domingo, 30 de março de 2025

ANIMAL PENSA. MINHA GATA PENSA. É TÃO ÓBVIO!


Esse artigo é um dos mais lidos e elogiados do meu blog. Por isso estou republicando. Com tanta ignorância humana causando a morte de animais em massa, além das torturas diversas a que são expostos, achei que convém destacar esse texto novamente. E se vc concordar com ele, por favor, compartilhe.
Persiste uma mania de dizer que animal é irracional, ou seja, que não pensa.
Se tem uma coisa que me custa a crer é como uma gigantesca população de humanos em pleno século XXI, incluindo vários protetores de animais, ainda justifica atos de cães, gatos e outros animais como puramente instintivos e/ou irracionais. Até um dos slogans mais conhecidos prega: não importa se eles pensam, importa que eles sentem... como se uma coisa estivesse completamente desconectada da outra.

Mas onde e como nascem os sentimentos e emoções? Nascem da apuração racional de uma situação, ou seja, a raíz das emoções é o pensamento... emoção é a resposta da interpretação daquilo que se vê e experimenta.

Podemos excetuar o instinto materno que é naturalmente mais instintivo em qualquer espécie incluindo entre os humanos, mas a grande maioria de ações executadas pelos animais tem sim muito de racional. A mente deles registra fatos, têm memórias boas e ruins, e isso tudo vai gerando emoções e sentimentos diversos como amor, medo, saudade e raiva.


Sim... eles podem odiar. Muita gente insiste em dizer que os animais só são capazes de atos violentos por instinto de sobrevivência (em busca de comida, disputa de fêmeas etc) e que se atacam alguém aparentemente sem motivo é porque foram induzidos de alguma forma a esse comportamento. Não é verdade. 

Os animais têm PERSONALIDADE. Eles têm ÍNDOLE como nós. Essa personalidade se forma da mesma forma que a nossa, ou seja, a partir de experiências individuais (felizes ou traumáticas) e com a interpretação que eles vão tendo a respeito de tudo que está ao redor deles.

Então nem todos os cães, gatos e outros animais são “bonzinhos". Alguns são solidários, outros egoístas. Uns são calmos, outros agitados. Uns são amorosos, outros mais agressivos. E nada disso tem a ver com a “raça”, mas com a personalidade de cada um deles construída a partir do que cada um experimentou na vida e, especialmente, como interpretou ou absorveu essa experiência. Assim, é completamente errado dizer, por exemplo, que gato persa é manhoso e tigrado é mais arisco. 

Deixa um gatinho persa crescer na rua e um vira-lata, que prefiro tratar como “mestiço”, ser criado cheio de mimos. Cada um deles responderá de acordo com o ambiente em que vive. A personalidade de cada um deles será formada com essas experiências e a interpretação que fará delas independente da quantidade de pelos ou se tem olhos azuis.


E a personalidade é uma coisa tão evidente que basta observar uma colônia felina por uns dias ou uma casa cheia de gatos que qualquer pessoa poderá perceber diferenças gritantes entre todos os membros. Haverá gato mais tímido, outros mais confiantes, gato manso e gato mais arisco, gato mais sonoro (falante) e outros que quase não miam, gato que brinca a vida toda e outros que são pouco interessados em brincadeiras, uns comilões e outros de apetite mais moderado.

Gatos num mesmo ambiente e enfrentando as mesmas condições de vida podem desenvolver comportamentos completamente diferentes. 

E por que isso acontece?

Se fosse apenas instinto e se fossem irracionais teriam comportamento padrão... só que não.
Nós somos iguais a eles nesse campo. Dois irmãos podem crescer juntos num palácio. Um pode se tornar um príncipe e outro um carrasco. Dois irmãos podem crescer juntos num cortiço bem pobre e violento. Um pode seguir o caminho da marginalidade e outro se tornar um advogado. 

Isso sem falar em características próprias. Embora cresçam num mesmíssimo ambiente, algumas crianças serão mais risonhas, outras mais sérias, outras mais tímidas e algumas mais atiradas... isso porque cada uma fará sua própria interpretação do meio e reagirá de forma muito individual apesar de viver em coletividade.


