sábado, 16 de fevereiro de 2019

Meu trauma de infância com animais de circo e a Linha de Colônias Infantis “Fantástico Circo” da Granado




Lá pelos meus 9 ou 10 anos de idade os circos ainda tinham muitos animais selvagens. Um deles parava sempre no meu bairro e numa noite meu pai me levou ao espetáculo. Como toda criança encantada com tanto brilho, músicas e animais, também fiquei com meus olhinhos brilhando e saí dali feliz da vida! Mas eu já tinha um pequeno faro jornalístico nessa idade e no dia seguinte convenci uma amiguinha a ir comigo até o terreno onde o circo estava acampado. Ficava a umas quatro quadras da nossa casa e claro que a nossa intenção era ter um contato maior com os animais fora do picadeiro.



Chegando lá vimos que o circo não tinha segredos. Havia uma cerca baixa e frágil que nos permitia ver a tudo e a todos. Foi quando notamos um enorme elefante que parecia estar dançando, pois, balançava o corpo de um lado para o outro sem parar. Uma das pernas, no entanto, estava presa a um tronco de árvore por meio de uma grossa e curta corrente. Mesmo para nós, crianças, ficou claro que aquela situação não era nada agradável. Quem poderia estar feliz acorrentado o dia todo, sem poder sair do lugar, sob chuva, frio e calor? Ali fora do picadeiro não havia o brilho nem a magia que me encantaram na noite do espetáculo. Depois de ver essa cena nunca mais quis ir a um circo.

A Granado lançou ano passado a Linha Infantil Vintage “Fantástico Circo” que procura encontrar algum glamour nos circos de antigamente. A campanha publicitária tem peças com leões, elefantes e outros animais selvagens que, como o próprio nome diz, deveriam viver na selva. A tentativa foi trazer à tona uma infância que, segundo a empresa, era feliz e mágica porque tinha acesso a circos com animais escravizados. 

De fato, a maioria das crianças daquela época jamais poderia imaginar o que se passava nos bastidores, com os animais enjaulados, acorrentados e muito infelizes. A magia dos circos de antigamente era “fake” e não havia animais felizes em executar truques e sim obrigados, por meio de sofrimento, a fazer os “números” tão aplaudidos.

Nada contra os artistas circenses que já poderiam, sozinhos, garantir um espetáculo verdadeiramente majestoso e alegre. Imagino que poucas crianças da minha época puderam ter a curiosidade e a oportunidade de testemunhar o que vi por trás das lonas do circo. Por conta disso, essas crianças cresceram achando que o circo com animais é lindo e, certamente, continuaram a ir em circos, dessa vez, com seus filhos. 



Mas junto com essa geração que aplaudiu elefante subindo em banquinho e leão pulando em arco de fogo ao som do chicote, cresceu também o interesse pela proteção animal e, pelo mundo todo, foi sendo proibida a utilização de animais em circos. Santuários como o Rancho dos Gnomos, em Joanópolis (SP), passaram a receber esses animais escravizados durante a vida toda que nunca pisaram numa grama e não conheceram nada além da pequena jaula e do palco. 



Se você também teve uma experiência traumática com os circos com animais conte para a Granado no facebook https://www.facebook.com/GranadoPharmacias1870 quem sabe a empresa passa a entender que precisamos orientar as novas gerações para o respeito com os animais. Escravizar é o oposto de amar. Veja também matéria completa na ANDA sobre a Linha “Fantástico Circo” da Granado para entender melhor porque uma linha de cosméticos infantis pode prejudicar a conscientização das crianças na direção de um futuro mais ético e feliz para todos os seres do planeta.

https://www.anda.jor.br/2019/02/granado-lanca-campanha-publicitaria-que-faz-apologia-a-exploracao-animal/?fbclid=IwAR31nWscwJGjTVq10iZ1BJQ91e_dkkbzI8pn3VhERSkxM1nLNOYtemNrkZk

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Filme VIDRO é sensacional



Embora à primeira vista “Vidro”, em cartaz nos cinemas, pareça apenas mais um filme sobre super-heróis e super-vilões, na verdade ele questiona o poder que temos escondido no subsolo de nossa alma. Imagine que a alma é como um edifício. Nos andares superiores (e também mais caros) está tudo aquilo que fazemos de melhor e queremos mostrar ao mundo. À medida que vamos descendo os andares vão surgindo os nossos defeitos, preconceitos, intolerâncias e medos. Mas é lá embaixo, no subsolo da alma, que está a grande força motriz mantenedora de todo o edifício... uma força que pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal em proporções inimagináveis. É disso que trata o filme “Vidro”.


