segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Existem três tipos de gatos que somem ou se perdem segundo estudo


Para encontrar gatos desaparecidos é preciso levar em conta  em qual categoria o gato se encaixa porque isso fará toda a diferença nas buscas. Tem a categoria dos gatos de vida livre ( criados soltos com  acesso ilimitado à rua), gatos de vida semilivre, com liberdade monitorada, isto é, vigiados de perto enquanto dão um passeio no jardim, calçada ou local próximo e os gatos que não têm qualquer acesso à rua.

Gato de vida livre não se perde. Ele se encrenca no entorno da onde vive. 


Um gato com livre acesso a telhados e imóveis vizinhos conhece muito bem o local. Ele conhece os cheiros, sabe onde tem outros gatos, onde tem cachorro, seus pontos de descanso e caça de insetos, ele tem na memória tudo ao seu redor. Esse gato, quando some, é porque ficou preso acidentalmente em algum local, machucou-se em algum lugar e está com dificuldade de caminhar ou pular, ou lamentavelmente algo pior aconteceu. Está impedido de voltar, mas não está perdido. Tendo chance ele pode voltar para casa sozinho. E é o gato que mais se afasta de casa, muitas vezes sendo frequentador de quarteirões ao redor.

Gato de vida semilivre pode se perder, mas não vai longe.

Aquele gato com liberdade vigiada, que passa a maior parte do tempo em casa, mas tem autorização para algumas "saidinhas", também conhece o entorno mais próximo, mas se algo o forçar a ir para mais longe, tipo um grande susto (fogos de artifício), perseguição por um cachorro ou briga com outro gato, ele pode se perder num pequeno raio que não frequenta, mas numa distância pequena de sua casa, geralmente até uns 200 metros. Mesmo que não esteja preso ou machucado, esse gato geralmente precisa de ajuda para voltar para casa porque não é tão conhecedor do "pedaço" como o gato de vida livre.

Gato que vive exclusivamente em casa geralmente não se afasta mais de 50 a 100 metros.

Essa categoria de gato não conhece nada da vizinhança, portanto, o ambiente é totalmente hostil para ele desde os primeiros passos fora de casa. Isso vai forçá-lo a buscar esconderijo muito próximo, às vezes nas casas vizinhas. Ele tem mais chance de ficar preso acidentalmente que os gatos das outras duas categorias porque desconhece totalmente o entorno e pode acabar se enfiando onde não deve.

Estudos publicados em revistas científicas sobre gatos perdidos revelam que a maioria é encontrada perto de casa (a menos de 500 metros), sendo a busca física crucial. 

Uma das pesquisas mais importantes nessa área foi feita por Kat Albrechtex-tratadora de cães de caça da polícia dos EUA, investigadora de cena de crime e policial que virou detetive investigativa de animais de estimação.  Ela foi pioneira no uso da "teoria da probabilidade de busca" e do raciocínio dedutivo para gatos desaparecidos, além do Perfil Comportamental Felino, um sistema de previsão de padrões de comportamento felino semelhante ao perfil do FBI sobre o comportamento criminoso.

Segundo suas conclusões, uma busca em um raio de 200 m provavelmente será suficiente para encontrar um gato desaparecido que vive exclusivamente dentro de casa, sendo que muitos deles não chegam a se afastar nem 50 metros, buscando esconderijo nas cinco casas ou imóveis mais próximos da onde escaparam.

Sua pesquisa diz também que aproximadamente um terço dos gatos foram recuperados em até 7 dias quando utilizado o método de busca física nos prováveis esconderijos. Um número significativo é encontrado logo no início: 34% em até 7 dias, 50% em até um mês, mas a taxa de recuperação cai significativamente após 90 dias.

No entanto, devemos levar em conta que no Brasil temos situações diferentes que podem levar um gato a ser encontrado depois de 90 dias e bem perto de casa. Isso porque são muitas as colônias de gatos de rua alimentados por protetores nos centros urbanos. Um gato perdido, depois de um tempo vagando sem destino pelos telhados, pode acabar sendo aceito numa dessas colônias e deixar de ser visto pelos seus tutores.

É preciso lembrar também que um gato não vai longe quando se perde, ao contrário do que ocorre com os cães que são andarilhos por natureza. Porém, ao entrarem em motores de carros, os gatos podem sim parar muito longe sem condições de voltarem sozinhos. Em motores entram geralmente os gatos de vida reclusa e filhotes por serem mais assustados e não conhecerem o redor da onde vivem, mas não é a maior tendência. Na maioria dos casos gatos perdidos ficam por perto e correm risco de vida enquanto seus tutores, erroneamente, os procuram pelo bairro e locais distantes.

Texto: Fátima ChuEcco, jornalista ambientalista e da causa animal, escritora e fundadora da @BuscaCats, única consultoria especializada em gatos perdidos do Brasil. Fotos IA

http://buscacats.blogspot.com zap 11 94682-6104






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