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sábado, 13 de julho de 2024

Meu sábado de mulher solteira, sozinha e passando dos 50


Que CHEIRO tem o seu sábado? Eu me identifiquei 100% com esse texto achado na internet de autora desconhecida, mas juro que parece que eu que escrevi. Resolvi compartilhar ilustrando com imagens do famoso Sexy and City porque as atrizes estão hoje na faixa dos 50/60 anos:


Eu sei que várias mulheres na faixa dos 50 continuam com uma razoável vida social saindo com amigas nas mesmas condições aos sábados. Não é meu caso e isso não me incomoda porque na verdade é uma escolha minha. Há tempos meu sofá diante da TV e um bom filme me atraem mais que passar a noite de sábado numa atividade coletiva.


Não significa que não tenho amigas ou que não gosto de vê-las e sair com elas. Às vezes sim... é muito bom estar com amigas, rir, conversar. Mas não todo sábado. Isso porque, no meu caso particular, sábado tem um clima e um cheiro diferente do de reunião com amigas. Sou de uma geração que cresceu escalando o sábado como o dia “vip” do namoro.

Eu podia ver o namorado a semana toda, mas o sábado era sempre diferente... tinha um “quê” diferente. Era o dia de se arrumar pra valer e isso incluía uma bela lingerie. Dia do cabelo ficar lindo e não apenas apresentável. Dia da maquiagem que eu, meio preguiçosa pra me pintar, só usava aos sábados. Dia de usar mais perfume ou um perfume mais marcante.  Dia que, logo cedo, já criava uma expectativa boa para a noite. Dia de... vocês sabem.


Então hoje, quando faço um tour em algum shopping aos sábados e acabo comprando alguma bobagem de que não preciso, todas essas lembranças me vêem à mente naturalmente. E o CHEIRO! Já repararam que sábado tem seu próprio cheiro? E que seus melhores sábados do passado também têm um cheiro peculiar, único? É uma lembrança olfativa, mas também de cores e imagens que aparecem e desparecem ao andar por um shopping num sábado à noite.

Não... não é exatamente tristeza... talvez nostalgia... e a constatação de que aquela época de namoros aos sábados passou... de vez. Sabe aqueles abraços e beijos na escada rolante indo para o cinema... passou. Aquele olhar dentro do carro, depois do cinema do tipo... “O que vamos fazer agora?”. Bem... nós sabíamos o que vinha depois e depois...


O sábado era uma caixinha de surpresa que a gente mesma montava e sabia tudo que tinha dentro.
E os sábados tinham a noite começando assim: toda arrumada, perfumada e com brilho nos olhos na porta de casa esperando o namorado. Podia acabar e começar outro namoro, depois outro e outro... podia trocar de namorado dezenas de vezes que o sábado tinha sempre a mesma sequência de cenas e expectativas. E o tal CHEIRO exclusivo de sábado.

Então agora, quando caminho sozinha num sábado final de tarde e começo de noite por um shopping, galeria, Av Paulista ou Rua Augusta... tenho uma sensação de deslocamento para aquela época que ficou arquivada na memória... aliás, época não porque na verdade foram várias épocas já que uma mulher que nunca se casou passou a vida toda namorando, dos 15 aos 45 normalmente... com sorte 50... Várias fases da vida... mas sempre com o mesmo sábado de cheirinho bom, de friozinho na barriga, de sensação de pertencer a esse mundo.

A sensação agora beira a invisibilidade. 


Praticamente ninguém me nota, a não ser a vendedora da loja. Mas já é muito bom, uma benção ainda ter condições de jantar num shopping aos sábados...
A nostalgia vai se desfazendo enquanto eu devoro uma macarronada, uma pizza bem calórica, um doce enorme que eu tinha jurado não comer pq ando com colesterol alto e beirando a diabetes. Nesse momento gourmet de pura entrega as lembranças começam a ir embora e então eu me lembro que ainda dá tempo de pegar o finalzinho da novela das 7 ou das 9... portanto, hora de ir embora.

O caminho de volta é um pouco irritante. Parece mais longo que na ida... não chega nunca. Mas quando piso em casa, que alívio. Eu me jogo de braços e pernas abertos na cama e penso: “Que bom ter uma casa onde se possa chegar”. Que bom ter um sofá pra abraçar. Um chuveiro quentinho, uma geladeira cheia de coisas que eu nem deveria comer, mas pelo menos tá cheia... um silêncio nessa bat-caverna que criei pra mim.


E assim, depois de uns minutos na cama de casal, porque a maioria das solteiras têm cama de casal comprada para os tempos em que ainda recebia “visitas”... depois de uns minutos entregue à delícia do descanso... eu me levanto, vou até a sala e ligo a TV. Pronto! Agora falta pouco para o sábado chegar ao fim... e para eliminar de vez o CHEIRO do passado, que sorte a minha, vai passar justamente um filme de suspense dos bons. Romance não assisto mais... dá preguiça.


Abaixo meu acréscimo pessoal:

O sábado tem um cheiro só dele, mas que é diferente para quem sai à noite e para quem fica em casa.  Para quem se diverte fora de casa o sábado tem um cheiro de banho caprichado, de cabelo escovado, de roupa cuidadosamente escolhida para fazer bonito. É cheiro de expectativa, cheiro de felicidade pouco contida.

