quarta-feira, 21 de junho de 2023

Bianca salva pelo gongo: 21 dias perdida em SP com 13 anos de idade


Uma história incrível de reencontro entre uma gata idosa perdida e sua tutora, depois de 21 dias sem qualquer notícia, é o que você vai ler nas próximas linhas. E são várias as lições que podemos extrair desse caso ocorrido em SP em maio de 2023. Perseverança e fé são as maiores delas.

Podemos supor que Bianca, no alto de seus 13 anos de idade,  se assustou ao deixar o apartamento todo telado onde morou por muito tempo e ir para uma casa com quintal. 

Durante o entrar e sair de carros na garagem, ela teve o ímpeto de entrar num motor e desceu onde o veículo estacionou, por sorte, muito perto da nova casa, pois assim foi possível localizá-la. 

Ela se escondeu no forro do telhado de um galpão da onde despencou exatamente no instante em que havia várias pessoas no local. Altura: 6 metros. Quebrou a bacia no ato e se arrastou. Sim... um desespero inimaginável... mas aquelas pessoas já tinham visto uma faixa sobre ela na esquina da rua e UFA!... sua tutora pôde ser imediatamente acionada.

Estado em que Bianca foi encontrada

Bianca encontra-se em tratamento, mas está bem, principalmente levando-se em conta a sua idade avançada. A tutora, Elaine Piffer, enxerga nesse resgate um verdadeiro milagre:

"A queda do forro foi grave e poderia ter sido fatal, mas se ela não tivesse caído bem naquele momento em que várias pessoas puderam vê-la, talvez tivesse morrido sem socorro". 


Elaine não acreditava que Bianca tivesse saído da garagem no motor de um carro, então se dedicou por semanas na busca nos arredores de sua casa, espalhando panfletos, entrando em casas vazias e observando pequenas colônias de gatos. 

Mas instintivamente também entregou panfletos e pendurou uma faixa exatamente na esquina da rua onde Bianca foi encontrada: "Meu sobrinho entrou com o carro na garagem e depois saiu rumo a uma feira de rua que fica a uns 300 m da casa. Ele estacionou na rua do galpão. Então imagino que ela desceu do motor e entrou no galpão pelo portão ou pegando carona no motor de algum caminhão. Depois, de algum jeito, chegou no forro do telhado. Estava bem magra, faminta e a pelagem branca ficou todinha cinza".


Durante as buscas Elaine movimentou toda a vizinhança e muita gente procurou ajudá-la das mais diversas formas: "Foi muita benção, muita oração.Tem gente que até fez promessa para eu achar a Bianca. Ela está manhosa, só quer meu colo".

Atenção:

Em geral, quando os gatos escapam e se perdem, eles buscam abrigo na vizinhança mis próxima. Não ficam andando pelo bairro como os cães fazem. Massss... se entram no motor de um carro podem parar em qualquer lugar.

No caso da Bianca houve dois fatores facilitadores: Elaine sabia em qual carro Bianca podia ter entrado e onde esse carro havia parado. Então, embora estivesse mais inclinada a deduzir que a gatinha tinha saído a pé (ou pata) pela garagem, também fez a divulgação na rua da feira onde o carro estacionou e onde ficava o galpão. Coisa de instinto de mãe de gato!

Caso o carro tivesse parado muito mais longe, a orientação seria colar cartazes e soltar panfletos no local, mas as chances de achar o gato diminuem bastante nessa situação porque ele poderia saltar em qualquer farol num longo perímetro. Daí é como procurar uma agulha num palheiro.

Além de todo o empenho dia e noite, Elaine carregou dentro de si muita fé em achar a Bianca, como ela mesma relatou. E descobriu gatinhos de rua que passaram a contar com sua ajuda na alimentação.  Ou seja...

Ajudando a outros gatos Elaine teve seu caminho iluminado na direção de achar a Bianca.

A bela história nos dá um alerta:

Procurem gatos perdidos em forros de telhados!!!! E...

