quarta-feira, 5 de março de 2025

Vidas paralelas. Você acredita nelas? Sonha com elas?


 A ideia de que vivemos simultaneamente em várias dimensões, com elementos semelhantes, mas acontecimentos diferentes, ganha cada vez mais força. Isso porque muita gente, enquanto dorme, sonha com "possíveis" outras vidas que parecem acontecer ao mesmo tempo que esta... e são sonhos vívidos, repletos de emoções e que permanecem na memória quando acordamos.

Como várias outras pessoas, sonho praticamente toda noite com cenários e circunstâncias bem parecidos com o que tenho nesta existência. Alguns sonhos são confusos, mas a grande maioria transcorre como uma outra vida em que tenho contato com gente conhecida, gente desconhecida e especialmente animais híbridos (gatos com penas, peixes com pelos, aves com escamas) e seres que não existem na Terra, como um homem-anfíbio e um povo que vive na Floresta Amazônica mas que é invisível aos nossos olhos.


Fruto de imaginação fértil ou viagem astral a outras dimensões?

De qualquer forma, noite dessas sonhei que estava num curso, não sei de que assunto, mas ao acordar lembrei com perfeição de um texto de teor libertador, muito lindo... não sei se eu criei o texto ou se é de outro autor:

"No buraco por onde só passava uma cabeça de alfinete no meu coração, abriu uma cratera por onde mergulhei no meu mais profundo âmago, me libertando de medos, culpas, crenças, raiva e mágoas. A alegria se fundiu com a gratidão no lugar onde a mágoa se fundia com a raiva".

terça-feira, 4 de março de 2025

Djoko foi encontrado vivo depois de 95 dias sumido. Intuição conta muito!


O gatinho Djoko levava uma vida livre e tranquila num condomínio do Jardim Botânico, em Brasília. Ele até acompanhava sua tutora Tâmara Monteiro, dog walker, nos passeios com cachorros da vizinhança. Estava sempre à vista, entre sua casa e casas próximas, até que um dia sumiu sem deixar rastro.

A angústia por um reencontro durou mais de três meses ou, para ser mais exata, 95 longos dias. Tâmara e o marido Guilherme fizeram de tudo para encontrar Djoko e naturalmente navegaram por inúmeras hipóteses que torturam a mente de todo mundo que perde um gatinho: poderia ter sido atropelado, atacado por um cachorro, ficado acidentalmente preso num imóvel, dentre outras opções, quase sempre devastadoras de corações de pais de pets.

Djoko usava, na ocasião, uma coleira verde com o contato de seus tutores. Portanto, ter sido levado embora propositalmente por alguém não era algo muito provável.


Porém, logo que Tâmara me procurou para orientá-la nas buscas, um dado que me chamou a atenção foi o condomínio estar repleto de obras, com vários caminhões descarregando material de construção diariamente. Gato AMA obra! Ama mexer na areia, ama cheiro de cimento, ama andar por entre tijolos e outros materiais comuns nas obras. E gato gosta também de se enfiar em motor de caminhões pequenos ou grandes.

O que pode explicar Djoko ter ido parar na Vila Planalto, distante 14 km do Jardim Botânico, é justamente ele ter entrado em algum veículo que transporta material de construção, mas Tâmara, desde o início das nossas conversas, também desconfiou que ele podia ter sido levado por algum carro estacionado numa casa que estava em festa, exatamente no dia em que ele sumiu.

Djoko é uma gatinho manso, curioso e pode ter adentrado em algum veículo sem ser percebido. De repente um carro que estava com a porta aberta por alguma razão e que Djoko resolveu explorar, talvez atraído por algum cheiro. Pode ter ficado abaixado na parte detrás sem que as pessoas o notassem. 


CERTO é que um gato não anda 14 km longe de casa por livre e espontânea vontade. São os cães que se afastam por quilômetros quando escapam. E Djoko, na verdade, não era um gato "perdido". Ele conhecia muito bem o condomínio. Era evidente que alguma coisa o impediu de voltar para casa. Por isso foi necessário vasculhar todos os arredores - missão que Tâmara desempenhou com afinco adentrando obras, casas vazias, terrenos... tudo tudo! Infelizmente sem sinal de Djoko.

Uma busca de 95 dias é bem exaustiva, o que levou Tâmara e Guilherme a vários momentos de desânimo. Por outro lado, nunca deixaram de ter esperança e, acima de tudo, apostaram na INTUIÇÃO. A tutora sempre me disse que sentia que seu gatinho estava vivo. Chegou a sonhar com ele vivendo em outro condomínio. E contou:

"Guilherme também sempre teve a intuição de que a coleira do Djoko não cairia e que alguém iria nos ligar".

Djoko ganhou uma tag 

Djoko foi visto por uma mulher num terreno onde vários gatos eram alimentados por uma protetora de animais. "Ela sempre passava por esse local que é uma espécie de chácara na frente de um condomínio chique. Alguns gatos são abandonados ali e uma conhecida dela os alimenta. Então notou um gato com coleira verde e logo pensou que podia se tratar de um gatinho perdido. Ela se aproximou do Djoko, conseguiu ver nosso contato na coleira dele e nos ligou indicando o local".

