quarta-feira, 17 de setembro de 2014

ANIMAIS NA MÍDIA. É TÃO BOM QUE SEJAM NOTÍCIA, NÉ?


De uns anos pra cá revistas, jornais, sites e TVs têm divulgado notícias sobre animais. Falam do mercado pet, cobrem casos de maus-tratos, acompanham protestos da causa animal e abordam comportamento. Tudo começou lá trás, com o programa da Luisa Mel e depois veio o Dr Pet e outros programas, além de colunas nos jornais e revistas, sites especializados no assunto, enfim, um espaço importantíssimo foi conquistado e continua em expansão. Eu mesma, tb escrevo em uma revista especializada, a Meu Pet e tem várias outras revistas nas bancas. Valorizo muito esse cenário porque quando comecei no jornalismo (muito tempo atrás) era sofrível convencer os chefes de redação a me darem espaço pra escrever sobre bichos... eu sempre consegui, desde meus primeiros passos no jornalismo, mas não era fácil.


Hoje os animais têm mais fluidez nos veículos de comunicação pq dá ibope, ou seja, cada vez mais as pessoas se interessam por eles e pelo bem-estar deles. Prova disso é que frequentemente eles ganham as capas das revistas, como das edições recentes da Galileu e Forbes. Mas já saíram, mais de uma vez, na capa da Veja, Época, Isto é em outras revistas de grande circulação nacional. Lembram da libertação dos beagles do Instituto Royal? Não teve quem não publicou. Capas pipocaram com o assunto. E assim tem sido. Na Galileu o assunto é a depressão - ataca cães, gatos, macacos, qualquer bicho mantido de forma inadequada, submetido a experiências médicas, abandonado pelos donos ou com saudade deles. Alguns se autoflagelam, outros se suicidam. Parece coisa de gente? Pois não é mais coisa "só" de humano... aliás, nunca foi.


Na Forbes o tema é "negócio animal". O mercado pet é um filão que não para mais de crescer. Infelizmente, nesse mercado estão inseridas pessoas que comercializam vidas as custas do sofrimento e agonia de "mãezinhas" mantidas em jaulas apenas para procriar, sem receber amor, sem ter um lar e muito menos sem o direito de cuidarem de seus filhotes (assunto explorado em outro post desse blog - vide postagens no lado direito da tela). A Forbes focou artistas que amam bichos... que hoje em dia tb são muitos e vários ajudam ONGs e campanhas pró-animais com sua imagem. Outra coisa bacana no cenário nacional. Bem... de posse das duas revistas, sugiro a leitura. Publico alguns trechos, mas não toda a matéria pq as revistas ainda estão nas bancas e seria anti-ético.



 
 
 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

ÁGUA TEM... MAS CADÊ???


A revista Superinteressante de setembro traz uma matéria especial sobre a crise da água. São estatísticas e pesquisas comentadas numa linguagem bem simples. A reportagem está bem completa. Vale a pena ler. Fala, por exemplo, da captação de água da chuva, uma estratégia que faz a Alemanha, Japão e a Austrália economizarem 30% dos sistema público de abastecimento. Tb diz que Uberlândia (MG) é campeã, no Brasil, em abastecimento e coleta de esgoto.Com relação à distribuição da água, a população urbana fica com 9% no país, enquanto que 72% vai pra agricultura. E pasmem: para produzir um quilo de soja é preciso 1800 litros de água. Puxa... será que não tem outro jeito de cultivo?  Abaixo um tira-gosto.



 

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

CAT MOMENT - BAZAR NO DOMINGO E CURSO RÁPIDO DE GATÊS


No domingo, dia 14, e vc gosta de gatos tem duas missões: ir ao Bazar Vegano na estação Tiradentes do metrô (Rua Três Rios,252) onde encontrará muitas peças de artesanato com motivos de gatos e, em seguida, na manifestação pelos gatos mortos e feridos no Tatuapé (vide post abaixo). E entre uma estação e outra, aproveite para comprar a revista Meu Pet de setembro que tem uma matéria sobre o idioma "gatês" - aprenda a conversar com seu gato com método rápido e eficiente.