Os gatos devem ser os últimos a pisar numa nova casa. Primeiro leve as malas, móveis, caixas... tudo. Quando não faltar mais nada para descarregar, daí sim leve os bichanos e deixe tudo absolutamente fechado: nenhuma porta, janela, vitrô... nada que ofereça rota de fuga porque eles podem ficar um pouco assustados, desconfiados ou incomodados com a mudança.

O ideal mesmo é levar os gatinhos apenas quando já estiver tudo telado, inclusive com alguma proteção antifuga na porta de entrada e na varanda ou sacada. E falo isso por experiência própria. 

Muitos anos atrás perdi uma gatinha quando tinha acabado de me mudar. Parei o carro bem colado na casa, descarreguei as compras com a porta aberta e fui guardar o carro num estacionamento próximo. Umas horas depois notei que a Isabella não estava em casa e deduzi que ela tinha saído enquanto  colocava as compras pra dentro. Podia ter entrado no motor do carro ou simplesmente saído por debaixo dele sem eu ver. Procurei muito por ela, mas naquela época eu não sabia nada do que sei hoje. Nunca mais a achei.

Então tomem muito cuidado na hora de abrir as garagens e especial cuidado com períodos de mudança de casa.

Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia



terça-feira, 13 de junho de 2023

Uma mão lava a outra e uma pata lava a outra. Tá provado!


Perder um gato que conseguiu escapar de casa é desesperador. Imagine perder dois ao mesmo tempo! Pois foi o que a Ilca Terezinha Zicka, do Paraná, enfrentou recentemente quando percebeu que Bombom (foto) e Phineas havia sumido num piscar de olhos.

Foi uma semana de muita busca nos arredores da casa e muita divulgação nas redes sociais até a tutora perceber um miado desesperado vindo de dentro de uma casa abandonada quase de frente à sua.

"Na hora eu reconheci o miado. Atravessei a rua correndo com o coração na mão. Tinha uma janela bem alta por onde chamei o Bombom e obtive resposta. Mas a parede era de ade azulejo e imaginei que ele não conseguiria sair por lá. Contornei a casa batendo a mão nas janelas até que, graças a Deus, uma delas foi possível abrir porque é daquelas janelas de correr de ferro com grade. O Bom bom surgiu de dentro do banheiro. Olhou pra mim miando, miando e voltou para o banheiro. Fiquei chamando um tempão, mas ele não veio", conta a tutora.


Ilca esperou a filha chegar e teve a ideia de retornar para casa e pegar ração para atrair Bombom, mas nem foi preciso. Quando ela chegou em casa lá estava ele no quintal.

Mas e o outro gato???

Ilca narrou essa situação um tanto inusitada nos posts da sua rede social e na hora eu pensei: "Esse gato não estava miando por ele e sim para pedir socorro para o amiguinho Phineas". Sugeri que Ilca retornasse à casa e examinasse melhor, afinal, o outro gatinho podia estar ferido ou preso em algum cômodo.

Ela já estava pensando em voltar, mas o conselho a incentivou ainda mais a procurar Phineas no mesmo local no dia seguinte e para sua felicidade...

"De fato ele estava lá, escondidinho atrás da porta do banheiro. Nos fundos tinha uma porta que já tinha sido forçada e quando minha filha começou a mexer na maçaneta ela abriu. Quase tivemos um troço de tanta felicidade".


Esse é um típico caso de "uma pata lava a outra" quando um animal ajuda outro que se encontra em perigo e não é tão raro de acontecer.

Acompanhei outro caso em que uma gatinha também fugiu de casa e seus tutores não sabiam mais onde procurar. Eles me contaram que o outro gato da casa estava com um comportamento estranho: ficava num galpão dos fundos olhando e miando para a brecha entre o telhado e o muro que dava para uma vilinha atrás da casa.