Escrito, co-produzido e dirigido por M. Night Shyamalan, “Vidro” encerra uma trilogia do autor e reúne na trama os protagonistas dos filmes “Corpo Fechado” (Bruce Willis e Samuel Jackson) e “Fragmentado” (com James McAvoy - o professor Xavier da série X-Men no papel de quando era jovem). Essa captura de personagens tão complexos e interessantes já vale ver o filme, mas ajuda a compreender melhor ver antes as histórias anteriores. Em “Corpo Fechado”, por exemplo, o vilão (Jackson), embora com uma mente brilhante capaz de planejamentos sofisticados, sofre da doença conhecida como “ossos de vidro”. Já o herói do filme (Willis) “sente” a intenção das más pessoas quando esbarra seu corpo nelas.



No caso do “Fragmentado” é especialmente importante ver para entender que o personagem Kevin (McAvoy) é um psicopata com múltiplas personalidades. A psiquiatria já levantou 23 possíveis identidades para quem tem esse distúrbio, mas Kevin desenvolveu uma 24ª conhecida como “A Fera” e isso tudo não fica muito claro em “Vidro”. A única sobrevivente do psicopata também foi escalada para o filme – outra razão para saber qual a importância dela na última trama da trilogia.

Os super-herói, o super-vilão e o psicopata (tb com poderes supranaturais) presos em uma clínica psiquiátrica mantêm o filme instigante. O psicopata merecia o Oscar já desde “Fragmentado” por mudar de personalidade em frações de segundos. Excelente interpretação. Curiosamente, o ator que interpreta o filho de Bruce Willis em “Corpo Fechado” ressurge no mesmo papel (agora como adulto). A trilha sonora é perfeita e o final, sem dúvida, uma surpresa, porque foge do que costumamos ver em filmes de super-heróis. 

No ar fica a pergunta: será que pessoas com superpoderes existem de verdade? E se existem, será que algumas delas nem têm ciência disso? Daí vamos para o início do texto: já vasculhou o subsolo de sua alma?  Quem sabe vc tem lá adormecido um super-vilão ou um super-herói.
Trailler:


domingo, 4 de novembro de 2018

FILME OBRIGATÓRIO para quem AMA GATOS e Freddy Mercury/Queen



Muitos fãs do Freddy Mercury (Queen) sabem que ele gostava de gatos, mas certamente poucos sabem que na verdade era uma PAIXÃO muito grande, que ele fez uma música para sua gata Dalila (Delilah) e que em sua casa em Londres ele chegou a dar um quarto para cada bichano: Tom, Jerry, Oscar, Tiffany, Dalila, Golias, Miko, Romeo e Lily. E aliás, ele gravou clipe da música “Those Were The Days Of Our Lives” usando um colete de seda pintado com retratos dos seus gatos. Querem mais? Ele também ligava para casa quando estava em viagem e pedia para sua amiga Mary (e grande paixão) colocar os gatos ao fone para conversar com eles.


Parte disso está documentado no filme “Bohemian Rhapsody” que ainda pode ser visto em alguns cinemas. O FILME É ADORÁVEL do começo ao fim! Há várias cenas dos gatos na casa de Mercury. Destaque para o episódio em que fizeram o fantástico disco de "ópera rock" e para marcantes cenas de shows que entraram para a história da música e tornaram Freddy uma lenda. No festival “Live Aid” de 1985, criado para arrecadar fundos para o combate à fome na África, Mercury se supera em suas interpretações. É de arrepiar! E dá uma emoção danada... vontade de chorar. Até quem nunca conheceu ou acompanhou o Queen pode se apaixonar.


