sexta-feira, 26 de julho de 2024

Os animais são inteligentes. Então por que dizem que são irracionais? Qual sua opinião?


Por que resiste um conceito de que os animais (exceto os humanos) são irracionais? Desde que os humanos começaram a perceber que os demais animais podem sentir dor física e emocional, ou seja, ter sensações e sentimentos muito parecidos com os nossos, convencionou-se dizer que eles são "sencientes".

Inclusive, a expressão "A questão não é se os animais pensam, mas se eles sofrem", do defensor de direitos animais Jeremey Bentham  (1748-1832), é praticamente um lema da causa animal. É fácil perceber quando um animal está bravo, alegre, assustado ou triste, como também é inegável que sentem dor, calor, frio, fome e outras reações orgânicas assim como também sentimos.

Então por que resiste um conceito de que são irracionais?


A Ciência considera o ser humano o primata mais evoluído porque possui inteligência, senciência e raciocínio que seria a capacidade de reconhecer a si mesmo e aos demais, fazer julgamentos e tirar conclusões, agindo assim além do instinto. 

Alguns autores situam o Raciocínio como um elemento da Inteligência e o comparam à noção de moral, conhecimento do que é certo ou errado e a capacidade de planejar algo em função do que exista a nossa volta. E isto é, segundo os cientistas, a grande brecha entre nós e "eles".


Quando o Espiritismo surgiu nos anos de 1800, especialmente com a ajuda de Alan Kardec, dizendo que os animais possuíam alma, isso foi extremamente revolucionário numa época em que graças a filósofos como René Descartes e cientistas como Ivan Pavalov, os animais eram considerados meros objetos.

Então, enquanto uma poderosa comunidade de respeitados pensadores reduzia os animais a "coisas" que nada sentem ou querem, o Espiritismo divulgava (diga-se de passagem com muita ousadia) que os animais eram inteligentes (porque podiam escolher o que fazer tendo assim livre-arbítrio), tinham sensações e sentimentos bons e ruins como os dos humanos e também possuíam alma.

Foi a primeira contribuição realmente significativa para que a humanidade passasse a ver os animais com outros olhos.

Mas, mesmo para uma nova doutrina que colocava os animais num outro patamar, era difícil naquele tempo adicionar "moral" aos seres de quatro patas, penas, escamas etc. O Espiritismo ajudou demais... demais mesmo os animais citando que eram possuidores de quatro elementos: 1) inteligência, 2) sentimentos como alegria, raiva, tristeza etc, 3) sensações físicas como dor, calor, frio e fome, e 4) Alma (inclusive sujeita à reencarnação).

Isso foi muito FORTE. Muito Novo e Forte.

Mas ainda faltava um Quinto Elemento para igualar os demais animais aos humanos: a Moral que, segundo o espiritismo e muitas outras religiões, é o conceito do certo e errado, o reconhecimento de si mesmo e dos outros como indivíduos e a vontade de progredir espiritualmente (ou moralmente).


O Quinto Elemento ou a Moral pode ser encaixada como Raciocínio e, para muita gente, inclusive protetores de animais, os animais desconhecem a Moral por serem puros como as crianças bem jovens.

Será que na verdade os animais não são puros apenas enquanto ainda são crianças (filhotes)?

Será que eles não têm índole que torna uns mais agressivos que outros? 

Será que não possuem personalidade construída com base nas experiências que tiveram desde o nascimento? 

Por que animais nascidos nas mesmas condições, recebendo os mesmos cuidados e carinho, têm comportamentos muitas vezes até opostos? Isso não seria um demonstrativo de Moral?

Chega um filhotinho na casa que já tem cães adultos machos. Um deles bate e rosna pro filhote enquanto o outro lambe e tenta acolher. Duas reações contrárias: uma de empatia e outra de ciúmes ou raiva. O que faz um cão ser amável com o filhote e outro não?

Uma vez vi um documentário sobre um grupo de chimpanzés onde o irmão do líder tentou roubar-lhe o poder. Tentou ganhar aliados e o chamou para um feroz combate a fim de expulsá-lo. No entanto, algo deu errado. O líder demonstrou mais força física, lutou melhor e rapidamente os supostos aliados do traidor se intimidaram.