Calculei que o gatinho tentava avisar que sua companheirinha devia estar naquela direção, provavelmente em alguma casa da vilinha. Os tutores já tinham percorrido a vila e falado com algumas pessoas durante o final de semana sem sucesso, mas na segunda-feira tiveram uma agradável surpresa: a gata ficou trancada acidentalmente numa das casinhas porque o único morador havia viajado. Ao retornar e abrir a casa ele viu a gata escondida no quarto cuja janela dá pra rua e por onde ela provavelmente entrou.

Detalhe: a casa do rapaz era na exta direção da onde o gatinho ficava olhando e miando.

Vale ressaltar que é muito comum gatos perdidos ficarem presos ou buscarem refúgio em casas vazias: abandonadas, à venda ou porque os moradores estão viajando. Então é muito importante focar a busca ao redor de casa e nesses locais.

Você encontra várias orientações de como procurar gatinhos perdidos no blog http://buscacats.blogspot.com

Texto: Fátima ChuEcco jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia




quinta-feira, 8 de junho de 2023

Ronny e Gigi, da África do Sul, em momento artístico-intelectual

 


Aqui estão dois cachorrinhos que foram adotados juntos na África do Sul: Ronny e Gigi. Nessa imagem eles estão num momento de atividade intelectual e criação artística. Uma cena digna para ilustrar um AU-AU Book colorido e divertido só deles. Seus cachorrinhos também podem ter um fotolivro de luxo (capa dura) com uma historinha exclusiva inspirada nas melhores fotos deles. 

Conheça os modelos, preços e veja depoimento de quem já fez acessando www.miaubookecia.com

domingo, 4 de junho de 2023

Lançamento da Netflix "Tin e Tina": gêmeos inocentes ou perversos?


Um novo filme da Netflix está dando o que falar, "Tin e Tina", que retrata gêmeos albinos por volta dos 8 anos de idade capazes de certas atrocidades. Sabiamente, o roteiro provoca uma dúvida: o casal de assassinos mirins comete crimes por pura inocência ou são mesmo perversos por natureza?

Abandonados pelos pais e criados num rigoroso convento, os gêmeos desenvolvem obsessão pela Bíblia citando versículos a cada ato cruel que praticam. Inclusive, aqui vai um spoiler "necessário" aos de estômago mais fraco: na cena do cachorro fechem os olhos.

O verdadeiro caráter dos gêmeos certamente vai dividir opiniões já que suas atitudes estão sempre justificadas pelos versículos aos quais eles são tão apegados desde crianças.

Por outro lado, sabemos que a grande maioria dos psicopatas começa seus crimes na infância contra animais indefesos e outras crianças. E na vida adulta vemos inúmeros casos de psicopatas ou serial killers com fortes apelos religiosos, sendo que alguns deles cometem os crimes inspirados por passagens da Bíblia que, obviamente, interpretam do jeito deles.

Ao meu ver, Tin e Tina pode ser visto como um suspense com cenas de terror. E por vezes assusta mesmo a começar pela trilha sonora bem sombria.

Assista o trailer:


Veja e decida se Tin e Tina são inocentes ou perversos. E para ajudar na sua decisão vale lembrar alguns casos famosos de crianças que cometeram crimes bárbaros. 

Texto extraído de um dos episódios da série que desenvolvi para o portal da Anda chamada "Matadores de Animais: Assim começa a carreira de um psicopata".

Capítulo Três

Crianças Perversas: um mal que precisa ser cortado pela raiz

“Mas é apenas uma criança!”. Quantas vezes não ouvimos essa frase quando uma criança é acusada de ter ferido ou matado um animal? Inadvertidamente, muitos pais deixam de dar importância a um comportamento violento que pode progredir ao longo dos anos e culminar em um psicopata assassino.

Em 2008 bastaram apenas 35 minutos para que um garoto de sete anos de idade matasse 13 animais em um zoo na Austrália. O menino, desacompanhado dos pais, entrou no setor de répteis, pegou uma pedra e bateu com força contra um lagarto diversas vezes até o animal morrer. Depois atirou mais dez animais para dentro da jaula de um crocodilo: foram dez lagartos, quatro dragões barbudos, dois diabos-espinhosos, uma tartaruga e uma iguana de 20 anos. Pelas câmeras do zoo, o menino foi flagrado rindo enquanto assistia o crocodilo atacar um indefeso lagarto de língua azul.

