sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Quando as fotos dão asas à imaginação ou revelam uma história real


Vendo esses dois cachorrinhos na janela o que lhe parece? Estão admirando juntos o que se passa no quintal? Ou talvez aguardando ansiosos os tutores porque já sentiram a aproximação deles mesmo sem vê-los? E quem são esses dois? Um casal? Mãe e filho? Irmãos? Parecem ter nascido nessa casa ou foram adotados?

Com apenas uma única foto a gente pode criar uma história inteira sobre dois cãezinhos que parecem muito felizes nessa casa. Mas vou falar a verdade sobre eles.


Ronny e Gigi moram na África do Sul. Eles viviam numa loja de objetos usados onde estavam para adoção. A artista plástica Karina Polycarpo, brasileira que se mudou para a África depois de casar com um sul-africano, esteve na loja e se encantou com os dois. 

À princípio a ideia era adotar apenas um, mas quando soube que eles já viviam juntos há algum tempo, não teve coragem de separá-los. Além da excelente companhia canina que oferecem à Karina, seu marido Simon e o filho Léo, a dupla Ronny e Gigi também rende maravilhosas fotos.

Inclusive, fiz um fotolivro por meio da minha editora Miaubook onde os cachorrinhos, Léo, sua prima Giovanna e a cadelinha dela chamada Pandora tornam-se personagens de uma encantadora história fictícia, muito divertida, cuidadosamente diagramada e colorida, para se guardar por toda a vida. 

Olha que graça os dois no Museu do Ipiranga:



Como é o Fotolivro da Editora MIAUBOOK?
Diferente dos fotolivros comuns que reúnem fotos e algumas legendas, eu crio uma história me inspirando nas fotos, misturando elementos reais e fictícios com bom humor e muita cor. Cada uma das 32 páginas tem um fundo diferente e a historinha se desenrola como se fosse um filme. A capa é dura e de excelente qualidade garantindo uma recordação que dura a vida toda e que poderá ser vista pelas crianças até quando elas já estiverem idosinhas. É um fotolivro que fica para sempre na família passando de geração a geração.

E é claro que os bichinhos dão um toque especial:



Pandora


Faça um tour pelo site www.miaubookecia.com e veja alguns dos fotolivros com animais e crianças. Uma forma de manter viva as lembranças com muita arte e amor.

Quem faz:

Fátima Chu🌎Ecco, jornalista especializada em pets 🐶, escritora e gatóloga 😸. Fundadora da www.miaubookecia.com (especializada em fotolivros sobre animais e crianças) e  da http://buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos). Ministra a palestra "O Poder Curativo dos Gatos", em breve em formato de livro e faz numerologia associada ao Tarô dos Gatos e dos Cachorros. 😸😻😺🐕🐈

Autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" que teve participação da Brigitte Bardot em sua segunda edição e do livro "Ághata Borralheira (Cat) e Amigos tocando corações" com participação de bichinhos brasileiros e estrangeiros. Participante de várias coletâneas literárias sobre animais. 😻🐶🐒🐦🐞
Atuou com os Gorilas das Montanhas da República Democrática do Congo, Rancho dos Gnomos (Brasil) e foi por 11 anos colaboradora da Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais, além de colunista das Revista Meu Pet e 7 Dias com Você, e do portal português Miaumagazine. No SBT Repórter foi editora e produtora do programa "Bichos" que destacou animais de moradores de rua. Veja trajetória completa no lado direito do blog 🐱🐶🐵🐰🐭🐾🐾🐾





quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Tá chegando nos 60 anos ou já passou? Tomara que você não precise de emprego!


Nosso mercado de trabalho é extremamente etarista, ou seja, coloca a idade da pessoa na frente de qualquer outra coisa, talento ou experiência. Por que nos formulários de vagas perguntam a idade? Por que mesmo tendo todos os quesitos necessários para inúmeras vagas, as pessoas nessa faixa etária sequer são chamadas para entrevistas? A resposta é uma só: "passou da idade".

Para exemplificar, tenho a experiência de uma vizinha de 60 anos durante uma entrevista para a empresa Atento, famosa por  seus serviços de callcenter a grandes clientes. A primeira pergunta que a entrevistadora fez aos candidatos foi a idade deles. Ela contou toda sua habilidade de lidar com o público em vários empregos que teve, mas isso não contou a seu favor. Apenas uma hora depois da entrevista recebeu um email dizendo que seu perfil não era compatível com a vaga. 

Curiosamente, num teste aplicado pela agência Gupy para essa mesma vaga, antes da entrevista, a pontuação dela foi muito boa: 80 sendo o máximo 100. Detalhe: foram abertas centenas de vagas, mas minha vizinha foi descartada. 


Noutra empresa, uma colega jornalista, embora tenha acertado quase 100% do teste psicotécnico, tenha tido ótimo resultado em seu teste de personalidade (com perfil colaborativo, criativo e responsável) e feito uma redação que a própria encarregada do RH elogiou... ao final da entrevista também foi descartada inclusive na frente das demais pessoas que participavam da mesma seleção... todas bem mais jovens que ela, claro. A vaga? Balconista.

Recentemente uma amiga protetora de animais viu um aviso de vaga de atendente na pet shop Yes Pet bem perto de sua casa e onde ela inclusive é cliente. Perguntou se podia se candidatar mesmo tendo 60 anos. Ela passou a vida toda cuidando de bichos e adoraria trabalhar numa pet shop. Gaguejando, a gerente respondeu que a vaga era masculina, embora no aviso na porta da loja não tivesse essa informação. 