Trailler do filme


Faixa Delilah (dedicada a sua gata) no álbum Queen 1991 “Innuendo” 


Videoclipe: “Those Were The Days Of Our Lives” onde Freddy veste colete com seus gatos





domingo, 16 de setembro de 2018

Exposição “Pintando Gatos” com mais de 50 artistas na Cobasi Augusta



Mostra tem como objetivo encantar amantes dos felinos e ajudar 200 bichanos carentes

Os gatos são pura inspiração! Uma lista interminável de artistas, de todas as gerações, conviveu com esses adoráveis felinos e deixou sua paixão estampada em diversas obras como Aldemir Martins, Picasso, Matisse, Salvador Dali e Andy Warhol. A inspiração felina estará presente também na Exposição “Pintando Gatos”, de 20 a 30 de setembro, na Cobasi da Rua Augusta (SP).
  



O time de talentosos artistas que mergulhou no fantástico e sedutor universo felino inclui: Mauricio de Sousa, Laerte, Marcelo Lopes de Lopes, Clovis Vieira, João Alves, Lézio Júnior, Fernando Rodrigues, Junior Nascimento, Moacir Torres, Jal Lovetro, Vicky Von Dorff, Ocimentobento e Pryscila Vieira, dentre outros.




Os trabalhos estarão à venda para ajudar a ONG Amanimal, de SP, que tem sob seus cuidados mais de 200 gatinhos, vários deles abandonados com idade avançada, com sérios problemas de saúde e deficiências físicas https://www.amanimal-ong.com .
Mauricio de Sousa, inclusive, é um confesso apaixonado por animais, por isso, na exposição, estarão presentes desenhos do Bidu e do Mingau, personagens das consagradas histórias da Turma da Mônica e também um cenário criado para sessão de selfies. A título de curiosidade: dois cães da família do artista frequentam diariamente os Estúdios Maurício de Sousa.


O artista plástico João Alves estará retratando animais a partir da foto levada por seus tutores na exposição aos finais de semana. Ele retratou a gatinha Ághata Borralheira, protagonista do livro “Ághata Borralheira & Amigos Tocando Corações” que ganhou uma homenagem na mostra devido ao seu carisma e missão: chamar a atenção para o encanto dos gatos pretos que, infelizmente, ainda são os mais abandonados nas ruas e esquecidos nos abrigos. 

“A ideia de pintar na abertura da mostra é uma maneira de divulgar a arte. Os animais são uma fortíssima fonte de inspiração e, tecnicamente falando, exige muito conhecimento da anatomia deles, muita observação da expressão”, explica o artista que atualmente tem duas cachorrinhas, mas já teve vários gatos.

A homenagem à Ághata Borralheira inclui ainda exposição de fotos e respectivo figurino de seu livro, além da exibição de alguns de seus filminhos que fizeram grande sucesso no facebook que leva seu nome.



Vicky Von Dorff também participa da mostra já que sua especialidade é pintar gatos: “Minha avó tinha 80 gatos e cresci no meio deles. Não brincava de boneca, mas de gato. A paixão começou assim. E a inspiração veio pela liberdade, beleza, sensualidade dos gatos e pela forma de amar deles que é diferente porque é independente, mas não é menos amorosa do que a forma de um cachorro, por exemplo. Eu me inspiro muito no movimento dos meus gatos quando estão tomando sol. A companhia deles é também inspiradora, o jeito deles ficarem no nosso colo e de nos acordarem”.




A dupla Renato de Pinho e Eduardo Trova, da Ocimentobento, como o próprio nome diz, faz esculturas com cimento. Para eles “gatos são mágicos, seres de muita percepção espiritual e nós adoramos fazer os gatos em esculturas porque exigem mais elegância nas formas”. Dpos gatinhos frequentam o ateliê dos artistas e, claro, serviram de inspiração para diversas peças que farão parte da mostra.



“Sou defensora dos animais e tenho profundo respeito por quem se dedica a esta causa. Tenho três gatinhos adotados. Todos os dias seguro cada um dos meus filhotes no colo, dou um cheirinho no cangote e digo para eles: Obrinha de arte de Deus!”, conta a cartunista Pryscila Vieira, que ficou famosa com os desenhos da boneca Amely. 