Para quem passa as noites de sábado em casa o cheiro é de aconchego. É um cheiro mais quentinho, de jantar que alegra o estômago e o espírito antes de sentar na sala pra ver um filme. É um cheiro que abraça e conforta especialmente quem tem algum bichinho em casa.

Já o domingo tem um cheiro bipolar. Começa alegre e ao cair da tarde vai se emburrando. É um cheiro de desalento, de viagem que chega ao fim, de passeio que acaba. 

A segunda-feira também tem seu próprio cheiro que é de noite mal dormida, de cara amassada, cheiro abafado, denso... cheiro meio desanimado de recomeço.

E por aí vai nos demais dias da semana cada qual com seu aroma impregnado no ar, em casa e no trabalho.

Fátima Chu🌎Ecco, jornalista especializada em pets 🐶, ativista pelos direitos dos animais, escritora e gatóloga 😸. Fundadora da www.miaubookecia.com (editora especializada em fotolivros sobre animais e crianças) e da http://buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos). Ministra a palestra "O Poder Curativo dos Gatos", em breve em formato de livro e faz numerologia associada ao Tarô dos Gatos e dos Cachorros. 😸😻😺🐕🐈

Autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" que teve participação da Brigitte Bardot em sua segunda edição e do livro "Ághata Borralheira (Cat) e Amigos tocando corações" com participação de bichinhos brasileiros e estrangeiros. Participante de várias coletâneas literárias sobre animais. 😻🐶🐒🐦🐞
Atuou com os Gorilas das Montanhas da República Democrática do Congo, Rancho dos Gnomos (Brasil) e foi por 11 anos colaboradora da Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais, além de colunista das Revista Meu Pet e 7 Dias com Você, e do portal português Miaumagazine. No SBT Repórter foi editora e produtora do programa "Bichos" que destacou animais de moradores de rua. Veja trajetória completa no lado direito do blog 🐱🐶🐵🐰🐭🐾🐾🐾

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Gatinho Frodo do filme "Um lugar Silencioso - Dia Um" é apaixonante. Não perca!


"Um Lugar Silencioso - Dia Um" que ainda está em alguns cinemas, vai mexer com os nervos de gateiras e gateiros. Isso porque o papel do gatinho Frodo não é de um mero bichinho que aparece de vez em quando não. Ele faz coisas importantes e a gente fica torcendo por ele o tempo todo no filme... e o final... bem... o final vocês vão AMAR.

Para quem não conhece a história que chega ao seu terceiro filme, trata-se de uma invasão alienígena com criaturas que se alimentam de humanos. No meio desse caos em que a humanidade é mergulhada está Frodo, um gatinho que já faz mais sucesso que os protagonistas do filme... aliás, é mais justo dizer que Frodo é o maior  protagonista.

Na verdade são dois Frodos: Schnitzel e Nico (foto de abertura desse artigo) que se revezam na interpretação do gatinho levado para todo lado durante a fuga dos ETs. Quem o carrega no peito, braços e onde mais for possível é a atriz Lupita Nyong`o que, à princípio, confessou ter pavor de gatos. Ela passou por um treinamento de aceitação dos bichanos e, inclusive, acabou adotando um gato que batizou de Yoyo.

O diretor Michael Sarnoski explicou que sentiu ser importante ter um bichinho de verdade  na história com o qual as pessoas pudessem se identificar... na verdade, torcer por ele o tempo todo. Vale lembrar que nos Estados Unidos e alguns países europeus, todo filme com algum animal de verdade tem as cenas acompanhadas por entidades protetoras de animais. É uma exigência.

E, além disso, ss dois gatinhos que interpretam Frodo aparecem junto com o nome dos atores humanos principais - algo muito raro de acontecer. Acompanhe os letreiros finais e você verá a citação deles.

VEJA ABAIXO TRAILER DUBLADO:


Vale lembrar também que os bichinhos que aparecem nos filmes geralmente são adotados pela própria equipe ou têm a adoção disputada pelo público que se encanta com eles. Dois exemplos maravilhosos são "A caminho de casa" e "Dezessete" cujas matérias contam o feliz destino que tiveram os cães que saíram de abrigos para virar estrela de cinema e ganharem lares amorosos. Aliás são algumas das matérias mais lidas deste blog. Veja abaixo:

Filme "A caminho de casa" - sucesso de cinema - cadelinha, além de adotada passou a frequentar escolas em programas de educação infantil voltados para respeito para com os animais
Leia e veja trailer clicando em


"Dezessete" é um filme encantador disponível apenas na Netflix. Cachorrinho do filme foi adotado pelo ator principal. O filme mostra também vários outros cães do mesmo abrigo. 
Leia e veja trailer clicando em



