quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

QUANDO UM VESTIDO SÓ PRECISA SER UM VESTIDO

Vamos falar de moda? Nem curto nem comprido... nem espalhafatoso nem simples demais... um vestido que é belo apenas sendo um vestido... como esse da foto. Aqui cabe o ditado "quando menos é mais".


terça-feira, 10 de dezembro de 2019

O EGO pode corroer um coração bom - Uma experiência pessoal no jornalismo




Esse texto integra o E-Book que reunirá minhas experiências na área jornalística e que podem ser úteis para quem está no começo ou decorrer de qualquer carreira.

Quando trabalhei no SBT Repórter, na época em que a jornalista Marília Gabriela apresentava o programa, tive uma lição de vida, que nunca mais esqueci. Entrei como produtora, mas dois meses depois, o diretor, muito satisfeito com meu desempenho e, especialmente com meus textos, me promoveu a editora.

Era uma função absolutamente nova para mim, pois nunca havia trabalhado em TV e muito menos editando. Eu era nova e fiquei envaidecida, afinal, além de uma posição mais elevada, teria o dobro de salário. Essa promoção foi também acompanhada de elogios do diretor do programa que dizia na frente da equipe e, até da Marília Gabriela, que eu era muito talentosa e inteligente.

Mas o “EGO” pode se tornar um grande inimigo de quem está no início ou no decorrer da carreira. O ego corrói um CORAÇÃO BOM. Então o ego cresceu em mim naquela circunstância e, ao invés de enxergar a maravilhosa oportunidade que estava tendo de crescer ao lado de profissionais mais experientes, caí na besteira de achar que era autossuficiente, que já sabia muito e nada ou pouco tinha a aprender.

Foto S Hermann & F. Richter/Pixabay

Assim, de peito estufado, entrei nas ilhas de edição muito entusiasmada com meu novo posto de trabalho. Mas não entrei sozinha. Um editor bem antigo do SBT, que devia ter pouco mais de 50 anos de idade, me acompanhava dando instruções sobre os melhores momentos de corte, fusão e outras ações técnicas a serem executadas nos vídeos.

Eu o ouvia, mas só de vez em quando. Na maior parte do tempo retrucava tudo que ele me dizia e teimava que meu jeito de fazer estava mais correto, que ficaria melhor. Isso criou um desgaste. O editor deve ter se cansado de ouvir uma novata na área achar que já sabia tudo e podia decidir sobre tudo. Então ele relatou meu comportamento inadequado ao diretor.

E agora vem a melhor parte – que facilmente poderia ter sido a pior parte se eu finalmente não abrisse meus olhos e meus ouvidos.

Foto Pixabay

O diretor me chamou na sala dele para dizer que eu devia respeitar o editor veterano por três motivos: pelo conhecimento dele, pela experiência dele e, se essas duas razões não me parecessem suficientes, que eu deveria respeitar os seus cabelos brancos. E não foi um “conselho”. A questão era: eu caía “na real” e enxergava meu papel ou... caía fora do programa.

Felizmente, meu coração que começava a ser corroído pelo ego, absorveu letra por letra daquele “puxão de orelha”.

Fui capaz de me fazer a seguinte pergunta: quem era eu na fila do pão? – como se costuma dizer.

Bem...era “apenas” uma jornalista em início de carreira e sem qualquer experiência em TV – podia até ser talentosa – mas uma aprendiz que devia estar muito agradecida pela grande chance de ter como mestre um editor experiente e, diga-se de passagem, bem “paciente” comigo.

Foto Free-stock/Pixabay


Aquele novo cargo era na verdade uma “escola” de altíssimo nível para mim e não um tablado para eu sapatear que estava certa o tempo todo.

Além disso, como disse o editor, tinha a questão do respeito aos mais velhos e experientes.

Nesse dia eu tive dois e não “um” motivo para agradecer. O primeiro foi essa grande oportunidade de me tornar editora do programa e, o segundo motivo foi reconhecer meu erro de uma maneira totalmente serena e resignada: “ele” era editor e eu ainda apenas alguém tentando ser.

