sábado, 2 de dezembro de 2017

A frágil vida de cães e gatos num país contraditório



Animais mortos em câmaras de gás e com injeção letal. Século XXI - mas nem parece. Nos EUA, um país do primeiro mundo e um dos mais ricos do planeta – mas nem parece. Segundo dados de 2016, cerca de 2,7 milhões de cães e 3,2 milhões de gatos são ainda mortos porque os abrigos (municipais e de entidades) estão muito cheios. A captura e entrega espontânea desses animais por parte de seus próprios tutores é grande, mas a adoção é pequena.

Cerca de 56% dos cães e 71% dos gatos que entram em abrigos de animais dos EUA são induzidos à morte mesmo estando plenamente saudáveis. Filhotes de todas as raças, com toda uma vida pela frente, não escapam do corredor da morte. Geralmente são cachorrinhos comprados para presentear crianças e que, quando começam a sujar ou bagunçar a casa, são entregues nos canis. A matança de gatos é maior porque a maioria deles chega aos abrigos sem qualquer identificação, impossibilitando a devolução ao tutor, caso esteja apenas perdido e não abandonado.



Os gritos dos cachorros arrastados até a morte podem ser ouvidos em toda a vizinhança. Eles percebem que irão morrer e lutam o máximo que podem contra a crueldade legalizada e que, estranhamente, persiste num país tão desenvolvido economicamente. Alguns desses animais têm convulsão provocada pelo medo. Vários choram como crianças e a maioria tem diarreia ou urina durante o percurso até a sala da morte.



Os corpos são colocados em sacos de lixo – o mesmo tratamento dado a qualquer material descartável. Se havia vida, esperança e amor dentro de cada um daqueles corpinhos pouco importa. Agora são apenas pacotes para o caminhão de lixo levar embora.



E a pergunta que fica é: como pode um país onde existem duras penas para quem maltrata animais, matar milhares deles todos os dias? Até mesmo o FBI investiga e monitora matadores de animais porque, segundo estatísticas, mais de 80% dos psicopatas começa a carreira torturando e matando animais. Como pode esse mesmo país que, de forma correta e justa, coloca na cadeia quem espanca um cãozinho, induzir diariamente milhares de vidas à morte e ainda por cima com arcaicas câmaras de gás? As injeções letais são usadas em algumas cidades, mas muitos canis, principalmente de zonas mais rurais, ainda usam o gás.  


Vários grupos tentam salvar os animais nos EUA levando-os de um abrigo a outro para evitar que sejam mortos e em algumas grandes cidades essa prática cruel já foi abolida mas, mesmo assim, o país executa sumariamente 4 milhões de cães e gatos todos os anos sendo 25% deles de raça (conforme diz o cartaz acima). 

Quatro milhões de animais tem seu direito à vida confiscado todos os anos num país que, contraditoriamente,  não deixa impune pessoas que maltratam animais. Infelizmente, essa situação não é só nos EUA. Na Europa e em quase todo o mundo a população e os governantes ainda não se mexeram o suficiente para acabar com essa covardia, com essa atrocidade que ainda segue os padrões de extermínio aplicados pelo Nazismo.

Obs.: As fotos são de canis dos EUA

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