Sobre o Bazar quero destacar o trabalho da artesã Paula Guima, de Santos. Sou fã dos produtos dela há muito tempo porque demonstram o carinho que ela tem por gatos - aliás, já adotou vários. São móbiles, colares, mandalas... tanta coisa linda, colorida, bem feita... dá vontade de comprar tudo!!! Eu, particularmente, já estou encantada com o apanhador de sonhos de gatinhos (foto de abertura do texto). Claro que o bazar terá comidinhas vegans deliciosas e outros tipos de artesanato e produtos com motivos de cães e outros bichos, mas como a semana, pelos últimos acontecimentos é dos gatos, me sinto inspirada a mostrar os produtos da Paula. Dêem uma olhada!




 

 

CAT MOMENT - MANIFESTAÇÕES PELOS GATOS DOMINGO E TERÇA


A semana foi dura para os gatos de SP e tb para quem mergulhou no resgate deles, tanto na favela que pegou fogo no Campo Belo quanto no casarão demolido no Tatuapé. Por isso haverá MANIFESTAÇÃO NO DOMINGO, DIA 14, na Av Celso Garcia, 4224 pelos gatos mortos e feridos na demolição autorizada por pastores da Igreja Nova Geração. Vale lembrar ainda que Dalva, a exterminadora de gatos (flagrada ao matar 32 animais numa só noite, incluindo um cachorro que ela perfurou com injeção 18 vezes) será julgada por crime contra fauna dia 16,terça, às 15h, no Fórum da Barra Funda, tb em SP. Seria ótimo que todos que podem comparecer a esses eventos mostrem a força que a causa animal ganhou em SP e no Brasil. É assim que novas leis de proteção animal podem surgir, ou seja, por meio da manifestação popular.

O país está vivendo um momento novo e único com cada vez mais pessoas, de todas as idades, culturas e níveis sociais, se preocupando com o bem-estar dos bichos. Se dez anos atrás os protestos contavam com meia dúzia de incansáveis gatos pingados (que também muito fizeram pelos animais), hoje vemos da neta à avó participando de campanhas e protestos. Episódios de maus-tratos ganham a mídia, entram nas casas via TV ou internet, comovem e envolvem cada vez mais pessoas. Essa semana fatídica ainda contou com a triste descoberta de um "santuário" para pit bulls onde os animais morriam de inanição. Tem muita coisa errada acontecendo, mas tem um milhão de formiguinhas (ativistas e simpatizantes) se mexendo pra mudar essa situação. E é esse trabalho contínuo, individual ou coletivo, de formiguinha mesmo, que está gerando um novo cenário. Hoje em dia, ninguém mais sequer chuta um cachorro na rua sem levar um pito, ser impedido ou processado. Ainda há muita maldade... muita mesmo... mas em todos os cantos surgem pessoas com vontade e coragem de combater o mal. Pessoas com um passo à frente no que diz respeito à evolução do planeta.

domingo, 7 de setembro de 2014

AMO O VERDE!!!


Eu me apaixonei por esse vasinho e então procurei uma plantinha que coubesse nele... e ornei a janela da cozinha junto de um gatinho da mesma cor. Não ficou meigo? Eu amo a cor verde-limão. Também já comecei a primavera na minha casa. É tão bom ficar rodeada de flores! Não entendo como tem gente q nem lembra de regar as plantas. Certa ocasião, quando morava em Campinas (SP), enfrentei uma dificuldade econômica ao deixar um jornal e me dedicar a eventos de moda de forma autônoma. No mercado eu priorizava a compra de flores (bem coloridas) e de vinho. E então me perguntavam: mas vc não vai comprar comida? Eu respondia: "As plantas vão alimentar meu espírito e me dar boas ideias, inspiração para atravessar essa fase... e o vinho é para receber os amigos que também irão me acolher com carinho nesse momento".



E até a rúcula enfeitou a mesa. Eu só como folhas bem maduras. Esse maço tinha folhas enormes, bem desenvolvidas. Tenho dó de comer folhas novinhas. É só uma questão pessoal.


INVENTEI UM SUCO VERDE Q TÔ AMANDO!!! Um copo e meio de néctar de abacaxi (suco em caixinha), meio copo de água, umas 15 folhas grandes de hortelã e um folha e meia de couve. Não precisa colocar açúcar. Fica divino! Eu achava q a couve ia deixar estranho, mas ficou ótimo! E dá pra fazer tb gelo com o suco.


