quarta-feira, 27 de abril de 2022

Stefan, gatinho que escapou da guerra, vira porta-voz dos ucranianos


No instagram do Stepan @loveyoustepan, justamente com a foto acima, ele diz "A Ucrânia não quer guerra". O gatinho que conseguiu fugir para a Polônia e depois para  França junto de sua tutora, depois de ficar uma semana num abrigo subterrâneo, é um dos porta-vozes dessa guerra insana que, além das vítimas humanas, incluindo milhares de crianças, também expõe ao horror um número incontável de cães e gatos que estão feridos ou morrendo de fome pelas ruas da Ucrânia.


Stepan foi indicado para o prêmio de maior prestígio da indústria de influenciadores - World Influencers and Bloggers Awards 2022 @wibaglobal que acontecerá no dia 18 de maio em Cannes. Toda a arrecadação de fundos será destinada à Ucrânia e os ingressos estão à venda no site  www.forum.wiba.global

O gatinho levava essa vida

Que após a invasão russa se transformou nisso


Leiam o relato dele de como tudo aconteceu, postado em seu instagram @loveyoustepan:

"No dia 24 de fevereiro, de manhã cedo, estávamos dormindo em casa. Às 5 da manhã, uma explosão foi ouvida, e eu nem entendi o que era. Depois de um tempo, meia hora depois, houve mais explosões, as janelas tremeram. Dei um pulo e entendi que algo terrível estava acontecendo! O ataque e bombardeio de Kharkiv (especialmente no norte de Saltovka, onde moramos). Percebemos que a guerra havia chegado à nossa casa.

No primeiro dia da guerra foram as destruições mais graves. Os projéteis atingem as casas vizinhas todos os dias; as casas queimaram diante de nossos olhos. Por algum milagre, nossa casa permaneceu segura exatamente por uma semana. Nossa casa também foi danificada no oitavo dia quando um projétil voou para a varanda dos vizinhos. Não houve fogo. Graças a Deus! Em duas ou três dúzias de apartamentos, todas as janelas se espalhavam. Além disso, duas conchas caíram no nosso quintal em frente à casa.


Passamos duas noites no porão e sem eletricidade por uma semana. Tivemos que ir ao porão próximo para carregar o telefone. Então conseguimos sair da cidade. Os voluntários de Kharkiv ajudaram-nos levando-nos à estação ferroviária. Pegamos o trem Kharkiv - Lviv (em 20 horas chegamos a Lviv). Depois seguimos até a fronteira com a Polônia. Na fronteira, ficamos em uma fila em uma passagem de pedestres. Havia muita gente (4-5 mil). Após 9 horas, cruzamos a fronteira.


Quando chegamos à Polônia, recebemos ajuda da Associação Mundial de Influenciadores e Blogueiros de Mônaco. Eles nos ajudaram a chegar à França para esperar o dia em que poderíamos voltar para casa. Estamos bem agora. Preocupamo-nos muito com nossos parentes na Ucrânia e faremos o melhor que pudermos para ajudar nosso país


Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora e consultora sobre gatos perdidos. Fundadora da editora MI-AU Book www.miaubookecia.com @miaubookecia e da BuscaCats @buscacats



Um comentário:

  1. Caiu um cisco no meu olho, todos sofrem com a guerra, parabéns pela matéria.

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