Ela desabafou: "Quando passei dos 50 anos fiquei meio invisível, mas quando cheguei nos 60 desapareci de vez para o mercado de trabalho".

Linda repórter, mas sentiu o peso da idade!

Vale mencionar a jornalista Maria Cândida com quem trabalhei no SBT Repórter. Embora linda e famosa (passou pela Record e Globo) também sentiu o peso da idade na profissão quando passou dos 40. Eu disse 40. Imagine as demais mortais não famosas passando dos 50 e 60 anos!

Mas Maria Cândida, como diz o ditado, fez do limão uma limonada e explorou sua situação de forma inteligente dando dicas de como envelhecer bem, questões da menopausa, trabalho, saúde, beleza e outros temas que esbarram diretamente na mulher madura. Também lançou livros. Seu instagram @mariacandidatv tem mais de 430 mil seguidores.

As possíveis saídas


Então, quem chega aos 60 e ainda não se aposentou ou não ganha o suficiente para seus gastos com a aposentadoria, tem que "tentar" trabalhar por conta própria ou viver com ajuda dos outros (se puder). Por isso se vê tanta mulher aos 60 ou um pouco antes disso vendendo marmitex, doce, salgado, bolo, artesanato, entregando folheto nos faróis. E tanto homem nessa idade sendo motorista de uber ou entregador de moto ou ainda fazendo alguns pequenos bicos de eletricidade, encanamento etc. Não tem emprego formal para 99% das pessoas nessa faixa etária.

Quando você vê algum senhor bem idoso numa portaria de prédio ou uma recepcionista de clínica também mais velha, acredite... é um caso raro... mas bem raro mesmo. Pode ter certeza que essas pessoas não conseguiram esse emprego agora, mas são funcionários antigos. Ou então tiveram a sorte de conseguir o emprego por meio de um parente, amigo ou político. Essa é a realidade.

Por isso que eu digo que quem chegou aos 60 não arranja emprego nem de balconista na Cracolândia. Fica invisível! Para se ter um sistema de aposentadoria por idade como no Brasil, deveria ter também um sistema empregatício para as pessoas com mais de 50, 60 anos.

Cotas para os 60+

Cada vez mais a gente vê as empresas privadas e os concursos públicos separando cotas para negros, indígenas, deficientes físicos e, mais recentemente, pessoas transgênero. Está correto. Ajuda no quesito inclusão. Mas deveria ter também cotas para pessoas com mais de 60 porque a essas são vedadas todas as chances de emprego, dos mais simples.

Vale lembrar que já existem umas poucas agências de emprego especializadas em ajudar pessoas depois dos 50, mas as vagas que mais aparecem são destinadas a profissionais com pós-graduação, experiência em gestão e por aí vai. Outros tipos de vaga, mais simples, são beeeeem raros.

Concurso Correios

Em meio a esse mercado que despreza por completo pessoas mais velhas, muitos tentam concursos públicos cujo objetivo maior é o volume de arrecadação porque nada justifica o valor que se cobra pelas provas. Sem falar que, das vagas disponíveis, geralmente boa parte é para banco de reserva. 

E em muitos concursos as vagas são bem específicas. No concurso dos Correios, por exemplo, saiba que: a maior parte das vagas, para quem tem ensino médio, é para a função de carteiro (e quem sabe umas poucas carteiras). Tem que ter condicionamento físico adequado para carregar sacolas pesadas e andar bastante. Por isso tem teste de aptidão física.

Uma pessoa de 60 anos, com escoliose, problema na coluna, no quadril, no joelho ou que não pode carregar peso, entre outros fatores naturais nessa idade, obviamente não será aprovada nem que tire nota máxima na prova escrita. As demais vagas são para engenheiro, arquiteto, arquivista, assistente social... então mesmo com 60, mas formado nessas áreas, talvez valha a pena você tentar.

A verdade é que, se lá no passado, quando você ainda era jovem, não quis prestar concurso pra seguir carreira pública e se aposentar nessa função, agora o sonho de emprego público vai ficar mais difícil.  As provas condensam grandes volumes de itens/leis/conhecimentos a serem decorados. Quantas pessoas na faixa dos 60 conseguem armazenar tanta coisa? Você pode ser muito inteligente, mas a idade também desgasta um pouco o poder de memorização.

Quando se chega ao fundo do poço, ainda dá pra descer mais um pouco

Se você tem quem te ajude financeiramente nessa situação de ausência total de emprego aos 60 levante as mãos para os céus e agradeça. Se não tem ninguém, mas consegue vender comida, artesanato ou trabalhar de uber/motoboy (entre outros serviços como autônomo)... levante as mãos para os céus e agradeça também. 

Mas se não tem nada disso, você está autorizado a chorar enquanto pensa numa saída porque quando se chega no fundo do poço, as vezes ainda dá pra descer mais um pouco. Então chore, mas reaja... afinal, enquanto há vida há esperança. 

