quarta-feira, 26 de julho de 2023

Sonhos compensatórios das nossas milhares de vidas paralelas


Quem consegue se lembrar de seus sonhos com vidas paralelas sabe que normalmente elas são mais suaves e felizes que a vida da qual temos plena consciência.

Se não temos um companheiro, lá está ele no sonho de uma vida paralela. Se não temos emprego, casa ou amigos, tudo isso aparece numa vida paralela na qual mergulhamos enquanto dormimos.

Podemos ter ainda nossa saúde tratada por procedimentos, cirurgias e remédios que não existem na vida que consideramos a "real" do momento presente. Já sonhou que foi operado? Ou com alguma estação de cura com águas medicinais?


Eventualmente surgem os pesadelos que são também outras vidas paralelas onde as coisas não acontecem como desejamos. Alguns deles acabam em tragédia e a gente acorda no exato momento em que leva um tiro, cai de um precipício, se afoga ou fica preso num incêndio. 

Isso pode ser o fim de uma das milhares de vidas que temos além dessa onde escrevo esse texto.

Mas na maioria dos sonhos nossas outras vidas são boas e satisfatórias nos dando o que nos falta nessa.


Outros animais, especialmente os mamíferos, também sonham, e quem sabe as aves, os répteis e até os insetos. Não temos prova disso, mas toda criatura que dorme talvez sonhe e tenha, como nós, acesso a suas vidas paralelas.

E isso leva a crer que é tudo fruto da Natureza compensando a parte "danificada" de uma de nossas vidas por outras em que as coisas funcionam bem ou melhor. 


Acesso as vidas paralelas mais felizes, por meio de uma ponte que se mostra durante o sono, pode ser uma forma de compensação comandada pela própria Natureza intrínseca em todos nós agindo de fora para dentro, de dentro para fora e em todas as direções.

Estamos anexados uns aos outros e todos nós  mergulhados numa grande massa corpórea e espiritual infinita. Não temos como sair para o alto ou para baixo, para um lado ou outro porque somos parte de uma única massa como um organismo gigante vivo do qual nenhum célula cai, foge ou morre de fato.

E do mesmo jeito que estamos conscientes dessa vida, nas demais vidas também estamos conscientes delas e, provavelmente, sonhando com essa.

É um mecanismo que não para, não termina. Uma ou mais vidas nossas se cessam, mas milhares de outras emaranhadas com as vidas de outras pessoas ou seres vivos continuam.

São vidas compartilhadas com pessoas conhecidas ou desconhecidas dessa, animais familiares e outros com aspecto que nunca vimos antes.

Algumas pessoas podem ver flores, animais e cores que não temos aqui.


Em alguns sonhos de vidas paralelas parecemos estar em épocas mais antigas ou num futuro com cidades totalmente diferentes das que conhecemos. Em alguns desses sonhos a Terra pode estar totalmente destruída ou num momento de renovação.


E nisso tudo está a mão da Natureza ou uma Força Motriz que está fora e dentro de nós, embalando cada coisa e ser ao nosso redor. Uma força que chamamos de Deus e que recebe outro nome dependendo da cultura e religião de cada povo.

Assim, nós não dormimos apenas para descansar o corpo. Dormimos para manter essa engrenagem ativa o tempo todo desde sempre e para todo o sempre.


Fotos gratuitas da Pixabay

Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista, escritora, frequentadora assídua de suas vidas paralelas


segunda-feira, 17 de julho de 2023

Vídeo: Santuário maravilhoso criado por Brigitte Bardot nem parece desse mundo de tão lindo!


Tem de tudo: gatos, cachorros, patos, coelhos, ovelhas, galinhas, cavalos... a lista de animais resgatados pela Fundação Brigitte Bardot  é enooooorme! Como a maioria deve saber, Brigite Bardot, atriz e símbolo sexual que sacudiu a indústria cinematográfica por muito tempo, ao se aposentar investiu tudo que tinha na defesa dos animais. 

Ela conseguiu erguer um santuário na Normandia (França) que de tão maravilhoso nem parece pertencer a esse mundo... parece mais um paraíso com os qual a maioria dos protetores de animais sequer conseguem sonhar. As instalações são lindas e funcionais. A atriz, hoje com 88 anos, ainda milita em diversas questões dentro e fora da França. Acesse o site da Fundação AQUI

Conheça o santuário nesse vídeo... você não vai se arrepender de ver tantos animais felizes, num ambiente seguro e convivendo em paz uns com os outros. No final do filme tem umas cenas históricas com Brigite, ainda jovem, correndo com os animais pelo gramado. E pra quem ama gatos os vídeos são imperdíveis:




Brigitte Bardot participou do MI-AU BOOK!

