Essa é a Nikita (cadela) com a Mumu
É com pesar que escrevo esse texto, pois, uma das maiores
angústias de qualquer protetor ou pessoa que tem cães e gatos é partir e não
saber o que será feito deles. É por isso, inclusive, que já escrevi matérias ressaltando
a importância de se deixar um testamento mesmo sendo jovem ou gozando de
perfeita saúde, afinal, ninguém sabe quando vai morrer e pode ser
repentinamente. Uma forma de amenizar essa angústia é fazer um testamento dando
orientações para pessoas próximas e que gostam de animais.
A ativista da causa animal Marli Delucca deixou cinco animais com até cinco anos de idade, segundo
contam seus filhos. São quatro lindos gatos e uma cadelinha supersimpática. Todos mansos e
encantadores, também estão castrados e vacinados. Estão morando todos juntos
com os filhos da ativista desde sua morte, mas eles alegam que passam o dia
todo fora trabalhando, voltam tarde da noite e não podem mais cuidar dos
animais. Então foram colocados para adoção – vejam as fotos.
Esse é o Tutu
O caso dos órfãos da Marli é apenas mais um entre vários que
se repetem todos os dias. Algumas histórias são ainda mais trágicas, com os
animais sendo colocados da porta para fora ou levados para longe, abandonados
numa estrada... enfim... coisas horríveis acontecem com animais órfãos. Alguns
já são velhinhos, carecem de cuidados médicos e, mesmo assim, são abandonados. Todos os dias, animais de pessoas mortas são
descartados como móveis ou roupas velhas. Seus pertences sem valor são doados e
às vezes simplesmente jogados fora junto com os animais. Mas casas e carros são
geralmente preservados e disputados.
Alguns animais órfãos têm a sorte de serem acolhidos por
parentes, amigos e às vezes até vizinhos do tutor. Outros não. Lembro da
história de uma moça que adotou o cachorro de um senhor que morreu dentro de
casa. Apenas quando o cheiro do corpo estava bem
perceptível é que a polícia invadiu a casa e viu o cachorrinho ali, por dias
sem comer ou beber, do lado do amigo. A família não se interessou pelo cão e
seu destino fatalmente seria o abandono, mas a moça resolveu ficar com ele e
não se arrependeu. Um ato de amor pelo cão e de consideração pelo vizinho.
Essa é a Gaya
A situação é ainda infinitamente pior quando se trata de uma
pessoa com muitos bichos. Quantas vezes não vemos nas redes sociais protetores
desesperados para arranjar lar para 20, 30 animais devido à morte da tutora?
Por isso é tão importante deixar um testamento. E não é preciso ter bens ou
ser rico. Se a pessoa tem uma casa pode deixá-la para alguém que sabe que
cuidará de seus animais. Se ela não tem imóvel pode, pelo menos, deixar
orientações com algum amigo que também gosta de animais: uma carta assinalando
idade e particularidades de cada bicho, qual toma remédio e outros
cuidados específicos. Pode não ter imóvel ou carro, mas algum dinheiro no banco
ou joias, computador, coisas que possam ser vendidas. Fazer testamento pode parecer tétrico e
desconfortável, mas é fundamental para garantir alguma segurança para os
animais.
Essa é a Nina
No caso da Marli, para quem não a conheceu, posso atestar
que foi uma grande guerreira da causa animal. Uma investigadora, uma lutadora. Por isso, quem está pensando em
adotar um cachorro ou gato tem a chance de levar um pouco dessa garra e desse
amor para casa ficando com um dos animais da Marli. Tenho certeza que a bela
energia dela permanece em cada um deles. Interessados devem deixar comentário
na própria página da Marli, pois, seus filhos estarão acompanhando e,
inclusive, dependendo do bairro de SP, podem levar o animal até o adotante caso
o mesmo não tenha carro. O facebook da Marli é https://www.facebook.com/mdproanimal?fref=ts e do filho dela https://www.facebook.com/gilbertojsfilho?pnref=story Quem não puder adotar pelo menos compartilhe.
E para conhecer melhor a trajetória dessa ativista de mão cheia, que batalhou
incansavelmente contra o Aquário de SP por conta dos ursos polares, acesse o
link http://www.anda.jor.br/09/11/2015/marli-delucca-sherlock-holmes-causa-animal
Essa é a Mumu