 

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

UM CINEASTA E FOTÓGRAFO ÍMPAR EM SÃO SEBASTIÃO




 

Alguns talentos a gente só conhece por acaso. Que tal conhecer a vida de Edivaldo Nascimento, cineasta pioneiro em uma cidade que nem cinema tinha 40 anos atrás. Diretor e ator de faroestes caiçaras! Nunca ouviu falar desse gênero? Vai ver... Edivaldo até isso inventou. Leia mais e veja fotos de Edivaldo. Eu vi de perto. Amei. Agora estou louca para ver seus filmes.

Quando a gente visita uma região de praias, como São Sebastião, no litoral norte de SP, espera desfrutar da natureza, adquirir artesanato local, fotografar lindas paisagens, enfim, descansar e se divertir. Raras vezes conhecemos uma pessoa que preserva a história do lugar e, muito menos, que produz cinema e acervo fotográfico. Por isso, em minhas últimas visitas ao centro histórico de São Sebastião, considero que encontrei uma dessas “pérolas”, ou seja, conheci Edivaldo Nascimento no Museu de Arte Sacra e havia tanta história (e atitude cultural) dentro de uma só pessoa que fiquei imediatamente impressionada.
 
Este mês, o último filme de Nascimento, “Tesouro Sangrento”, filmado em São Sebastião, completa 35 anos. Mas ele não foi apenas diretor do “faroeste caiçara”. Era também ator, maquiador, fazia roteiro e montava o filme que, na época, era “mudo”, em Super 8 (rolo) e p&b. E esse nem foi o primeiro filme dele. Dez anos antes, quando ele nem tinha 18 anos ainda, já fazia filmes como “O Mexicano” (de 1968) e  “A Volta do Mexicano”. “Só tínhamos atores homens.  Éramos taxados de loucos. As mulheres tinham medo da gente”.


Para produzir e montar o filme era muito trabalhoso. Edivaldo dependia de um morador de São Sebastião que dispunha de algum equipamento. “Certa ocasião eu e os demais atores fizemos uma vaquinha para comprar todo o material necessário para nossas produções. Mas o dono da conta bancária sumiu com o dinheiro”. Apesar dos obstáculos, Edivaldo fazia de tudo para manter seu talento vivo: vendia areia e siri para ter algum dinheiro. Numa cidade pequena que nem tinha cinema e contava com apenas dez ruas, ele era o pioneiro da sétima arte. Chegou a cria SESSÃO MISÉRIA onde as pessoas pagavam "Um CRUZEIRO" para ver os filmes. É OU NÃO É UMA PÉROLA?


“Conseguíamos ter cavalos e arma de fogo de verdade. Certa vez a polícia foi atrás de nós enquanto filmávamos num morro porque houve denúncia que tinha gente se matando por lá. Felizmente, a filmagem terminou antes da chegada da polícia. Ufa! Foi um alívio porque deu tempo da gente escapar, igual verdadeiros foras da lei”, conta.

Exposição de fotos até 15 de Setembro
 
Sem recursos e incentivos, Edivaldo abandonou o cinema (sim... que pena!), mas passou a resgatar fotografias que contavam a história de São Sebastião e montou um valioso acervo. Também passou a fazer ensaios fotográficos e atualmente tem uma fotonovela sua exposta no Departamento de Patrimônio Histórico, na Rua da Praia, no centro histórico de São Sebastião. Em cartaz até 15 de setembro, as 20 imagens em p&b retratam a “A Lenda do Pontal da Cruz”... e também ilustram esse artigo.

“Há várias versões e eu retratei, com a ajuda de atores, a que ouvi dos antigos moradores. Que uma moça do Pontal da Cruz ficou dividida entre dois amores, um rapaz da Ilha Bela e outro de São Paulo. Sabendo de sua indecisão, o namorado de Ilha Bela jogou-se ao mar e morreu afogado. Ela então morreu de tristeza. O corpo do moço foi encontrado sobre uma rocha onde misteriosamente duas árvores cresceram juntas”, relata.


A ideia original de Edivaldo era fazer um filme sobre essa lenda, mas esbarrando mais uma vez na falta de recursos, resolveu produzir a fotonovela. Contratou atores, buscou o figurino da época (aliás, muito bem composto) e montou a sequência da história. Lindas imagens (eu vi!!!!) com legendas de uma bela e inusitada história de amor, afinal, duas árvores nascendo em uma pedra? Podemos dizer que Edivaldo é uma “pérola” (ainda desconhecida do cinema nacional) lapidando outra (essa lenda que talvez nessa seja lenda). Na praia do Pontal, uma cruz foi colocada sobre a misteriosa rocha e virou ponto turístico – um dos vários pontos baseados em lendas que Edivaldo tem na ponta da língua e no seu coração de cineasta.