Isso acontece com cães e gatos e outros animais. Isso acontece até com passarinhos que, à primeira vista, podem parecer padronizados. Eu mesma assisti à criação de vários filhotes de pardais no quintal da minha casa e pude ver que eles também têm personalidades distintas desde cedo.  Quase sempre um dos filhotes é maior, come mais e até pisa no outro para receber mais alimento dos pais. Esse acaba aprendendo a voar mais rápido e se manda com a família, deixando o filhotinho mais mirrado para trás. 

Mas vi filhote grande, que já sabia voar, se recusar a deixar o irmãozinho. Ele ficou perto dele por vários dias para garantir que os pais continuassem alimentando os dois. Somente quando o menorzinho também adquiriu forças para voar é que o irmão maior deixou o chão em definitivo. 

E já testemunhei o contrário. Irmão maior agressivo com o menor, que pegava toda a comida oferecida pelos pais e voou assim que pôde. O irmãozinho ficou largado... os pais o abandonaram... e levei-o para os biólogos do Ibirapuera, mas já era tarde... estava muito desidratado e desnutrido.

Todo ser que carrega uma personalidade “pensa”, raciocina, porque a personalidade (da onde advém o comportamento) nasce da “apuração pessoal” do que acontece ao nosso redor.



Exemplo da minha gata. Claro que ela pensava e muito!
Às vezes durmo tarde e acordo tarde, passando da hora que costumeiramente coloco comida fresca nos potinhos das minhas gatas. Às vezes, nessas ocasiões, estou também com a porta do quarto fechada para não ter o sono interrompido por elas logo cedo. Mas a Ághata descobriu como me fazer levantar da cama. Ela ficava puxando a porta do armário debaixo da pia da cozinha que é daquele tipo que volta sozinha graças a um sistema de mola. Então ela puxava a porta com a patinha e soltava...

repetidas vezes. O som é algo assim “pum... pum... pum”, como marteladas numa parede. Ela fazia isso até eu levantar e só fazia quando passava muito da hora de acordar. Isso não é instinto. Ela “descobriu” e "aprendeu" uma forma de me perturbar. Ela “pensou” sobre alguma forma de emitir ruído capaz de me fazer sair da cama. Quando você descobre algo e aprende com aquilo... isso é raciocínio. O que a gente herda da natureza e gerações passadas é instinto, mas o que a gente aprende é fruto de raciocínio.



Outro exemplo nítido. Não só de raciocínio, mas de comunicação. Uma barata voadora entrou em casa e eu me tranquei no quarto porque tenho verdadeiro pânico de barata. Antes disso pude ver que a barata tinha ido para a área de serviço. A porta do meu quarto está sem fechadura. O buraco me permite ver uma parte da área de serviço (que é comprida). E por esse buraco vi a Ághata brincando com a barata, jogando-a para cima e correndo atrás dela. 

A barata fugia para a parte da área que eu não podia ver pelo buraco da porta, mas a Ághata fazia questão de trazê-la para meu campo de visão e ainda olhava para mim e miava. Ela olhava diretamente para mim. Conseguia ver meus olhos no buraco da porta ou simplesmente sabia que eu estava ali espiando.

Isso durou um tempo. A barata fugia e a Ághata trazia-a de volta para meu campo de visão até que o bichinho virou de barriga para cima e quando isso acontece, “todo gato que se preza abandona o inimigo ferido, pois, é covardia atacar algo naquele estado”. Brincadeira. Tem gato que come barata mesmo estando bem alimentado e tem gato que brinca e larga. Nesse caso, a barata foi deixada na parte que eu podia vê-la e a Ághata fez isso propositalmente... entendem? 

Ela podia ter agarrado essa barata mais para o fundo da área e a matado lá mesmo sem que eu visse nada, mas ela queria que eu visse. Ela olhava para mim para ter certeza que eu estava assistindo tudo. A ação dela foi intencional e claramente “pensada”.



Exemplos como esse e até bem mais complexos não faltam, mas ainda ouço a frase: animal não pensa, é irracional, se atacam alguém é por culpa do ser humano e se são bonzinhos é porque são “puros”. 