Fotos: Divulgação
Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista especializada em pets 🐶, escritora e gatóloga 😸. Editora da www.miaubookecia.com (especializada em fotolivros sobre animais e crianças) e consultora da http://buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos). Ministra a palestra "O Poder Curativo dos Gatos", em breve em formato de livro e faz numerologia associada ao Tarô dos Gatos e dos Cachorros. 😸😻😺🐕🐈
Autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" que teve participação da Brigitte Bardot em sua segunda edição e do livro "Ághata Borralheira (Cat) e Amigos tocando corações" com participação de bichinhos brasileiros e estrangeiros. Participante de várias coletâneas literárias sobre animais. 😻🐶🐒🐦🐞
Atuou com os Gorilas das Montanhas da República Democrática do Congo, Rancho dos Gnomos (Brasil) e foi por 11 anos colaboradora da Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais, além de colunista das Revista Meu Pet e 7 Dias com Você, e do portal português Miaumagazine. No SBT Repórter foi editora e produtora do programa "Bichos" que destacou animais de moradores de rua. Veja trajetória completa no lado direito do blog 🐱🐶🐵🐰🐭🐾🐾🐾




quarta-feira, 26 de junho de 2024

ANIMAL PENSA. MINHA GATA PENSA. É TÃO ÓBVIO!


Esse artigo é um dos mais lidos e elogiados do meu blog. Por isso estou republicando. Com tanta ignorância humana causando a morte de animais em massa, além das torturas diversas a que são expostos, achei que convém destacar esse texto novamente. E se vc concordar com ele, por favor, compartilhe.
Persiste uma mania de dizer que animal é irracional, ou seja, que não pensa.
Se tem uma coisa que me custa a crer é como uma gigantesca população de humanos em pleno século XXI, incluindo vários protetores de animais, ainda justifica atos de cães, gatos e outros animais como puramente instintivos e/ou irracionais. Até um dos slogans mais conhecidos prega: não importa se eles pensam, importa que eles sentem... como se uma coisa estivesse completamente desconectada da outra.

Mas onde e como nascem os sentimentos e emoções? Nascem da apuração racional de uma situação, ou seja, a raíz das emoções é o pensamento... emoção é a resposta da interpretação daquilo que se vê e experimenta.

Podemos excetuar o instinto materno que é naturalmente mais instintivo em qualquer espécie incluindo entre os humanos, mas a grande maioria de ações executadas pelos animais tem sim muito de racional. A mente deles registra fatos, têm memórias boas e ruins, e isso tudo vai gerando emoções e sentimentos diversos como amor, medo, saudade e raiva.


Sim... eles podem odiar. Muita gente insiste em dizer que os animais só são capazes de atos violentos por instinto de sobrevivência (em busca de comida, disputa de fêmeas etc) e que se atacam alguém aparentemente sem motivo é porque foram induzidos de alguma forma a esse comportamento. Não é verdade. 

Os animais têm PERSONALIDADE. Eles têm ÍNDOLE como nós. Essa personalidade se forma da mesma forma que a nossa, ou seja, a partir de experiências individuais (felizes ou traumáticas) e com a interpretação que eles vão tendo a respeito de tudo que está ao redor deles.

Então nem todos os cães, gatos e outros animais são “bonzinhos". Alguns são solidários, outros egoístas. Uns são calmos, outros agitados. Uns são amorosos, outros mais agressivos. E nada disso tem a ver com a “raça”, mas com a personalidade de cada um deles construída a partir do que cada um experimentou na vida e, especialmente, como interpretou ou absorveu essa experiência. Assim, é completamente errado dizer, por exemplo, que gato persa é manhoso e tigrado é mais arisco. 

Deixa um gatinho persa crescer na rua e um vira-lata, que prefiro tratar como “mestiço”, ser criado cheio de mimos. Cada um deles responderá de acordo com o ambiente em que vive. A personalidade de cada um deles será formada com essas experiências e a interpretação que fará delas independente da quantidade de pelos ou se tem olhos azuis.


E a personalidade é uma coisa tão evidente que basta observar uma colônia felina por uns dias ou uma casa cheia de gatos que qualquer pessoa poderá perceber diferenças gritantes entre todos os membros. Haverá gato mais tímido, outros mais confiantes, gato manso e gato mais arisco, gato mais sonoro (falante) e outros que quase não miam, gato que brinca a vida toda e outros que são pouco interessados em brincadeiras, uns comilões e outros de apetite mais moderado.

Gatos num mesmo ambiente e enfrentando as mesmas condições de vida podem desenvolver comportamentos completamente diferentes. 

E por que isso acontece?

Se fosse apenas instinto e se fossem irracionais teriam comportamento padrão... só que não.
Nós somos iguais a eles nesse campo. Dois irmãos podem crescer juntos num palácio. Um pode se tornar um príncipe e outro um carrasco. Dois irmãos podem crescer juntos num cortiço bem pobre e violento. Um pode seguir o caminho da marginalidade e outro se tornar um advogado. 

Isso sem falar em características próprias. Embora cresçam num mesmíssimo ambiente, algumas crianças serão mais risonhas, outras mais sérias, outras mais tímidas e algumas mais atiradas... isso porque cada uma fará sua própria interpretação do meio e reagirá de forma muito individual apesar de viver em coletividade.