Essa ativista maravilhosa abrilhantou o "Mi-Au Book & Cia - Um livro pet-solidário" de minha autoria e publicado em 2010. Ela escreveu uma carta do próprio punho para o livro  e enviou algumas fotos como a que abre esta matéria.


Fátima Chu🌍Ecco

Jornalista e escritora, consultora da @buscacats

site www.miaubookecia.com



domingo, 16 de julho de 2023

Vídeo: Apaixone-se pelos hóspedes do Santuário de Gatos da Síria. Não tem só gato não!


O Ernesto`s Sanctuary for Cats in Syria começou com a proposta de resgatar e abrigar gatinhos encontrados entre os destroços de cidades bombardeadas. Hoje eles são mais de 500. Mas o amor da equipe do "Homem Gato de Allepo", como ficou conhecido Alaa Aljaleel é tão gigante, que o santuário passou a abrigar também outras vítimas da guerra: cães, aves, macacos, coelhos, burrinhos, cavalos, raposas, dentre outros. 

Vídeo com os adoráveis gatinhos do Santuário:


Veja vídeo com os encantadores cães e outros animais:


Veja matéria completa sobre esse lugar clicando  AQUI

ATENÇÃO: Recentemente dois foguetes atingiram e destruíram parte do Santuário matando 20 gatinhos. Eles precisam de ajuda. 

Por favor...Compartilhe esse lindo trabalho e veja outras formas de ajudar acessando o facebook TheSyrianCatMen , o instagram @houseofcatsernestos ou site www.ernestosanctuary.org

Pesquisa, Texto e Vídeos: Fátima ChuEcco jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia Fotos: Facebook TheSyrianCatMen


sábado, 15 de julho de 2023

Quando a foto encanta e a história, por detrás da imagem, mais ainda!


Esse trio de cadelinhas conseguiu protagonizar com perfeição essa imagem. Parecem até rir! Neguinha e Lila (a fox) têm 14 anos e Kyara (à direita) apenas quatro. Todas vivem com Maria Inês Martos na pequena cidade de Pirajuí, no Interior de SP.

Achei interessante postar essa "alegre" foto das "filhas" de Maria Inês para mostrar como uma imagem pode contribuir bastante na divulgação, por exemplo, de adoções. Não é o caso desse trio, muito bem amparado e amado, mas as fotos têm um efeito imediato sobre nossas emoções e, consequentemente, atitudes.

E, muitas vezes, as fotos escondem uma história ainda mais bonita que a que vemos à primeira vista. No caso dessas cachorrinhas existe uma história de fidelidade e proteção:

"Minha mãe, que vai completar 86 anos em março, por duas vezes caiu e estava sozinha em casa. Ela não podia se levantar e foram minhas cachorrinhas que latiram tanto, que acabaram chamando a atenção da minha cunhada que é nossa vizinha", conta a tutora.

A Kyara foi jogada na rua de Maria Inês quando ainda era uma filhotinha. Neguinha e Lila também foram adotadas quando bebezinhas.

Neguinha é uma ainda guerreira noutro sentido:

"Ela tem displasia porque o pai era pastor belga e a mãe Cocker. Em maio descobrimos a diabetes e o tumor no fígado. Toma insulina duas vezes no dia e medicamentos para o fígado", diz Maria Inês.

A simpática foto das três cadelinhas foi feita numa pet shop logo após o banho. Então fica aqui a dica: caprichem nas fotos, explorem o olhar doce, curioso ou alegre dos bichinhos principalmente em postagens que visem adoção.

Fátima ChuEcco jornalista escritora www.miaubookecia.com



quinta-feira, 13 de julho de 2023

Gatos podem trocar de casa espontaneamente? Sim! Acontece!


 Bob, esse gatinho da foto, muitos anos atrás, atravessava uma rua movimentada para chegar na minha casa e passar o dia com meu gato Dicky. Ele ficava no quintal e dentro de casa, usufruindo de tudo como se fosse um autêntico morador. Mas Bob tinha sua própria casa.

Descobri seu endereço e a tutora dele explicou que ele passava o dia fora e só voltava para dormir. Certa vez foi atropelado. Não morreu, mas dado o risco que ele corria, assim que ele chegava em casa eu o levava de volta. Até que ele não voltou mais. A tutora disse que ele havia sumido, mas tive um sonho em que ele aparecia em casa com uma grande ferida na cabeça. Era uma despedida.

