Descartes (1596 a 1650) chegou a essa conclusão argumentando sobre a capacidade de ter dúvidas. Para ele, as dúvidas eram a maior prova da existência do pensamento. Logo, se os seres humanos eram os únicos que tinham dúvidas e podiam pensar é porque existiam e o restante das criaturas vivas eram apenas máquinas que respiravam.
Admitir que os animais pensam é também ainda um tabu fora da sociedade científica! Muitos protetores e amantes de animais ainda se sentem desconfortáveis em admitir que os animais pensam ainda que numa escala diferente da nossa, mas de acordo com suas necessidades e o ambiente em que vivem. É um exercício mental quase tão difícil quanto aquele, tempos atrás, de imaginar que a Terra era redonda e não plana. Ainda há muita resistência nesse campo. Mas convido para uma reflexão:
Seu gatinho que pensa, mia e, portanto, existe e tem alma, pode ser o protagonista de um Fotolivro de luxo que fala um pouco da "filosofia felina". Seu bichano pode ilustrar a capa e páginas internas. Parte da renda vai para ONGs de Proteção Animal.
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Descartando Descartes
Mais de 100 anos depois, outro filósofo francês, François Marie Arouet, conhecido como Voltaire, dedicou uma parte de seu “Dicionário Filosófico” (1764) para rebater os argumentos de Descartes http://animaiseoespiritismo.blogspot.com/2011/04/carta-de-voltaire-descartes.html:
Foi de fato um discurso muito convincente e comprovável. Teve lá seus adeptos naquela época e tem até hoje, mas já era tarde. A sociedade científica já tinha se dado o direito de “fazer qualquer animal sofrer”. Paralelo a isso, a sociedade em geral também já tinha assimilado a ideia de que só o ser humano é capaz de pensar e isso perpetuou a escravidão e a tortura de qualquer outra criatura viva.
Assim...
"Penso, Logo, Mio e Existo" por Charles Darwin
Charles Darwin, aliás, escreveu que os gatos são alguns dos animais mais expressivos.
"Os gatos usam muito a voz como meio de expressão, e emitem, sob várias circunstâncias e emoções, pelo menos seis ou sete sons diferentes. Ações de todos os tipos, acompanhando regularmente algum estado de espírito, são de pronto reconhecidas como expressivas. Podem consistir de movimento de qualquer parte do corpo, como o abano da causa de um cão, o encolhimento dos ombros de um homem, o eriçamento de pelos, a exsudação de suor, o estado da circulação capilar, a respiração forçada e o uso de sons vocais ou produzidos por algum instrumento"
E acrescentou: "Até os insetos exprimem raiva, terror, ciúme e amor com sua estridulação" Charles Darwin, do livro "A expressão das emoções no homem e nos animais" http://jornalistafatima.blogspot.com/2013/07/os-gatos-sao-alguns-dos-animais-mais.html
"Penso, Logo, Mio, Existo e... Tenho Alma"
https://livrodosespiritos.wordpress.com/mundo-dos-espiritos/cap-11-os-tres-reinos/ii-os-animais-e-o-homem/
Mas era só o princípio. Inúmeros outros livros espíritas aprimoraram a questão da alma dos animais depois de Kardec como os escritos por Ernesto Bozzano e Marcel Benedeti que vale a pena consultar.
Fátima ChuEcco
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