Isso acontece com cães e gatos e outros animais. Isso acontece até com passarinhos que, à primeira vista, podem parecer padronizados. Eu mesma assisti à criação de vários filhotes de pardais no quintal da minha casa e pude ver que eles também têm personalidades distintas desde cedo.  Quase sempre um dos filhotes é maior, come mais e até pisa no outro para receber mais alimento dos pais. Esse acaba aprendendo a voar mais rápido e se manda com a família, deixando o filhotinho mais mirrado para trás. 

Mas vi filhote grande, que já sabia voar, se recusar a deixar o irmãozinho. Ele ficou perto dele por vários dias para garantir que os pais continuassem alimentando os dois. Somente quando o menorzinho também adquiriu forças para voar é que o irmão maior deixou o chão em definitivo. 

E já testemunhei o contrário. Irmão maior agressivo com o menor, que pegava toda a comida oferecida pelos pais e voou assim que pôde. O irmãozinho ficou largado... os pais o abandonaram... e levei-o para os biólogos do Ibirapuera, mas já era tarde... estava muito desidratado e desnutrido.

Todo ser que carrega uma personalidade “pensa”, raciocina, porque a personalidade (da onde advém o comportamento) nasce da “apuração pessoal” do que acontece ao nosso redor.



Exemplo da minha gata. Claro que ela pensava e muito!
Às vezes durmo tarde e acordo tarde, passando da hora que costumeiramente coloco comida fresca nos potinhos das minhas gatas. Às vezes, nessas ocasiões, estou também com a porta do quarto fechada para não ter o sono interrompido por elas logo cedo. Mas a Ághata descobriu como me fazer levantar da cama. Ela ficava puxando a porta do armário debaixo da pia da cozinha que é daquele tipo que volta sozinha graças a um sistema de mola. Então ela puxava a porta com a patinha e soltava...

repetidas vezes. O som é algo assim “pum... pum... pum”, como marteladas numa parede. Ela fazia isso até eu levantar e só fazia quando passava muito da hora de acordar. Isso não é instinto. Ela “descobriu” e "aprendeu" uma forma de me perturbar. Ela “pensou” sobre alguma forma de emitir ruído capaz de me fazer sair da cama. Quando você descobre algo e aprende com aquilo... isso é raciocínio. O que a gente herda da natureza e gerações passadas é instinto, mas o que a gente aprende é fruto de raciocínio.



Outro exemplo nítido. Não só de raciocínio, mas de comunicação. Uma barata voadora entrou em casa e eu me tranquei no quarto porque tenho verdadeiro pânico de barata. Antes disso pude ver que a barata tinha ido para a área de serviço. A porta do meu quarto está sem fechadura. O buraco me permite ver uma parte da área de serviço (que é comprida). E por esse buraco vi a Ághata brincando com a barata, jogando-a para cima e correndo atrás dela. 

A barata fugia para a parte da área que eu não podia ver pelo buraco da porta, mas a Ághata fazia questão de trazê-la para meu campo de visão e ainda olhava para mim e miava. Ela olhava diretamente para mim. Conseguia ver meus olhos no buraco da porta ou simplesmente sabia que eu estava ali espiando.

Isso durou um tempo. A barata fugia e a Ághata trazia-a de volta para meu campo de visão até que o bichinho virou de barriga para cima e quando isso acontece, “todo gato que se preza abandona o inimigo ferido, pois, é covardia atacar algo naquele estado”. Brincadeira. Tem gato que come barata mesmo estando bem alimentado e tem gato que brinca e larga. Nesse caso, a barata foi deixada na parte que eu podia vê-la e a Ághata fez isso propositalmente... entendem? 

Ela podia ter agarrado essa barata mais para o fundo da área e a matado lá mesmo sem que eu visse nada, mas ela queria que eu visse. Ela olhava para mim para ter certeza que eu estava assistindo tudo. A ação dela foi intencional e claramente “pensada”.



Exemplos como esse e até bem mais complexos não faltam, mas ainda ouço a frase: animal não pensa, é irracional, se atacam alguém é por culpa do ser humano e se são bonzinhos é porque são “puros”. 

Mas tem animal bom e animal ruim 

Exemplo de egoísmo: Já ajudei dois cães que viviam num minúsculo quintal. O menor não conseguia comer porque o maior não deixava e avançava ferozmente nele. Eu precisava fazer manobras fantásticas para alimentar o menor. É culpa da fome? Talvez não. 

Exemplo de solidariedade: Já alimentei também outros dois cães que ficavam num quintal, um pit bull e um cãozinho menor... três vezes menor... e quando jogava ração pelo portão os dois comiam os grãos feito loucos, esfomeados, mas o pit não atacava o cão menor. Se o menorzinho chegava mais rápido na ração o pit corria para outro grão.

Todo animal tem sua própria personalidade por mais que tenha também ações de natureza instintiva. Uma coisa não anula a outra. Também somos assim: uma parte instinto e outra raciocínio. Uma parte boa e outra ruim. E somos predominantemente bons ou maus de acordo com nossa índole. E isso deriva de nossas interpretações a respeito de tudo que nos cercam. Com base nessas interpretações é que fazemos escolhas... e escolher é “pensar em como agir”. 


Todos os animais também fazem escolhas, até as mais simples, como o lugar onde dormir. E eles sentem frio, fome e medo (como diz o slogan para justificar a necessidade de respeitar seu direito de viver)... ok... isso já é o suficiente para serem respeitados... mas negar ou não enxergar que pensam é absurdo em pleno século XXI.

Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista, escritora, consultora da @buscacats 😻e fundadora da editora @miaumagazine 🐶🐱




segunda-feira, 10 de junho de 2024

Filme sobre protetora de animais na Netflix. Genial! Não percam!


O filme "Limites" ou "Boundaries" (título original) é bem interessante e tem como personagem principal Vera Farmiga na pele de uma mulher (Laura) que resgata animais em situação de rua ou em perigo. Em casa ela tem cachorro paraplégico, cego, doente, idoso e também alguns gatinhos. E quem ama, protege ou resgata animais vai se encantar logo nos primeiros minutos do filme com a aparição de um gatinho resgatado (veja o trailer logo abaixo).

Embora tenha entrado na Netflix em abril, o filme é de 2018 e, segundo a escritora e diretora Shana Feste, foi realmente feito para sensibilizar as pessoas sobre a vida dos animais nas ruas. A cachorrinha de Shana resgatada, Loretta, também faz parte do elenco. Aliás, uma curiosidade do filme é que na época de seu lançamento original os jornalistas receberam também as informações do atores caninos.


A protetora de animais do filme é uma mulher divorciada com um filho menor de idade que a ajuda nos resgates e tratamento dos animais. Ela faz terapia para tentar se livrar do impulso de levar animais para casa. São mostrados aspectos bem semelhantes aos da vida real dos protetores de animais.

Laura tem ainda um problema de relacionamento com o pai que procura amenizar durante uma viagem em que a família percorre quilômetros de estrada com três passageiros caninos encontrados pelo caminho. Gente... é genial o filme!

Outro aspecto abordado é a venda de maconha (pelo pai) a públicos diversos, de monges budistas a pacientes de câncer. E um terceiro ingrediente é o dom maravilhoso do filho para a pintura, porém resultando num estilo de arte pouco compreendida ou aceita pela sociedade.

Então o roteiro não se prende só a um tema. Consegue entrelaçar vários com muito capricho e excelentes atores, inclusive com uma aparição de Peter Fonda.

Veja trailer legendado:


Em entrevista ao Culture Mix Online (acesse a matéria completa AQUI), a cineasta disse:

"Qualquer pessoa com algum tipo de trauma de infância sente atração por animais. Os animais eram meu espaço seguro enquanto crescia porque, assim como no filme, eles são a única coisa que nunca pode te machucar. E eles representam amor, lealdade. Então me cerquei de animais. Eu ainda faço. Eu sou um grande salvador. Este filme foi uma oportunidade de esclarecer algo que realmente me interessa profundamente. Foi muito legal de ver foi o impacto que os animais tiveram no elenco. Loretta, minha cadela, teve as cinco melhores semanas de sua vida, porque estava sempre nos braços de alguém".

Então não percam essa preciosidade!

Texto Fátima ChuEcco

Fotos de divulgação




quinta-feira, 30 de maio de 2024

Qual palavra você vê nessa arte? Não é tão óbvio! Conheça essa incrível história


Passei por uma experiência muito incrível envolvendo o objeto da foto acima, mas antes de contar gostaria de saber que palavra você vê de imediato? Seria AMOR

Vi essa mandala jogada sobre uns sacos de lixo (veja fotos da peça inteira abaixo). Era de noite e eu tinha saído de casa apenas para também colocar meu lixo para fora. Na manhã seguinte, para minha surpresa, o lixo tinha sido todo recolhido, mas a mandala continuava caída no chão. Então pensei: é um artesanato recuperável. E peguei.

Com ela em mãos dobrei a esquina, pois, já estava de saída e não quis voltar para casa só pra guardar o objeto. Então do nada, como que atraído na minha direção, apareceu um garoto de uns 10 anos de idade olhando diretamente para a mandala pendurada em meu braço.

Ele disse: Amor.

"Ah... você também acha que está escrito Amor? Foi o que pensei, mas estou um pouco em dúvida", respondi. "Tá escrito Amor, mas vou chamar minha mãe e perguntar pra ela".

Nem precisou! A mãe já vinha saindo da loja toda apavorada com o garoto sozinho na rua e falando com uma estranha. Ela não deu muita importância para a mandala. Com a cabeça acenou que devia ser a palavra Amor mesmo e em seguida puxou o menino pelo braço toda apressada.

Foi nesses poucos instantes que notei algo diferente no garoto. Seus movimentos com os braços e jeito de andar assinalaram que devia se tratar de um menino com algum problema neurológico ou de algum outro tipo. Ele ainda se contorceu para trás  a fim de tentar me ver enquanto a mãe tinha pressa de levá-lo embora.


Um ANJO?

Foi só quando voltei para casa e olhei atentamente a mandala de novo que enxerguei outra palavra: Anjo! As mesmas letrinhas tortinhas, onduladas podem dizer tanto Amor quanto Anjo! E naturalmente pensei naquele menino que como um relâmpago atravessou meu caminho para dizer que eu carregava nos braços a palavra Amor.

Achei isso tão incrível. Não foi um acaso. Eu podia muito bem ter passado na frente daquela loja sem ter chamado a atenção de ninguém. Eu podia nem ter recolhido aquela mandala. E ela podia ter sido levada pelos lixeiros.