Inspire-se em filmes e também em casos reais em que as pessoas superaram grandes desafios. Mergulhe nesses relatos de gente com problemas que pareciam intransponíveis. Talvez esse exercício ilumine suas ideias, como na música dos Titãs:

"As ideias estão no chão, você tropeça e acha a solução"

Se gostou desse texto, leia também esses outros que abordam o mesmo tema:

https://jornalistafatima.blogspot.com/2023/11/a-mulher-que-passa-dos-5060-vira-cinzas.html

https://jornalistafatima.blogspot.com/2021/08/se-o-mercado-de-trabalho-despreza-sua.html

Texto: Fátima ChuEcco, jornalista e escritora


quarta-feira, 23 de outubro de 2024

No Brasil é permitido destinar de 50% a 100% da herança para alguém que cuide dos animais orfãos



A Covid tem aumentado o número de animais orfãos e sabemos que o maior desejo dos tutores é deixar seus cães e gatos seguros, com pessoas que continuem cuidando deles com amor.  E isso pode ser feito até com um testamento escrito a mão... isso mesmo... um testamento do próprio punho desde que tenha assinatura de três testemunhas. Ninguém gosta de pensar nesse assunto, mas é necessário porque hoje em dia, mais do que nunca, ninguém sabe o dia de amanhã.... e, além disso, é preciso encarar testamentos com naturalidade, como um "seguro" para os filhos de quatro patas.

Segundo o Código Civil brasileiro é possível deixar de 50%  a 100% de sua herança para uma ONG ou pessoa que se comprometa a cuidar de seus animais. No caso de você ter os chamados "herdeiros necessários" que são os cônjuges, descendentes (filhos, netos e bisnetos) e ascendentes (pais, avós e bisavós), esses herdeiros, por lei, ficam com 50% e você pode destinar os outros 50% para quem quiser.

No entanto, se a pessoa não tiver "herdeiros necessários" pode destinar 100% de sua herança da maneira que quiser

Irmãos, tios e primos não são herdeiros necessários e eles só ficam com a herança se não houver um testamento destinando a mesma para outras pessoas ou entidades.


Então, por exemplo... digamos que uma senhora viúva, com casa própria, tenha cinco cachorros e dois filhos que não moram com ela e não têm nenhum interesse ou não possam cuidar dos animais caso ela morra. Os filhos obrigatoriamente ficam com 50% da propriedade, mas os outros 50% ela pode destinar a uma amiga de confiança que se comprometa a ficar com os animais.


E será que é caro fazer um testamento?

Tem pelo menos dois jeitos, um chamado "testamento público" feito em cartório e de custo elevado (entre R$ 1.600 e R$ 2 mil) e outro chamado "testamento particular", de custo zero, que pode ser escrito com o próprio punho da pessoa e não precisa de advogado nem de cartório. Nos dois casos é obrigatória a assinatura de três testemunhas que não sejam beneficiadas pelo testamento.

A vantagem do testamento público, para quem tem condições de fazer, é a segurança de estar registrado num cartório.  No testamento particular, o documento precisa ser muito bem guardado por alguém de confiança que o apresente no momento certo à Justiça. 

Esse testamento particular pode ser alterado sempre que for necessário. Basta redigir de novo e colher assinatura de três testemunhas.

Os dois testamentos têm o mesmo valor jurídico e herdeiros necessários podem contestar nos dois casos.

Acontece que poucas pessoas têm conhecimento desse direito e é, muitas vezes, por conta disso, que vemos cães e gatos sendo abandonados à própria sorte nas ruas quando seus tutores morrem.

A herança não pode ser deixada de forma "direta" para os animais porque no Brasil eles não são reconhecidos como "sujeitos de direitos", mas é perfeitamente possível, como explicado acima, destinar de 50% a 100% da herança (dependendo da existência ou não de herdeiros necessários) para uma ONG ou pessoa próxima que se encarregará de assumir os animais.


“Cuidarei enquanto puder” 

Esse é o pensamento de muita gente que tem animais de estimação: "Cuidarei enquanto puder". Porém, dessa forma, esses tutores se comprometem apenas com o presente e não com o futuro de seus amados companheiros. É preciso ter em mente que, não importa a idade, qualquer pessoa pode morrer antes de seus cães e gatos.

Nem sempre a família tem interesse ou mesmo condições de assumir os animais do falecido e, aliás, nem tem obrigação, ainda mais quando são muitos os “orfãos de quatro patas". 

Quantas vezes não vemos protetores desesperados nas redes sociais buscando lar emergencial para animais cujo tutor morreu e que serão despejados do imóvel?

Muitos desses tutores talvez tivessem um imóvel, uma poupança, um carro ou qualquer outro bem que pudesse ser destinado a alguma ONG ou protetor de animais, mas por puro desconhecimento, não faz um testamento e seus bens ficam integralmente para a família ou para o governo, pois, na ausência de parentes quem leva a herança é a União.

Freddie Mercury, da banda Queen, destinou boa parte de sua herança a sua amiga Mary Austin em testamento e, principalmente, a mansão onde ficavam seus gatos. Outras celebridades pelo mundo afora também já manifestaram publicamente seus desejos de deixarem os animais de estimação com uma farta conta bancária. 

A lei varia pelo mundo. Na Alemanha, por exemplo, é possível deixar 100% de uma herança para os animais de estimação. Já em Portugal apenas 1/3 da herança.

Saiba como fazer

Para facilitar e incentivar os testamentos que beneficiem animais, abaixo seguem alguns links que explicam direitinho tudo sobre esse assunto e, inclusive, o link da onde tem o modelo de um testamento particular para fazer sem erros, de acordo com a lei.