Vale ressaltar que a conexão mental com um gatinho desaparecido ajuda muito. Ao acreditar que Djoko estava vivo e que ainda podia revê-lo, Tâmara foi fortalecendo uma comunicação sutil que pode ter construído uma situação bastante improvável como essa: encontrar o gato três meses depois, bem longe de casa e por intermédio de uma pessoa que nem sequer tinha visto algum post do gato. A intuição da Tâmara mobilizou a intuição da mulher que notou Djoko entre outros gatos num efeito dominó.

Além disso, Tâmara pediu muita ajuda para São Francisco de Assis, de quem é devota. A fé também guiou seus passos.

Djoko de volta para casa e cercado de cuidados

De volta para casa, Djoko ganhou um monitoramento completo. O casal cercou o terreno da casa e, além disso, colocou na coleira do gatinho uma tag que funciona via celular e aponta por onde o gatinho está andando caso consiga sair e se afastar. Hoje ele vive numa Fortaleza, mas é uma fortaleza de amor cercada de cuidados.

Fátima ChuEcco, jornalista, escritora e consultora da @BuscaCats 






segunda-feira, 3 de março de 2025

Animação de gatinho preto que ganhou o Oscar é obra-prima. Veja trailer e fotos!


Flow, que ganhou o Oscar de Melhor Animação neste domingo, é uma obra de arte... acreditem! O filme reforça valores como amizade e solidariedade e deveria ser exibido em todas as escolas do planeta para motivar as crianças a cultivarem tais sentimentos. Veja belíssimo trailer ao final deste texto!

Não é um desenho infantil. Ele abrange todas as idades e especialmente quem AMA gatos e todos os animais. E o mais sensacional é que o personagem principal é justamente um gatinho preto de olhos amarelos - o tipo de felino que mais encalha nos abrigos, que mais sofre rejeição e preconceito.


Foi a primeira vez que a Letônia ganhou um Oscar e, claro, está em festa. Flow venceu também o Globo de Ouro e outros 50 prêmios espalhados pelo mundo. O simpático gatinho ganhou uma estatueta bem no centro de Riga, capital da Letônia, que em abril se muda para a prefeitura da cidade.

Em entrevista a diversos jornais, o diretor Gints Zilbalodis, que compareceu ao Oscar usando terno com gatinhos bordados, agradeceu aos seus próprios cães e gatos, pelos prêmios. E comentou que na Letônia, a animação arrecadou na bilheteria mais que filmes premiados mundialmente como Avatar e Titanic.

Vale lembrar que a Letônia é um país cuja população gosta bastante de gatos. Inclusive, existe uma conhecida "Casa do Gato" que tem no topo do telhado exatamente um gatinho preto. "Dizem" que o escultor caiu do telhado e morreu ao tentar mudar a posição do gatinho no alto do edifício por imposição de comerciantes do outro lado da rua. História a confirmar.


Mas voltando ao filme, reforço que é uma obra-prima. Sem diálogos nem legendas, os animais conseguem transmitir tudo que pensam e sentem por meio de expressões faciais e corporais. 

Flow tem ainda uma importante mensagem ambientalista: o cenário é nosso planeta se extinguindo com desastres naturais como grandes dilúvios afundando as maiores cidades. O gatinho sobrevive, consegue se movimentar com um pequeno barco e vai fazendo amizade com um cachorro, uma capivara, um lêmure e uma garça.


De tudo que se mostra na animação, o que fica mais marcante é a AMIZADE entre espécies. São vários detalhes cuidadosamente pensados que enriquecem o comportamento de cada bichinho. Enfim, lindo lindo!!!

A técnica de animação é outra surpresa agradável porque foge das animações tradicionais. É uma técnica com texturas e sombreados que não vemos nas animações em geral.


Outro detalhe bem curioso é que a casa onde Flow morava (e que afunda na inundação) era de um artista que se inspirava em gatos e cães para fazer grandes estátuas, algumas monumentais num local montanhoso. Esse local é fantástico!

Aliás, depois de ver Flow, quem ama gatos vai ter vontade de conhecer ou morar na Letônia.

Faltou falar de um grande peixe, talvez mais parecido com um dragão marinho, que acompanha a pequena Arca de Flow - outro personagem saído de uma imaginação iluminada!

Eu amo animações com bichos e de tudo que já assisti na vida, aponto Flow como uma das mais inteligentes e sensíveis... eu diria completa e perfeita. Não percam!


Fátima ChuEcco - jornalista, escritora e amante fervorosa de gatos😻

 


Vidas paralelas. Você acredita nelas? Sonha com elas?

 A ideia de que vivemos simultaneamente em várias dimensões, com elementos semelhantes, mas acontecimentos diferentes, ganha cada vez mais f...