Gatinha Liz seguiu um gatão de vida livre e foi morar com ele

No ano passado também acompanhei o caso de uma gatinha que escapou de sua casa, toda telada, e colocou os tutores em pânico. Foram feitos cartazes, folders, busca intensiva no entorno da casa até que, finalmente, ela foi encontrada na casa de outro gato. Estava vivendo lá e, inclusive, dormindo na casinha dele.

O dono da casa disse que ela chegou e ficou no local espontaneamente. É uma história bem curiosa que pode ser lida na íntegra acessando AQUI

Também vinha em minha casa, todos os dias, um gato que morava na casa de frente ao meu prédio. Ele me chamava e tudo que queria era que eu o pegasse no colo e abraçasse. Ele adorava isso. Eu também! E olha que na casa dele tinha outros gatos e todos eram muito bem tratados.

Quando os tutores se mudaram ele sumiu. Na verdade não queria se mudar e  se escondeu num escritório no mesmo quarteirão. Fiquei com coração partido porque parecia que a gente tinha uma ligação especial. 

Então... sim... alguns gatos podem preferir viver em outra casa ou se dividirem em duas casas próximas caso tenham acesso à rua. Por isso, quando eles fogem ou se perdem, além de procurar muito nos arredores, tem também que panfletar em toda a vizinhança para o caso raro, mas não impossível, do gatinho ter se mudado por conta própria.

Texto: Fátima Chu🌍Ecco, jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia

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quarta-feira, 12 de julho de 2023

DICA: As redes de proteção para gatos salvam vidas. Saiba quais devem ser usadas ou evitadas!

 


Minha gata fugiu de casa e ficou 37 dias perdida. O desespero que passei procurando por ela em todo canto, diariamente, não desejo a ninguém. Se eu tivesse, na época, rede apropriada para gatos na casa toda, Rebecca Selvagem não teria escapado por uma de plástico que arrebentou quando ela se jogou contra o portão de entrada.

Foi impossível segui-la porque ela saiu feito um raio e a perdemos de vista em dois segundos. É exatamente esse tempo que um gato leva para desaparecer: uns poucos segundos.

Quando finalmente a encontrei, depois de um mês, estava puro osso, sem força nem mesmo para miar. Soltava um esboço de miado num rostinho magro com olhos assustados. E faltava pelo em algumas partes do corpo como se tivesse sofrido queimaduras. Essa saga registrei no fotolivro "Encontrando Rebecca Selvagem - Uma busca intensa e cheia de fé".

Mas minha gatinha até que voltou bem perto de outros casos terríveis que a gente fica sabendo.

Rebecca Selvagem escapou por uma tela de plástico e ficou 37 dias perdida. Agora ela está segura por uma rede de polietileno          

Uma passeio sem volta:

Recentemente soube de um gato que, ao fugir de casa, foi atropelado, perdeu um olho e teve de amputar uma perninha.  Muito triste, mas existem desfechos ainda piores que são dos gatinhos que jamais são encontrados.

São 30 milhões de animais nas ruas do Brasil segundo estatística da OMS – Organização Mundial de Saúde, sendo aproximadamente 20 milhões de cães e 10 milhões de gatos.

Mas nem todos nasceram nas ruas.  Na verdade, boa parte deles se perdeu e nunca mais foi encontrada pelos tutores.

Um levantamento do Instituto Pet Brasil (IPB), aponta que 3,9 milhões de animais do país vivem em condição de vulnerabilidade. Isso quer dizer que estão sob o cuidado de famílias abaixo da linha da pobreza ou vivem soltos nas ruas, mas são atendidos de alguma forma por protetores e ONGs. E entre esses também estão milhares de gatos que um dia se perderam de suas famílias.

As colônias de gatos, muito comuns em SP, especialmente em parques e terrenos abandonados, geralmente também abrigam felinos que não conseguiram encontrar o caminho de volta para casa. Os próprios protetores percebem isso pelo comportamento manso do gato, visivelmente acostumado a um lar.


Como evitar o pior:

As redes de proteção são, sem dúvida, o que há de mais eficiente para impedir que os gatos escapem para a rua e hoje em dia há vários modelos, om materiais mais seguros e empresas especializadas como as que você vê nessa matéria.

Procurar um gato é bem mais difícil que procurar um cachorro.

Gatos se enfiam em pequenos buracos, motores de carros, bueiros, forros de telhado, entram em garagens subterrâneas, prédios em construção e outros locais onde não ficam visíveis.

Além do risco de atropelamento, eles podem ser atacados por cachorros (e até por outros gatos), maltratados por pessoas, envenenados, ficar doentes ou trancados acidentalmente em alguns lugares como galpões e fábricas.

Eles também podem cair ou se esconder nos lugares mais inusitados e perigosos.