Vale lembrar que além do testamento é importante deixar uma carta com orientações sobre os animais: idade, comportamento, ração que comem, doenças crônicas e medicamentos que tomam, além do contato do veterinário que acompanha algum deles. Essas orientações podem ser fixadas na porta da geladeira, por exemplo, a fim de serem sempre atualizadas e ficarem visíveis para parentes e amigos.

Modelo de testamento particular, simples e de custo zero. Acesse AQUI

"Nem todo herdeiro é necessário". Essa matéria da Folha explica direitinho a diferença entre herdeiros que obrigatoriamente recebem 50% dos bens  e os demais herdeiros que podem ser excluídos da herança. A matéria dá até um BOM EXEMPLO de pessoa que tenha cães e deseja deixar parte de sua herança para uma ONG. Acesse AQUI

"Testamento evita brigas depois de sua morte. Veja como fazer e quanto custa". Nessa matéria do UOL você tem detalhes sobre três tipos de testamentos: público e particular, que já abordei no artigo, e o fechado, que é mais raro. Acesse AQUI

Créditos

Foto de abertura: Barbara Jackson/Pixabay Free, Foto varios animais: Gerard G./Pixabay Free, Foto moça com cão: Zigmars Berzins/Pixabay Free, Foto close cão: Public Image/Pixabay Free e Foto de tutor com gato: Pexels/Pixabay Free

Texto e pesquisa de Fátima ChuEcco jornalista escritora www.miaubookecia.com










terça-feira, 22 de outubro de 2024

Leôncio, ex-miador/morador de rua, arrasa corações pelo Instagram

A vida desse gatinho mudou completamente quando lhe foi dado um espaço "exclusivo" e muito bem decorado no estacionamento da Mafecom, uma  loja de ferragens em Santo André (SP). O cimento frio e restos de comida ficaram definitivamente para trás dando lugar a um repentino "reinado".


O Lar de Leôncio foi filmado, colocado no Tik Tok e atingiu rapidamente o Brasil todo com mais de 100 mil visualizações. Assim nasceu sua fama e o recente Instagrtam https://www.instagram.com/leonciomafecom/


Leôncio apareceu no estacionamento do subsolo da loja, que aliás é também usado pela Academia Pano Bianco, em novembro de 2022. De início, desconfiado e arredio, não deixava ninguém chegar perto dele. Então funcionárias da loja começaram a colocar ração, água e "caminha" no local como uma forma de expressar que queriam ajudá-lo.


A dona da loja um dia tentou escová-lo e eis que o gatinho aceitou o agrado. Tudo mudou desde então. Uma "casa" começou a ser montada com todo o conforto possível. Leôncio ganhou de tudo: cama, comida e pelo lavado. Tentaram acostumá-lo dentro da loja, mas ele não aceitou. Pudera a casa tem comedoria, quarto, banheiro, sala de estar, sala de recreação e galeria de fotos.


Seus "súditos" hoje são 6 pessoas: No, Ale, Vitória, Ma, Luana e Fer. E ainda tem uns "servos" eventuais que despencam da academia para lhe dar carinho, mimos e fazer selfies.

Leôncio é castrado, vacinado e "AMA" sua casa no estacionamento que é, inclusive, personalizada com uma pintura dele na parede.


Vamos ver o que ele acha disso tudo na entrevista a seguir:

Blog: O que você está achando de ter fama?

Leôncio: Miauuuuu! Estou amando esses momentos de fama e, modéstia à parte, eu sou uma graça. Com meu charme e personalidade forte já sabia que iria conquistar várias gateiras e gateiros.


Blog: O que mais lhe agrada nessa vida de conforto?

Leôncio: O meu petisco é o que mais me agrada! Adoto meu Churu. Os bolsos dos meus papais choram, mas eu amo de paixão. Não sinto falta de nada, tenho liberdade e esse é o motivo de eu gostar tanto da minha casa. 


P.S.: Leôncio tenta uma chance de gato-propaganda do Churu.

Blog: Tem alguma coisa que você detesta?

Leôncio:  Eu não gosto que me limpem e tento ao máximo escapar. Se os carros fossem elétricos eu não ficaria tão sujinho. Por outro lado sou bem limpinho e uso caixinha de areia. Adoro ela.


Blog: O que você mais te chama a atenção nas pessoas que trabalham na empresa ou que te visitam?

Leôncio: Percebo que são todos apaixonados por mim. Mas às vezes não estou a fim de visitas e saio correndo. O que mais me chama a atenção é o fato de me receberem tão bem. Isso me deixa muito feliz.


Blog: O que seus camaradas que ainda vivem na rua acham disso tudo?

Leôncio: Ficam felizes por mim. A maioria deles também tem casa, mas vira e mexe outros gatinhos vem na minha casa me chamar.


Blog: E o que você mais ama fazer?

Leôncio: Dormir e comer eu amo! Ainda mais nas minhas caminhas com cobertores quentinhos.


Blog: Qual sua relação com cachorros?

Leôncio: Só teve uma vez que apareceu um cachorro e eu provoquei ele até ir embora.

Blog: Se você pudesse nascer de novo gostaria de ser gato, gente ou outro bicho?

Leôncio: Gostaria de nascer gatinho novamente. É tão gostoso! Ganho tudo e não preciso trabalhar! Mas lógico que iria querer encontrar minha família da Mafecom de novo.