O chimpanzé gravemente ferido fugiu para dentro da floresta. Estava definhando porque não tinha forças para buscar alimentos, subir em árvores ou procurar abrigo. Ele ia morrer sozinho. Então seu irmão aparece e lhe estende a mão (grandes primatas possuem mãos e não patas). Eles voltam juntos para o grupo.

Parece fantasia, mas tudo foi filmado de diversos pontos onde havia câmeras nessa comunidade estudada já há vários anos. O encontro dos dois, apesar de meio distante, pôde ser visto.

Isso não é Moral? 

Lendo o livro "Os Animais conforme o Espiritismo" de Marcel Benedeti (veterinário espírita já falecido), o autor também reflete sobre a questão da moral nos animais. Na verdade, esse livro atualiza o conceito do Espiritismo sobre os animais e faz isso de uma forma leve, sem críticas.

Marcel reconhece que se falar que os animais tinham inteligência, sentimentos e até alma já era uma coisa extremamente ousada para a época de Alan Kardec, imagine cogitar que também eram dotados de Moral.

Marcel cita que o O Livro dos Espíritos diz: "os animais só possuem a inteligência da vida material. No homem a inteligência proporciona a vida moral". Marcel acrescenta: "Hoje já se sabe que os animais não agem somente por instintos e possuem inteligência elevada. Atualmente a Ciência mostra que os animais possuem capacidade criadora e cultural".


No decorrer do livro de Marcel a gente percebe o quanto o Espiritismo trouxe à luz o universo inteligente, sensível e espiritual dos animais. Foi um avanço imensurável! Mas Marcel também dá a entender que era cedo demais para se falar que animais tinham também moralidade. 

Um detalhe que me incomodava sobre o conceito espírita a cerca dos animais era o de tratá-los como "irmãos inferiores". Mas nesse livro de Marcel isso é explicado. A palavra "inferior" talvez pudesse ser melhor substituída por "anterior" porque, segundo o Espiritismo, os espíritos encarnam como vegetais, depois como animais não-humanos e finalmente como humanos.

Então a palavra "inferior" não quer nesse contexto dizer "menor ou sem importância". Os animais estariam num estágio evolutivo anterior ao nosso e não necessariamente inferior porque cada criatura tem igual valor no universo em que reencarna.

Estou mencionando isso porque tem muita coisa na doutrina espírita que me encanta, mas eu sei que a expressão "irmãos inferiores" incomoda um pouco quem ama esses seres incríveis. Lendo o livro do Marcel entendi que a ideia central não é de fato inferioridade e sim anterioridade - não é um estágio menos importante... é apenas anterior ao da reencarnação humana.

Quanto a essa maneira de explicar a evolução espiritual não cabe a mim argumentar a respeito. Existem milhares de visões diferentes sobre isso. Eu acredito que os demais animais têm tudo que temos, inclusive índole, personalidade e Moral... e que há planetas ou corpos celestes onde o humano não é a raça dominante e outros onde nem existem humanos.

Se quiser deixe sua opinião.

Darwin já sabia de tudo isso!

Tem uma trecho do livro "A expressão das emoções nos homens e nos animais" de Charles Darwin que eu adoro:

"Ações de todos os tipos, acompanhando regularmente algum estado de espírito, são de pronto reconhecidas como expressivas. Podem consistir de movimento de qualquer parte do corpo, como o abano da cauda de um cão, o encolhimento dos ombros de um homem, o eriçamento de pelos de um gato, a exsudação de suor, o estado da circulação capilar, a respiração forçada e o uso de sons vocais ou produzidos por algum instrumento. Até os insetos exprimem raiva, terror, ciúme e amor com sua estridulação".

Leia a matéria completa em

https://jornalistafatima.blogspot.com/2021/01/os-gatos-sao-muito-expressivos-e-ate.html

Se gostou desse texto leia esses outros abaixo que são alguns dos artigos mais lidos deste blog:

Descartando Descartes:

https://jornalistafatima.blogspot.com/2019/05/penso-logo-mio-e-existo-descartando.html

Animal Pensa:

https://jornalistafatima.blogspot.com/2016/02/animal-pensa-minha-gata-pensa-e-tao.html 

