domingo, 26 de julho de 2020

Depois de rejeitado, gato é adotado, vira livro e marca de cosméticos veganos



Seu nome é Divino e divina é também sua trajetória. Esse gatinho persa foi comprado quando ainda era um filhote, mas rejeitado por sua tutora poucas semanas depois. Ela alegou ter “enjoado” dele e o colocou para adoção. A situação é comum nos casos em que os animais são comprados por impulso por pessoas despreparadas para criá-los e, ao contrário de Divino, muitos são abandonados à própria sorte nas ruas.

Divino foi adotado pelo empresário vegano Marcio Accordi há sete anos e desde então divide a casa e o escritório em Santa Catarina com seu tutor. Esse mês ele ganhou um livro infantil que leva seu nome e conta exatamente seus primeiros meses de vida quando ele se entusiasmou com aquele que achou que seria seu lar, mas logo teve que partir para outro. Sorte dele! Ganhou dois tutores que respeitam seu jeito de ser e o amam muito! Marcio conta que Divino é bem dorminhoco e escolhe muito bem os lugares para descansar seu corpinho peludo. Teve a ideia de publicar a história de Divino para falar com as crianças sobre adoção.


O livrinho é todo ilustrado e compõe um kit infantil com xampu e sabonete líquido veganos da empresa Biozenthi que não utiliza matérias-primas testadas em animais e não faz testes em animais em sua indústria e nem em laboratórios parceiros. Uma boa dica para a garotada, mas também para veganos de todas as idades e pessoas que gostam de usar cosméticos suaves e neutros... como eu!



O livrinho do Gato Divino acaba de sair do forno e a garotada ou os amantes de gatos podem se conectar com ele pelo instagram @gato.divino onde o gatinho aparece em diversas fotos. Acesse AQUI

Para conhecer a linha de cosméticos veganos do Gato Divino, incluindo o kit com o livrinho, acesse AQUI



Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora


quarta-feira, 22 de julho de 2020

Por que a humanidade ainda não consegue criar vacinas sem torturar animais?



Todos querem a cura de doenças como a covid-19 - nossa grande inimiga do momento. Ninguém quer perder parentes, ninguém quer que as crianças fiquem doentes e ninguém quer morrer. Proteger nossa própria espécie é uma atitude natural e necessária.. mas será que também não poderia ser justa?

Hoje, por acaso, vi essa foto publicada na Folha de SP de 25 de maio. O título da foto era "Apenas uma picada".... e eu fiquei pensando: "Apenas uma picada para quem a aplicou, mas para esse filhote de macaco certamente foi muito mais que isso". 

Reparem no olhar completamente amedrontado e a mãozinha que se agarra no corpo da pesquisadora suplicando ajuda. Definitivamente não é apenas uma picada. 

As cobaias vivem sob extremo pavor, mergulhadas num misto de sensações desagradáveis que obviamente interferem no resultado dos testes. Tanto nossas emoções quanto as dos demais animais alteram o sistema nervoso, cardíaco, entre outros, desregulando todo o organismo... então o resultado de uma vacina ou de um remédio aplicado numa cobaia trata-se da resposta de um organismo vivo sob aquele estado emocional e não no seu estado "normal".

O que eu pretendo com esse texto é uma reflexão. Eu também me beneficio de tudo quanto é de remédio descoberto até hoje e obviamente testado em animais. Desde os primórdios da medicina os animais foram usados e abusados em milhões de pesquisas... e a gente se beneficia disso. Desde o simples analgésico para dor de cabeça até cirurgias complexas, tudo foi testado de forma absolutamente traumática e dolorosa em animais.

Mas a pergunta é: isso ainda é necessário? Estamos assim tão atrasados ou estagnados a ponto de não conseguir métodos seguros e sem causar o sofrimento alheio?

O protocolo mundial para desenvolvimento de vacinas obriga que sejam testadas primeiro em animais (geralmente ratos e macacos) e só depois em pessoas. Mesmo as descobertas in vitro só chegam às prateleiras depois de testadas em animais e, por último, em humanos.