E atençãorede não evita apenas fugas, mas também acidentes fatais porque muitos gatos caem de sacadas e, ao contrário do que diz a lenda, eles não têm sete vidas não. Muitos gatinhos ficam paraplégicos ou perdem algum membro caindo de sacadas.

Alguns tutores acreditam que os gatos são espertos o suficiente para não pularem de grandes alturas, mas acontece que eles podem se distrair com uma borboleta ou um pássaro e ao tentar caçar esses animais se desequilibram e caem.

Responsabilidade e Amor: uma coisa leva à outra

Só tem um jeito de evitar toda essa aflição que pode acabar em tragédia: colocar rede na casa toda. Mas rede apropriada para gatos e não essas de plástico que permitiu a fuga da minha gata.

Rede apropriada significa rede de polietileno que é leve, flexível, durável, não absorve água nem sujeira, aguenta bastante peso, não interfere na decoração e dá um alívio no coração. Consulte com as empresas especializadas dessa matéria se há materiais mais modernos e eficazes.


Evite:
tela de arame que enferruja rápido e ainda pode machucar... aliás, pode até causar tétano sendo um perigo também para as crianças da casa. Evite as redes de poliamida (nylon) que, embora sejam mais baratas, duram bem menos que as de polietileno e sujam fácil.

Com os filhotes a atenção tem que ser dobrada porque assim como as crianças eles nada temem e estão mais sujeitos a cair de uma janela ou sacada. E aqui cabe mais uma dica: as redes para filhotes devem ter buracos de 3 cm para evitar que enfiem a cabeça e se enforquem. Para adultos as redes podem ter buracos de 5 cm.


Em geral as redes têm garantia de no mínimo cinco anos, então é um investimento que vale muito a pena para quem deseja garantir a segurança do gato e, ao mesmo tempo, se poupar de horas, dias ou até semanas e meses de desespero no caso de o gatinho fugir.

Uma outra dica é colocar rede também no portão de entrada, quintal e áreas abertas.  Veja alguns relatos de tutores que, ao reencontrarem seus gatos, correram para colocar rede inclusive no portão de casa. Acesse AQUI

Deve-se colocar rede até no vitrô do banheiro e, acreditem, isso não é exagero, mas responsabilidade e amor porque mesmo que seu gatinho esteja acostumado à rua e sempre volte, um dia ele pode não conseguir voltar.

E mais um aviso importante: Jamais pense que castrando o gato ele não irá mais para a rua e você não precisará colocar redes na casa. A castração não altera a personalidade do gato. Ele pode continuar interessado em passear, cheirar o jardim do vizinho ou se encontrar com outros gatos.

Posso recomendar algumas empresas em SP. É só clicar nos links:

www.companhiadasredes.com.br


www.protegegatinho.com.br

         

www.telassp.com.br

Texto de Fátima ChuEcco -  Jornalista especializada em pets, gatóloga e escritora www.miaubookecia.com  e fundadora da BUscaCats, única consultoria especializada em gatos perdidos que atende todo o Brasil http://buscacats.blogspot.com
 

terça-feira, 11 de julho de 2023

Se hoje você tem um amado gato em casa... agradeça aos Vikings!


Se você pensa que os gatos pularam do Antigo Egito, onde eram venerados, para o resto do mundo, errou. Foram os vikings (guerreiros nórdicos), que viveram entre 793 d.C e 1066 d.C que espalharam essas bolas de pelo por todos os continentes levando-os em suas embarcações. Os gatos eram muito úteis para impedir que ratos atacassem as dispensas de comida durante as expedições marítimas.

Os vikings, que ganharam fama de grandes saqueadores e exímios guerreiros que lutavam especialmente com machado e espadas, viviam para conquistar cidades. Saíram da região da Escandinava (Noruega, Dinamarca e Suécia) e foram passando pela Inglaterra, Escócia, França, Rússia, Irlanda, Islândia, Groelândia e Canadá. 

Pintura magnífica de Chris Nolan (da abertura também)

Ou seja, se os gatos se espalharam por todo o globo foi graças aos vikings. Isso é o que sugere um estudo minucioso feito num sítio arqueológico da Era Viking pelo Instituto Jacques Monod da França. Foram encontrados vários esqueletos de gatos pontuando que eles viviam nos vilarejos daquela época.

Inclusive, os vikings eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e uma de suas deusas mais importantes, a Freyja, tinha uma pequena carruagem puxada por dois gatos grandes 


Freyja, descrita como uma mulher loira ou ruiva com sardas, era a Deusa do Amor, Beleza, Luxúria e Feitiçaria. Era a Deusa da Cura que podia manipular a fauna e a flora, além de ser uma grande guerreira. 