Fotos/Pinturas: Do extraordinário Donald Roller Wilson

Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista especializada em pets 🐶, escritora e gatóloga 😸. Fundadora da www.miaubookecia.com (especializada em fotolivros sobre animais e crianças) e  da http://buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos). Ministra a palestra "O Poder Curativo dos Gatos", em breve em formato de livro e faz numerologia associada ao Tarô dos Gatos e dos Cachorros. 😸😻😺🐕🐈

Autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" que teve participação da Brigitte Bardot em sua segunda edição e do livro "Ághata Borralheira (Cat) e Amigos tocando corações" com participação de bichinhos brasileiros e estrangeiros. Participante de várias coletâneas literárias sobre animais. 😻🐶🐒🐦🐞
Atuou com os Gorilas das Montanhas da República Democrática do Congo, Rancho dos Gnomos (Brasil) e foi por 11 anos colaboradora da Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais, além de colunista das Revista Meu Pet e 7 Dias com Você, e do portal português Miaumagazine. No SBT Repórter foi editora e produtora do programa "Bichos" que destacou animais de moradores de rua. Veja trajetória completa no lado direito do blog 🐱🐶🐵🐰🐭🐾🐾🐾







Gatos de Roma e do Museu do Ipiranga: Castrar e Cuidar é a melhor estratégia


O Parque Independência em SP é referência no método de CED – Captura, Esterilização e Devolução já adotado com gatos das maiores cidades do mundo como Nova York, Paris e Roma. Mas os últimos relatórios internacionais apontam que o método de CED deve ser acompanhado por uma forte política pública contra o abandono. Num estudo realizado com 103 colônias de gatos em Roma, na Itália, onde houve a castração e devolução ao local de origem de cerca de 8 mil felinos em 10 anos, constatou-se que em paralelo a esse trabalho, as colônias cresceram em torno de 21% por conta de novos abandonos.
A fim de tornar as colônias mais estáveis foram inseridas câmeras e programas de conscientização desde 2000 nos principais pontos turísticos onde os gatos escolheram para viver. O governo italiano assimilou que, mesmo com esse residual de 21% de crescimento registrado ao longo dos anos, ainda é mais seguro, tanto para os animais quanto para a população humana, que os gatos sejam castrados pelos órgãos públicos e tratados pelos voluntários, afinal, com a retirada dos felinos, novas colônias sem tratamento veterinário se formariam e se reproduziriam rapidamente.
Os gatos do Museu do Ipiranga
“Eles são todos castrados, vacinados, vermifugados e têm nome. Conhecemos todos. Hoje são 50, mas já doamos mais de 100 nos últimos anos. Nosso grupo de nove voluntários emprega os próprios recursos no cuidado com esses gatos que, na verdade, não são selvagens. São gatos domésticos abandonados no Parque Independência sem dó nem piedade. Não somos ONG, não temos abrigo. O maior problema não são os gatos, mas a falta de consciência das pessoas”, conta a bióloga Francielli Vergino que durante oito anos ajuda no tratamento e monitoramento da colônia felina (matéria postada em 2018 - a bióloga não atua mais com essa colônia de gatos, mas protetores atuam).


Existe ainda uma crença de que os gatos afetam a população de pássaros, mas os nascidos nas cidades perdem muito de seu instinto, habilidade e interesse para a caça. Além disso, gato alimentado não sai caçando conforme assinala Francielli: “Os gatos do museu são bem alimentados com ração. Eles comem e dormem. É isso que eles fazem. Quando pássaros somem de parques não é por conta dos gatos, mas por causa da escassez de comida e água. Muitas pessoas levam embora frutas de árvores que alimentam os pássaros. E precisa ter fonte de água. No museu é comum vermos os passarinhos se banhando nos potes de água dos gatos”.

Veja vídeo com duas gatinhas falando sobre isso:


Assim como os gatos, os saguis (macacos de pequeno porte) também foram sendo abandonados no Parque Independência e hoje são bem numerosos. Por isso Francielli ressalta: “Nas florestas esses pássaros contam com um número muito maior de predadores como répteis, aves maiores como gaviões, falcões, corujas, dentre outros. No Parque os macaquinhos também predam as aves!”.

