segunda-feira, 30 de junho de 2025

Animação de gatinho preto que ganhou o Oscar é obra-prima. Veja trailer e fotos!


Flow, que ganhou o Oscar de Melhor Animação neste domingo, é uma obra de arte... acreditem! O filme reforça valores como amizade e solidariedade e deveria ser exibido em todas as escolas do planeta para motivar as crianças a cultivarem tais sentimentos. Veja belíssimo trailer ao final deste texto!

Não é um desenho infantil. Ele abrange todas as idades e especialmente quem AMA gatos e todos os animais. E o mais sensacional é que o personagem principal é justamente um gatinho preto de olhos amarelos - o tipo de felino que mais encalha nos abrigos, que mais sofre rejeição e preconceito.


Foi a primeira vez que a Letônia ganhou um Oscar e, claro, está em festa. Flow venceu também o Globo de Ouro e outros 50 prêmios espalhados pelo mundo. O simpático gatinho ganhou uma estatueta bem no centro de Riga, capital da Letônia, que em abril se muda para a prefeitura da cidade.

Em entrevista a diversos jornais, o diretor Gints Zilbalodis, que compareceu ao Oscar usando terno com gatinhos bordados, agradeceu aos seus próprios cães e gatos, pelos prêmios. E comentou que na Letônia, a animação arrecadou na bilheteria mais que filmes premiados mundialmente como Avatar e Titanic.

Vale lembrar que a Letônia é um país cuja população gosta bastante de gatos. Inclusive, existe uma conhecida "Casa do Gato" que tem no topo do telhado exatamente um gatinho preto. "Dizem" que o escultor caiu do telhado e morreu ao tentar mudar a posição do gatinho no alto do edifício por imposição de comerciantes do outro lado da rua. História a confirmar.


Mas voltando ao filme, reforço que é uma obra-prima. Sem diálogos nem legendas, os animais conseguem transmitir tudo que pensam e sentem por meio de expressões faciais e corporais. 

Flow tem ainda uma importante mensagem ambientalista: o cenário é nosso planeta se extinguindo com desastres naturais como grandes dilúvios afundando as maiores cidades. O gatinho sobrevive, consegue se movimentar com um pequeno barco e vai fazendo amizade com um cachorro, uma capivara, um lêmure e uma garça.


De tudo que se mostra na animação, o que fica mais marcante é a AMIZADE entre espécies. São vários detalhes cuidadosamente pensados que enriquecem o comportamento de cada bichinho. Enfim, lindo lindo!!!

A técnica de animação é outra surpresa agradável porque foge das animações tradicionais. É uma técnica com texturas e sombreados que não vemos nas animações em geral.


Outro detalhe bem curioso é que a casa onde Flow morava (e que afunda na inundação) era de um artista que se inspirava em gatos e cães para fazer grandes estátuas, algumas monumentais num local montanhoso. Esse local é fantástico!

Aliás, depois de ver Flow, quem ama gatos vai ter vontade de conhecer ou morar na Letônia.

Faltou falar de um grande peixe, talvez mais parecido com um dragão marinho, que acompanha a pequena Arca de Flow - outro personagem saído de uma imaginação iluminada!

Eu amo animações com bichos e de tudo que já assisti na vida, aponto Flow como uma das mais inteligentes e sensíveis... eu diria completa e perfeita. Não percam!


Fátima ChuEcco - jornalista, escritora e amante fervorosa de gatos😻

 






sexta-feira, 27 de junho de 2025

Aprenda como procurar gatos perdidos nos locais certos! Veja vídeo!


Existem dois tipos de gatos desaparecidos: os que nunca pisaram na rua, escapam e, de fato, se perdem, e aqueles que têm vida livre e, por um problema qualquer não conseguem voltar para casa. Os gatos livres "não se perdem": eles conhecem o entorno da casa onde vivem, mas se encrencam na vizinhança de alguma forma e ficam impedidos de voltar.

Em ambos os casos, postar na rede social e espalhar cartazes é "fundamental", mas não é suficiente porque o gato pode estar num local de difícil acesso visual ou tão bem escondido que ninguém o vê.


Diferentes dos cães que podem andar quilômetros num único dia, os gatos ficam por perto, às vezes muito perto, por isso, não se procura gato de carro... a busca tem que ser a pé.

No vídeo abaixo, feito com base na minha experiência com gatos perdidos, você vai saber os pontos básicos que deve acessar. Claro que existem outros, mas esses pontos que selecionei, muitas vezes completamente ignorados pelos tutores, correspondem a itens obrigatórios de uma busca.

Em breve estarei também tirando dúvidas e orientando quem está com um gatinho perdido, gratuitamente, por meio de lives. Para ser avisado sobre as lives siga o instagram @buscacats e acompanhe as postagens.