Ele escapou por pouco de um processo, pois, no Território do Norte da Austrália, onde o fato ocorreu, as leis levam a julgamento pessoas a partir de 10 anos de idade. Seus pais, no entanto, foram processados pela falta de controle do filho e também por terem arriscado a própria vida dele, facilitando que ficasse tão perto de um crocodilo.

Assassino mirim brasileiro

Em 2004 um crime cometido em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul chocou o país. A vítima, Maicon Rodrigues dos Santos, tinha seis anos. O menino teve a cabeça mergulhada em um poço e em seguida foi agredido com pauladas no peito, num nível de brutalidade difícil de imaginar ainda mais pela idade do agressor que tinha apenas 11 anos de idade.

Uma das testemunhas, uma menina de 10 anos, disse que ela, Maicon e mais um colega tinham convidado o agressor para um terreno baldio onde comeriam os restos de uma festa para crianças promovida por um Centro de Umbanda. No local o agressor pegou Maicon no colo para atravessar um córrego e em seguida enfiou sua cabeça no poço e começou a bater nele. As demais crianças correram para buscar ajuda.

O assassino mirim confessou que matava gatos com frequência da mesma forma e que não tinha dó dos bichos porque estava acostumado a ver cabritos, pombas e galinhas mortos em rituais (conforme noticia publicada pelo jornal Zero Hora de 1 de junho de 2004). 

As duas faces de uma linda garota

O tema “Crianças Perversas” não poderia deixar de citar Mary Bell, considerada a primeira assassina mirim do mundo. Quem poderia imaginar que essa delicada garota iria matar duas outras crianças? Isso aconteceu em 1968 na Inglaterra e a primeira vítima foi um garoto de 3 anos que Mary estrangulou e jogou do andar superior de uma casa um dia antes dela completar 11 anos de idade.

Apenas dois meses depois, perto de uma linha de trem, Mary estrangulou outro menino de 4 anos, perfurou suas coxas e genitais. Mas nessa vítima ela teve ainda a chance de fazer um detalhe sórdido: perfurou um M em sua barriga. No histórico de Mary consta que entre 4 e 8 anos de idade ela foi obrigada a manter relações com os clientes de sua mãe que era prostituta coincidindo com uma provável causa apontada pelos pesquisadores para o desenvolvimento do comportamento psicótico.

Foi presa devido aos fortes indícios de psicopatia e até conseguiu fugir da cadeia uma vez. Foi liberada em 1980 aos 23 anos e teve permissão para trocar de nome a fim de começar uma nova vida. Casou-se e teve uma filha, mas continuou tendo problemas com a vizinhança que descobria sua verdadeira identidade. Mary não se livrou de seu passado macabro. O livro “Gritos no Vazio” contém sua biografia escrita pela jornalista Gitta Sereny em 2007. 

Transtorno de Conduta

No Brasil as crianças com comportamento perverso recebem o diagnóstico de “transtorno de conduta” e muitas vezes nem fazem tratamento porque grande parte dos pais não quer assumir que tem um filho com tendência à crueldade e esconde o fato. Associa-se a esse comportamento causas genéticas, lesões cerebrais, abusos na escola ou em casa.

Segundo a Associação Americana de Psiquiatria (APA), menores de 18 anos não podem ser tratados como psicopatas porque suas personalidades ainda não estão totalmente formadas. Pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) aponta que cerca de 3,4% das crianças mentem, furtam, brigam e desrespeitam regras básicas, mas se também forem cruéis com os animais é motivo para os pais procurarem ajuda psicológica com urgência.

Psiquiatras acreditam que nas crianças ainda existe uma chance de mudança de conduta se elas forem muito bem assistidas e, especialmente, orientadas em outra direção com tratamento adequado. Podem aprender a direcionar sua violência latente para a Arte ou outras formas de expressão em que não prejudiquem bichos ou pessoas.