Hoje, pela minha idade e trajetória profissional, estou na posição do editor veterano e, de vez em quando, me deparo com aprendizes com o mesmo “ar” insolente com o qual quase coloquei tudo a perder lá no passado.

Deve ser natural da idade ou da falta de experiência - ou ainda por vezes da falta de competência – afrontar quem sabe mais que a gente e que está disposto a nos ajudar a subir mais um degrau na escada do conhecimento.

Foto Free-photos/Pixabay

Claro que até os mais experientes erram - já que ninguém é perfeito -  e eles também aprendem, já que morremos aprendendo coisas novas, mas ainda assim não é um simples hiato que separa um ancião de um calouro. É um travessão gigante que merece ser respeitado. Sorte daquele que enxerga isso e consegue tirar o máximo proveito de quem tem muito a ensinar.

Fátima ChuEcco

domingo, 25 de agosto de 2019

Cães do CCZ de SP estão sem passear e receber afeto aos domingos


A Cãominhada não pode acabar... é a única alegria desses cães.... única chance de afeto... e de também serem adotados já que várias pessoas que passeiam com os cães acabam criando laços e levando-os para casa. Entenda porque isso aconteceu no texto abaixo, assine e compartilhe a petição

https://www.change.org/p/prefeitura-da-cidade-de-são-paulo-retorno-da-cãominhada-e-voluntariado-de-final-de-semana-na-dvz?recruiter=58269171&utm_source=share_petition&utm_campaign=psf_combo_share_message&utm_medium=whatsapp&utm_content=washarecopy_17498842_pt-BR%3Av4&recruited_by_id=623146b0-dc35-0130-0cdb-002219670981

A tradicional CÃOMINHADA aos domingos, no antigo CCZ de SP (hoje DVZ - Divisão de Vigilância de Zoonoses), não acontece há semanas, ou seja, TERMINOU A ÚNICA ALEGRIA dos quase CEM CÃES lá confinados. Até mesmo os assassinos mais cruéis, uma vez presos, têm direito à caminhadas, banho de sol e visitas aos domingos.

MAS POR QUE TERMINARAM com uma atividade tão fundamental à qualidade de vida desses pobres coitados que, às vezes, passam a vida toda confinados?

Segundo a DVZ, um acidente envolvendo um funcionário e um dos cães, motivou a suspensão da atividade. Pensar na segurança de todos é importante, mas é também preciso criar logo uma solução porque os animais precisam muito da Cãominhada aos domingos.


Em nota pública a DVZ informa:

Informamos que a Cãominhada está temporariamente suspensa, para revisão do projeto pela área técnica, saúde do trabalhador e comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA) e voluntariado. Até que nova proposta de percurso e manejo seja elaborada, avaliada e aprovada serão intensificados os passeios dos cães durante os dias da semana, guiados pelos agentes de combate às endemias”.

Diz a DVZ, portanto, que os funcionários estarão passeando com os cães durante a semana MAS......

NÃO É A MESMA COISA...

A CÃOMINHADA NÃO É UM MERO EXERCÍCIO, É TAMBÉM TROCA DE AFETO E UMA CHANCE DOS ANIMAIS SEREM ADOTADOS, pois, às vezes as pessoas que passeiam com eles acabam criando um laço mais forte e os adotam.

Foi o que aconteceu recentemente com o BUCK... ADOTADO pela pessoa que o levava para passear AOS DOMINGOS NO CCZ.



Agora IMAGINEM A TRISTEZA DESSES CÃES que todos os domingos esperavam ansiosamente pelos voluntários. É o DIA do CAFUNÉ... o Dia do "Você existe e enxergo você".




E por que é IMPORTANTE ser aos DOMINGOS? Porque durante a semana a maioria das pessoas trabalha ou procura emprego.

Será realmente muito triste se esses animais perderem o ÚNICO DIA em que recebem um pouco de CARINHO.  