Texto: Fátima ChuEcco jornalista especializada em gatos, gatóloga e escritora

Vídeo produzido com imagens de AI

domingo, 22 de junho de 2025

Intestino "preso" pode dar depressão e tristeza. Conheça a solução mais simples


Muita gente já sabe que quando o intestino está "preso" pode provocar mau humor. Inclusive é costume dizer que as pessoas com fezes presas ficam "enfezadas" ou seja, bravas, nervosas e irritadas. Mas você já ouviu dizer que as pessoas ficam felizes quando o intestino funciona bem? 

Pois inúmeros estudos comprovam que a ligação entre cérebro e intestino é uma via de mão dupla e exatamente por isso o intestino tem sido reconhecido como o "segundo cérebro". Não são apenas as emoções que "mexem" com o intestino causando prisão de ventre ou diarreia. O intestino tratado de forma errada, com a alimentação inadequada e mergulhado num corpo sedentário também "mexe" com as emoções. E como!

A delicada estrada que se estende do intestino até o crânio (passando pelo abdômen e tórax) leva o nome de Nervo Vago

Mas o conceito de termos um cérebro nas nossas tripas é difícil de absorver porque culturalmente ligamos o coração às emoções. 


Ninguém desenha um intestino num cartão de amor. Ninguém coloca as mãos sobre o ventre pra dizer "eu te amo". Aprendemos que é no coração que guardamos bons e maus sentimentos.

Mas na verdade, o orgão que mais se inter-relaciona com o cérebro, celeiro das emoções, não é o coração e sim o intestino que, aliás, pode sim causar felicidade, deixar um pessoa bem humorada e com sensação de serenidade se estiver em bom funcionamento. 

Por isso, alimentos com fibra podem gerar mais paz de espírito do que calmantes e ansiolíticos.

Guardião do ânus (como?!)

Até parece palavrão, mas na verdade era o nome dado aos médicos que faziam uma limpeza no intestino introduzindo água pelo ânus por meio de um longo bico. Foi a versão mais remota das "lavagens" intestinais. E isso 2500 anos antes de Cristo. A prática era comum entre monarcas e seus familiares cujo objetivo não era meramente um limpeza física, mas também energética.

Mas o que o intestino tem de tão especial para merecer tratamento de rei? Nele vivem, como todos sabem, nossas boas bactérias - aquelas mesmas para as quais oferecemos "petiscos" sob vários nomes: yakult, chambinho etc. Antigamente chamávamos essa população de criaturas microscópicas de flora intestinal, mas hoje se conhece por microbiota.

No livro "A incrível conexão intestino cérebro", de Camila Rowlands, ela diz: 

"As bactérias que habitam nosso organismo influem na maneira em que a mente trabalha e problemas psicológicos como ansiedade e depressão, podem estar em grande parte relacionados com o estado que mantemos o habitat dos nossos minúsculos habitantes".

Sabe aquela frase: somos o que comemos? É mais ou menos isso que a autora diz.

Segundo ela, essas boas bactérias próprias da nossa microbiota são muito eficientes na absorção de minerais e na síntese de vitaminas. Produzem, por exemplo, B12, essencial para a saúde do cérebro. O déficit de B12 pode provocar depressão.

Troque seu calmante por alimentos

Parece difícil acreditar que um combo com couve, espinafre e brócolis, por exemplo, consumido com frequência, pode aposentar sua sertralina ou qualquer outro remédio que combate ansiedade e depressão. Pois tente. Durante uma semana alterne diversas verduras, frutas e legumes ricos em fibras e observe seu humor, ânimo, produtividade e pensamentos mais leves.

A lista de alimentos que fazem bem ao intestino é enorrrrrme. E muitos com custo bem acessível. Quer ver?

Os principais: couve, espinafre e brócolis. E ainda: rúcula, feijão, lentilha, ervilha, abacate, manga, laranja, tangerina, abóbora, mamão, ameixa (tanto seca quanto ao natural), tomate, maracujá, arroz e pão integral. A lista segue com grãos e algumas outras frutas de época. 

Caminhada, exercícios ou dança complementam o tratamento natural porque movimento é essencial a uma vida saudável.

É tanta coisa boa para o intestino que ele tem toda a razão de ficar enfezado se você nega esse prazer a ele.

Fátima ChuEcco - jornalista e escritora - Fotos feitas com AI







sábado, 21 de junho de 2025

Efeito Rebanho: entenda porque frequentamos locais onde a maioria vai


Frequento uma feira livre com aquelas tradicionais barracas de pastel, mas apenas uma delas é abarrotada de gente. À primeira vista podemos deduzir que se trata do melhor pastel da feira... só que não é bem assim. Já comi pastel de todas as barracas e a mais frequentada não tem nenhum sabor ou preparo especial, inclusive, é até um pouco mais cara.

Em 2005, na Turquia, bastou uma única ovelha cair de um penhasco para que todas as demais fizessem o mesmo. Eram 1500 ovelhas. As primeiras 450 que pularam morreram e as demais sobreviveram porque tiveram a queda amortecida pelos corpos das "colegas". 

Penhascos costumam ser frequentados por rebanhos de ovelhas e, embora alguns presumam que se tratou de um suicídio em massa, na verdade, ninguém sabe se a primeira ovelha a cair se distraiu ou escorregou à beira do precipício provocando uma queda. O que se sabe é que as demais a seguiram. O fenômeno ficou conhecido como "efeito rebanho".