Texto: Fátima ChuEcco jornalista, escritora e fundadora da @BuscaCats


Nova série da Netflix fala do desastre que deixou milhares de animais para trás


 A nova série da Netflix "Três dias que mudaram tudo" (The Days título original), me fez lembrar de uma entrevista que fiz para a revista "Meu Pet" com brasileiro que trabalhou no resgate, tratamento e recuperação de animais que foram deixados para trás durante a evacuação de Fukushima (veja no post acima), por conta do terremoto seguido de Tsunami que afetou vários reatores nucleares no Japão.

Tales Mello cuidou, por exemplo, da cadelinha Maruko, que ficou 11 dias sem comida ou água sob escombros. Seus tutores sobreviveram, mas no abrigo em que estavam era proibido levar animais. A cadelinha foi salva pela ONG onde Tales era voluntário cinco dias antes de ser sacrificada. segundo Tales, ela conseguiu retornar para sua família.

O drama de Maruko foi o mesmo de milhares de cães e gatos que ficaram feridos, doentes e expostos à radiação. A série de apenas 8 capítulos, no entanto, se detém na equipe da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi e seu esforço em tentar evitar o pior, ou seja, a liberação de material radioativo. 

Estou contando a história desse brasileiro apenas porque lembrei da entrevista e sei que muita gente gostaria de saber o que houve com os animais que habitavam o local do acidente.

A tragédia foi em 11 de março de 2011 com a morte de 18 mil pessoas e deslocamento de outras 300 mil que não puderam retornar as suas casas num perímetro de 20 km a partir da usina devido ao risco de contaminação.

O Tsunami chegou a ter ondas de 15 metros de altura e destruiu várias cidades além de danificar por completo o local que abrigava os reatores nucleares. 

Passados 11 anos, o Japão continua desmontando a usina e se desfazendo dos destroços. Houve descarte de material contaminado no mar e até hoje existe polêmica sobre os métodos adotados pelo Japão para se desfazer do que ainda resta. Estima-se que vai levar cerca de 30 anos para conseguir se livrar de todo aquele perigoso lixo radioativo.

Mas a série, como o próprio nome diz, foca os dias de maior tensão e o que foi feito dentro das instalações da usina. É para um público específico, que realmente goste de acompanhar o desenrolar de uma tragédia dentro de gabinetes de crise e centrais de comando.

Embora tenha um um tom crítico ao uso de energia nuclear, justamente por causa de riscos como esse ocorrido no Japão (e tb no que houve em Chernobil), a série visa mergulhar nas iniciativas tomadas e suas consequências no ápice do desastre.

Veja o trailer: 


Texto: Fátima ChuEcco jornalista, escritora e fundadora da @BuscaCats


domingo, 7 de maio de 2023

O milagre chamado Léo: história do gatinho que ficou 2 meses perdido


Se você ama gatos vai amar essa história e o vídeo aqui postado! E se você conhece alguém que está com o gatinho perdido, por favor, envie essa história que serve como uma grande dica e pode salvar a vida de um bichano.

 Léo, gatinho de 8 anos, sobreviveu por milagre, conforme a tutora Paula Leite, de SP, conta:

"Nós o achamos bem atrás da nossa casa e no momento certo porque ele já estava no finzinho da vida dele. Além da fraqueza de ter ficado 15 dias trancado acidentalmente numa fábrica que entrou em recesso no final do ano passado, também teve contato com chumbinho. Quando o encontramos estava tendo convulsões. Ficou uma semana internado e precisou de mais 3 meses de tratamento e fisioterapia para voltar a andar".

Vejam a foto de quando foi encontrado:


Mas como isso foi acontecer com o Léo, que vivia tranquilamente num sobrado todo telado?

Léo escapou pela laje em algum momento que uma porta foi esquecida aberta. Sua tutora, depois de um mês de longa busca por ele, chegou a vê-lo no telhado da fábrica vizinha a sua residência, mas Léo ignorou os chamados e entrou na empresa, provavelmente, por algum acesso que Paula não conseguiu identificar.