Freyja era inda protetora dos casamentos e por isso os homens presenteavam suas noivas com peludos gatinhos, provavelmente parecidos com o "gato norueguês da floresta" (foto abaixo). 


Freyja era muito bonita sendo que todos se apaixonavam por ela incluindo "gigantes". Algumas versões dizem que Freyja foi uma das esposas do Deus Odin, pai de Thor, Deus do Trovão e de Loki (retratados nos filmes do Universo Marvel). 

Outros historiadores da mitologia viking dizem que ela nunca foi esposa de Odin, mas viveu no Reino de Asgard (o mesmo de Thor). É uma longa história que pode ser encontrada em muitas páginas do Google.

Essas belíssimas pinturas de Chris Nolan e muitas outras podem ser adquiridas no site https://displate.com/chrisnolan


Elementos que se complementam: vikings, gatos, corvos, dragões e bruxas

Os vikings acreditavam em dragões, elfos e gigantes. Aliás, todo o cenário da mitologia viking está bastante presente nas crenças e rituais das bruxas da Idade Média. Além dos gatos, que tudo indica serem os animais preferidos dos vikings, relatos sobre as bruxas citam que elas também tinham corvos como companhia. O Deus Odin tinha dois corvos de estimação.

Tarot of Pagan Cats

Como uma estudiosa de tarôs de gatos, fui recentemente atraída por um tarô todo ilustrado com gatos, o Tarot of Pagan Cats das artistas Magdelina Messina e Lola Airaghi .  E observei que várias das cartas  remetem aos Vikings. São pinturas dos gatos no mar e numa delas tem até um barquinho estilo viking. Veja abaixo:


Pesquisa e texto: Fátima Chu🌍Ecco, jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia






sábado, 8 de julho de 2023

Mike viveu uma aventura e tanto nos três meses em que ficou desaparecido


Essa é uma história bem útil para tutores e protetores de gato porque, em primeiro lugar, mostra que gatos encontrados na rua, mesmo em péssimo estado, nem sempre estão abandonados. Por isso é bem importante divulgá-los em grupos de bairros e de animais perdidos do Facebook e do Instagram para ver se estão sendo procurados.

Em segundo lugar, o caso do Mike (gatinho da foto) acende um alerta para tutores de gatos rajados (tigrados). Já é bastante angustiante perder um gato de qualquer cor de pelagem, dados os perigos que sabemos que eles enfrentam nas ruas, mas quando se trata de um gato rajado, que é bem comum em SP, a situação se complica porque fica difícil reconhecê-lo por fotos e até mesmo por vídeos. 

Com o Mike aconteceu isso: a tutora Silvia Grota ficou bastante em dúvida se era mesmo o seu gato que tinha sido resgatado e castrado por uma protetora, e depois levado para um lar temporário. "Num primeiro momento achei muito parecido com o Mike, incluindo o temperamento, mas a pelagem e o rostinho estavam um pouco diferentes. Então tive receio de ficar com um gato que podia ser de outra pessoa", conta.


Ao conversar comigo, instruí Silvia a focar no comportamento do bichinho, pois, sabemos que cada gato tem algumas atitudes únicas, que só eles  fazem. 

"Ele sempre gostou de dormir no chão, especialmente em tapetes e em cima de chinelos e sapatos. Então notei que o gatinho que me entregaram, logo que chegou em casa, procurou exatamente o mesmo tapetinho pra deitar e também um par de chinelos. Além disso, ele gostava de beber água num copo que eu deixo debaixo da samambaia e ele foi beber nesse copo também".

No entanto, teve mais um sinal bem emocionante: o gatinho, sem mais nem menos, subiu no colo do marido da Silvia e deitou no peito dele. Pronto! Depois disso não tinha mais dúvida: era mesmo ele!


Uma aventura incrível (saiba como tudo aconteceu)

Começamos o texto pelo final da história, mas a aventura "perigosa" de Mike teve início no dia 5 de janeiro de 2022 durante um campeonato de futebol e estouro de muitas bombas. Ele se assustou e fugiu por uma janela do banheiro. No dia 18 de março, funcionários do Supermercado Assaí da Cohab I, de Arthur Alvim (2 km distante da Silvia), avisaram uma protetora local da presença de um gato no estacionamento, mas ela não conseguiu pegá-lo.

No entanto, uns dias depois, segundo a protetora de nome Flávia, o mesmo gato apareceu no prédio dela gritando muito. Ela teve a impressão que ele sabia que ali poderia conseguir ajuda. Flávia o recolheu e o levou ao veterinário, pois, estava gripado e com sarna. Depois de tratado também foi castrado. E, por fim, transferido a um lar temporário oferecido pela Priscila, amiga da Flávia.