Mas tem animal bom e animal ruim 

Exemplo de egoísmo: Já ajudei dois cães que viviam num minúsculo quintal. O menor não conseguia comer porque o maior não deixava e avançava ferozmente nele. Eu precisava fazer manobras fantásticas para alimentar o menor. É culpa da fome? Talvez não. 

Exemplo de solidariedade: Já alimentei também outros dois cães que ficavam num quintal, um pit bull e um cãozinho menor... três vezes menor... e quando jogava ração pelo portão os dois comiam os grãos feito loucos, esfomeados, mas o pit não atacava o cão menor. Se o menorzinho chegava mais rápido na ração o pit corria para outro grão.

Todo animal tem sua própria personalidade por mais que tenha também ações de natureza instintiva. Uma coisa não anula a outra. Também somos assim: uma parte instinto e outra raciocínio. Uma parte boa e outra ruim. E somos predominantemente bons ou maus de acordo com nossa índole. E isso deriva de nossas interpretações a respeito de tudo que nos cercam. Com base nessas interpretações é que fazemos escolhas... e escolher é “pensar em como agir”. 


Todos os animais também fazem escolhas, até as mais simples, como o lugar onde dormir. E eles sentem frio, fome e medo (como diz o slogan para justificar a necessidade de respeitar seu direito de viver)... ok... isso já é o suficiente para serem respeitados... mas negar ou não enxergar que pensam é absurdo em pleno século XXI.

Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista, escritora, consultora da @buscacats 😻e fundadora da editora @miaumagazine 🐶🐱








sexta-feira, 28 de março de 2025

Gato que se perde fica por perto. Cachorro se joga no mundo


Quem está com um gato desparecido, seja porque escapou de casa, seja porque tinha vida livre e não voltou mais, precisa assimilar isso: gato que se perde fica por perto. São os cães que se lançam ao mundo e ganham as ruas quando fogem de casa. Gato busca um abrigo seguro o mais próximo possível da onde ele fugiu, muitas vezes nas casas vizinhas.

Um gato só vai parar longe de casa nessas circunstâncias: se entra no motor de um carro, se é roubado/capturado ou se é socorrido por alguém depois de algum acidente e levado para uma clínica. Sozinho, por livre e espontânea vontade, gato não vai longe.  

E gato que tem vida livre não se perde. Ele conhece os cheiros, as cores, as casas, os vizinhos da onde vive. Se ele não voltou para casa é porque se encrencou ali mesmo na vizinhança.

Por isso, regra básica para quem está procurando por um gato é: procure por perto, bem perto. 

E procurar não é falar com um ou outro vizinho, dar uma volta no quarteirão e já achar que alguém pegou o gato. Muitos tutores, para se sentirem mais aliviados ou mesmo por pura preguiça de procurar o bichano, tentam enganar a si mesmos dizendo que "alguém deve estar com o gato porque ele é muito bonito e mansinho".

Em minha experiência ajudando a encontrar gatos perdidos, vi muitos casos em que o gatinho só sobreviveu porque os tutores focaram os imóveis vizinhos e o acharam a tempo de não morrer de fome num local onde ficou preso acidentalmente.

Por isso não se procura gato pelo bairro, de carro ou de moto. Gato não fica andando pelas ruas pra ser visto. Gato se procura a pé e nos locais mais próximos, nos esconderijos mais difíceis de se imaginar. Tem que fazer uma busca de campo, com vontade e fé.

Caso não encontre o gatinho na vizinhança, talvez seja o caso de ter uma ajuda profissional. A BuscaCats cria estratégias de busca que cruzam o perfil da vizinhança com a personalidade do gato para apontar possíveis locais onde ele pode estar escondido ou preso. 

Mais informações pelo zap 11 94682-6104

Fátima ChuEcco - jornalista especializada em gatos e consultora da BuscaCats http://buscacats.blogspot.com 



sábado, 22 de março de 2025

Qual palavra você vê nessa arte? Não é tão óbvio! Conheça essa incrível história


Passei por uma experiência muito incrível envolvendo o objeto da foto acima, mas antes de contar gostaria de saber que palavra você vê de imediato? 