Mas basta olhar para essa foto que aqui destaco (e que nem é das piores perto de outras de laboratórios com cobaias) para ter uma noção do sofrimento imenso e longo a que essas criaturas são submetidas, todos os dias, no mundo inteiro.

Embora o sofrimento animal (físico e emocional) esteja presente em matadouros, touradas, rinhas... e numa gama imensa de atrocidades, nada... nada consegue ser pior que o destino de um animal furado, rasgado, costurado, torturado dia após dia e durante semanas, meses e até anos. 

A vivissecção é a pior de todas as escravidões.

Sabem... se eu pudesse me comunicar com civilizações mais adiantadas ou espíritos mais evoluídos eu pediria, do fundo do meu coração, que doassem seu conhecimento para que os humanos deixassem de usar os animais como cobaias.

Tem que haver outro jeito... porque isso simplesmente não está certo.... pelo menos "não mais" nos dias de hoje. E daí me surge outra pergunta: Será mesmo só uma questão de "atraso" em nossa medicina ou "acomodação"?

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

sábado, 18 de julho de 2020

Cura para gatos com PIF é barrada por laboratório que teme perder concorrência contra covid-19



O gatinho da foto, batizado de Criança, teve PIF (Peritonite Infecciosa Felina) e quase ficou tetraplégico. Na foto acima ele está com a roupinha que usou na formatura da “Escola da Vida”, feita por sua tutora que comemorou uma vitória “suada” contra a doença. O remédio usado por Criança, durante 84 dias de tratamento, consumiu 25 mil reais conseguidos por meio de vakinha e campanhas no facebook.

“Hoje Criança anda, brinca, pula e até corre, não com a velocidade dos outros gatos que temos em casa, mas consegue correr e subir nas coisas”, conta Bianca Vasconcelos Purificação de Santana, de SP. Criança foi encontrado pelo marido de Bianca abandonado dentro de um balde com um pano. Era só um bebê com os olhinhos ainda fechados. Bianca o alimentou com mamadeira e percebeu a doença quando o gatinho chegou aos oito meses de idade.

                                          Gatinho Criança quando foi resgatado

Ela foi informada sobre o remédio, mas teve que importar da China. “Com 40 dias de  medicação injetável ele teve muitas feridinhas na pele e aí mudamos para as cápsulas que são ainda mais caras. Tem os remédios similares, mas são igualmente caros”, explica.

Bianca se refere a um remédio que falhou no combate ao ebola, mas mostrou-se eficaz contra o coronavírus que causa a PIF (e que não é transmissível aos humanos e nem aos cães). Mas o que seria o fim do sofrimento dos gatos com PIF tem hoje outro destino: o mesmo componente está sendo usado em testes contra a covid-19.

O laboratório Gilead Science, especializado no desenvolvimento de antivirais, se recusa a liberar a patente para uso em animais temendo perder a “corrida” para a cura da covid-19. Isso porque efeitos colaterais em gatos podem desmotivar os investidores para pesquisas com o uso do mesmo fármaco na cura da covid-19.

Pelo menos é o que diz a matéria  da Folha “Antiviral que falhou contra o ebola cura gatos com coronavírus da PIF”, que pode ser acessada AQUI. Lá  há uma explicação mais detalhada sobre a postura nada solidária da empresa.

Triste não? Como as pessoas envolvidas numa missão tão importante como a de salvar vidas podem estar negando a salvação de milhares delas? Toda vida importa.

Não podiam liberar o remédio para os gatos, obviamente a um preço acessível e, ao mesmo tempo, continuar os testes com covid-19?

Gatinho Criança quando estava completamente debilitado. Sua vida foi salva com um remédio caríssimo, mas que demonstrou curar a temida PIF

A matéria da Folha diz também que nas redes sociais há grupos fechados com milhares de  tutores e veterinários tentando facilitar o acesso ao medicamento.

