O longa americano "Merv", em cartaz no Prime Video, tem como protagonista o cãozinho Gus - um "terrier mix" que pode ser traduzido como um terrier mestiço, bem semelhante ao nosso brasileiro e amado "Fiapo de Manga". Na realidade Gus é de fato um cão resgatado que, segundo a diretora do filme Jessica Swale, reunia as características para interpretar Merv.
O filme mostra que cães podem ter depressão, deixarem de comer devido à tristeza e até morrer por motivos emocionais. Merv entra em depressão quando seus tutores se separam e ele passa a ter guarda compartilhada. Jooey Deschanel e Charlie Cox interpretam os tutores atrapalhados que disputam o afeto do cãozinho.
Merv é levado para um resort canino numa tentativa de alegrá-lo e se tem uma coisa que Gus (ou Merv) sabe fazer é demonstrar tédio. Ele é excelente no papel de apático e entediado. E o mais legal é que ele e os demais cães que aparecem no filme tem suas atuações reconhecidas nos créditos dos atores (nos letreiros finais).
O resort é de extremo luxo. Acho que ainda não existe nenhum assim no Brasil. Tem o trivial como piscina, jogos, entretenimentos diversos, salão de beleza,mas conta até com uma "comunicadora animal" que faz sessão de terapia com os cães para contar aos tutores como eles estão se sentindo.
A história, beeeem leve, se passa em clima natalino, então é uma boa opção para relaxar e deixar os filmes de ação e sangrentos de lado.
Vale ressaltar um momento bem breve do filme, mas que retrata uma cruel realidade: a eutanásia dos animais que "vencem o prazo" de serem adotados nos abrigos. Não tem nenhuma cena mostrando o final trágico desses cães, mas Merv ganha uma companheirinha salva deste destino que é muito comum nos Estados Unidos.
Vejam que o Brasil, apesar de casos isolados e extremos de maus-tratos a animais, ainda assim não mata animais de rua. Há um batalhão de protetores espalhados por todo o país e uma lei federal que proíbe a matança de animais de rua.
O que acontece em vários Estados americanos é horrível. Quando os abrigos lotam, matam os animais que estão lá há mais tempo para receber novos moradores. Tem abrigo que mata os animais no final do ano quando todos os funcionários entram em férias. Tem abrigo que ainda usa câmara de gás.
Tem alguns grupos que ficam levando alguns desses animais "condenados" à morte para abrigos que tenham vagas. É um cenário pavoroso. Tenso. O Brasil está muito, mas muito mais avançado que os EUA nesse assunto.
Bom... Fiquem com o trailer de Merv:
Fátima ChuEcco - jornalista ambientalista e da causa animal
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