Aliás... ATENÇÃO... mesmo quando um gatinho está perdido e talvez passando fome, pode ser que ele não atenda aos chamados dos tutores porque, a essa altura, o gatilho da autodefesa já está acionado devido a sustos e perrengues que ele possa ter sofrido. Ele naturalmente reconhece os tutores, mas desconfiado de tudo e de todos, pode não ceder aos chamados e evitar uma aproximação.

"Os funcionários da fábrica confirmaram a presença do Léo no local, pois, viam pegadas de gato e excrementos", explica Paula.

Nesses casos, o ideal é armar uma gatoeira no local que se tem certeza que o gato anda frequentando, antes que o pior aconteça. A gatoeira  apenas o prende, mas não o machuca.

No entanto, com Léo o resgate foi diferente e dá pra arriscar dizer que ele foi salvo por "milagre".

"Deduzi que Léo acabaria se cansando da farra na rua e voltando pra casa sozinho. Havia comida em toda a vizinhança para gatos que viviam soltos, então presumi que de fome ele não morreria. Também percebi que ele podia entrar e sair da fábrica e, portanto, qualquer hora voltaria", comenta a tutora que, assim como a maioria das pessoas sem experiência com gatinhos perdidos, não conseguiu prever a situação que o bichinho enfrentaria.

Imperdível:

Paula fez um vídeo que foi visto por milhares de pessoas no TikTok onde o próprio Léo conta sua história, comenta os maus-bocados que passou e fala da sua recuperação. Assista nesse link

https://www.tiktok.com/@leo.gatineo/video/7224967422690790682?_r=1&_t=8c1VlEneWPd&social_sharing=v2

Ou VEJA no YOUTUBE abaixo:


O que extrair dessa história com final feliz:

Manter a casa ou apartamento telado é fundamental, pois, como todos sabem, na rua há muitos perigos e mesmo os gatinhos acostumados a viverem soltos estão sujeitos a eles

Procurar na vizinhança é outro fator crucial. Diferente dos cães que chegam a andar quilômetros por dia, os gatos, quando escapam, tendem a ficar nas redondezas, muitas vezes em casas vizinhas da sua

Entrar em locais que estão vazios, sejam casas ou empresas/escritórios é bem importante também. Assim como Léo, o gatinho pode ficar acidentalmente preso

Caso você descubra um ambiente que ele tem frequentado e não consiga pegá-lo porque ele foge quando te vê ou sequer aparece quando vc está por lá, veja se é possível armar uma gatoeira no local, mas procure um profissional em captura de gatos porque se vc cometer um erro na montagem e o gato escapar, provavelmente ele nunca mais entrará em outra gatoeira

Não confie apenas na divulgação via redes sociais. Muitos de seus vizinhos não acompanham grupos de animais perdidos. Um gato perdido precisa ser procurado a pé, de dia e de noite, e especialmente na vizinhança

Não acredite que ele voltará sozinho. Isso até pode acontecer, mas por outro lado imprevistos também acontecem. Outros gatinhos podem não ter a mesma sorte que o Léo teve

Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora e fundadora da @buscacats, única consultoria especializada em gatos perdidos



terça-feira, 21 de março de 2023

Cães e principalmente Gatos fazem companhia aos soldados ucranianos


As cenas são lindas, a realidade dura. Nessa guerra que já dura mais de um ano há grandes perdas para todos os lados: civis, crianças, animais e os soldados ucranianos que estão determinados a defender o país de uma invasão insana que jamais deveria ser permitida em pleno século 21. Esse vídeo é uma homenagem a esses heróis e seus companheiros de 4 patas.