BASTA VER A CARINHA DELES QUANDO PASSEIAM AOS DOMINGOS




Não é difícil saber qual o resultado dessa medida:
Os cães mais dóceis podem entrar em depressão. E o que será dos cães mais bravos que só saíam com voluntários que ganharam a confiança deles?

Os cães podem ficar ainda mais estressados, agressivos e desacreditados das pessoas... e com razão!


A importância da Cãominhada criada há DEZ ANOS pode ser entendida no site https://caominhadaccz.wordpress.com/ :
“Iniciada em 17/05/09 tem a participação de cidadãos voluntários que se interessam em melhorar a qualidade de vida e contribuir com a sociabilização dos cães até serem adotados. Reúne voluntários monitores e passeadores todos os domingos, para levar os animais para caminhar e se exercitar na guia, num dia de passeio e diversão”
“É ir e ficar cativado! Nem dá para sentir o tempo passar, a alegria deles contagia. E você ainda faz uma atividade física!





Nesse link estão as fotos de 96 cães do CCZ  (de cortar o coração)

Como funciona o CCZ, hoje DVZ:

A Lei 12.916 do então deputado Feliciano Filho, conhecida como Lei Feliciano, acabou com as temidas “carrocinhas” em 2008. São Paulo serviu de referência para o resto do país onde leis semelhantes foram criadas. A Cãominhada surgiu um ano depois. Vários cães saudáveis que seriam mortos permaneceram no CCZ desde então... alguns estão lá há oito, nove anos porque ninguém quis adotar.

No início de 2016 foi inaugurado o Núcleo de Adoção de Cães e Gatos com uma estrutura moderna e bem confortável, quase um hotel três estrelas, onde os animais ficam em pequenos quartinhos com cama, porta de vidro e “varanda” para tomar sol e brincar ao ar livre. A estrutura nova permite que interajam com os visitantes, mas como NÃO há vagas suficientes para todos os cães e gatos, implantou-se um rodízio para que, em algum momento, alguns dos animais instalados na parte antiga ocupem o “hotelzinho”.


A VELHA ESTRUTURA, no entanto, ainda ESTÁ EM FUNCIONAMENTO E ASSUSTA.  Foi criada em 1973 para manter cães e gatos por apenas uma semana antes de irem para a câmara de gás. A vida nessa parte do canil só é mais suportável por conta do carinho e contato vivenciado durante as Cãominhadas feitas com pessoas da comunidade e/ou voluntários mais assíduos.



A “Cãominhada” realizada aos domingos, como dito acima, é o ÚNICO MOMENTO EM QUE ELES SE SENTEM VIVOS.

COMO PEDIR QUE A CÃOMINHADA VOLTE:

Se você quer ajudar a mudar esse triste cenário publique fotos no seu FACEBOOK com a HASHTAG #QueremosCaominhada e peça que essa atividade retorne escrevendo comentários no facebook e instagram do prefeito e governador de SP com a mesma hashtag. Sem apoio popular esses animais permanecerão na mesma profunda tristeza. Os cães não podem ser punidos por um lastimável, mas raro incidente. Secretário Municipal da Saúde, Prefeito e Governador precisam achar uma solução urgente.

ANOTE e PARTICIPE:
MÍDIA:

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

O COMEÇO DO FIM



Ontem me chamou a atenção uma abelha andando sozinha numa calçada. Ela mancava. Isolada, ferida... uma cena que poderíamos chamar de apocalipse no reino das abelhas... um caos que reflete na nossa vida porque as abelhas, muitas delas, são polinizadoras, ou seja, várias árvores dependem delas para darem frutos. As abelhas estão diretamente conectadas com nossa sobrevivência.

Não é de hoje que cientistas avisam: quando as abelhas começarem a sumir esperem pelo pior. É um grande sinal da destruição da vida no planeta. O começo do fim.