Vi essa mandala jogada sobre uns sacos de lixo (veja fotos da peça inteira abaixo). Era de noite e eu tinha saído de casa apenas para também colocar meu lixo para fora. Na manhã seguinte, para minha surpresa, o lixo tinha sido todo recolhido, mas a mandala continuava caída no chão. Então pensei: é um artesanato recuperável. E peguei.

Com ela em mãos dobrei a esquina, pois, já estava de saída e não quis voltar para casa só pra guardar o objeto. Então do nada, como que atraído na minha direção, apareceu um garoto de uns 10 anos de idade olhando diretamente para a mandala pendurada em meu braço.

Ele disse: Amor.

"Ah... você também acha que está escrito Amor? Foi o que pensei, mas estou um pouco em dúvida", respondi. "Tá escrito Amor, mas vou chamar minha mãe e perguntar pra ela".

Nem precisou! A mãe já vinha saindo da loja toda apavorada com o garoto sozinho na rua e falando com uma estranha. Ela não deu muita importância para a mandala. Com a cabeça acenou que devia ser a palavra Amor mesmo e em seguida puxou o menino pelo braço toda apressada.

Foi nesses poucos instantes que notei algo diferente no garoto. Seus movimentos com os braços e jeito de andar assinalaram que devia se tratar de um menino com algum problema neurológico ou de algum outro tipo. Ele ainda se contorceu para trás  a fim de tentar me ver enquanto a mãe tinha pressa de levá-lo embora.


Um ANJO?

Foi só quando voltei para casa e olhei atentamente a mandala de novo que enxerguei outra palavra: Anjo! As mesmas letrinhas tortinhas, onduladas podem dizer tanto Amor quanto Anjo! E naturalmente pensei naquele menino que como um relâmpago atravessou meu caminho para dizer que eu carregava nos braços a palavra Amor.

Achei isso tão incrível. Não foi um acaso. Eu podia muito bem ter passado na frente daquela loja sem ter chamado a atenção de ninguém. Eu podia nem ter recolhido aquela mandala. E ela podia ter sido levada pelos lixeiros.

Eu a reformei por inteiro. Usei novelo de lã multicolorido e fitinhas de cetim nas mesmas cores. Curiosamente já tinha tudo isso em casa. Fiz numa tarde. E então notei outra palavra: ENJOY que em inglês significa "Aproveite", "Desfrute" ou "Aprecie".

Que gênio teria escrito uma única palavra podendo ser entendida de três diferentes formas e todas com lindos significados? Amei essa mandala, sua trajetória até mim e de como ficou agora. E quis compartilhar essa experiência com vocês. Que palavra você vê?


Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora, consultora sobre gatos perdidos e fundadora da editora miaubookecia.com

sexta-feira, 21 de março de 2025

Gatos perdidos podem se comunicar com tutores por meio de sonhos


Essa história que vivi uns anos atrás pode ajudar alguns tutores a encontrarem seus gatos perdidos ou pelo menos descobrirem que estão vivos e não perderem a esperança. Na noite em que minha gatinha Rebecca Selvagem escapou de casa estourando a tela da porta, sonhei com ela me dizendo: Eu vou voltar pra vocês. Vamos ficar juntas". Ela não miava e sim falava: "Eu vou voltar".

Cinco dias depois tive outro sonho em que Rebecca voltava para casa. Ela estava bem e foi entrando pela porta da sala - a mesma pela qual ela escapou. Foram 37 dias de busca intensa. Eu procurava por ela de manhã, de noite, finais de semana e feriados. Na época eu não sabia o que sei hoje como, por exemplo, que se procura gato nos arredores da onde ele se perdeu e não pelo bairro. Por isso perdi muito tempo caminhando longe em busca de algum sinal dela.

Distribui panfletos e preguei cerca de cem cartazes no bairro, além de bater em várias portas. Ninguém a trouxe de volta. Mas uma coisa eu sei que ajudou mantê-la viva: os pontos de alimentação que eu fazia todas as noites no meu quarteirão e outros dois quarteirões na frente do meu. Do jeito que Rebecca era arisca, eu sabia que ela não se aproximaria de nenhuma casa pra comer e nem de outros gatos. Então eu colocava pequenas porções de rações na calçada e em imóveis vazios.