Tradutora: Luana  Fotos: Cedidas pela equipe Mafecom

Leôncio lembra um importante programa para salvar gatos dos EUA:

Blue Collar Cats (Gatos de Colarinho Azul) - é um programa que coloca gatinhos ariscos ou que não se adaptam a ambientes familiares em empresas privadas e escritórios. Éssa medida é importante porque em vários Estados dos EUA ainda sacrificam animais que não conseguem um lar. Veja o que diz o projeto:

De vez em quando, um gato que vive ao ar livre acaba no nosso abrigo. Tendo crescido nas ruas, muitas vezes esses gatos não são sociais o suficiente ou adequados para viver dentro de casa. Através deste programa, os gatos são “colocados para trabalhar” em empresas locais e proprietários de casas que se comprometem a cuidar deles ao ar livre enquanto, por sua vez, os gatos afastam os roedores.

Os gatos Blue Collar são uma alternativa mais limpa aos pesticidas tóxicos, são mais baratos e mais eficazes . Uma vez que estes gatos não podem ser realojados através dos canais de adoção tradicionais, este programa é muitas vezes a sua última oportunidade de uma vida rica e gratificante.

Tudo o que eles querem de você é um abrigo seguro e comida regular – caso contrário, eles cuidarão da própria vida. É possível, lentamente, com o tempo, que o seu gato Blue Collar se torne mais social - especialmente se houver muitas outras pessoas dentro e ao redor da sua empresa. Se isso acontecer, não afetará a eficácia do seu gato no controle de roedores. Mas ele pode começar a desejar algum contato físico afetuoso. 

Leia mais em https://www-humanerescuealliance-org.translate.goog/bluecollarcats?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=sc

Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista especializada em pets 🐶, escritora e gatóloga 😸. Fundadora da www.miaubookecia.com (especializada em fotolivros sobre animais e crianças) e  da http://buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos). Ministra a palestra "O Poder Curativo dos Gatos", em breve em formato de livro e faz numerologia associada ao Tarô dos Gatos e dos Cachorros. 😸😻😺🐕🐈
Autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" que teve participação da Brigitte Bardot em sua segunda edição e do livro "Ághata Borralheira (Cat) e Amigos tocando corações" com participação de bichinhos brasileiros e estrangeiros. Participante de várias coletâneas literárias sobre animais. 😻🐶🐒🐦🐞
Atuou com os Gorilas das Montanhas da República Democrática do Congo, Rancho dos Gnomos (Brasil) e foi por 11 anos colaboradora da Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais, além de colunista das Revista Meu Pet e 7 Dias com Você, e do portal português Miaumagazine. No SBT Repórter foi editora e produtora do programa "Bichos" que destacou animais de moradores de rua. Veja trajetória completa no lado direito do blog 🐱🐶🐵🐰🐭🐾🐾🐾







segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Entrevista Internacional: Conheça J`accuse, o cãopanheiro de Lupin (Série Netflix)



Quem acompanha a série "Lupin" da Netflix já deve ter se encantado com o cachorrinho adotado pelo personagem Assane Diop, interpretado pelo ator Omar Sy. As aparições de J`accuse são realmente memoráveis, embora  o cachorrinho não apareça em todos os episódios. Sua atuação no capítulo gravado num cemitério, na Parte 3 da série, é sensacional. Merece um Oscar.


Mas é preciso que os fãs de Lupin e de seu fiel cãopanheiro saibam: J`accuse é na verdade uma cachorrinha chamada Monette que foi adotada na Espanha pela educadora/treinadora de animais Marisa Jaquero.

E foi a própria Marisa que me contou a trajetória de Monette:

"Monette foi resgatada da rua em uma vila de Albacete, na Espanha. É uma cadela sem raça com um caráter muito meigo e calmo. Monette trabalhou em filmes como Docter ?, A cause des filles et des garcons, Mouche,… e a famosa série Lupin na Netflix com o papel de J'accuse. O exercício que ela fez para dar vida à sua personagem foi cuidadosamente preparado com bastante antecedência e ela sempre é recompensada com seu brinquedo e suas guloseimas favoritas que são pedaços de frango. Ela nunca tem medo durante as filmagens, pelo contrário, pois suas filmagens são sinônimo de brincar comigo, com quem tem um vínculo muito especial e de muita confiança". 


Quando pergunto como  a cadelinha vive na França, Marisa responde:

"Monette mora em Avinhão, no sul da França, com outros 3 cães que também foram resgatados da rua. No instagram @dogmoilapatte você pode acompanhar a vida deles"



"Uma das cachorrinhas, chamada Mimi, é a companheira inseparável de Monette, com quem ela adora brincar e treinar juntas".


Depois de se tornar a "queridinha" da série Lupin, será que Monette tem planos cinematográficos para o futuro?

"No momento Monette está aproveitando as férias e ainda não sabemos se uma nova temporada de Lupin será filmada", comenta Marisa.


Ahhhh... queremos tanto ver a Monette de novo e de novo... sempre. Mas fica a dica. O instagram @dogmoilapatte é uma delícia. Acesse AQUI. Está cheio de fotos e muitos vídeos da Monette. Acessem!

Vale salientar que animal retirado das ruas pelas prefeituras de cidades de alguns países europeus, incluindo França, tem um final trágico. Portugal é um dos poucos lugares onde se criou lei para impedir a eutanásia de animais sem lar. Dar a um animal de rua a chance de ser artista é, muitas vezes, salvar-lhe a vida.

