Quem tem paixão por gatos vai amar o filme "A vida eletrizante de Louis Wain", em cartaz no Prime Vídeo. Wain viveu entre 1860 e 1939 numa Inglaterra que, naquela época, escolhia preferencialmente os cães como animais de estimação. No entanto, suas pinturas humanizando os bichanos, em situações cotidianas vividas pelas pessoas, correram o mundo e abriram espaço para que os gatos tomassem seu merecido lugar em lares quentinhos.
O filme acompanha toda a vida desse grande artista, seus altos e baixos na carreira e, claro, sua inspiração que teve início com Peter - um gatinho frajola adotado por Wain e a esposa quando ainda era um filhote. Os gatos de suas ilustrações são recheados de expressões faciais das mais diversas:
Eles fumam, bebem...
Jogam carta...
Vão à escola...
Fazem tudo que nós, humanos, fazemos.
Interessante também como ele desenvolveu vários estilos de traços e de pintura. Ora as ilustrações psicodélicas, ora com traços caricatos, ora meigas... é fantástico! E conseguia desenhar com as duas mãos ao mesmo tempo.
Wain, inclusive, foi convidado para ser presidente do primeiro Clube do Gato de Londres e ganhou uma legião de fãs, além de elevar os gatos a um patamar só adquirido na época do Antigo Egito. Com seus desenhos ricos em detalhes Wain ajudou o gato a ser de novo um membro das famílias humanas.
Prefiro não contar mais nada do filme e abrir espaço para seu trabalho admirável. Vejam por exemplo a preciosidade da primeira foto logo abaixo. Um cachorrinho entra equivocadamente numa sala de aula de gatos.