Vendo aquela solitária abelha caminhando aos trancos e barrancos pelo cimento me lembrei que alguns anos atrás eu me sentava num bar ao ar livre e meu copo de coca-cola se enchia de abelhas... elas estavam por toda parte. Era possível vê-las em lixeiras, nas mesas, nas árvores... minha gata Dianna até foi picada por uma abelhinha daquelas pequenas e amarelas... dessas também não vi mais.

Vi outro dia um video em que um agricultor mostrava milhões de abelhas mortas ao redor das colmeias. Voltaram pra casa só pra morrer. Elas foram envenenadas com o agrotóxico colocado nas plantações.O veneno mata o que chamam de "pragas", mas também mata as abelhas, os pássaros, os animais e as pessoas... ainda que mais lentamente as pessoas.

O sumiço das abelhas é um alerta, mas poucas pessoas enxergam essa conexão entre abelhas e vida na Terra... infelizmente.

Foto de abertura Pixabay Free

Fátima ChuEcco jornalista e escritora www.miaubookecia.com



SUMIRAM TAMBÉM OS PARDAIS



Além das abelhas, sumiram também os pardais. Poucos anos atrás meu quintal se enchia de pequeninos pardais. Frágeis, mas também ligeiros, eles vinham todas as manhãs colher alimentos como casquinhas de pão e frutas. Vários filhotes de pardais foram criados em meu quintal. Assim que começavam a bater as asinhas caíam do ninho e seus pais terminavam de criá-los no chão. A família era numerosa. Cada filhotinho recebia atenção de 6 a 8 pardais. Mas tinha outras famílias que apareciam atraídas pela comida. Hoje em dia só vejo um casal, bem assustado e há pelo menos 2 anos não criam nenhum filhote no quintal. Nas grandes cidades os pardais estão sumindo.

Não... não é ação dos gatos. Pegar um pardal é quase impossível.  O sumiço se deve à falta de alimento, de abrigo e competição com pássaros maiores que estão se refugiando nas cidades devido ao desmatamento. Hoje a minha árvore é frequentada por sabiás, bem-te-vis e até papagaios... os pardais não têm chance de competir com eles. Além disso, foram retiradas muitas árvores do bairro, algumas centenárias e que forneciam alimento. Casa com telhados que forneciam condições para formação de ninho foram substituídas por enormes prédios sem qualquer chance de servir de abrigo. Por isso os pardais estão sumindo.

Fátima ChuEcco... Foto gratuita Pixabay

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

BURRICO, EXEMPLO DE SUPERAÇÃO, SE FOI...



BURRICO, personagem do livro “Ághata Borralheira & Amigos tocando corações”, se foi.  BURRICO participou da história “Ághata Borralheira no País das Maravilhas” junto com outros animais que são exemplo de SUPERAÇÃO. E a história dele é um verdadeiro MILAGRE. Em 2016, tinha perto de 30 anos de idade quando foi resgatado, quase morto, pelo então deputado estadual Feliciano Filho (o mesmo que criou a lei que acabou com a Carrocinha) e sua esposa Raquel. Estava PELE E OSSO e com um grave problema numa das patas por transportar, durante a vida toda, lenha em terreno acidentado e com peso além de suas forças. Incapaz de continuar trabalhando foi ABANDONADO numa estrada. Bem alimentado e recebendo muito carinho, BURRICO só resistiu mais dois anos por conta do AMOR. Foram incessantes buscas por próteses para sua patinha, curativos diários e inúmeros exames. BURRICO teve várias recaídas, mas logo se reerguia e seguia Raquel por toda parte...entrava até na cozinha. A relação dos dois tornou-se muito especial, uma forte conexão regada pela gratidão do burrinho e pela dedicação de sua incansável protetora. Agora Burrico ganhou duas asinhas e, depois de iluminar a Terra com seu inspirador exemplo de superação, segue seu novo caminho de LUZ!

