Foi no mês de março de 2022 que Lenira Diaconiuc encontrava-se aflita com o sumiço de sua gatinha. Já tinha revirado seu quarteirão inteiro atrás dela sem qualquer sinal, sem nenhum pelinho sequer deixado para trás e que poderia servir de pista.
Como os gatos, diferentes dos cães, não saem andando pelo bairro - a não ser que entrem no motor de um carro - com a Liz não foi diferente. Ela estava numa casa distante apenas 300 metros da sua e na companhia de outro gato.
A gatinha de sete meses é castrada, mas isso não a impediu de fazer amizade com um gato bem bonito das redondezas e seguí-lo.
Isso mesmo! Liz estava vivendo na casa de outro gato sem dar satisfação a ninguém.
É bom salientar que a castração não muda personalidade e nem neutraliza a "adolescência" dos gatos. Os jovens, aventureiros e caçadores podem continuar querendo ir para a rua, por isso, só mesmo a tela de proteção nas casas podem impedir que escapem e corram riscos.
Mas como Liz foi encontrada?
Lenira havia colocado cartazes no portão de entrada da escola que fica na mesma rua de sua casa. Foi quando o pai de um aluno reconheceu a gatinha e ligou para ela.
"Ele disse que Liz chegou acompanhada do gato dele e então ele deixou-a ficar. Quando fui buscá-la, Liz estava deitada numa casinha de transporte toda sossegada. Ficou cinco dias sumida", conta a tutora.
As escolas são de fato excelentes lugares para colocar cartazes porque geralmente há muitos estudantes que moram próximos ou no bairro. Mas algumas escolas proíbem esse tipo de cartaz em suas dependências, então outro caminho é panfletar na entrada dos alunos da manhã e na saída dos alunos da tarde. Lenira destacou a palavra "Procura-se" no cartaz:
Quando a Lenira me procurou para uma consulta sobre gatos perdidos, fazia apenas dois dias que Liz havia sumido, mas era nítida sua angústia, ansiedade e inconformismo - uma mistura de sentimentos que a maioria dos tutores sente quando o gato "some".
E nessas horas sempre oriento os tutores a fazerem um grande esforço para manter a calma, pois, com a cabeça quente e coração saindo pela boca, ninguém pensa direito. Só que para achar um gatinho é preciso "raciocinar", se colocar no lugar do bichano e calmamente observar que rotas (em todas as direções) ele poderia ter seguido, por onde poderia ter passado ou se escondido... coisas assim.
"Nessas horas não existe coisa melhor do que uma pessoa encorajar a gente, como fez a consultora. Ela me deu muita esperança porque eu já estava desanimando. Ela me ajudou muito a manter a fé para encontrar minha gata".
Mas o que isso tem a ver com "Uma pata lava a outra"?
É que antes de achar a Liz, Lenira e o marido estiveram num lava-jato com muito material de construção onde, aliás, os gatos adoram ficar. Gato AMA cheiro de cimento, areia, tijolo... de alguma forma se sentem bem nesses locais em reforma.
E nesse lugar, provavelmente, uma gata deu cria e um dos gatinhos estava dentro de um bloco de cimento encostado na parede. Lenira e o marido perceberam pelo miado. Não era recém-nascido, mas filhote... na verdade uma gatinha muito parecida com a Liz que, olhando na foto abaixo, até parece filha dela.
Vejam que gracinha:
Lenira e a família resolveram ficar com a pequenina e é por isso que digo ser mais uma história da Série "Uma pata lava a outra".
Tem mais algumas no link http://buscacats.blogspot.com
Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora e consultora sobre gatos perdidos da BuscaCats
Parabéns pela atitude.Essa família é fantástico Tenho muito orgulho de congecê-los.Parabéns também para a escritora.Lubda matéria.
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