Segundo a neurociência, nós humanos também sofremos o "Efeito Manada" ou "comportamento de rebanho" seguindo a opinião ou ação de um grupo sem uma efetiva análise da situação. Isso pode envolver desde pequenas decisões cotidianas, como onde comer um pastel por exemplo, até questões mais complexas que envolvem finanças, política, religião etc.

O Efeito Manada ocorre quando pessoas seguem a maioria, mesmo sem entender os motivos, o que torna o ato quase que intuitivo. Inclusive, a própria "moda", por vezes, é um tipo de efeito manada seja nas roupas, corte de cabelo, uso de acessórios e por aí vai. 

Esse efeito gera resultados bem positivos para alguns e negativos para outros: reparem que na feira dada como exemplo, enquanto a pastelaria escolhida pelo rebanho atende cerca de 30 pessoas simultaneamente, as demais, no mesmo horário e local, atendem entre dois e cinco clientes.

Estudos da neurociência apontam que essa atitude pode ser inconsciente na busca de uma sensação de conforto e de pertencer a um grupo. Na nossa pré-história esse comportamento favoreceu a formação de tribos que conseguiram sobreviver num mundo cheio de ameaças. Talvez essa necessidade ancestral, enraizada em nossa genética, ainda mova algumas de nossas escolhas às cegas, fazendo com que a gente consuma, use ou faça coisas apenas pelo simples fato de ver várias pessoas fazendo.

Fátima ChuEcco - jornalista e escritora- Fotos: feitas com AI




domingo, 15 de junho de 2025

Bebê Reborn: doença, terapia ou brincadeira provocativa? Entenda antes de condenar!


Problema psicológico, ferramenta de terapia ou apenas uma brincadeira inofensiva, porém provocativa na fase adulta? As três coisas! E vou explicar cada uma. No calor da coletividade indignada com as mães de bebês reborn, muitas vezes deixamos de procurar entender a situação. É mais fácil mandar adotar uma criança ou um animal de estimação, sendo que as pessoas envolvidas com bebês reborn, muitas vezes sequer têm perfil para serem mães de verdade ou tutoras de animais.

Mas há casos em que tratar bebê reborn como de verdade pode ser sinal de uma compensação emocional, principalmente em mulheres que perderam seus bebês na vida real. Isso requer ajuda psicólogica ao invés de críticas ferozes.


No filme "A Grande Ilusão", de 2013 (foto acima), que pode ser acessado pela internet ou no Prime Video, a atriz Jessica Biel ( que também atua na série "A Melhor Irmã") faz o papel de uma mulher que cuida de um bebê reborn como gente. O filme, com direção e roteiro de outra mulher, Francesca Gregorini, tem um conteúdo sério, bem trabalhado e nos mostra a visão médico-psiquiátrica sobre as mães de bebês reborn. Inclusive, o desfecho do filme sugere uma solução para o problema bem interessante. Veja o trailer: 

Psicólogos e psiquiatras têm afirmado que brincar de boneca na fase adulta não tem nada de mal. Configura um passatempo como qualquer outro se a pessoa está ciente que se trata de fato de uma boneca. É só quando a fronteira entre a ilusão e a realidade se quebra que surge uma patologia a ser tratada ao invés de duramente reprimida pela sociedade ou família.

Só a título de curiosidade, vale lembrar que entre as chimpanzés que perdem seus filhotes (espécie mais próxima da humana), não é incomum a mãe carregar o bebê morto nos braços por semanas e até meses. No ano passado a chimpanzé Natalia, de um zoo espanhol, carregou o filhote morto por três meses num processo de luto. Os administradores do zoo evitaram retirar o bebê a força compreendendo que aquilo fazia parte da natureza da espécie. Leia mais sobre esse caso AQUI - Chimpanzé se recusa a soltar filhote que morreu - 23/05/2024 - Bichos - F5

Alzheimer e bebês reborn

Além do mostrado acima, algumas pesquisas indicam que um bebê reborn pode tornar mais leve a vida de algumas pessoas com Alzheimer em estágio mais avançado. Pacientes se mantiveram por mais tempo ligados à realidade quando foram presenteados com bebês reborn. A boneca representava algo do qual podiam cuidar, se entreter e que lhes dava vontade de viver. Leia mais sobre isso AQUI  - Entre o lúdico e a realidade: o que está por trás da polêmica dos bebês reborn?

Então não podemos condenar as pessoas sem saber o que existe por detrás de suas atitudes. Será alguém que se desligou da realidade e necessita de atenção médica? Ou será alguém que apenas está brincando de "casinha" na vida adulta? Vários apresentadores de TV possuem um boneco falante com quem dividem as cenas e, naqueles momentos diante das câmeras, eles ganham vida, não ganham?!

Fátima ChuEcco, jornalista, escritora e que tem vários bichinhos de pelúcia, sendo que vários deles já ganharam vida em seus livros

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