Esses dias peguei uma revistinha da empresa Supera que trabalha com ginástica para o cérebro, ou seja, desenvolve um atendimento focado em cognição, mas engana-se quem pensa que isso é coisa para quem já passou dos 60 anos. A perda de foco, distração e problemas com cognição podem aparecer em qualquer idade, especialmente com a avalanche de informações que recebemos todos os dias, em parte, graças ao hábito de passar o dia todo ligados no celular.
A neurocientista da Supera, Livia Ciacci, explica: "O mundo acelerado favorece a atenção fragmentada e dispersa. Quanto mais as pessoas entram nesse fluxo, mais difícil se torna a sustentação do foco cognitivo em uma única tarefa ou estímulo, afinal de contas, o cérebro se torna especialista naquilo que mais faz. Se só praticamos a atenção saltitante e dispersa, é como se desaprendêssemos a usar a atenção focada".
E atenção: "Perdemos cerca de 25% da produtividade em ambientes com muitos estímulos e interrupções"
E sabem qual o resultado? Prejuízos na memória que podem ser leves, moderados ou graves.
Lapsos de memória:
Onde coloquei a chave? Desliguei a luz antes de sair? O que eu ia mesmo comprar no mercado?
Claro que idade avançada é um fator que contribui para "esquecimentos" e, inclusive, alguns problemas mais complicados ligados à cognição, mas não é só isso. Tem gente bem nova não se lembrando do que comeu no almoço.
O bombardeio de informações que recebemos e buscamos o tempo todo, além das inúmeras tarefas que nos colocamos a fazer quase que simultaneamente... tudo isso dá um nó no cérebro. Pense num bairro com todas as suas vias congestionadas por carros, caminhões, ônibus, pessoas, vozes, luzes, barulho... a nossa mente fica desse jeito.
A proposta da Supera é exercitar o cérebro de pessoas em qualquer idade para protegê-lo nesse mundo hiperconectado. Na revista da Supera tem alguns exercícios bem interessantes sendo um deles o que coloquei no título dessa matéria: "Diga 5 países e 5 frutas sem a letra A". Confesso que só consegui lembrar de 3 países e 3 frutas.
A revistinha traz vários exercícios de raciocínio lógico e memória. Tem um bem legal e fácil. Veja se acerta:
Se a neve é vermelha e o sangue é branco, se a relva é preta e a fuligem é verde, qual é a cor do sujo se o céu for castanho? Fácil né? Mas divertido.
Tem outros exercícios na revista bem mais difíceis que servem para nos dar uma pequena amostra de como podemos praticar esse tipo de ginástica tão valiosa para o cérebro.
Tem também um teste rápido para você saber o quanto precisa treinar seu cérebro. Meu resultado foi de um cérebro do tipo "atleta de fim de semana" - e eu assino embaixo. Minha atenção anda medianamente fragmentada.
Não é o pior dos resultados, mas merece cuidado. Aliás, acho que esse meu perfil desatento não é de hoje. Muitos anos atrás, me distraí e me choquei contra aquelas caixas de correio que havia nas calçadas... ela até balançou! Fui atropelada três vezes estando acompanhada em duas delas por pessoas que não foram atingidas - o que sugere que posso ter me distraído ao atravessar as ruas.
E durante uma rebelião de presos, entrei na delegacia e fui direto para a cela onde presidiário e negociador conversavam. Simplesmente entrei. Os dois pararam de falar e me fuzilaram com os olhos. Só então olhei para trás e vi que num estreito corredor tinha uma fila de jornalistas aguardando o parecer do delegado. Passei por toda aquela gente sem ver ninguém e, claro, depois do vexame, dei meia volta e fui pro fim da fila.
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Fátima ChuEcco, jornalista e escritora, amante de gatos, animais, cinema e ciência
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