Fátima ChuEcco

domingo, 4 de agosto de 2019

CAT FASHION SHOW EM NY



O Cat Fashion Show do Hotel Algonquin de NY (EUA) aconteceu no último dia 1 de agosto com a presença de gatos  e amantes de gatos numa festa regada a coquetel e centenas de selfies. O evento que acontece anualmente já é uma marca registrada desse luxuoso hotel que mantém uma tradição de adotar gatos de rua.  A atual estrela é o gatinho Hamlet VIII que saiu de uma colônia de gatos selvagens de Long Island para ir para um abrigo e depois para viver como rei nesse hotel.





Veja a minha matéria na íntegra cheia de lindas fotos do facebook do Hamlet VIII em

https://miaumagazine.pt/hamlet-viii-e-a-cara-da-riqueza/

Veja fotos do Cat Fashion Show em

https://www.telegraph.co.uk/news/2019/08/02/new-york-cat-fashion-show-pictures/



sábado, 3 de agosto de 2019

Cãozinho símbolo antivivissecção continua sem um lar. Ajudem!!!



Esse é o Perninha (foto atual) – ex-cobaia da Universidade Federal de Viçosa em Minas Gerais (Brasil). Em 2015, com apenas um ano de idade, ele passou dois meses em dolorosos experimentos que incluíam o rompimento dos ligamentos do joelho para provocar nele uma doença chamada orteoartrite, que é crônica e incurável. Perninha era um cão sem teto, jovem e saudável.
Após a tortura a que foi submetido junto com outros 13 cães, teve a liberdade decretada por ação judicial – um fato inédito no Brasil.Nunca antes um juiz havia decretado a soltura de cobaias em pleno processo de experimentação – resultado da pressão popular e da mídia.
Eu mesma participei ativamente escrevendo matérias denunciando o experimento e conheci Perninha pessoalmente… uma graça!
Inclusive, Perninha participou do meu livro “Ághata Borralheira & Amigos tocando corações”, de 2017. Ághata Borralheira era minha gatinha protagonista e Perninha foi personagem da história “Ághata Borralheira no País das Maravilhas”, uma alusão ao clássico infantil e onde esse cãozinho e outros animais, exemplos de superação, viviam felizes.
A foto abaixo é a que faz parte do livro e que mostra Perninha pouco tempo depois de ser libertado da vivissecção.

O tratamento para o problema ao qual Perninha foi cruelmente induzido poderia muito bem ser testado em animais que realmente tivessem a doença.
Muitos cães morrem porque seus tutores não podem pagar tratamentos, no entanto, volumosas verbas ainda são destinadas para experimentos como esses que adoecem animais saudáveis para curar os doentes – brutal e contraditório.
Todos os companheiros de “cela” de Perninha e ele próprio tiveram sequelas. Perninha, aliás, recebeu esse nome porque passou a mancar. Ele foi levado para o abrigo da ONG Cão Sem Dono, em SP, junto com outros 6 cães do experimento, mas apesar de muito bonzinho, só ele não foi adotado.
Em 2017 Perninha finalmente ganhou um lar, mas recentemente o devolveram para a ONG alegando problemas financeiros e de saúde.
Agora Perninha está de novo no abrigo com um olhar mais triste e bem mais abatido. Ele, que é um símbolo da luta contra a vivissecção – uma das piores formas de escravidão, com sofrimento físico e emocional – continua à deriva, sem lar.

Manca, mas é independente e aceita a medicação que precisa tomar pelo resto da vida como os demais cães que passaram por esse experimento.
Assista o recente video do PERNINHA de volta ao abrigo da ONG Cão Sem Dono  acessando https://www.facebook.com/aghataborralheirabook/videos/483801779083793/?
Para adotá-lo entre em contato pelo facebook da ONG
ou escreva para faleconosco@caosemdono.com.br 
E MAIS:
Conheça GATINHOS que foram salvos por um triz de virarem COBAIAS na minha matéria na MIAU MAGAZINE acessando o link

https://miaumagazine.pt/salvo-por-um-triz-de-pesquisas-cientificas/

TEXTO: Fátima ChEcco, jornalista profissional MTB 21.012 - texto protegido por direitos autorais pode ser compartilhado/divulgado à vontade porque isso é LEGAL. Mas não pode ser comercializado/patrocinado em portais na íntegra ou em partes por ser ILEGAL.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Cadelinha salva a companheira da morte