E cita uma pesquisa publicada no ano passado no “Journal of Feline Medicine and Surgery”, onde 31 gatos com PIF foram tratados por 12 semanas com o fármaco da Gilead Science. Dos 31 animais, 25 deles ficaram saudáveis 18 meses após o final das aplicações e, até hoje, passados três anos do final do tratamento, eles permanecem assintomáticos.

No passado, segundo a Folha, a Gilead também não quis liberar o remédio para uso em gatos temendo que efeitos colaterais impedissem investimentos para a cura do Ebola. Adiantou? Não! O fármaco foi reprovado no combate à doença humana.

Agora parece que a cena se repete. Milhões de gatos poderiam ser salvos. Milhões de tutores poderiam respirar mais aliviados. Milhões de veterinários teriam uma opção de cura em mãos. Mas a Gilead parece querer que os investidores olhem para esse remédio como algo milagroso contra a covid-19. Inclusive, para quem quiser saber mais sobre o assunto, o site da empresa já fala dos tais testes contra covid-19. Acesse AQUI

Atenção

A empresa tem um escritório em SP, então tutores, ONGs e veterinários que queiram solicitar mais informações ou mesmo criar campanhas pela liberação da cura da PIF, talvez consigam algum retorno pelo fone 3036-9988 ou pelo email sac@gilead.com 

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

domingo, 12 de julho de 2020

DESCUBRA SUA CARTA NO TARÔ DOS CÃES E DOS GATOS



O Tarô é um instrumento de auto-análise, mas quando se trata dos tarôs italianos "Gatti" e "Cani" e também do espetacular Tarô dos Gatos Brancos do artista Severino Baraldi, além de uma viagem ao seu interior, você também alegra o coração em imagens dos animais que mais ama revelando um pouco sobre você.


Faça sua numerologia completa e receba de brinde sua carta em três tarôs de animais com o respectivo significado. A Numerologia inclui: número da Alma, da Personalidade, do Destino e da Lição de Vida... e também da sua Casa e Empresa... e mais: seu Ano Pessoal, como lidar com os números em excesso (que podem prejudicar o desenrolar das coisas) e como compensar a ausência de números em seu nome (o ideal é ter todos os número de 1 a 9). Brinde: video com suas cartas nos  tarôs.

Veja um exemplo de análise completa acessando AQUI


Você vai se surpreender vendo a si mesma (o)!

VALOR: só R$ 35 por depósito bancário

Encomende pelo WHATS 11-94682-6104 ou email fatimachuecco@uol.com.br

Quem faz?

Jornalista e escritora Fátima Chuecco (veja trajetória no lado direito do blog)


MI-AUAU Book - O livro pet-solidário que fará seu cãozinho se sentir o "máximo"


Já pensou o "amor da sua vida" protagonizando uma história inteirinha cheia de humor e cor? A Editora MI-AU Book & Cia cria fotolivros capa dura com aventuras contadas através das fotos de seu cãozinho. Ele vai realmente se sentir o "máximo" protagonizando as páginas do MI-AUAU Book que é também um livro pet-solidário: 10 a 20% do valor é revertido para uma ONG ou protetor da sua escolha.
Saiba mais acessando www.miaubookecia.com  ou clicando AQUI

MI-AU-Book - Um livro pet-solidário para os cães e gatos se sentirem "astros"


Histórias bem-humoradas criadas a partir de fotos de cães e gatos. É essa a proposta da Editora MI-AU Book & Cia. Uma aventura inteirinha protagonizada pelo "amor da sua vida", seja ele cão ou gato, e que ainda tem de 10 a 20% revertidos para uma ONG ou protetor da sua preferência. Um fotolivro pet-solidário, capa dura, cheio de cor e amor.
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sábado, 11 de julho de 2020

Boa notícia: Bebê gorila que caiu em armadilha foi salvo no Congo



Na postagem de ontem, 10/07 (veja AQUI), eu contava sobre o bebê gorila Theodore, que teve a mão presa numa armadilha nas florestas da República Democrática do Congo (veja abaixo foto onde ele aparece com a mãozinha presa na armadilha e sendo amparado pela mãe). 