Texto e vídeo: Fátima ChuEcco

Jornalista, escritora e fundadora da @buscacats

terça-feira, 14 de março de 2023

Gato polonês atrai mais turistas que castelo medieval de 1346 na mesma cidade


O gatinho Gacek vive há dez anos numa rua da cidade de Szczecin, na Polônia, onde atrai mais turistas que o Castelo dos Duques da Pomerânia de 1346 (outra atração local). Ele tem casa com cama macia, acesso livre a lojas, carinho e comida à vontade, tanto, que está bem acima do peso. Ficou famoso três anos atrás quando turistas alemães colocaram um video dele no youtube que viralizou. Na mesma época foi feito um minidocumentário sobre o gatinho que espalhou de vez sua fama pelo mundo afora.

Esse aqui:


Gacek significa "morcego de orelhas compridas" em polonês que, diga-se de passagem , não faz tanto juz a sua aparência. Ele lembra mais um gato "nobre", quem sabe descendente dos gatos que viveram no castelo medieval ali pertinho da onde ele fica. Veja:


Todo mundo quer tirar foto com ele, acariciá-lo, entrevistá-lo...


E dar-lhe petiscos... Por isso seus cuidadores colocaram um cartaz pedindo que qualquer sachê seja deixado fechado no local a fim de que ele não se empanturre.

Como toda celebridade, Gacek já tem produtos próprios como sacolas e miniaturas à venda. E um instagram com 23 mil seguidores. Esse aqui https://www.instagram.com/kotgacekeveryday/


Tem também uma matéria recente no Daily com fotos bacanas. Veja AQUI


Com a idade chegando talvez Gacek tenha que futuramente se mudar para dentro de uma casa ou loja. Mas por enquanto ele segue enriquecendo o turismo local e ganhando fãs em todo o mundo.

Texto: Fátima ChuEcco

Jornalista, escritora, fundadora da @buscacats 

Fotos: Instagram @kotgacekeveryday

sábado, 7 de janeiro de 2023

Perdeu o gatinho? Procure o quanto antes em casas vazias da vizinhança


 A gatinha Princesa (foto) recentemente deu um baita susto na sua tutora Cíntia Regina Ruggero, de SP. Como tantos outros gatos, ela escapou de casa e o instinto a levou a se enfiar em outra casa ali mesmo na vizinhança mais próxima... só que uma casa vazia.

A busca por esse tipo de abrigo é "clássica". Grande parte dos gatos que fogem de casa ou se perdem logo descobrem que um casa sem humanos é o melhor esconderijo temporário que podem ter. É nessas casas com placas de aluga-se ou vende-se... ou mesmo abandonadas, que os gatos conseguem abrigo da chuva, do frio, de cães e, claro, de humanos desconhecidos.

O perigo é ficarem presos dentro delas, como também acontece com frequência. Isso porque às vezes os gatos entram pelo forro do telhado, pulam para dentro da residência, mas depois não conseguem saltar de volta para o teto. Então uma das principais ações que se deve adotar ao perder um gato é procurar nas casas vazias (inclusive dentro delas).


Leiam o relato da Cíntia:

"Fátima, suas dicas foram cruciais pra mim! Encontrei a Princesa! Não eram nem 5h da manhã quando voltei a uma casa vazia, atrás do meu quarteirão, onde eu tinha ouvido um miado quando chamei pela minha gatinha. Retornei a essa mesma casa, chamei e ela já miou em resposta!

Ela está muito bem, Graças a Deus. Entrou numa casa vazia, sem perigo. Mas não saberia voltar porque da rua pra casa não há acesso sem passar por um local onde houve briga de gatos na madrugada do desaparecimento dela.

Fátima, fiquei com as suas dicas na cabeça. Quando despertei às 4:40h eu tinha certeza que iria chamar naquela casa e ter resposta. Deixo aqui o meu agradecimento de coração por todo o apoio e por cada dica que recebi!".

Meu comentário:  Cíntia teria errado feio e talvez nem voltasse a ver sua gatinha se, ao invés de procurar por ela bem pertinho de casa, ficasse sondando pelo bairro. E o que faz o gato atender ao chamado do tutor é a voz dele e não gravação de miados de outros gatos que, aliás, Cíntia já tinha tentado em vão. Tem que chamar e esperar para dar tempo do gato responder ou aparecer... se ele estiver em condições de fazer isso.