Elo de amor une duas cachorrinhas abandonadas juntas em SP

Essa é uma história que aquece, mas também corta o coração. Duas cachorrinhas foram abandonadas juntas na região de Pirituba (SP) há 15 dias. Na fria e chuvosa noite de sábado, 6 de julho, a cadelinha Mel salvou sua companheirinha Bella, que já estava desfalecida dentro de um matagal, numa incrível história que detalho melhor abaixo.

O resgate
As duas cachorrinhas foram abandonadas numa estrada cercada de mato. A protetora de animais Doroti Botoni, da ONG Amanimais, que reside perto do local, passou a alimentá-las: “Percebi que a menor, pretinha, não enxergava direito, então a maior, amarela, era guia dela. Eu pretendia resgatá-las, mas estavam assustadas e não me deixavam chegar perto”.

Na quarta, dia 3, Doroti e a filha estavam dispostas a mais uma tentativa de resgate mesmo porque, a previsão era de tempo muito frio e chuvoso, mas só encontraram a cadelinha amarela que batizaram de Mel. Procuraram pela outra nos dias seguintes, mas não foi possível achá-la.

No sábado, 6, diferente de outros dias, Mel permitiu uma aproximação. “Passamos a tarde tentando achar a cadelinha preta. Quando já tínhamos desistido e até colocado uma roupinha na Mel para irmos embora, aconteceu uma coisa incrível. Ela correu para o mato e começou a latir.  Vinha até o carro e depois corria para o mato de novo latindo. Fez isso várias vezes até que minha filha resolveu ir atrás dela”.

Mel levou as duas até Bella que já estava toda molhada num buraco raso no meio do mato. Estava com os dois olhos infeccionados e batia os dentes de frio. “Mel sentou do lado da Bella como que pedindo ajuda. Ficamos muito emocionadas com a atitude dela. Minha filha chorava sem parar. Mel só nos levou até a Bella porque confiou na gente. Primeiro se certificou que queríamos o bem dela, nos deixou colocar roupinha e só depois nos levou até a outra cadelinha”, relata a protetora.

No vídeo abaixo é possível ver o momento do resgate de Bella, acompanhado minuto a minuto pela fiel companheira Mel. Clique no link

https://www.facebook.com/watch/?v=2328523230575190


A dolorosa separação
As duas foram levadas para uma clínica. Mel recebeu alta, mas Bella continua internada porque chegou muito debilitada. Como Doroti já cuida de 200 gatinhos que em parte vivem em sua casa e em parte em lares temporários, colocou Mel num hotelzinho. Mel se esforçou muito para salvar Bella e ficou visível que uma depende da outra. Bella precisa ter Mel junto dela para superar tamanho trauma e Mel precisa estar junto de Bella para ficar com o coração mais tranquilo e ter forças para continuar vivendo. A separação pode ser uma tragédia na vida de ambas.


APELO:
As duas cadelinhas precisam de uma adoção conjunta. Doroti já tem vários  animais com problemas de saúde, de locomoção e está sem qualquer espaço para abrigar Mel e Bella. Sua situação está muito crítica e por isso ela pede que alguém adote as duas juntas.

“A veterinária estima que Mel tenha três anos e Bella cinco. Como as duas foram abandonadas juntas calculo que viviam no mesmo lugar antes de serem covardemente descartadas. Não tenho a menor condição de ficar com elas e então peço que alguém de bom coração as adote. Elas são mansas e o amor que Mel demonstrou pela Bella prova que as duas merecem continuar juntas”. Quem puder ajudar Doroti ou quiser adotar Mel e Bella pode entrar em contato pelo whats 11-99563-7761.