Mas o que significa J`accuse?

Seria como dizer "eu acuso". O cachorrinho recebeu esse nome porque late toda vez que alguém diz "Pellegrine", que é o sobrenome da família que arruinou a vida de sua primeira tutora, uma jornalista que se torna amiga de Assane Diop. Então é como se ele latisse em protesto ao ouvir "Pellegrini".

Veja o vídeo de J`accuse X Pellegrini AQUI

OUTRO VIDEO da Monette Imperdível:

Aproveite para ver a própria Monette comentando sobre a Primeira Parte da série acessando o link da Netflix AQUI

Sobre a Série Lupin

Uma das séries de maior sucesso da Netflix é, acima de tudo, muito inteligente. A montagem das cenas e as estratégias de disfarce do protagonista são fabulosas. A série é baseada nos romances do escritor francês Maurice Leblanc e datam de 1905. Arséne Lupin, personagem fictício de Leblanc, numa tradução livre para o português seria "Ladrão de Casaca". 

A  série conta a trajetória de Assane Diop (Omar Sy): um ladrão que é rei dos disfarces, especialista no roubo de joias e obras de arte, e que tenta, na medida do possível, não matar ninguém e só roubar de quem é rico (e de preferência corrupto). Inclusive, ele passa a ser admirado pelos franceses e vira uma espécie de anti-herói. Ele é fanático pelos livros sobre Lupin e reproduz muitos de seus truques com a ajuda de um amigo de infância e, claro, com uma ajudazinha fundamental do J`accuse.


Fotos: Instragam  @dogmoilapatte com exceção da cena do cemitério que eu mesma tirei da TV

Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista e escritora, fundadora da editora www.miaubookecia.com



domingo, 20 de outubro de 2024

Nossa!!!Que minissérie boa com Nicole Kidman! Vale muito ver!


Nove Desconhecidos é para quem Ama série curta com roteiro surpreendente. O nome original é "Nove estranhos perfeitos", o mesmo do livro de Liane Moriarty. Embora conste no Prime Video como 1ª Temporada e inclusive já  exista a segunda temporada, prefiro tratar como minissérie porque as histórias terminam no oitavo capítulo. E o final é muito, mas muito bom!

Então, a segunda temporada terá personagens novos... novas histórias!

Todos os atores estão excelentes nessa série, mas Nicole Kidman se supera. Ela dirige um retiro espiritual que promete curar as pessoas de qualquer trauma, na verdade, a promessa é de as pessoas entrarem de um jeito e saírem completamente outras, muito melhores. Será que ela consegue?

A história gira em torno de 9 hóspedes escolhidos a dedo que devem passar 10 dias num lugar paradisíaco com floresta, lago e instalações supermodernas e confortáveis. É tudo tão lindo!

Não é terror. Não é roteiro policial. Nem comédia. Tem um certo suspense centrado em acontecimentos que vão decifrando, digamos, o Lado B da vida de cada personagem e especialmente da vida da anfitriã. Particularmente os dois últimos capítulos  nos mergulham numa tensão repleta de revelações que ninguém nunca imaginaria.

Vejam o trailer:


Texto: Fátima ChuEcco, jornalista ambientalista e também das áreas de cultura, saúde e pets

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Vídeos com gatos comendo catalônia, abobrinha e até atemóia. Eles são carnívoros masssss....


Gatos são carnívoros por natureza... isso é verdade... e não se deve forçar alimentação vegana neles MASSSS... até eles estão mudando e começando a apreciar inúmeras verduras, legumes e frutas. E olha que comem com gosto, viu?! Mas se você não está convencido disso, veja esses videos IMPRESSIONANTES, da Simone Camargo, de Itapecerica da Serra (SP), com os gatinhos dela comendo até mesmo ATEMÓIA:


Cuidado 😈: não é tudo que se pode dar aos gatos. Cebola e alho, por exemplo, são extremamente tóxicos para eles. Algumas frutas e verduras tb são proibidas. Consulte o veterinário.

Restou alguma dúvida sobre esses gatinhos de paladar inusitado? Vejam como devoram MELÃO:



E como são malucos por ABOBRINHA COZIDA:


Que tal ALFACE até o talo?




Texto: Fátima ChuEcco jornalista, escritora, gatóloga, consultora da BuscaCats www.buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos) e fundadora da editora www.miaubookecia.com








COMO SURGIU A PERSEGUIÇÃO AOS GATOS PRETOS?


Para contar como o gato de cor negra acabou sendo tratado como animal maldito é preciso lembrar que ele começou a ser brutalmente assassinado muito antes do período conhecido como “Caça às Bruxas”, quando muitas mulheres foram queimadas vivas diante de uma plateia insana que vibrava com cada execução em praça pública. Os gatos foram decretados inimigos da humanidade pela Igreja Católica e não se sabe bem o motivo uma vez que na Bíblia não há nenhuma menção favorável ou negativa referente aos gatos. Eles simplesmente não são citados em nenhuma passagem bíblica.
O Papa Gregório IX, em 1232, fundou a Santa Inquisição que durante seis séculos perseguiu mulheres, homossexuais, judeus, ateus, gatos e seus admiradores. Ele afirmava que “o diabólico gato preto, cor do mal e da vergonha, havia caído das nuvens para a infelicidade dos homens”. A estratégia da Igreja Católica da época para atacar os celtas foi pregar que eles eram bruxos.