Pedi que Cíntia procurasse pela gata nas casas vazias mais próximas porque, diferente dos cães, gatos não saem perambulando pelas ruas e avenidas... eles tendem a se esconder no lugar quer se sentem mais seguros e a poucos metros de suas casas... na verdade, alguns se instalam nas casas vizinhas. Repasse essa dica caso conheça alguém que está com gatinho desaparecido!

Texto: Fátima ChuEcco jornalista, escritora e fundadora da @buscacats



Animais domésticos: Fazer testamento não é "pensar na morte", mas "pensar na vida" de quem fica


Muita gente detesta falar em testamento porque acredita que não se deve pensar na morte. No entanto, quando uma pessoa se preocupa em fazer um testamento ela está pensando muito mais na vida de quem fica, como na de seus animais domésticos por exemplo... e é assim que deve ser para não deixar os bichinhos desamparados.

Algumas pessoas falam assim: "Cuido deles enquanto viver... faço de tudo por eles enquanto eu estiver aqui". Mas não é certo deixar os animais entregues à própria sorte. Aliás, que amor é esse que não se preocupa com o futuro dos que ficam?

O tutor que pensa assim, na verdade, está cometendo uma espécie de abandono, só que ao invés de ser abandono em vida é abandono em morte.

Além disso, testamento não é só para quem tem bens materiais ou fortunas. Claro que se o tutor tiver uma casa, um carro, uma boa poupança no banco, obras de arte... enfim... algo que possa reverter aos seus animais, realmente deve fazer isso e "em vida" via testamento. 

Mas um testamento, inclusive, manuscrito, pode deixar pequenos bens, eletrodomésticos e até instruções médicas e de nutrição sobre os animais. Tem que deixar tudo "anotadinho" principalmente se tiver algum bichinho diabético, renal, que carece de alimentação especial ou tratamento médico. 

Não quer escrever testamento? Então pelo menos deixa um recado bem visível colado na geladeira para que as pessoas saibam do que os animais necessitam.



Mas é BOM LEMBRAR também que: 

Segundo o Código Civil brasileiro é possível deixar de 50%  a 100% da herança para uma ONG ou pessoa que se comprometa a cuidar de seus animais. No caso de você ter os chamados "herdeiros necessários" que são os cônjuges, descendentes (filhos, netos e bisnetos) e ascendentes (pais, avós e bisavós), esses herdeiros, por lei, ficam com 50% e você pode destinar os outros 50% para quem quiser.

No entanto, se a pessoa não tiver "herdeiros necessários" pode destinar 100% de sua herança da maneira que quiser

Irmãos, tios e primos não são herdeiros necessários e eles só ficam com a herança se não houver um testamento destinando a mesma para outras pessoas ou entidades.

A escritora Nélida Piñon, por exemplo, falecida em dezembro último, deixou toda sua herança, que incluía quatro imóveis no Rio, para suas duas cachorrinhas, Suzy e Pilara. Uma assistente que acompanhou Nélida por 25 anos foi designada no testamento como tutora das cadelinhas e administradora dos bens. Abaixo Nélida com as duas cachorrinhas em foto de arquivo pessoal:


Vemos com frequência casos dramáticos de parentes dando literalmente um fim (nada digno) aos animais da pessoa que morreu. Soltam longe da casa, em qualquer lugar ou fazem coisa pior. Então deixar um testamento que dê um pouco de segurança aos animais é essencial.

Uma das matérias mais lidas desse blog abordou esse tema de forma bem completa, inclusive, ensinando a fazer um testamento simples, do próprio punho e que tem sim validade. 

Leia clicando AQUI ou https://jornalistafatima.blogspot.com/2021/01/no-brasil-e-permitido-deixar-de-50-100.html

Texto: Fátima ChuEcco jornalista, escritora, fundadora da @buscacats

Os gatos são muito expressivos e até Darwin notou isso

"Os gatos usam muito a voz como meio de expressão e emitem, sob várias circunstâncias e emoções, pelo menos seis ou sete sons diferente...