Hoje a ONG Virunga.Org publicou em sua rede social que os veterinários da vida selvagem e guardas florestais conseguiram salvar o bebê sem ter que amputar sua mãozinha. Essas armadilhas são terríveis porque conforme o animal tenta se libertar da corda, mais ela aperta induzindo, muitas vezes, à amputação do membro.



A salvação de Theodore não foi fácil porque tiveram que "negociar" com seu pai - um enorme "costas prateadas" (nome que se dá aos gorilas chefes de família). Embora a família de Theodore já esteja familiarizada com humanos devido ao fato de ser protegida por guardas florestais, a situação tensa poderia levar Humba (o pai do "garoto") a se sentir ameaçado pela aproximação repentina de vários humanos.

Mas tudo correu bem e hoje mesmo Theodore voltou para dentro da floresta com sua família. Veja abaixo ( o chefe da família é o gorila da esquerda):


A pandemia tornou ainda mais difícil a proteção dos gorilas-das-montanhas dos quais só restam mil indivíduos em todo o planeta. A suspensão do turismo local e o afastamento dos guardas florestais das famílias dos gorilas para evitar contágio tem favorecido a ação de caçadores.  São centenas de armadilhas espalhadas por todo canto e a ONG Virunga.Org iniciou uma campanha para arrecadar fundos e contratar guardas e pessoas da comunidade para destruir as armadilhas. Pessoas do mundo todo podem colaborar acessando AQUI


As pessoas podem também colaborar com o projeto "Embaixadores dos Gorilas" que é encantador e coordenado por uma equipe que convive com os gorilas. O projeto visa despertar nas crianças e jovens do Congo amor pelos gorilas e assim evitar que no futuro se tornem caçadores. As escolas são muito precárias: falta luz, computador, material escolar... e mesmo assim essa nova geração está empenhada em fazer algo novo e bom pelos animais selvagens. Saiba mais sobre esse projeto e veja fotos e vídeos realmente emocionantes acessandoAQUI


Fotos do salvamento de Theodore são de Antony Caere/Virunga.Org
Fotos do projeto "Embaixadores dos Gorilas" são de Estimic Visiri e Patrick Sadiki

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora



sexta-feira, 10 de julho de 2020

Urgente: Bebê gorila-da-montanha prende a mão em uma das centenas de armadilhas espalhadas pelo Congo



O bebê Theodore é mais uma vítima da enxurrada de armadilhas que estão sendo instaladas nas florestas da República Democrática do Congo - um dos únicos lares dos gorilas-das-montanhas. Na foto dá para ver uma das mãozinhas de Theodore  envolta na armadilha. Sua mãe, Kanyalire, o ampara sem saber como soltá-lo. A foto foi feita nesta manhã (10/julho) pelos guardas florestais que imediatamente acionaram os veterinários para tentar salvar a vida do bebê.

O pior é que esse tipo de armadilha pode causar amputação de membros porque quanto mais o animal puxa para se libertar, mais ela aperta. A situação é muito delicada também porque o chefe da família do bebê (que geralmente é o maior gorila do grupo conhecido como "costas prateadas") pode entender a investida como um ataque e não permitir a aproximação de humanos.

Por causa dessa situação caótica, está sendo feito uma campanha emergencial para conseguir a contratação de mais guardas e pessoas da comunidade para destruírem as armadilhas. A ONG Virunga.Org, que cuida do Parque Nacional de Virunga, onde vive a família de Theodore, tem comemorado o nascimento de alguns bebês, mas com o evento da pandemia os guardas florestais precisam se manter mais distantes dos gorilas (pois eles podem pegar a doença também) e, além disso, o turismo local foi suspenso - o que tem motivado a ação de mais caçadores.