“É como se eu estivesse emocionada diante de uma das sete maravilhas do mundo e pudesse vislumbrar o poder da Criação divina. Quem desenharia seres tão belos e faria de cada um deles uma poesia encantadoramente diferente? Em todo animal posso admirar a obra do Criador. Mas os gatos... ah, os gatos... como merecem admiração e amor!”, complementa.



Além desse rico cenário de cor e criatividade, os visitantes da exposição poderão conhecer, por meio de vídeo, os gatinhos da Amanimal que estão para adoção. A renda arrecadada com a venda das obras contribuirá para a construção de um abrigo com toda a estrutura necessária para dar qualidade de vida a tantos bichanos vítimas de maus-tratos e abandono que a fundadora da ONG, Doroti Bottoni, vem acolhendo ao longo da vida.



“Minha paixão por animais vem de família. Aprendi com seu pai a amar e respeitar os animais. Desde criança, por morar numa fazenda, convivi com cavalos, vacas, coelhos, cães e muitos outros animais. Com o passar do tempo fui me apaixonando pelos gatos. Hoje mantenho parte deles na minha casa e outra parte em lares temporários”, conta a protetora.


Serviço: Cobasi Augusta, Rua Augusta, 2380 – Cerqueira Cesar (SP) Fone (11) 3831-8999. De segunda a sábado das 8h às 22h e aos domingos das 8h às 20h.



Manifestação pelo fim da exportação de animais vivos




O movimento contra a exportação de animais vivos realizou na tarde de hoje, 15 de setembro, uma manifestação organizada, criativa e impactante no Monumento das Bandeiras. Usando camisetas brancas e gorros imitando a cabeça de bovinos, os ativistas pediam o fim do embarque de bois pelos portos do Brasil por meio de cartazes, faixas e peças artesanais como um navio feito de papelão. Também fizeram um cordão humano em torno da Assembleia Legislativa de SP (Alesp) – há dois meses palco de batalha pela aprovação do PL 31 ou PL dos Bois, do deputado estadual Feliciano Filho (PRP).



Embora o PL 31 tenha recebido apoio da maior parte dos deputados, o presidente da Alesp, Cauê Macris, ainda não pautou o projeto para ser votado. No porto de São Sebastião, litoral norte de SP, milhares de bois estão embarcando em navios rumo a países como a Turquia. A longa viagem, que pode durar até 20 dias, mergulha os animais num ambiente de dor física e psicológica.  Falta espaço, comida, água, e até ar. O forte cheiro de amônia, decorrente do acúmulo de fezes, vômito e urina de milhares desses animais confinados num navio, provoca também sérios problemas nos olhos.



O cenário é coroado de doenças e pânico. Este ano pelo menos três bois já saltaram de navios atracados em São Sebastião para escapar da morte e um deles gerou comoção nacional e internacional ao atravessar um mar gelado por cerca de seis horas. Infelizmente todos foram reembarcados. A luta pelo fim da exportação de animais vivos é internacional. Em Israel tramita projeto de lei para banir tal prática e na Austrália ativistas já conseguiram cancelar as operações de uma das maiores transportadoras de animais por via marítima.



segunda-feira, 10 de setembro de 2018

CONEXÃO ENTRE MATADORES DE ANIMAIS HUMANOS E NÃO-HUMANOS




Cerca de 40 mil crianças desparecerem todos os anos no Brasil sendo que 20% jamais são encontradas. Ao mesmo tempo vemos casos de animais mutilados, enforcados e com vísceras arrancadas, dentre outras barbáries.E o que uma coisa tem a ver com a outra? 

Estudos feitos pelo FBI chegaram à conclusão que a maior parte dos matadores em série (conhecidos como serial killers), entre 85% e 90%, torturam e matam animais antes de migrarem para vítimas humanas.

