aconteceu com a gorila Koko, também já falecida e que ficou famosa por aprender a linguagem dos sinais. Koko cresceu e viveu com humanos. Só no fim da vida passou a conviver com outros gorilas num santuário, mas mesmo assim nunca teve filhos.


Eu costumo dizer que grandes primatas que convivem e vivem com humanos acabam se sentindo humanos e por esse motivo não se reproduzem com outros gorilas. É o que eu acho.

As fotos são do site do Zoo Atlanta onde consta toda a história desse gorila e muitas outras fotos. Acesse AQUI

Fátima ChuEcco jornalista escritora www.miaubookecia.com 



 

 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

DICA DE LEITURA



Tributo às Fátimas

 
Na revista Meu Pet desse mês tem uma matéria com uma protetora chamada Fátima do Rio Grande do Sul (vide foto). Parece que há Fátimas protegendo animais por todo canto. No Facebook sou com frequência confundida com outras Fátimas porque são muitas as envolvidas com a causa animal. Parece que quem ganha esse nome recebe junto a missão de fazer alguma coisa pelos bichos ou outras criaturas indefesas.


Na mesma revista tem uma matéria sobre animais no ambiente de trabalho – o que pode ser bastante inspirador e motivador. Depende muito da personalidade do bichinho. Do MI-AU BOOK, por exemplo, já participou a Gatinha Skol, de Fortaleza, que ficava na lan house de sua tutora o tempo todo. E vemos por aí outros casos. Em geral são animais de índole mais calma, bastante sociáveis e numa fase da vida em que já não querem correr atrás de tudo que se mexe.



Já na Superinteressante o assunto foi o complexo mecanismo que alguns animais possuem para ouvir, farejar, enxergar, entre outros. O olfato dos cães é um espetáculo e a audição dos gatos inacreditável. Já pegou seu bichano debaixo do tanque secando o cano que, aparentemente, nada tem de interessante? É que ele ouve qualquer inseto que pode estar circulando lá dentro.

O ponto curioso dessa matéria é abordar aquele velho discurso de que “os animais não se reconhecem no espelho e por isso não têm consciência de si mesmos”. Acreditem: era mito – lenda urbana messsmo.  Ocorre que a maneira de “ver” as coisas e de “ver” a si próprio difere de espécie para espécie. Os cães identificam grande parte do que está ao seu redor pelos cheiros e os gatos pelos sons. Assim, como o espelho é silencioso e inodoro, a imagem nele é pouco perceptível para esses animais. E eles até podem se ver lá, mas isso não causa surpresa ou interesse.



Conclusão: cada um vê e sente a seu modo e isso não torna uns menos conscientes que outros. Os grandes primatas, por serem muitos próximos dos humanos (biologicamente falando) já possuem um reconhecimento no espelho imediato e tb interesse na própria imagem. A gorila Koko se maquiava, passava batom, colocava fita no cabelo e tudo isso se baseando pela imagem que via de si mesma no espelho. E ela não é exceção... é regra no mundo dos primatas com relação a isso.
Boa leitura!!!

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