Se puder, ajude na campanha acessando AQUI

Veja outras notícias recentes dos gorilas-das-montanhas acessando AQUI

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Uma solução para o caso de Sansão e atrocidades similares




Casos como do Sansão, um jovem pit bull que recentemente foi amordaçado e teve as duas pernas amputadas, causam revolta coletiva e sensação de impotência. Isso porque todos vivem repetindo que “nossas leis são brandas” e que “tem que mudar nosso código penal”. Assim ... depois do furor devido à dor do episódio, grande parte das pessoas esquece e aguarda uma nova crueldade extrema para se rebelar novamente nas redes sociais.

Tem as petições, as manifestações, alguma movimentação por parte de políticos e tudo isso é válido, mas se não é possível alterar o código penal "já" alguma outra coisa deve e "pode" ser feita para conter esses casos de violência extrema contra animais. 

Um cadastro oficial com nome e CPF de todas as pessoas condenadas por ferir e matar animais. 

Elas ficariam com o “nome sujo”, do mesmo jeito que acontece quando ficam devendo na praça, só que no caso de terem cometido atrocidades, isso servirá para impedí-las de conseguirem novos empregos porque, em geral, o CPF das pessoas é checado quando elas buscam um trabalho.

Quanto aos criminosos mais abastados, empresários por exemplo, seu CPF nesse cadastro também mostraria a possíveis parceiros comerciais sua índole e isso poderia prejudicar os negócios.

Pra isso não precisa alterar código penal...

Seriam cadastradas aquelas pegas em flagrante, que confessarem os crimes ou que depois de julgamento tenham sido consideradas culpadas.

O ideal seria que o Brasil funcionasse como outros países onde crimes de extrema crueldade contra animais indica que aquele sujeito é também um perigo para a sociedade e precisa ser mantido distante dela. 

Isso porque o cara que corta as pernas de um pit bul imobilizado é o mesmo cara que desfigura o rosto de uma mulher por ciúmes ou que estupra uma criança.

Não tem diferença. 

É a mesma pessoa covarde que ataca, fere e mata criaturas com força inferior à sua e que, muitas vezes até se diverte com isso. Ainda que Sansão fosse um cão agressivo com outros cães dos arredores (como os criminosos disseram)... ainda assim... muita coisa podia ser feita ser qualquer violência... 

Nada e absolutamente nada justifica a covarde amputação de suas pernas. Isso é violência em seu mais alto grau de brutalidade. Quem faz isso normalmente não faz só uma vez e, normalmente, não faz só com animais. E isso não sou eu que digo, mas inúmeros estudos.

Nos EUA até as crianças que cometem crimes terríveis contra animais são monitoradas porque revelam que podem se tornar adultos cruéis e um perigo para toda a sociedade.

No Brasil ainda não se consolidou entre as autoridades e governantes uma consciência de que o mesmo criminoso que amputa patas, que fura olhos, que enforca e que queima com óleo quente os animais (entre outras coisas) é, no mínimo, um perigo para todos.

Então o cadastro seria uma forma de desmotivar ações como essa cometida contra Sansão e tantos outros.



Pagar o Mal com o Bem

Quase todo mundo acredita em duas justiças: a dos homens e a de Deus. E muita gente, diante de casos como do Sansão e do Manchinha (lembram dele ou já esqueceram?!) acredita que os criminosos serão punidos a ponto de sofrerem igual ou ainda pior pelas mãos divinas.

Talvez. Não sabemos. Esse julgamento não cabe a nós.

Mas a nós cabe nos protegermos uns aos outros e os animais que dividem conosco esse planeta. 

Ao meu ver, “pagar o mal com o bem” é buscar soluções onde os bons fiquem protegidos dos maus e os maus fiquem isolados tempo suficiente (dependendo do caso a vida toda) para repensarem seus atos e direcionarem sua índole violenta em atividades que não prejudiquem ninguém – o que é um bem para eles mesmos. Essa é a que chamamos justiça dos homens e a única que nos compete.

Às vezes essa nossa Justiça consegue isolar ou deter o mal... muitas vezes não. 