Os torturadores de animais estão nos graus mais elevados dessa escala. Informe-se e ajude a salvar vidas humanas e não-humanas.
Informe-se e ajude a salvar vidas humanas e não-humanas. E se você teve alguma experiência dentro desse tema, como vítima ou profissional envolvido no caso, participe do livro "Matadores de Animais - Assim começa a carreira de um serial killer".
Leia a matéria completa em 
 https://www.anda.jor.br/2018/09/conexao-entre-matadores-de-animais-humanos-e-nao-humanos/

TEXTO: Fátima ChEcco, jornalista profissional MTB 21.012 - texto protegido por direitos autorais pode ser compartilhado/divulgado à vontade porque isso é LEGAL. Mas não pode ser comercializado/patrocinado em portais na íntegra ou em partes por ser ILEGAL.

sábado, 23 de junho de 2018

A causa animal perdeu um protetor de mão cheia e peito aberto




Juka Sobreiro partiu deixando um legado de amor aos animais e 40 cães em Cotia

A morte por infarto foi na manhã do dia 23 de junho

Sabe aqueles protetores com DNA totalmente voltado para a causa animal? Esse era o Juka, sempre metido em resgates, mutirões, feiras de adoção e ações que fizeram história na proteção animal de SP e do Brasil.  No massacre de cães de Santa Cruz do Arari, em Belém do Pará, Juka teve uma participação excepcional e, inclusive, trouxe para SP o Boneco (cãozinho sem as patas dianteiras que encontrou se arrastando pelas ruas de Belém), o cão Pelpo e o gatinho Zelpus. Ele também participou ativamente nas manifestações contra a fábrica de pele de chinchilas e nas do Instituto Royal, ambos em SP.

O charmoso e bem-humorado publicitário, que partiu o coração de muitas protetoras, acabou deixando a carreira para se dedicar aos animais. De vegetariano passou a ser vegano, e sempre trazia nos lábios um sorriso não importando qual fosse a situação. Ainda posso vê-lo levando tudo com leveza e dizendo uma frase típica dele: “Simples Assim!”. Juka era muito entusiasmado e acabava contagiando outras pessoas para protestos e ações diretas em defesa dos animais.

Ele acalantava um sonho há muitos anos: ter seu próprio hotelzinho para cães e gatos para com o dinheiro poder cuidar de animais que ele resgatava mas não tinha onde colocar. Concretizou esse sonho dois anos atrás, ocasião em que aproveitei para fazer uma matéria na ANDA e que pode ser acessada no link https://www.anda.jor.br/2016/11/lares-temporarios-se-profissionalizam-e-viram-hoteis-para-caes-e-gatos/

Em seu último post no facebook, no dia 22 de junho, uma foto com filhotinhos de gato chama a atenção. Nela, ele diz: “Festa dos filhotes. Ambiente relaxado ajuda no tratamento”. Uma prova de que Juka, até seus últimos momentos, continuava trabalhando pelos animais e estava feliz com a missão que abraçou.

Recentemente estava deixando o hotel em Cotia, feito com tanto carinho, por reclamação de vizinhos. Estava indo para Mairiporã com 40 cães que resgatou e mais alguns hospedados, mas não deu tempo de concluir as obras e os animais permanecem em Cotia. Por isso, fica aqui um APELO a todos que admiravam o trabalho de Juka Sobreiro:


COMO AJUDAR OS AMADOS ANIMAIS DE JUKA SOBREIRO
A protetora Paula Canazza, companheira de luta de Juka até seus últimos dias, está próxima da chácara que seria a nova sede do hotelzinho do protetor.  Paula não tem a menor condição de assumir ou hospedar os cães porque já cuida de 101 cachorros e 22 gatos numa situação muito delicada nas finanças. Mesmo assim ela ficará com Boneco e Pelpo, os dois grandes amores que Juka trouxe do Pará. O gatinho Zelpus já tem adotante.

Ela vai tentar instalar todos os cães na chácara alugada por Juka até ver o que pode ser feito. E, para isso, Paula precisa de ajuda para tudo, inclusive para transportar os cães de Cotia para Mairiporã e também: ração de cachorro, produtos de limpeza e, claro, ajuda financeira porque tem as despesas de aluguel, água e luz. E as adoções desses animais são urgentes. 

