Quantas vezes a gente não se debate como um pássaro na
gaiola em busca de uma solução que não virá... pelo menos não já? Mesmo assim,
o pobre pássaro tenta em vão romper barreiras além de seu controle. Muita gente confunde PACIÊNCIA com PASSIVIDADE... e DISTANCIAMENTO com DESISTÊNCIA. Mas a
verdade é que ter paciência significa se dedicar a outras atividades enquanto
aquela que vc teima em realizar não está fluindo ou... buscar outra inspiração e
deixar, por hora, seu antigo sonho em segundo plano. Agir pode ser, no momento, a
forma mais desastrosa de afundar um barco que ainda poderia desbravar um oceano
inteiro... mais adiante.
A impaciência é perigosa. Pode drenar nossa energia e levar
a sorte ou oportunidade embora. “Ter paciência não se trata de desistir dos
objetivos, mas perceber que é possível avançar na direção deles enquanto cuida
de outros aspectos da vida”, diz a obra“Toda a Sorte do Mundo”, de Theresa
Cheung... que virou meu livro de
cabeceira há algum tempo. Muitos problemas se solucionam sozinhos quando
aprendemos a nos distanciar deles. Para tomar decisões sensatas é importante deixar passar
um tempinho para que o calor da emoção esfrie e não termine por queimar nossos
neurônios e raciocínio. O estresse impede que as pessoas pensem direito.
Algumas vezes vale mergulhar de cabeça no exato instante em
que algo que vc deseja está ao seu alcance, mas noutras ocasiões o melhor é
recuar e se distanciar por algum tempo. O livro sugere que quando relaxamos
escutamos nossa voz interior com maior nitidez e temos mais chance de enxergar
os caminhos mais claramente. Esse distanciamento pode incluir uma viagem sozinha
(o) por uma estrada vazia. ÀS VEZES É NO
MEIO DO NADA QUE A GENTE SE ACHA. Tem
uma música antiga do Titãs q diz assim: “As respostas estão no chão, vc tropeça
e acha solução”. Por isso que inúmeras vezes TUDO QUE SE TEM A FAZER É NÃO
FAZER NADA.
Minhas reflexões a respeito de trechos do livro Toda a Sorte do
Mundo
Fátima Chuecco, jornalista e escritora
Texto de 2013
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