Mas ficar de braços cruzados diante do mal, lamentando o tal fantasma indestrutível de um código penal que só contempla esses casos com leis suaves, certamente não é pagar o mal com o bem. Fica a sugestão para que os antigos, novos e futuros políticos pensem em "novas" formas de conter as atrocidades contra os animais.

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

quarta-feira, 8 de julho de 2020

O livro de cabeceira de todo bichinho de estimação e o livro de estimação de toda criança (e muitos adultos!)

São vários modelos que vc pode fazer com seus bichinhos de estimação, filhos, netos e sobrinhos. As histórias são criadas pela jornalista Fátima ChuEcco a partir das fotos enviadas.
Veja como funciona e valores acessando o SITE AQUI
Conheça mais sobre os trabalhos da autora na trajetória postada do lado direito deste blog.


domingo, 5 de julho de 2020

Você faz ideia de como Parábola dos Talentos se aplica a nossa vida?



Está na Bíblia (Mateus 25:14 a 30) e no Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec. Parece uma história com mensagens bem restritas à época em que foi escrita, mas se a gente parar para pensar, na verdade tem a ver até com a vida corporativa dos dias de hoje, passados mais de 2 mil anos. E, além disso, pode ser uma boa sugestão para nossa vida e conduta profissional.

Vou comentar conforme entendi, mas na Internet tem muitas outras reflexões a respeito. Reflita também e, se quiser, poste nos comentários seu entendimento do tema.

Parábola
Um Senhor sai de viagem e deixa seus 3 funcionários encarregados de cuidar de seus “talentos” que, na época, eram peças de ouro e prata, como moedas. Um funcionário ficou com 5 talentos, outro com 2 e outro com um. Os dois primeiros investiram os talentos e dobraram o valor. O terceiro, que tinha só um talento, enterrou-o.
Na volta o Senhor ficou feliz com o funcionário que transformou 5 talentos em 10 e com o que tinha dobrado 2 talentos em 4. Mas chamou de inútil e preguiçoso aquele que tinha lhe devolvido o único talento do qual ficara encarregado. Condenou o homem as trevas, pegou seu talento e deu ao funcionário que estava com 10 talentos.

Parece justo? E o perdão? E a segunda chance? - podemos nos perguntar

Todo muito tem algum "talento" para doar. Foto Kimthecoach/Pixabay

Vamos transportar a cena para o cenário de negócios de hoje. Vamos imaginar que os dois funcionários que multiplicaram os talentos (dinheiro nos tempos atuais) foram “promovidos”, ao passo que aquele que não investiu seu único talento (a pequena quantia que recebeu) foi sumariamente demitido.

Vamos também analisar a postura do rapaz demitido. Ele errou, não investiu, mas não foi por mal e sim por medo de arriscar e perder o pouco que tinha.

Agora vamos analisar a postura do “chefe” da empresa. Ele contratou 3 pessoas para fazer seus “talentos” se multiplicarem. Esses 3 homens foram escolhidos porque de alguma maneira demonstraram habilidade para fazer o dinheiro da empresa crescer. Dois conseguiram isso e o terceiro apenas guardou o dinheiro. 

Bem... o chefe não precisa de um funcionário que “guarde” o dinheiro porque isso ele mesmo pode fazer ou até enfiar num cofre.

Todo mundo sempre tem algum "talento" para doar. Foto Janaaa/Pixabay

Do ponto de vista espiritual ou moral poderíamos pensar assim: mas ele merecia uma segunda chance agora que viu como deve proceder. Certamente ele aprendeu.

Só que o “chefe” da empresa não é Deus e não está ali para “ensinar” a trabalhar. Não estamos falando de um programa de estagiários onde é permitido aprender com os próprios erros. Estamos falando de 3 homens selecionados para multiplicar os talentos de uma empresa e que, portanto, devem estar preparados para tal função. A demissão é óbvia diante de um funcionário que não cumpriu com a meta, que não satisfez as expectativas do chefe.

Esse é nosso mundo. Então essa é a reflexão sobre o ponto de vista material e atual.