Paula e Juka tinham uma profunda admiração um pelo outro, portanto, ajudando a Paula estaremos enviando ao Juka um reconfortante abraço dizendo: “Amigo querido... não se preocupe e descanse... sorria de novo nesse seu novo caminho porque vamos ajudar seus amados animais... Simples Assim...”

Por favor... contatem a Paula pelo whats 11- 98630-3541
Contas da Paula
Caixa econômica 
Agência 1103
Conta poupança 0827-8
Paula Canazza da Silva 
CPF 302.485.308-10
Ou
Itaú 
Agência 2777
Conta corrente 01919-7
Caroline Canazza da Silva Poupet

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Boi pula de navio, nada 10 km e se torna símbolo de resistência



Imaginem como seria nadar por quase 10 km num mar extremamente frio a fim de se salvar da morte. Foi exatamente o que fez um boizinho na madrugada do dia 14 de junho (uma das mais frias do ano) depois de pular do navio Aldelta, que estava atracado no Porto de São Sebastião (litoral norte de SP), durante a operação para carregamento de 5 mil animais rumo a algum país do Oriente Médio.
A vontade de viver fez com que esse boizinho sobrevivesse até as 7 horas da manhã em plena água gelada, quando foi avistado por uma pequena embarcação. Foi laçado e levado em segurança para a Praia das Cigarras, mas o que poderia ser uma esperança de liberdade logo se transformou num novo pesadelo.
A defesa civil foi acionada e a Cia DOCAS, que administra o Porto, enviou um caminhão guincho que içou o boizinho (já com todas as patas amarradas) como se fosse um saco de batatas. A DOCAS noticiou que o boi seria examinado pelos veterinários presentes no Porto e, se estivesse bem, seria novamente embarcado… para a morte.
Rodrigo Polacow, morador e ambientalista de São Sebastião, conseguiu fotografar o resgate e também filmar o içamento do animal. Ele conta que o boi aparentava estar bastante exausto, mas não tinha ferimentos, inclusive, chegou a ficar em pé na beira da areia, mas logo tombou de cansaço. Tanto sacrifício para, como diz o ditado, “morrer na praia”… ou quase isso.
Leia mais e veja os videos em

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Festival de carne de cachorro e gato - Espetáculo de Sadismo Coletivo


Mês de luto para quem ama cães e gatos. O espetáculo de sadismo coletivo em Yulin, na China, que começa dia 21 de junho, não é ilegal e atrai milhares de pessoas desde 2010, quando teve início essa barbárie. Entre 2 e 3 mil cães perdem a vida das maneiras mais sórdidas: a pauladas, facadas, enforcados, queimados e até mesmo jogados vivos em caldeirões de água fervente. E enquanto esperam a dolorosa morte assistem o sofrimento dos outros animais – um festival de tortura extrema, física e psicológica e, sem dúvida, uma das piores atrocidades contra os animais no planeta.



Leia matéria completa e assine a petição em 
https://www.anda.jor.br/2018/06/festival-de-carne-de-cachorro-e-gato-comeca-dia-21-na-china/

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Como Ághata Borralheira entrou na minha vida




Uma incrível história que pode ser tudo, menos coincidência

Num primeiro momento eu não a vi... pude ver apenas suas patinhas da frente... e elas eram peludas, largas e diferentes. Ághata, com pouco mais de um mês de vida, estava escondida atrás de uma geladeira numa casa vizinha. Então me chamaram por saberem que gosto de gatos e quando fui olhar só dava para ver as patinhas. Disse ao dono da casa: “É uma gata de raça. As patas são muito largas. Mas está muito assustada. Deixe-a sair daí sozinha e então fica com ela ou coloca para adoção”.

O vizinho era pai de um veterinário casado com uma veterinária. Então eu sabia que mal nenhum faria aquela bolinha preta e peluda. Fui embora. Na época estava atordoada com o sumiço de uma gatinha minha. Tinha acabado de me mudar para aquela rua e, assustada, minha gatinha fugiu quando abri a porta cheia de sacolas de compras. Eu a procurava todas as noites pelo quarteirão e, especialmente, num prédio em construção onde, geralmente, os gatos costumam se esconder e até viver.