Depois de 36 dias viram Rebecca no quintal do meu prédio, mas ela fugiu de novo pulando para um prédio vizinho e se enfiando num buraco na parede que não era possível acessar. Contratei o Eduardo Pedroso, um especialista em captura, para colocar gatoeira no quintal... e foi assim que a trouxe pra casa.

Um ano depois eu desenvolvi o serviço BuscaCats baseada em tudo que aprendi procurando pela Rebecca: todas as técnicas para ajudá-la a sobreviver, a abordagem certa com a vizinhança, a conquista de aliados nas buscas, os pontos para examinar a fundo... enfim... um serviço que passou a ajudar muitos gatinhos perdidos inspirado na Rebecca Selvagem. Ela ainda continuou comigo por mais seis anos e morreu recentemente.

No Blog da BuscaCats tem várias histórias reais com finais felizes de tutores que reencontraram seus gatinhos perdidos. Vale a pena ver porque esses relatos podem servir como valiosas dicas. Clique em http://buscacats.blogspot.com


quarta-feira, 12 de março de 2025

Ronny e Gigi, da África do Sul, em momento artístico-intelectual

 


Aqui estão dois cachorrinhos que foram adotados juntos na África do Sul: Ronny e Gigi. Nessa imagem eles estão num momento de atividade intelectual e criação artística. Uma cena digna para ilustrar um AU-AU Book colorido e divertido só deles. Seus cachorrinhos também podem ter um fotolivro de luxo (capa dura) com uma historinha exclusiva inspirada nas melhores fotos deles. 

Conheça os modelos, preços e veja depoimento de quem já fez acessando www.miaubookecia.com

quarta-feira, 5 de março de 2025

Vidas paralelas. Você acredita nelas? Sonha com elas?


 A ideia de que vivemos simultaneamente em várias dimensões, com elementos semelhantes, mas acontecimentos diferentes, ganha cada vez mais força. Isso porque muita gente, enquanto dorme, sonha com "possíveis" outras vidas que parecem acontecer ao mesmo tempo que esta... e são sonhos vívidos, repletos de emoções e que permanecem na memória quando acordamos.

Como várias outras pessoas, sonho praticamente toda noite com cenários e circunstâncias bem parecidos com o que tenho nesta existência. Alguns sonhos são confusos, mas a grande maioria transcorre como uma outra vida em que tenho contato com gente conhecida, gente desconhecida e especialmente animais híbridos (gatos com penas, peixes com pelos, aves com escamas) e seres que não existem na Terra, como um homem-anfíbio e um povo que vive na Floresta Amazônica mas que é invisível aos nossos olhos.


Fruto de imaginação fértil ou viagem astral a outras dimensões?

De qualquer forma, noite dessas sonhei que estava num curso, não sei de que assunto, mas ao acordar lembrei com perfeição de um texto de teor libertador, muito lindo... não sei se eu criei o texto ou se é de outro autor:

"No buraco por onde só passava uma cabeça de alfinete no meu coração, abriu uma cratera por onde mergulhei no meu mais profundo âmago, me libertando de medos, culpas, crenças, raiva e mágoas. A alegria se fundiu com a gratidão no lugar onde a mágoa se fundia com a raiva".

terça-feira, 4 de março de 2025

Djoko foi encontrado vivo depois de 95 dias sumido. Intuição conta muito!


O gatinho Djoko levava uma vida livre e tranquila num condomínio do Jardim Botânico, em Brasília. Ele até acompanhava sua tutora Tâmara Monteiro, dog walker, nos passeios com cachorros da vizinhança. Estava sempre à vista, entre sua casa e casas próximas, até que um dia sumiu sem deixar rastro.

A angústia por um reencontro durou mais de três meses ou, para ser mais exata, 95 longos dias. Tâmara e o marido Guilherme fizeram de tudo para encontrar Djoko e naturalmente navegaram por inúmeras hipóteses que torturam a mente de todo mundo que perde um gatinho: poderia ter sido atropelado, atacado por um cachorro, ficado acidentalmente preso num imóvel, dentre outras opções, quase sempre devastadoras de corações de pais de pets.