Calma que a história não termina aqui e tem mais acontecimentos incríveis!

Priscila mora a apenas 500 metros da Silvia.  Ela anunciou Mike, que a essa altura era chamado de "Flavinho" (por causa da Flávia que o resgatou), num grupo do Facebook destinado a moradores da Cidade Patriarca. Então a Rosângela, ao ver o post, avisou a Silvia sobre um gato muito parecido com o Mike (também postado nesse mesmo grupo). Reparem:

Depois de ir parar 2km longe de casa, o gatinho estava agora apenas 500 metros distante da tutora. Arrepiou?

Aqui vale lembrar que, certamente, Mike não foi andando da Cidade Patriarca até Arthur Alvim. Em geral, quando gatos fogem de casa eles se escondem na vizinhança, no mesmo quarteirão de casa e, algumas vezes, dependendo do que passaram, ficam a um ou dois quarteirões próximos. Por isso é tão importante, assim que notar que o gato fugiu, procurar intensamente na vizinhança.

Mas algumas vezes eles se escondem em motores de carros fugindo de cães ou de crianças/pessoas que tentam pegá-los por algum motivo. E dessa forma acabam parando em outro bairro porque descem assim que o carro estaciona. Alguns podem ficar bem feridos nessa "viagem", mas outros conseguem sair ilesos e então, sem saber voltar para casa, procuram se virar nos arredores.

Gatos mudam de cor SIM!!!

Anotem essa dica: gato muda de cor SIM! Isso acontece por motivo de doença, desnutrição, anemia, problemas hepáticos e exposição excessiva ao sol. E quando um gato emagrece muito na rua e a pele despenca, suas listras e manchas também podem dar a impressão de estarem diferentes.

Assim, uma pelagem originalmente marrom ou cinza escura pode clarear ou ficar com tons dourados. Tons pretos podem ficar amarronzados. Pelagem branca pode amarelar. Eu mesma tive uma gata preta  de patinhas brancas que, por razão de um linfoma acompanhado por períodos de anemia, foi ficando "ruiva". Primeiramente, a pelagem preta foi ficando marrom e depois alaranjada. Tem até um "filminho" dessa minha gatinha chamada Ághata Borralheira falando disso:


Então, que o caso do Mike sirva de exemplo e também de inspiração. Quem perdeu um gato rajado não deve descartar a hipótese de ter reencontrado seu bichano apenas se baseando em sua aparência. A vida na rua é dura, maltrata, deixa os animais abatidos e diferentes. 

O ideal é observar o comportamento deles para captar  hábitos e manias que só eles tinham. Mas mesmo para isso é necessário dar um tempo. Nem sempre eles se revelam imediatamente. Traumatizados e por vezes doentes, talvez não manifestem nenhum sinal "conhecido" do tutor nos primeiros dias de volta para casa. 

Quando capturei com gatoeira uma gatinha rajada que achei que fosse a minha Rebecca Selvagem, sumida há 37 dias, também fiquei em dúvida. Ela, que já era arisca, estava 10 vezes mais brava e se debatia na gaiola como uma fera. Deixei-a no meu quarto uma semana, separada de minhas outras gatas, para que ficasse mais tranquila. Mas mesmo depois desse período, ainda ficou mais uns dias vivendo dentro do guarda-roupas.

Eu achava que era a Rebecca, mas não tinha certeza. Estava pele e osso. A pelagem parecia mais escura e os olhos menores. Então, quando finalmente começou a se aproximar, numa noite em que eu estava deitada no sofá, ela subiu em cima de mim, esticou vagarosamente um bracinho até tocar meu rosto e cheirou meu nariz como sempre fazia. Era ela!!!

Escrevi um fotolivro sobre essa minha "saga" de mais de um mês (foto) e que está à venda no site www.miaubookecia.com:


Procurando Gatos Perdidos

Administro o grupo do Facebook "Gatos Perdidos e Encontrados no Brasil" que tem muitas dicas para os tutores procurarem seus amados gatinhos no album de fotos e também vários relatos de quem conseguiu achar o gato. 

Além disso, também presto consultoria personalizada pelo whats app:






Fátima ChuEcco - Jornalista e Escritora





sexta-feira, 7 de julho de 2023

Mais um capítulo de "Uma pata lava a outra" na busca de gatos perdidos


 A gatinha Liz, de SP, protagonizou mais uma daquelas histórias desesperadoras em que o tutor acredita que seu bichano, simplesmente, evaporou... de uma hora para outra! E é estrela também de mais um capítulo da Série "Uma pata lava a outra" que costumo contar quando, ao procurar por seu gato perdido, o tutor acaba salvando outro gatinho.