Noite após noite chamava por minha gatinha e, embora não a avistasse, ouvia um “miadinho” vindo do prédio em obra. Então falei com o vigia e ele disse que via um gatinho bem pequeno correndo pelos entulhos e entrando na cabine dos pedreiros toda noite. Já tinha visto, inclusive, o gatinho dormindo dentro de um sapato, pois, era tão pequeno que encaixava direitinho. No entanto, era arisco e fugia quando o vigia se aproximava.



O problema é que o lugar ficava cada dia mais perigoso com madeiras, ferros e pregos por todo lado. Então, uma noite, peguei uma caixa de transporte e botei dentro um sachê bem cheiroso. Coloquei num ponto onde ficaria fácil de eu alcançar caso o gatinho entrasse para comer. Foi tenso, mas deu certo. Capturei o gatinho que depois vim a saber que era uma gatinha... a minha Ághata.

Chegando em casa pude notar, pelas largas e peludas patinhas, que se tratava do mesmo gatinho atrás da geladeira. Num primeiro momento não quis ficar com ele, mas o destino fez ele voltar para mim. Não encontrei mais minha gata desaparecida, mas já tinha em casa a Dianna e a Millah. A pequena Ághata era muito miudinha e, apesar do susto da captura, logo se socializou conosco como que adivinhando que seríamos sua família.




Carreira cinematográfica nível amador, mas feito com amor

Desde o início, Ághata demonstrou uma atração louca por SAPATOS masculinos. Ela se jogava aos pés das visitas masculinas... abraçava os sapatos com tanto gosto que parecia voltar ao tempo em que, sozinha, naquela obra, os sapatos eram seu refúgio... seu cantinho quente e de sossego. Quando as visitas não usavam sapatos, mas tênis, ela agarrava do mesmo jeito.

O talento para fotos e filmes despontou na adolescência. Fotografar e filmar a Ághata era sempre uma delícia porque ela gostava de ser o alvo das atenções. Não fugia nem se fazia indiferente... ela participava... colaborava, como se tivesse um script (roteiro) sempre em mente.



Sua índole meiga encantava as pessoas. Ághata andava bem com peitoral... como se não usasse nada. Mesma coisa com seus vestidinhos. Muita gente não acha certo gato usar roupa, mas posso garantir que Ághata adorava. Ela desfilava com eles, subia e descia móveis, fazia tudo com naturalidade e, além do mais, não vivia com eles no corpo... eram apenas figurino de seus “CURTA-METRAGENS DE BAIXO ORÇAMENTO”.

Durante todo seu tratamento médico, surpreendeu os veterinários tal sua doçura deixando-se manusear sem resistência e espontaneamente escancarando as perninhas pAra fazer ultrassom... e olha que ela fez muitos, mas muitos ultrassons.... assim como muitas vezes colheu sangue e urina... mas tolerava tudo pacificamente e no ultrassom até ronronava.



Uma GUERREIRINHA

Ághata foi castrada aos 8 meses de idade e nunca ficou doente, nunca tomou remédio nenhum até seus 8 anos de vida. Então apareceu uma tal doença intestinal que a fazia passar por episódios de extremo emagrecimento e perda de apetite. Em duas dessas crises ela foi “desenganada”.

Mas a cada crise meu AMOR por ela crescia e eu usava esse amor como ferramenta de cura – assim como no livrinho dela também é mostrado que o Amor é a razão da recuperação incrível de vários bichinhos reais. Esse amor penetrava em cada remedinho e vitamina que ela tomava. E assim Ághata se recuperava em pouco tempo e de forma surpreendente. Uma guerreirinha!



O problema intestinal já tinha dado sinais de um possível linfoma lá trás, há quase dois anos, quando o tratamento começou de forma leve, mas ela se recuperava sempre tão rápido, se enchia tanto de vida e alegria, que eu alimentava a esperança da doença não chegar a um ponto muito grave.

Na crise de janeiro ela chegou a ter corpúsculo de Heinz que acabam com o sangue levando o animal a anemia profunda e morte. A única salvação seria por meio de transfusão de sangue, mas poderia ter rejeição ou então durar apenas um ou dois meses.