Eu a reformei por inteiro. Usei novelo de lã multicolorido e fitinhas de cetim nas mesmas cores. Curiosamente já tinha tudo isso em casa. Fiz numa tarde. E então notei outra palavra: ENJOY que em inglês significa "Aproveite", "Desfrute" ou "Aprecie".

Que gênio teria escrito uma única palavra podendo ser entendida de três diferentes formas e todas com lindos significados? Amei essa mandala, sua trajetória até mim e de como ficou agora. E quis compartilhar essa experiência com vocês. Que palavra você vê?


Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora, consultora sobre gatos perdidos e fundadora da editora miaubookecia.com

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Relatos incríveis sobre o poder curativo dos gatos. Conte a sua história também!


Na palestra "O poder curativo e a magia dos gatos", realizada dia 9 na Mystic Fair de SP, foi surpreendente o número de relatos sobre essa habilidade que os pequenos felinos compartilham tão amorosamente conosco.

Fiquei tão entusiasmada com a riqueza das histórias que espero publicar uma coletânea em 2024 com esses emocionantes exemplos de cura felina. Por favor, você que esteve na palestra ou que tem algum relato nesse sentido entre em contato pelo zap 11 94682-6104.

Um dos participantes  da palestra contou que teve a cura de uma hérnia de disco com a ajuda de seu gato e outra participante narrou o caso de seu marido que tinha um tumor. o gatinho literalmente grudava no local da lesão que depois de pouco tempo simplesmente desapareceu.


O auditório lotou de gente que ama gatos e que já teve experiências incríveis com esses adoráveis, mágicos e místicos bichanos. E para você que nunca teve ou que nunca se apaixonou por um gato, anote essa dica: se um aparecer no seu caminho ou miar na sua porta é melhor recebê-lo com carinho porque o gato vai direitinho no local onde precisam dele.

Higienizando os ambientes (eliminando as energias negativas), detectando doenças e curando feridas físicas ou emocionais, não é por acaso que os gatos são admirados desde antes do Antigo Egito e facilmente ganham discípulos quando conseguem ser admitidos numa casa.

Na palestra também foram apresentados três lindos tarôs de gatos com os quais trabalho para fazer uma análise completa da pessoa: aspectos positivos e os que merecem ajustes na personalidade, lição e missão de vida. É uma intensa viagem interior!


Junto com a análise, que é bem complexa, a pessoa recebe um vídeo com suas cartas no tarô dos gatos e pode ainda encomendar uma camiseta linda linda com suas cartas pessoais. É um ótimo e exclusivo presente para si mesma ou para dar a quem a gente ama e a quem, claro, ama gatos. Peça a sua pelo zap 11 94682-6104

Alguns modelos:



Acompanhe por esse blog mais matérias sobre gatos, cachorros, animais em geral. No menu de artigos já publicados do lado direito da tela deve ter algum assunto que te interessa.

Fátima ChuEcco - jornalista e escritora


segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Obras de arte da natureza prontas para adoção e em belíssimas fotos


Nina, Pitty, Vaquinha e Bonny nasceram no apartamento do fotógrafo Michael Hans. A mãe já tinha sido acolhida e em seguida vieram os filhotes. A especialidade de Hans é retrato e fotoarte sensual, mas ele faz muitas imagens lindas dos gatos que cruzam seu caminho e alguns das redondezas onde mora, em São José do Rio Preto, no Interior de SP.

Quanto aos quatro gatinhos que agora estão com dois meses, o fotógrafo está doando e o contato é seu facebook que pode ser acessado clicando AQUI

"Eles já comem ração, usam caixa de areia e reagem ao nome. O Vaquinha já vem quando não está brincando com as irmãs. Todos sem parasitas ou outro problema de saúde. Estão na fase de mudança de cor dos olhos. Sapatos são vitimas preferidas deles e os chinelos eles arrastram um, só um, para algum outro lugar, tipo para baixo do sofá. Devem ficar rindo quando ando pela casa procurando rsrs", conta.

Aliás, outras fotos belíssimas de animais de Hans já fizeram parte da matéria "Os gatos são muito expressivos e até Darwin notou isso" nesse blog. Acesse AQUI para ver.

No facebook Hans também conta as peripécias do quarteto por meio de fotos. Confira algumas:






Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista e escritora, consultora da @BuscaCats 😻e fundadora da Editora www.miaubookecia 🐶🐱



quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Por que muitos animais perdidos microchipados nunca voltam para casa no Brasil?


Se você pensa que microchipar seu cachorro ou gato garantirá que ele volte para você no caso dele se perder ... atenção ✋... leia essa matéria. O microchip aumenta "um pouco" as chances do tutor ser localizado, mas para realmente ser eficiente teria que existir um banco unificado de dados - o que não ocorre no Brasil.

Assim, caso um animal doméstico perdido nas ruas seja resgatado e levado a um veterinário que possui leitor de microchip, apenas será conseguido o número do microchip dele. Só isso. Depois será necessário descobrir onde aquele microchip foi cadastrado: pode ter sido no centro de zoonoses da cidade ou em qualquer um dos inúmeros bancos de dados espalhados pelo país.