Foi no mês de março de 2022 que Lenira Diaconiuc encontrava-se aflita com o sumiço de sua gatinha. Já tinha revirado seu quarteirão inteiro atrás dela sem qualquer sinal, sem nenhum pelinho sequer deixado para trás e que poderia servir de pista.

Como os gatos, diferentes dos cães, não saem andando pelo bairro - a não ser que entrem no motor de um carro - com a Liz não foi diferente. Ela estava numa casa distante apenas 300 metros da sua e na companhia de outro gato. 

A gatinha de sete meses é castrada, mas isso não a impediu de fazer amizade com um gato bem bonito das redondezas e seguí-lo.

Isso mesmo! Liz estava vivendo na casa de outro gato sem dar satisfação a ninguém. 

É bom salientar que a castração não muda personalidade e nem neutraliza a "adolescência" dos gatos. Os jovens, aventureiros e caçadores podem continuar querendo ir para a rua, por isso, só mesmo a tela de proteção nas casas podem impedir que escapem e corram riscos.

Mas como Liz foi encontrada?

Lenira havia colocado cartazes no portão de entrada da escola que fica na mesma rua de sua casa. Foi quando o pai de um aluno reconheceu a gatinha e ligou para ela.

"Ele disse que Liz chegou acompanhada do gato dele e então ele deixou-a ficar. Quando fui buscá-la, Liz estava deitada numa casinha de transporte toda sossegada. Ficou cinco dias sumida", conta a tutora.

As escolas são de fato excelentes lugares para colocar cartazes porque geralmente há muitos estudantes que moram próximos ou no bairro. Mas algumas escolas proíbem esse tipo de cartaz em suas dependências, então outro caminho é panfletar na entrada dos alunos da manhã e na saída dos alunos da tarde. Lenira destacou a palavra "Procura-se" no cartaz:


Cuidando do emocional

Quando a Lenira me procurou para uma consulta sobre gatos perdidos, fazia apenas dois dias que Liz havia sumido, mas era nítida sua angústia, ansiedade e inconformismo - uma mistura de sentimentos que a maioria dos tutores sente quando o gato "some".

E nessas horas sempre oriento os tutores a fazerem um grande esforço para manter a calma, pois, com a cabeça quente e coração saindo pela boca, ninguém pensa direito. Só que para achar um gatinho é preciso "raciocinar", se colocar no lugar do bichano e calmamente observar que rotas (em todas as direções) ele poderia ter seguido, por onde poderia ter passado ou se escondido... coisas assim.

"Nessas horas não existe coisa melhor do que uma pessoa encorajar a gente, como fez a consultora. Ela me deu muita esperança porque eu já estava desanimando. Ela me ajudou muito a manter a fé para encontrar minha gata".


Mas o que isso tem a ver com "Uma pata lava a outra"?

É que antes de achar a Liz, Lenira e o marido estiveram num lava-jato com muito material de construção onde, aliás, os gatos adoram ficar. Gato AMA cheiro de cimento, areia, tijolo... de alguma forma se sentem bem nesses locais em reforma. 

E nesse lugar, provavelmente, uma gata deu cria e um dos gatinhos estava dentro de um bloco de cimento encostado na parede. Lenira e o marido perceberam pelo miado. Não era recém-nascido, mas filhote... na verdade uma gatinha muito parecida com a Liz que, olhando na foto abaixo, até parece filha dela.

 Vejam que gracinha:


Lenira e a família resolveram ficar com a pequenina e é por isso que digo ser mais uma história da Série "Uma pata lava a outra".

Tem mais algumas no link http://buscacats.blogspot.com 

Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora e consultora sobre gatos perdidos da BuscaCats



quarta-feira, 5 de julho de 2023

Depois de tragédia, cães e gatos de aldeia indígena de São Sebastião (SP) serão castrados


Os cerca de 280 animais que vivem com os indígenas da Aldeia Guarani Rio Silveira, na Praia de Boraceia, em São Sebastião, litoral norte de SP, estão na mira da Santa Causa de Misericórdia Animal (SCMA) para castração. A ONG se prontificou, junto com protetores locais,  a promover o controle populacional de cães e gatos, e um mutirão está agendado para o próximo sábado, 8 de julho.


A Aldeia Guarani Rio Silveira sofreu com as enchentes que assolaram São Sebastião recentemente e, além desse cuidado com os animais, são feitas arrecadações de alimentos e outros itens de necessidade básica, além, é claro, de ração e insumos para os atendimentos veterinários.