Como os celtas costumavam viver isolados e rodeados de gatos, os animais foram associados as trevas, especialmente por terem hábitos noturnos. Para se ter uma ideia da barbárie cometida contra os gatos basta citar que foram emparedados vivos para garantir a solidez de casas, igrejas e castelos. Foram lançados do alto de muralhas e, como todos sabem, queimados vivos junto com as bruxas.
Mas o extermínio dos gatos teve graves consequências. Entre 1347 e 1350 a Europa sofreu com a Peste Negra ou Bubônica. A bactéria Yersinia pestis residia na pulga do rato preto indiano que chegou à Europa por meio de embarcações. Como última alternativa de controle da doença os gatos foram readmitidos nas cidades e somente assim a epidemia teve fim.

Uma missão tão fundamental poderia ter absolvido os felinos de novas perseguições, porém, mais uma vez a Igreja culpou os gatos pela peste e deu continuidade a uma dura perseguição.



Exatamente um século depois, em 1450, o assassinato, principalmente de mulheres, se intensificou a ponto de sinais como verrugas e sardas serem, para os católicos, indício de que as pessoas tinham pacto com o demônio. Mas não era só isso. Muitas dessas mulheres foram ganhando inimigos porque eram curandeiras. Elas conheciam muito bem ervas, atuavam como enfermeiras e parteiras.
Obviamente, a classe médica que era majoritariamente masculina, não gostou da atuação delas. A partir disso criou-se uma histeria na comunidade e as bruxas passaram a ser odiadas por todos e, de quebra, também os gatos que, normalmente, conviviam com elas e já traziam um longo histórico de perseguição por parte da Igreja Católica.

Em 1484, outro Papa, Inocêncio VIII, novamente declarou ódio aos gatos e milhares de pessoas foram torturadas para confessar que atuavam junto a Satanás. Quando não confessavam eram queimadas vivas e se confessassem tinham a “misericórdia” de serem estranguladas antes de serem jogadas na fogueira.
Para ser considerado um feiticeiro bastava ter um gato.
O Dia de Todos os Santos passou a ser comemorado com o arremesso de sacos cheios de gatos vivos para dentro de fogueiras. Rituais com tortura de gatos foram também acrescentados as comemorações de São Vito e Páscoa.
A Caça às Bruxas só teve fim por volta de 1750, ou seja, 300 anos depois.
                                                        Campanha da Ampara Animal de 2017
No século XVIII a Igreja Católica aboliu leis contra a feitiçaria e não mais pregou contra os gatos. O cardeal Richelieu, inclusive, teve muitos gatos, mas um deles, preto, era chamado de Lúcifer. E um dado interessante: Isaac Newton, que na época já gozava de prestígio, motivou a simpatia pelos felinos criando a portinhola, muito comum na Europa para que os gatos pudessem entrar e sair das casas.

No século XIX são aprovadas na Inglaterra as primeiras leis para combater crueldade contra animais e criadas organizações em defesa dos bichos. De lá para cá admiradores dos felinos, muitos bem famosos, foram surgindo. Lord Byron escreveu “O gato possui a beleza sem a vaidade, a força sem a insolência, a coragem sem a ferocidade, todas as virtudes do homem sem os vícios”. Victor Hugo, Charles Baudelaire, Mark Twain, Pablo Neruda, Chopin, Liszt, Monet, Renoir, entre outros também se declararam amantes dos gatos.

Texto e pesquisa: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista especializada em pets 🐶, escritora e gatóloga 😸. Fundadora da www.miaubookecia.com (especializada em fotolivros sobre animais e crianças) e  da http://buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos). Ministra a palestra "O Poder Curativo dos Gatos", em breve em formato de livro e faz numerologia associada ao Tarô dos Gatos e dos Cachorros. 😸😻😺🐕🐈

Autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" que teve participação da Brigitte Bardot em sua segunda edição e do livro "Ághata Borralheira (Cat) e Amigos tocando corações" com participação de bichinhos brasileiros e estrangeiros. Participante de várias coletâneas literárias sobre animais. 😻🐶🐒🐦🐞
Atuou com os Gorilas das Montanhas da República Democrática do Congo, Rancho dos Gnomos (Brasil) e foi por 11 anos colaboradora da Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais, além de colunista das Revista Meu Pet e 7 Dias com Você, e do portal português Miaumagazine. No SBT Repórter editou e produziu o programa "Bichos" que destacou animais de moradores de rua. Veja trajetória completa no lado direito do blog 🐱🐶🐵🐰🐭🐾🐾🐾


quinta-feira, 17 de outubro de 2024

A mulher que passa dos 50/60 vira cinzas mesmo ainda estando viva. Dá pra mudar isso?


Merece um prêmio a atual campanha da Renner que motiva mulheres que já passaram dos 50, 60 e 70 anos a terem coragem de recomeçar. A personagem do vídeo "Liberdade Feminina", com 71 anos, passa pelas várias etapas da vida e supera o medo e a vergonha para recuperar sua essência e trazê-la à tona.

O texto diz: "Quando a idade chega você se pergunta se ainda é capaz, se sua melhor versão realmente ficou no passado e se é loucura demais pensar num recomeço".