Djoko usava, na ocasião, uma coleira verde com o contato de seus tutores. Portanto, ter sido levado embora propositalmente por alguém não era algo muito provável.


Porém, logo que Tâmara me procurou para orientá-la nas buscas, um dado que me chamou a atenção foi o condomínio estar repleto de obras, com vários caminhões descarregando material de construção diariamente. Gato AMA obra! Ama mexer na areia, ama cheiro de cimento, ama andar por entre tijolos e outros materiais comuns nas obras. E gato gosta também de se enfiar em motor de caminhões pequenos ou grandes.

O que pode explicar Djoko ter ido parar na Vila Planalto, distante 14 km do Jardim Botânico, é justamente ele ter entrado em algum veículo que transporta material de construção, mas Tâmara, desde o início das nossas conversas, também desconfiou que ele podia ter sido levado por algum carro estacionado numa casa que estava em festa, exatamente no dia em que ele sumiu.

Djoko é uma gatinho manso, curioso e pode ter adentrado em algum veículo sem ser percebido. De repente um carro que estava com a porta aberta por alguma razão e que Djoko resolveu explorar, talvez atraído por algum cheiro. Pode ter ficado abaixado na parte detrás sem que as pessoas o notassem. 


CERTO é que um gato não anda 14 km longe de casa por livre e espontânea vontade. São os cães que se afastam por quilômetros quando escapam. E Djoko, na verdade, não era um gato "perdido". Ele conhecia muito bem o condomínio. Era evidente que alguma coisa o impediu de voltar para casa. Por isso foi necessário vasculhar todos os arredores - missão que Tâmara desempenhou com afinco adentrando obras, casas vazias, terrenos... tudo tudo! Infelizmente sem sinal de Djoko.

Uma busca de 95 dias é bem exaustiva, o que levou Tâmara e Guilherme a vários momentos de desânimo. Por outro lado, nunca deixaram de ter esperança e, acima de tudo, apostaram na INTUIÇÃO. A tutora sempre me disse que sentia que seu gatinho estava vivo. Chegou a sonhar com ele vivendo em outro condomínio. E contou:

"Guilherme também sempre teve a intuição de que a coleira do Djoko não cairia e que alguém iria nos ligar".

Djoko ganhou uma tag 

Djoko foi visto por uma mulher num terreno onde vários gatos eram alimentados por uma protetora de animais. "Ela sempre passava por esse local que é uma espécie de chácara na frente de um condomínio chique. Alguns gatos são abandonados ali e uma conhecida dela os alimenta. Então notou um gato com coleira verde e logo pensou que podia se tratar de um gatinho perdido. Ela se aproximou do Djoko, conseguiu ver nosso contato na coleira dele e nos ligou indicando o local".

Vale ressaltar que a conexão mental com um gatinho desaparecido ajuda muito. Ao acreditar que Djoko estava vivo e que ainda podia revê-lo, Tâmara foi fortalecendo uma comunicação sutil que pode ter construído uma situação bastante improvável como essa: encontrar o gato três meses depois, bem longe de casa e por intermédio de uma pessoa que nem sequer tinha visto algum post do gato. A intuição da Tâmara mobilizou a intuição da mulher que notou Djoko entre outros gatos num efeito dominó.

Além disso, Tâmara pediu muita ajuda para São Francisco de Assis, de quem é devota. A fé também guiou seus passos.

Djoko de volta para casa e cercado de cuidados

De volta para casa, Djoko ganhou um monitoramento completo. O casal cercou o terreno da casa e, além disso, colocou na coleira do gatinho uma tag que funciona via celular e aponta por onde o gatinho está andando caso consiga sair e se afastar. Hoje ele vive numa Fortaleza, mas é uma fortaleza de amor cercada de cuidados.

Fátima ChuEcco, jornalista, escritora e consultora da @BuscaCats 

Para consultas da BuscaCats acesse o zap 11 94682-6104






Os gatos são muito expressivos e até Darwin notou isso

"Os gatos usam muito a voz como meio de expressão e emitem, sob várias circunstâncias e emoções, pelo menos seis ou sete sons diferente...