Segundo o veterinário Robson Léporo, fundador da SCMA e presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários do Estado de SP, a aldeia tem cerca de 600 indivíduos das etnias Guarani, Tupinambá e Pataxó. São 240 famílias e 300 crianças.


Os veterinários, voluntários e protetores locais são sempre recebidos com rituais alegres, bem coloridos e sonoros. 


A Aldeia também confecciona itens decorativos que podem ser vistos no instagram @aldeiraguaraniriosilveira 




A SCMA atua também em outras frentes incluindo animais silvestres (vide foto abaixo), conforme relata o Dr Robson:

"Desde sua fundação tem oferecido serviços de resgate de animais em situação de maus-tratos ou acidentados, tem promovido juntamente com as clínicas parceiras, campanhas de castração, vacinação, estética animal e arrecadação de alimentos.

A clínica social da Santa Causa de Misericórdia Animal, tem como objetivo oferecer atendimento veterinário de qualidade aos mais diversos públicos realizando, inclusive, consultas veterinárias a baixíssimo custo ou até de graça, tudo em prol da causa animal.


A SCMA 
oferece apoio à capacitação técnica especializada, implantando e atuando em cursos livres, como “Curso de Auxiliar Veterinário”, “Curso de Banho e Tosa”, “Curso de Técnicas Cirúrgicas”, Palestras, Workshops e quaisquer outros títulos que se façam necessários conforme necessidade de mercado, tendência e novas técnicas de mercado.

Além, é claro, da missão em si, ou seja, somos uma instituição para proteção animal e está em nosso DNA o resgate e a luta por bons-tratos".

ATENÇÃO: Você também pode colaborar financeiramente ou participar do projeto da SCMA na Aldeia Guarani Rio Silveira de outras formas acessando o site da ONG AQUI

 

Fotos: Cedidas pela SCMA

Texto: Fátima Chu🌎Ecco jornalista, escritora, consultora da @buscacats 😻e fundadora da editora @miaubookecia 🐶🐱

terça-feira, 4 de julho de 2023

Como as aves se protegem do frio durante o inverno?

Madrugadas com 7 graus... às vezes 5 graus ou até menos. E como será que as aves brasileiras, acostumadas a esse país ensolarado, se protegem das baixas temperaturas no inverno? Certamente não é com o cachecol que deixa ainda mais graciosa essa imagem de um "sébito-de-noronha" fotografado por Ciro Albano.

Quem explica é a SAVE Brasil, que há 15 anos trabalha na conservação das aves e dos ambientes, conectando as pessoas à natureza. 

Vejam que interessante:

"No inverno, todos querem apenas hibernar debaixo das cobertas. Mas para nossos amigos voadores, essa não é uma opção viável. Como as aves não podem acumular muita gordura devido ao voo, elas desenvolveram outras estratégias para enfrentar o frio.

Com a chegada do inverno, muitas criaturas migratórias deixam suas áreas de reprodução em busca de regiões com temperaturas mais amenas e maior disponibilidade de alimentos. É como se animais que vivem no sudeste voassem para a região Amazônica em busca de melhores condições.

A fim de escapar do frio, pássaros que habitam altitudes elevadas nas serras do Sudeste, como o beija-flor-rubi, o beija-flor-de-papo-branco e a saíra-lagarta, descem para áreas mais baixas, onde o clima é mais suave.

Além disso, o inverno é uma estação que nos proporciona a oportunidade de observar um fenômeno incrível no mundo das criaturas aéreas: os bandos mistos!

Esses grupos são formados por diferentes espécies que se unem para buscar alimento juntas. Além de reduzir o risco de serem capturadas por predadores, estar em grupo aumenta a chance de capturar presas que poderiam escapar de um único membro do bando.

Surpreendente, não é mesmo? O inverno é uma estação fantástica tanto para os seres voadores quanto para nós!".

E atenção 🐦: se você AMA pássaros 🐤 tem muito mais coisas para ver e aprender no site da SAVE (www.savebrasil.org.br), instagram savebrasil ou facebook

São vários projetos e eventos, inclusive o "Vem Passarinhar Sampa"  🐥com observação de aves nos parques municipais. Participe!

Ah... e embora o talentoso Ciro Albano dispense apresentações, não poderia deixar de recomendar que vejam as belíssimas fotos de aves e outros animais no instagram https://www.instagram.com/ciroalbano/

Texto: Fátima ChuEcco🌎 jornalista, escritora, consultora da @buscacats e fundadora da editora @miaubookecia



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