Agora vamos mergulhar no mundo espiritual.

A gente vem para essa vida com alguns “talentos” no duplo sentido da palavra: Talento no sentido de habilidades natas e Talento representando condição social (pobre, rico etc). Nessa grande empresa em que fomos colocados, que é a Terra, nosso dever é desenvolver e multiplicar nossos talentos para o bem dos outros e de todo o planeta.

A evolução espiritual depende disso... dessa disposição em desenvolver as habilidades com as quais já nascemos ou que tivemos oportunidade de desenvolver ao longo dos anos e multiplicar isso tornando esses “talentos” ferramentas de progresso também para os outros e para todo o planeta (recursos naturais, animais etc).

Os que conseguem multiplicar são promovidos a uma etapa mais serena nessa vida ou nas próximas (para quem acredita em reencarnação como eu). Os que “guardam” seus talentos estacionam na evolução e não contribuem para o progresso coletivo.

E como as pessoas “guardam” talentos?

Não fazendo uso do que “recebeu” (abafando uma habilidade por exemplo) ou só  utilizando seus talentos para benefício próprio - o que seria um “mau uso” de seus talentos... ou seja, não repartindo ou compartilhando com os outros.

Doar é regra básica da evolução espiritual: doa-se habilidades, dinheiro, conhecimento, palavras, bons pensamentos, ombro amigo... do pobre ao mais rico, todo mundo tem o que doar. Doar é o mesmo que multiplicar talentos.

Mesmo com bolsos vazios, todo mundo tem sempre algo para doar. Foto Tumisu/Pixabay

Mas o que acontece com aqueles que enterram os talentos?

São jogados às trevas e punidos (como na parábola)? Não têm mais chance de acertar?

Nada disso porque Deus, ou como queiram chamar uma essência divina ou uma matriz que gera e conecta tudo que vive, oferece sempre chances de evolução... uma atrás da outra.

Se você guarda talentos numa empresa é demitido porque não correspondeu as expectativas de quem o contratou (essa é resposta do mundo material/físico), mas do ponto de vista espiritual pode ter certeza que haverá outras chances de acertar... de perder o medo de arriscar... e principalmente, de doar. Até porque... lembre-se... nem sempre não responder às expectativas é necessariamente não estar apto para um determinado trabalho ou função... às vezes simplesmente vc não executa do jeito que gostariam.

Só que é preciso desapegar do que passou... e se preparar para o que virá daqui pra frente guardando consigo apenas as lições aprendidas.

Todo mundo sempre tem algum "talento" para doar. Foto Gerd Altmann/Pixabay

Agora vamos voltar à Parábola dos Talentos e imaginar o que pode ter acontecido com o rapaz demitido.

Ele poderia se revoltar e botar fogo na empresa (o que poderia gerar danos eternos a sua reputação profissional – talvez até ser preso). 

Poderia sobreviver o resto da vida com uma mágoa terrível no peito achando que aquela tinha sido sua única oportunidade de crescimento.

Mas ele também poderia buscar um novo trabalho igual ou diferente daquele e aplicar a lição de multiplicar os talentos do seu jeito ou de um novo jeito aprendido.

Vale ressaltar que, por mais que a intenção dele tenha sido boa e que sua atitude foi dominada justamente pelo medo de errar, ele errou (pelo menos diante dos olhos daquele "chefe")... mas erros a gente deixa pra trás pra poder pensar nos próximos acertos.

O pensamento “se eu tivesse feito isso ou aquilo...” não leva a lugar nenhum porque não se muda o passado. A gente tem que pensar no que dá pra fazer hoje... agora... com a consciência de que virão novos erros porque ninguém é perfeito ou infalível... ninguém... mas também virão os acertos.... e pra acertar é preciso tentar... procurando deixar essa vida com mais talentos do que a gente tinha quando aqui chegou.... obviamente talentos morais e espirituais... que são as moedas da evolução.

Foto de abertura Gerd Altmann/Pixabay

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora