quinta-feira, 28 de abril de 2022

Gatinha encontrada depois de 37 dias inspirou serviço especializado em gatos perdidos


Com o sugestivo nome de Rebecca Selvagem já era de se esperar que essa gatinha, a qualquer hora, fizesse juz a sua origem. Então, quatro anos atrás, exatamente no dia em que seria castrada, Rebecca escapou de casa estourando uma rede de plástico da porta de entrada. Estava há 12 horas de jejum e era completamente avessa ao contato humano - fatores que deixaram sua tutora em pânico.

Daquele dia em diante a busca pela gatinha foi intensa, cheia de erros e acertos, mas principalmente de muita aprendizagem. É o que conta a jornalista Fátima ChuEcco, fundadora da @BuscaCats:

"Tudo que falaram pra fazer eu fiz, desde colocar areia com xixi na frente de casa até procurá-la em colônias de gatos. Mas conforme os dias iam passando sem sinal dela, eu mesma fui criando técnicas para encontrá-la ou, ao menos, mantê-la alimentada. Por isso saía de manhã para checar alguns pontos onde ela poderia estar e, de noite, abastecia pontos de alimentação pelas calçadas".


Na época, a jornalista, como a maioria dos tutores, ainda acreditava que o gato poderia caminhar sozinho para bem longe e gastou a sola dos sapatos em andanças por todo o bairro.

"A gente é impelida a sair andando, chamando e colando cartazes, mas tudo isso é feito sem estratégia, na base do desespero e não em ações pensadas que podem dar mais resultado. Em primeiro lugar, gato não sai andando quilômetros como os cães fazem". 

Além da busca a pé, a jornalista colou mais de 100 cartazes e fez flyers para colocar nas casas.

"Nem todo mundo vê cartaz na rua e, aliás, tem gente que mal sai na rua. Então consegui atingir muito mais gente ao meu redor com os flyers nas caixas de correio. Entrei nas casas vazias e prédios em construção. A cada dia ficava mais criativa e fui combinando técnicas desde feng shui a interpretação de sonhos".

Como Rebecca é de fato "selvagem", mesmo depois de capturada - diga-se de passagem a poucos metros de sua casa com ajuda de uma gatoeira - ainda ficou uma semana vivendo dentro de um guarda-roupas antes de dar as caras.

"Tinha que colocar a caixa de areia, comida e água dentro do guarda-roupas porque ela não saía de lá de jeito nenhum. Cheguei a pensar que não era a minha gata já que gatos tigrados são muito parecidos. Mas quando ela resolveu abandonar o esconderijo e começou a subir no meu colo e escanear meu rosto com seu focinho, roçando levemente os bigodes na minha face, tive certeza que era ela porque só ela tinha esse hábito de reconhecimento!".


BuscaCats surgiu de um grupo de ajuda

Ao conseguir resgatar Rebecca que, passados 37 dias estava num buraco na parede do prédio ao lado do seu,  a jornalista começou a dar dicas no grupo GatosPerdidosEncontradosEmSP do Facebook (Acesse AQUI). 

"Quis ajudar as pessoas que estavam passando pela mesma aflição que passei. A gente dorme mal, come mal, fica doente... a vida vira de ponta cabeça. Então o grupo virou um espaço para as pessoas postarem seus gatos perdidos, gatos achados e conhecerem o que funcionou bem na busca pela minha gatinha".

Em 2020 Fátima percebeu que apenas as dicas que ela e outras pessoas postavam nas redes sociais, muitas vezes não eram suficientes para encontrar os gatos. Então criou um serviço de "busca personalizada" onde estuda o entorno da onde o gato se perdeu.

"Foi muito bom passar a ajudar dessa forma mais minuciosa e técnica porque cada gato tem uma personalidade, um histórico de vida, e as buscas precisam ser personalizadas levando tudo isso em conta. Embora espalhar cartazes e postar na rede social sejam ações importantes, procurar a pé e nos locais certos é essencial. Tem que divulgar e procurar ao mesmo tempo".


O suporte emocional é outro ponto forte do serviço:

"Senti na própria pele o que essas pessoas estão sentindo agora. Por isso procuro manter acesa a esperança delas com ferramentas que também usei nos momentos em que quase joguei a toalha".

No blog da BuscaCats (acesse AQUI) e tb no Instagram @buscacats há uma série de histórias com finais felizes e depoimentos dos tutores que podem inspirar as pessoas que estão com seus gatinhos desaparecidos.

Além do grupo no Facebook específico para SP, a jornalista criou recentemente um grupo para postagens de gatos do Brasil todo (acesse AQUI).

"É bem importante não apenas postar o gato perdido, mas também procurá-lo em postagens de gatos achados ou resgatados em vários grupos do Face. E para as pessoas que resgatam gatos também fica o apelo para que postem o bichinho em grupos de animais perdidos, mencionando o bairro, porque nem todo gato resgatado é gato abandonado - muitos se perdem e, inclusive, quando entram em motor de carro podem ir parar em outro bairro".


O diferencial da @BuscaCats

A jornalista Fátima ChuEcco sempre atuou na causa animal. Na Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais escreveu por 11 anos. Foi colunista da Miaumagazine de Portugal e sempre fez (e continua fazendo) reportagens para ajudar os animais domésticos e selvagens. Hoje escreve em seu próprio blog que vc acessa AQUI

Por isso, o serviço batizado de @BuscaCats carrega esse DNA da jornalista que é uma amante de animais e principalmente de gatos. Com preço acessível de R$ 98,90, a consultoria, realizada pelo zap para todo o Brasil, inclui estudo de vídeos, mapeamento e técnicas desenvolvidas pela própria consultora para ampliar as chances de encontrar o gato. E ainda oferece um acompanhamento por duas semanas para o tutor ir atualizando a situação e sanando dúvidas.

Agora que você já sabe como surgiu a BuscaCats, veja o vídeo com a Musa desse serviço inédito feito com carinho por quem ama e entende de gatos:











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