 

 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A MATA ATLÂNTICA QUE QUASE NINGUÉM VÊ EM FANTÁSTICO LIVRO



 
 
A obra, que contêm cerca de 500 imagens produzidas pelo artista plástico e fotógrafo Antonio Wuo ao longo de mais de dez anos, apresenta uma coletânea de belezas naturais do patrimônio brasileiro. Mesclando textos, fotos, desenhos e pinturas, o autor pretende tocar a sociedade de maneira sensível chamando atenção para a importância da preservação da natureza.
 
A Avis Brasilis, uma das principais editoras de títulos ecológicos e culturais do país, lança em setembro o livro ‘Mata Atlântica – Frágil Exuberância – Um Ensaio Artístico’ do artista plástico e fotógrafo paulista, amante da natureza, Antonio Wuo, que vem se destacando ao longo dos anos pela criatividade e colorido de sua arte. A obra, com cerca de 500 belas imagens de troncos, flores, liquens, sementes, aves, mamíferos, fungos, frutos, orvalhos, insetos - especialmente borboletas e suas metamorfoses, apoiadas por textos poéticos, conta com o patrocínio da Agrichem do Brasil e apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet nº 8.313/91).
 
 
 
Fruto de um trabalho realizado ao longo de mais de dez anos, é totalmente diferenciado, pois foi idealizado com um olhar sensível à captação de imagens da Mata Atlântica, com fotografias e também desenhos (em grafite e bico de pena) e pinturas (aquarelas e nanquim), sempre com uma descrição sensível e inspiradora do autor, a fim de provocar o leitor e reconduzi-lo ao pensamento sobre a perfeição e a natureza com suas leis imutáveis e suas maravilhas pitorescas.
 
 
 
“As sementes estão lançadas”...“Mata Atlântica: um fantástico universo ecológico de prodigiosa variedade de vidas, entrelaçamentos, sincronismos e interdependências...”, relata Antonio Wuo no início de sua obra. Segundo o autor, esta publicação fomenta a visibilidade às maravilhas da natureza que geralmente permanecem despercebidas, chamando, inclusive, a atenção do leitor para o cuidado que se deve ter à preservação. “Seria quase que impossível mostrar todas as belezas da Mata Atlântica com sua prodigiosa variedade de vidas. Neste livro, é possível conhecer um pouco mais a fundo sobre a fauna e a flora do nosso país e sensibilizar o leitor o quanto é importante ter um olhar mais consciente em relação à natureza, pois se não fizermos nada, talvez nossos netos e bisnetos não poderão mais usufruir desta biodiversidade, que ainda resta”, afirma Wuo. 
 
 
 
É possível identificar no livro a importância que o autor dá para a água e como a natureza não a desperdiça. Há inúmeras espécies de lagartas e o resultado da metamorfose em belas borboletas; as sementes são ilustradas de forma inusitada, mostrando sua importância para o nascimento de flores e frutos; há pássaros em pouso, em movimento e de várias espécies; as folhas também tem destaque importante, pois o autor explica a importância delas para a planta e para o meio ambiente; há um capítulo especial para os fungos, demonstrando suas características, textura, formato e colorido; os insetos, mamíferos e anfíbios também têm sua vez. Por fim, as flores. O autor tenta mostrar a exuberância de flores diferenciadas e pouco vistas no dia a dia. “Folhear este livro, realmente é uma grande descoberta”, comenta Wuo!
 
 
 
O livro, editado em duas línguas - português e inglês – tem 144 páginas, no formato fechado 28x28. Esta obra possibilitará que fotógrafos, amantes da natureza, estudantes, educadores, profissionais do setor e o público em geral tenham acesso a uma série de informações, além de extensa galeria de fotos inéditas, que mostra de uma forma bela e artística a exuberância da Mata Atlântica.
 
 
 
O projeto e a técnica
A linha editorial do livro não prioriza destacadamente o foco naturalista, pois pretende sensibilizar o leitor, por meio de imagens artísticas e textos sensíveis, destacando o belo, o inusitado e o curioso da beleza natural do bioma em questão.
“O grande diferencial deste projeto é a captação de cada detalhe”, complementa Wuo. “Meu objetivo é mostrar ao leitor algo que ele nunca teve acesso ou não tem condições de ver a olho nu. Ou, ainda, que não tenha parado para olhar de perto com tamanha dedicação. Há imagens de folhas, gotas d´água, sementes, flores, insetos, anfíbios, mamíferos, pássaros, entre outras. A maioria foi feita com lentes supermacro, a fim de destacar a beleza e o colorido da fauna e da flora brasileira”, destaca o autor.
 