Diante de uma situação tão delicada, optei por tentar salvá-la do meu jeito... “NOSSO” jeito, investindo em vitamina B12 (citoneurim) injetável (que já a tinha salvado de outras vezes), ômega 3 (ograx 500 receitado pela veterinária) e mais a medicação habitual. E mais uma vez deu certo.

Em ABRIL, para surpresa das duas veterinárias que cuidavam dela, os exames não só estavam ótimos, sem anemia nem nada errado, como até dos corpúsculos Ághata tinha se livrado – não sei se existe na literatura veterinária a expulsão de corpúsculo sem transfusão, mas Ághata foi capaz disso.



Uma doença que usa disfarce

No dia 12 de MAIO comemorei meu aniversário agradecendo mais um ano na companhia da Ághata, Dianna e Rebecca.  E Ághata estava muito bem. No entanto, alguns dias depois ela começou a perder peso novamente. Já comia pouco e começou a ter discreta fraqueza nas perninhas. Estranhamente os exames continuavam normais.

Então, nos dias 27 e 28 de maio, ela realmente demonstrou não estar se sentindo muito bem. Quase não comia, não tinha mais vontade de sair, mal andava pela casa.  Nova bateria de exames foi feita na manhã do dia 29 com pedido de resultado urgente. Então veio a bomba... o linfoma tinha avançado e muito rápido. Estava claro que se tratava de uma doença que faz uso de disfarce. Permanece estrategicamente silenciosa e escondida e, de repente, mostra a cara.



Depois do almoço ela piorou e em questão de duas ou três horas entrou em colapso. Não posso dizer que ela não sofreu nada. Mas posso agradecer por ter sido um sofrimento de poucas horas durante as quais pude estar do lado dela. Foi muito triste... muito doído... muito angustiante... para nós duas.... mas ao menos tive a chance de me despedir, de beijá-la, de repetir inúmeras vezes: eu te amo eu te amo eu te amo. E eu rezo para que em toda a viagem dela esse mantra de amor possa ter sido ouvido por ela porque "eu realmente tenho um AMOR LOUCO por você, minha linda Cinderela".

Deixo um conselho para pessoas que tratam de gatinhos com linfoma:

dêem B12 INJETÁVEL (citoneurim 5000) se seu gatinho começar a ficar sem coordenação motora. Os veterinários se dividem. Alguns acham que a vitamina piora o limfoma, outros acham que é bom dar. Eu pude ver, em todas as crises da Ághata, que essa vitamina ajudou na recuperação, pois, muitas vezes, a falta de coordenação impede que o animalzinho se alimente direito. Restabelecida a coordenação, especialmente da cabecinha, eles voltam a comer.

Dêem COBAVITAL (que é para abrir o apetite) – a Ághata respondeu muito bem durante um ano e meio a esse remédio (sempre comeu mais que a Dianna e a Rebecca), mas não respondeu à Martizapina que é um ansiolítico humano que está sendo usado em cães e gatos com finalidade de abrir o apetite. Vocês podem até tentar a Martizapina, mas se não der resultado, tentem o cobavital.

Se puderem, se a situação permitir, evitem tratamentos fortes e radicais como radioterapia etc. O quimioterápico LEUKERAN tem baixo efeito colateral, não é caro, é pequenininho e fácil de dar, e a Ághata tb conviveu muito bem com ele todo esse tempo. Remédios mais fortes a teriam levado embora muito mais cedo.

EVITEM ATUM EM LATA mesmo sendo atum em água ou natural. Os assassinos corpúsculos de Heinz (que citei acima) podem ser gerados pelo consumo de cebola e alho. A Ághata, em janeiro, comia até uma lata de atum natural em água. Na descrição do produto não vemos cebola e alho, mas em se tratando de um produto que precisa de algum condimento e conservantes, pode ser que essas latas de atum possuam sim algum componente que estimula a formação dos corpúsculos. Eu cortei o atum e, como dito acima, Ághata se livrou desses corpúsculos que estavam em grande quantidade em seu corpinho.

 E AMOR nem preciso receitar... sei que todos vcs têm de monte por seus queridos cães e gatos. E acreditem, ele é essencial, vital...