Muita gente até procura em diversos bancos e não encontra, o que torna o microchip daquele animal totalmente inútil para que ele retorne a sua família. 

Muitos já devem ter ouvido falar de casos em que o cachorro ou gato conseguiu voltar para casa "anos" depois de perdido por meio do microchip. Mas repare onde ocorrem esses casos: são em países onde existe banco unificado de dados.

A Associação Americana de Médicos Veterinários (AVMA), por exemplo,  fez um estudo com mais de 7.700 animais de abrigos dos EUA e constatou que 52% dos que tinham microchip, com dados atualizados no banco unificado daquele país, voltaram para casa.

Gigi e Ronny

A artista plástica Karina Polycarpo, brasileira que mora na África do Sul, é tutora dos dois cachorrinhos, Ronny e Gigi, que ilustram essa matéria. Ambos microchipados num sistema nacional de dados. 

Vejam a experiência que ela teve com um cachorro perdido:

"São poucos cães que vemos nas ruas porque aqui é obrigado a microchipar. Então, quando a gente vê um cão meio desnorteado sozinho já sabemos que deve estar perdido.  Levei um cachorro perdido no meu bairro numa clínica próxima. A veterinária verificou o microchip e já teve acesso aos dados dos tutores. A própria clínica entrou em contato e deixou o animal aguardando por sua família numa sala. Eu nem precisei ficar com ele até seus tutores buscarem".

Atualmente, no Brasil, alguns convênios de saúde pet exigem microchipagem em sua rede credenciada, mas se o animal se perder, os dados dos tutores só poderão ser acessados se ele for levado numa dessas clínicas. Caso contrário será necessário pesquisar em vários bancos de dados até achar o cadastro.


Você pode mudar essa situação

Pensando na ineficiência da microchipagem no Brasil, o Sindimvet - Sindicato dos Médicos Veterinários de SP, com apoio do CRMV - Conselho Regional de Médicos Veterinários de SP e do Sindicato dos Médicos Veterinários do Rio de Janeiro, está pedindo aos tutores e amantes de animais que apoiem, por meio de votação online, a "ideia legislativa" de um banco de dados "nacional" que reúna os microchips de todos os animais do país.

"Se houver um apoio generalizado da população em favor de um banco de dados unificado, os legisladores podem se sentir inclinados a atender essa demanda. É importante envolver a sociedade civil, organizações de proteção animal e os próprios cidadãos na discussão desse assunto e mostrar o apoio público à proposta", diz Robson Léporo, presidente do Sindimvet e da instituição Santa Causa da Misericórdia Animal.

"Os benefícios do sistema de banco de dados unificado incluem: rastreamento e identificação mais eficientes de animais perdidos ou roubados, facilidade de localizar os tutores legítimos, promoção da posse responsável, melhoria da segurança pública reduzindo o comércio ilegal de animais e ajudando a combater maus-tratos, planejamento mais eficiente de recursos e serviços relacionados a animais de estimação, dentre outros", explica Léporo.


Ele cita alguns países:"O Reino Unido possui um sistema chamado Petlog, que é o maior banco de dados de animais de estimação do país. Facilita a identificação e o retorno de animais perdidos aos seus proprietários, além de ajudar no controle de doenças e na promoção da posse responsável.  Na Austrália, o National Pet Register também é um banco de dados nacional. A Suécia possui o banco de dados centralizado chamado DjurID".

AJUDE o Brasil a ter um banco de dados nacional apoiando a ideia legislativa no portal e-Cidadania AQUI 

Mas atenção: antes é preciso se cadastrar no site. É simples e rápido. 

Nem todo animal na rua é animal abandonado

São 30 milhões de animais nas ruas do Brasil segundo estatística da OMS – Organização Mundial de Saúde, sendo aproximadamente 20 milhões de cães e 10 milhões de gatos. Mas nem todos nasceram nas ruas.  Na verdade, boa parte deles foi abandonada ou se perdeu e nunca mais foi encontrada pelos tutores.

Outro levantamento, do Instituto Pet Brasil (IPB), aponta que 3,9 milhões de animais do país vivem em condição de vulnerabilidade (ACV). Isso quer dizer que estão sob o cuidado de famílias abaixo da linha da pobreza ou vivem soltos nas ruas, mas são atendidos de alguma forma por protetores e ONGs. E entre esses também estão cães e gatos que um dia se perderam de suas famílias.

As colônias de gatos, por exemplo, muito comuns, especialmente em parques, praças e terrenos baldios, geralmente também abrigam felinos que não conseguiram encontrar o caminho de volta para casa. 

Muitos cães e gatos mantidos em abrigos municipais e de ONGs, às vezes durante longos anos, na verdade se perderam e nunca mais foram achados pelos tutores. Por isso, a microchipagem pode ser vista também como um ato de amor, que visa maior segurança do animal e aumenta muito as chances de um feliz reencontro caso o bichinho se perca, DESDE que tenhamos um banco de dados unificado.