 
 
Entre uma imagem e outra os textos poéticos remetem a uma sensibilidade, proporcionando aos que apreciam uma conscientização e um entendimento simples, inspirador e emocionante da beleza viva da natureza. São textos como os descritos abaixo, que o autor durante a obra fala sobre gotículas de água, da metamorfose da borboleta e da importância das folhas, por exemplo:
 
  • A natureza jamais desperdiça sequer uma única gota de água imprescindível. Todas são aproveitadas para conceber suas prodigiosas criações, multiplicar vidas, despertar suas sementes, flores, frutos e néctares’.
  • ‘No interior de cápsulas especialíssimas, o corpo da lagarta se liquefaz e uma extraordinária energia reorganiza as moléculas dispersas, formatando outro ser completamente diferente. São insondáveis os mistérios abissais da metamorfose!’
  • ‘A pele rasgada das folhas expõe sua complexa estrutura morfológica. Tendões, artérias, redes de capilares que pulsam, transportam seiva e realizam a fotossíntese fabricando oxigênio vital. Cada folha, um maravilhoso milagre!’ 
 
 
Serviço:
Livro: ‘Mata Atlântica - Frágil Exuberância - Um Ensaio Artístico’
Autor: Antonio Wuo (Textos, Fotografias, Desenhos e Pinturas)
Editora: Avis Brasilis
Páginas: 144 páginas
Formato: 28x28 fechado / capa dura
Idioma: Português / Inglês;
Preço sugerido: R$ 70,00 na loja virtual da Avis Brasilis

domingo, 31 de agosto de 2014

MÃE É MÃE EM QUALQUER ESPÉCIE - POR ISSO NÃO SE DEVE COMPRAR ANIMAIS





 
O principal argumento contra a compra de filhotes de cães e gatos é que já há muitos animais abandonados precisando de um lar, mas creio que existe outro fator ainda mais crucial que é a vida que levam essas “mãezinhas” separadas dos filhotes logo após o parto, impedidas de cuidarem deles e de exercerem o que há de mais lindo, natural e forte na natureza delas: o instinto maternal. Os filhotes são em geral mantidos em estufa e colocados perto delas apenas para mamarem. Não é permitida a interação mãe/filhote e isso é, no mínimo, angustiante.
 
 
Por isso, por mais que um criadouro esteja completamente legalizado e obedecendo as regras de acomodação, alimentação e higiene, não dá pra negar que essas “mãezinhas” levam uma triste vida, pois, elas não recebem amor, não têm um lar, uma família e não convivem com outros animais. Passam a vida, na melhor das hipóteses, em baias com algum sol, comida, água e enfrentam a agonia de verem seus filhotes sendo levados embora, ainda quando recém-nascidos, cria após cria. Dá pra dizer que esse tratamento é ético apenas porque respeita normas de alimentação, acomodação e higiene?
 
Quem tem qualquer animal sabe o quanto os bichos são extremamente emocionais. E para quem é mãe, imagine ser mantida num quarto com alimento, uma cama e aguardando a hora de perder os filhos novamente. Nem estou me referindo aos criadouros pavorosos que toda hora são denunciados. Em alguns as fêmeas são amordaçadas, amarradas e sofrem estupro por parte dos machos. Mas estou falando de criadouros “dentro da lei” porque, em geral, as pessoas desconhecem que há também muito sofrimento neles.
 
 
Vou citar um exemplo concreto só para ajudar a ilustrar a situação que vivem esses animais.

Muito tempo atrás, quando a castração ainda era pouco difundida, eu tinha uma amiga cuja mãe afogava no tanque os bebês de uma cachorra da família.  Foram várias crias com esse cenário de horror. Certa vez, desesperada, a cachorrinha escondeu os filhotes no forro da casa. Infelizmente, os bebês foram achados e mortos. Minha amiga dizia que não conseguia impedir pq a mãe agia quando ela não estava em casa. Estou usando esse exemplo, que me marcou “demais”, pra mostrar o quanto aquela cachorrinha, apesar de nunca ter amamentado uma cria, tinha o desejo “latente” de criar seus filhotes. Imaginem o desespero dela cada vez que paria e a dona da casa vinha retirar os bebês para afogá-los.
 
