Pegar ônibus e metrô lotados não é algo que se possa evitar.
Quem trabalha fora passa por isso todos os dias e precisa tomar muito cuidado
para não ser mais uma vítima dos psicopatas da seringa. Segundo relatos, há
mais de um psicopata já que até agora foram pelo menos três retratos-falados de
homens com características bem distintas. Um deles, que é morador de rua e
viciado em drogas, foi preso, mas será que ele é mesmo um dos autores dos ataques?
Embora existam 3 mil câmeras em todo o sistema do metrô,
nenhuma delas foi capaz de captar um movimento suspeito. Os ataques já
ocorreram nas estações Sé, Paraíso, Pinheiros e Tucuruvi, em vagões e escadas
rolantes. Evitar dar as costas para as pessoas é a única maneira de receber uma
agulhada, porém, isso é impossível em horário de pico com vagões lotados. Já na
escada rolante uma maneira de evitar o ataque é subir virada de frente ou de
lado para as pessoas atrás de você. A Avenida Paulista é outro ponto de ataque
e é preciso observar todos que passam perto e, com frequência, observar se
ninguém está seguindo você.
Importante: para esconder a seringa os psicopatas costumam
usar mangas longas que cobrem as mãos e deixam apenas os dedos para fora.
Também podem manter as mãos em bolsos largos de jaquetas e blusões.
Algumas das vítimas se submeteram a drogas para evitar doenças
mas, além de sofrer com os efeitos colaterais dos remédios, precisam aguardar
seis meses para ter certeza que não foram contaminadas. Como os ataques tiveram
início em junho, somente no final do ano a população saberá se as agulhas
usadas estavam contaminadas. Uma maneira de pegar os criminosos seria colocar
vários agentes infiltrados nas horas de pico para agirem no caso de um ataque. As
câmeras não conseguem pegar ataques sutis dessa natureza.
Outros casos: a investigação deveria levar em conta outros
casos que podem ter alguma relação com o de SP. Em março do ano passado,
algumas mulheres foram atacadas com seringas em ônibus de João Pessoa, na
Paraíba. Também no ano passado, na India, um psicopata atacava mulheres com uma
agulha grossa própria de veterinários. Ele agia no transporte público.
Proteção: atenção redobrada em transporte lotado, observando
as maõs e movimentos dos homens mais próximos. Nas escadas rolantes não dar as
costas para as pessoas atrás de você e evitar ao máximo escadas muito lotadas.
Se perceber um ataque, ainda que não seja com você, grite, peça socorro. Na rua
nunca deixe estranhos se aproximarem muito, especialmente se estiverem com
manga longa ou mãos nos bolsos. É terrível ter que tomar esses cuidados e não
poder andar com tranquilidade, mas é a única forma de evitar o pior no momento.