SUGESTÃO 🐶🐱: 

No site www.abrachip.com.br vc pode cadastrar GRATUITAMENTE o microchip de seu cachorro ou gato, de qualquer lugar do país, e colocar dados dele, fotos e seus contatos. Já tem mais de 700 mil cadastros. É uma opção enquanto não temos um banco nacional onde todas as prefeituras e clínicas particulares cadastrem os animais.

Entenda como funciona a microchipagem

Consiste na implantação de um dispositivo eletrônico subcutâneo do tamanho de um grão de arroz no dorso do animal. O método utiliza um aplicador especial e é indolor. O microchip não precisa de nenhum tipo de recarga e nem ser substituído de tempos em tempos (dura toda a vida), não tem restrição por idade ou condição de saúde, e não provoca alergias ou desconforto.

A microchipagem gera um número que o tutor, em seguida, cadastra em bancos de dados da sua preferência, com informações sobre o animal como idade, registro de vacinas, histórico de doenças e medicações. 

Pesquisa e texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia



 

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Mais um capítulo de "Uma pata lava a outra" na busca de gatos perdidos


 A gatinha Liz, de SP, protagonizou mais uma daquelas histórias desesperadoras em que o tutor acredita que seu bichano, simplesmente, evaporou... de uma hora para outra! E é estrela também de mais um capítulo da Série "Uma pata lava a outra" que costumo contar quando, ao procurar por seu gato perdido, o tutor acaba salvando outro gatinho.

Foi no mês de março de 2022 que Lenira Diaconiuc encontrava-se aflita com o sumiço de sua gatinha. Já tinha revirado seu quarteirão inteiro atrás dela sem qualquer sinal, sem nenhum pelinho sequer deixado para trás e que poderia servir de pista.

Como os gatos, diferentes dos cães, não saem andando pelo bairro - a não ser que entrem no motor de um carro - com a Liz não foi diferente. Ela estava numa casa distante apenas 300 metros da sua e na companhia de outro gato. 

A gatinha de sete meses é castrada, mas isso não a impediu de fazer amizade com um gato bem bonito das redondezas e seguí-lo.

Isso mesmo! Liz estava vivendo na casa de outro gato sem dar satisfação a ninguém. 

É bom salientar que a castração não muda personalidade e nem neutraliza a "adolescência" dos gatos. Os jovens, aventureiros e caçadores podem continuar querendo ir para a rua, por isso, só mesmo a tela de proteção nas casas podem impedir que escapem e corram riscos.

Mas como Liz foi encontrada?

Lenira havia colocado cartazes no portão de entrada da escola que fica na mesma rua de sua casa. Foi quando o pai de um aluno reconheceu a gatinha e ligou para ela.

"Ele disse que Liz chegou acompanhada do gato dele e então ele deixou-a ficar. Quando fui buscá-la, Liz estava deitada numa casinha de transporte toda sossegada. Ficou cinco dias sumida", conta a tutora.

As escolas são de fato excelentes lugares para colocar cartazes porque geralmente há muitos estudantes que moram próximos ou no bairro. Mas algumas escolas proíbem esse tipo de cartaz em suas dependências, então outro caminho é panfletar na entrada dos alunos da manhã e na saída dos alunos da tarde. Lenira destacou a palavra "Procura-se" no cartaz:


Cuidando do emocional

Quando a Lenira me procurou para uma consulta sobre gatos perdidos, fazia apenas dois dias que Liz havia sumido, mas era nítida sua angústia, ansiedade e inconformismo - uma mistura de sentimentos que a maioria dos tutores sente quando o gato "some".

E nessas horas sempre oriento os tutores a fazerem um grande esforço para manter a calma, pois, com a cabeça quente e coração saindo pela boca, ninguém pensa direito. Só que para achar um gatinho é preciso "raciocinar", se colocar no lugar do bichano e calmamente observar que rotas (em todas as direções) ele poderia ter seguido, por onde poderia ter passado ou se escondido... coisas assim.

"Nessas horas não existe coisa melhor do que uma pessoa encorajar a gente, como fez a consultora. Ela me deu muita esperança porque eu já estava desanimando. Ela me ajudou muito a manter a fé para encontrar minha gata".


Mas o que isso tem a ver com "Uma pata lava a outra"?

É que antes de achar a Liz, Lenira e o marido estiveram num lava-jato com muito material de construção onde, aliás, os gatos adoram ficar. Gato AMA cheiro de cimento, areia, tijolo... de alguma forma se sentem bem nesses locais em reforma. 

E nesse lugar, provavelmente, uma gata deu cria e um dos gatinhos estava dentro de um bloco de cimento encostado na parede. Lenira e o marido perceberam pelo miado. Não era recém-nascido, mas filhote... na verdade uma gatinha muito parecida com a Liz que, olhando na foto abaixo, até parece filha dela.

 Vejam que gracinha:


Lenira e a família resolveram ficar com a pequenina e é por isso que digo ser mais uma história da Série "Uma pata lava a outra".

Tem mais algumas no link http://buscacats.blogspot.com 

Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora e consultora sobre gatos perdidos da BuscaCats



Todos têm a fé instalada, mas é preciso acioná-la para funcionar

Se tem uma palavra conhecida em todo o mundo e que é também a base de toda religião, doutrina ou seita, essa palavra é a Fé.  E mesmo quem n...