Certamente esse trecho cai como uma luva na vida de muitas mulheres que envelheceram e sentiram uma rejeição praticamente generalizada na sociedade, no mercado de trabalho e no campo amoroso. Vejam a campanha:


Não tem como negar que muitas portas (talvez a maioria delas) se fecham, especialmente nos empregos formais, diante dessa mulher por mais que ela seja inteligente, criativa e esforçada. As exceções ficam para aquelas que trabalham com a família, que estão em cargos públicos vitalícios ou que há muitos anos trabalham num mesmo lugar e aguardam a aposentadoria com certa tranquilidade.

Mas como estão sobrevivendo as mulheres que não se aposentaram ainda e que precisam trabalhar para sobreviver?

Claro que a Campanha da Renner está focada na autoestima, mas é bem difícil manter o entusiasmo quando não se é sequer chamada para entrevistas de emprego mesmo tendo todos os quesitos necessários. E isso não é nenhum enigma. Basta olhar sua identidade para encontrar a razão de você ter se tornado invisível no mercado de trabalho. Tudo de melhor que essa mulher já fez na trajetória profissional  dela vira fumaça.

Sem falar que essa mulher é vista como uma pessoa na menopausa que não se enquadrará no ritmo das empresas e que em breve irá se aposentar por tempo de serviço ou idade. Para grande parte dos empregadores essa mulher está na idade de cuidar dos netinhos ou de seus bichinhos. O lado produtivo dela é descartado em função da sua  idade (preconceito chamado de etarismo).

E embora seja proibido negar emprego a pessoas com mais de 50 anos, essa rejeição é real, embora se mantenha "velada". Quantas empresas possuem funcionárias perto dos 60 ou 70 anos? E das que possuem, quantas delas fazem parte da equipe? Talvez uma entre 20 ou 30 funcionários?

E isso nada tem a ver com pessimismo, falta de confiança, negativismo. Você não coloca o Brasil dentro de SP. Da mesma forma não coloca milhões de mulheres com mais de 50 anos para trabalhar em meia de dúzia de empresas que contratam pessoas nessa faixa etária.

Mas adianta lamentar? Adianta  se fechar como uma concha diante de uma sociedade preconceituosa? Adianta se deprimir diante de um sistema de aposentadoria que obriga essas mulheres a trabalharem até os 62 anos embora desde os 50 elas já comecem a ser descartadas?

A campanha da Renner procura fazer com que essa mulher erga a cabeça e não se anule diante de um cenário que a exclui. Procura dizer a essa mulher para criar novos caminhos tendo como base quem ela "é" e não quem ela "foi" porque nossa essência continua dentro de nós intacta em qualquer fase da vida.

Essa propaganda da Renner me faz lembrar muito da Brigitte Bardot, que à medida que foi envelhecendo, foi também deixando de ser respeitada apesar de toda fama que conquistou na juventude enquanto era uma das atrizes mais belas do mundo.


Bardot se tornou uma ativista em defesa dos animais. Injetou toda sua fortuna em santuários animais, mas passou a ser vista pela sociedade apenas como mais uma "senhora de idade" salvando bichos.

Nunca esqueço de uma ocasião em que ela tentou falar pessoalmente com o primeiro ministro do Canadá sobre a matança de focas e ele mandou dizer que não iria recebê-la. Ela na porta da sede do governo e o ministro, lá dentro, se recusando a falar com ela.

Nunca esqueci dessa cena que consta de um documentário.  A Bardot atriz, respeitada, talentosa, famosa... tinha virado cinzas. Mas ela nunca desistiu e continua até hoje extremamente ativa na causa animal.

Sugestão para a Renner e outras empresas

Já que a Renner teve a maravilhosa iniciativa de trazer à tona esse mundo nem sempre confortável da mulher que passa dos 50, 60, 70 e 80... fica uma sugestão: Renner contrate mais mulheres maduras. Quantas existem em seu quadro de funcionários? Valorize a mulher experiente!

E você, que se identifica com o que foi dito nesse artigo, deixe um comentário ou escreva uma mensagem no instagram da Renner clicando AQUI ou https://www.instagram.com/lojasrenner/

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"Se o mercado de trabalho despreza sua bagagem, faça você mesma bom uso dela" acessando AQUI

Trechos do artigo:

Você já chegou à casa dos 50 e sentiu que, por causa da idade, não foi chamada para uma entrevista de emprego que tinha "a sua cara"? Nesse caso é possível que tenha sido vítima do "Etarismo" ou preconceito pela idade ou faixa etária.  

Qual a solução?

Se o mercado de trabalho não valoriza sua bagagem faça vc mesmo bom uso dela

A solução, curiosamente, não é a "entrada", mas a "saída" do mercado de trabalho para não depender de "emprego", principalmente se a pessoa ainda não pode se aposentar e precisa ter renda própria para sobreviver. 

Navegar contra a corrente é desgastante, gera baixa autoestima e esse sentimento de impotência no mercado de trabalho se junta ao tratamento preconceituoso que a pessoa também já enfrenta no seu dia a dia, no lugar onde vive e nos lugares que frequenta.

Leia na íntegra acessando AQUI

Texto: Fátima ChuEcco jornalista e escritora

Todos têm a fé instalada, mas é preciso acioná-la para funcionar

Se tem uma palavra conhecida em todo o mundo e que é também a base de toda religião, doutrina ou seita, essa palavra é a Fé.  E mesmo quem n...