 
Agora é só transferir essa situação para os criadouros. Imaginem o desespero daquelas mãezinhas cada vez que elas dão cria sabendo que um humano virá arrancar os filhotes. Se elas pudessem, também esconderiam as crias. Algumas chegam a deitar sobre os bebês tentando protegê-los sem noção que podem até mesmo esmagá-los. Outras reagem com agressividade e já estão com a parte emocional tão danificada que podem até matar os filhotes. É nesse cenário de dor, de angústia e de desespero que nascem os filhotes vendidos no mercado... mesmo os vindos de criadouros que seguem as normas previstas por lei.

Vale lembrar que essas cadelinhas dão cria num grande estado de estresse, de aflição, e que isso também não é saudável para os bebês.

Essas cachorrinhas ou gatinhas são, antes de tudo, mães, com emoções e necessidades iguais das mães de qualquer outra espécie, inclusive das mães humanas. Talvez, antes de imaginar como são os bastidores dos criadouros, vc tenha comprado um ou mais bichos, mas pode deixar de fazer isso e pode esclarecer outras pessoas que querem comprar. Nenhum criadouro pode ser ético porque separar precocemente mães e filhos não é ético... porque impedir o contato entre mães e filhos não é ético... porque comercializar vidas não é ético.

É muito difícil mudar a mentalidade de um criador. Se ele assiste esse sofrimento todo e não se compadece, não conseguirá se colocar um só minuto no lugar daqueles animais aprisionados para dar cria. Mas é possível mudar a mentalidade de quem compra esclarecendo sobre os “bastidores”.

É como aconteceu com os circos. Dono de circo jamais admitiu que os animais sofriam, mas a verdade foi vindo à tona e muitos frequentadores deixaram de ir a esses espetáculos de dor. O mesmo tem acontecido com os rodeios.

Então, se vc se sente esclarecido sobre isso, passe adiante seu conhecimento da situação para que mais pessoas desistam de comprar animais... de qualquer tipo. Não podemos impedir o funcionamento dos criadouros que seguem as normas, mas podemos abrir a mente das pessoas que ainda não conseguem imaginar como é a vida das “mãezinhas”. O argumento de que “comprar um animal tira a chance de outro ser adotado” é legítimo também, mas não atinge tanto as pessoas porque também poderíamos dizer as mulheres: não tenham filhos pq há muitas crianças, no mundo todo, abandonadas e passando fome. As mulheres “querem” ter filhos com seu sangue, seu DNA... pelo menos a maioria delas. Elas pensam: lamento por essas crianças, mas não é minha obrigação adotá-las.... não sou responsável por essa situação q elas enfrentam e tenho direito de ter um filho meu.

Seguindo a mesma linha de pensamento e ação, muitas pessoas querem ter filhotes de raça, perfeitos e higienizados pq elas simplesmente pensam: não é minha culpa ter tanto cachorro nas ruas e nem é minha obrigação tirá-los de lá, além disso, tenho direito de ter um bicho de raça.

Direito tem, mas é preciso avaliar o que essa “aquisição” acarreta.

 
Por isso é tão importante, cada vez mais, trazer à luz a miserável vida que levam as “mãezinhas” dos criadouros. A pessoa pode nunca ter abandonado um animal na rua, mas ao comprar um animal não escapa da responsabilidade de estar contribuindo para o sofrimento dos animais mantidos apenas para darem cria e, como disse no início, sem um lar, sem família, sem amor, passando a vida dentro de jaulas (que muitos amenizam chamando de baias) e separados bruscamente dos filhotes...

Passe isso adiante pq se a pessoa não se sente responsável pelo abandono de animais e nem com obrigação de adotar, pelo menos vai ser informada sobre sua responsabilidade em contribuir com esse pavoroso comércio de vidas.

 

MINHAS FOTOS NO PARQUE INDEPENDÊNCIA

 

Tirei a foto acima hoje, no Parque Independência. Reparem como o passarinho forma um conjunto interessante com o poste. Ele parece triste ou pensativo. Vejam a foto abaixo, do mesmo passarinho, num outro momento, só que dessa vez peguei em segundo plano o Museu do Ipiranga. E na sequência, fotos que tirei a caminho do Parque, de uma bela borboleta e de uma planta aquática.