Veja Vídeo da gatinha Ághata Borralheira que convive com diversos passarinhos:


Outra acusação contra os gatos é de serem transmissores de doenças à fauna silvestre mas, em primeiro lugar, sabe-se que os gatos cobrem suas fezes (o que, aliás, vira adubo) e as doenças tipicamente felinas (contra as quais os gatos dos museus são vacinados) não se desenvolvem em aves. E eles também não são um perigo à saúde humana, caso contrário, os milhares de frequentadores do Parque Independência e milhões de pessoas que possuem gatos em casa viveriam sempre doentes com patologias felinas. Portanto, essa é outra lenda felina urbana.
Ob.: Essa matéria é de 2018 e a bióloga entrevistada não se encontra mais em SP nem atua mais no Parque Independência. O artigo está sendo repostado em comemoração ao blog ter ultrapassado 1 milhão de acessos e por ser um dos textos mais lidos.
Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista especializada em pets 🐶, escritora e gatóloga 😸. Fundadora da www.miaubookecia.com (especializada em fotolivros sobre animais e crianças) e  da http://buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos). Ministra a palestra "O Poder Curativo dos Gatos", em breve em formato de livro e faz numerologia associada ao Tarô dos Gatos e dos Cachorros. 😸😻😺🐕🐈
Autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" que teve participação da Brigitte Bardot em sua segunda edição e do livro "Ághata Borralheira (Cat) e Amigos tocando corações" com participação de bichinhos brasileiros e estrangeiros. Participante de várias coletâneas literárias sobre animais. 😻🐶🐒🐦🐞
Atuou com os Gorilas das Montanhas da República Democrática do Congo, Rancho dos Gnomos (Brasil) e foi por 11 anos colaboradora da Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais, além de colunista das Revista Meu Pet e 7 Dias com Você, e do portal português Miaumagazine. No SBT Repórter foi editora e produtora do programa "Bichos" que destacou animais de moradores de rua. Veja trajetória completa no lado direito do blog 🐱🐶🐵🐰🐭🐾🐾🐾

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Campanha Patinha Vermelha e Festa neste sábado (27/07) em Moema (SP)

 


O AmarVet’s Hospital Veterinário, localizado no bairro de Moema, realizará no dia 27 de julho, sábado, das 10h às 16h, a Campanha Patinha Vermelha, um evento destinado à doação de sangue de cães. Aberto ao público, o evento contará também com diversas experiências gratuitas para os tutores vivenciarem com os seus doguinhos como Reiki, Cromoterapia, Aromaterapia, Brinquedoteca, Petiscos e Brindes. 

Se houver o interesse por parte do tutor para que o seu cachorro doe sangue, ele precisará preencher um formulário para saber se o cão está apto para a doação.

Pré-requisitos para doação

Para que um cão possa ser doador, ele deve ter entre 1 e 7 anos, pesar no mínimo 25 kg, estar em boa saúde clínica, ter controle de ectoparasitas, estar com a vacinação atualizada, ter um temperamento dócil, não ter passado por cirurgias recentes nos últimos dois meses e, no caso das fêmeas, não estar gestante.

Antes da doação, cada animal passará por um exame físico, anamnese e coleta de amostra de sangue, que fica pronto em cerca de dois minutos. Com o resultado satisfatório, a coleta de sangue será realizada. Serão realizados perfis sanguíneos completos conduzidos no laboratório da Sanimvet e os resultados serão enviados aos tutores no prazo máximo de 30 dias.

Atenção: o cão precisa estar entre quatro e cinco horas em jejum. O veterinário fará a coleta de sangue pela veia jugular ou veia cefálica (no pescoço ou patas) com o cachorro consciente e o tutor presente.

Sobre a Campanha Patinha Vermelha

A Patinha Vermelha foi desenvolvida pela Dra. Natália Gouvêa, médica veterinária, e CEO do AmarVet’s Hospital Veteriniário. A campanha é fruto de sua dedicação e amor pelos animais e acontece em parceria com o Dr. Marcio Moreira CEO da SanimVet.

“Muitos tutores não sabem que seus animais saudáveis podem ser doadores e salvar vidas de outros pets. Doar sangue é seguro, rápido e, mais importante, pode proporcionar uma segunda chance para animais em necessidade. No Hospital Veterinário AmarVet’s, acreditamos que juntos podemos fazer a diferença. Queremos incentivar a doação de sangue animal para salvar vidas”, salienta Natália.

"A importância de um banco de sangue animal é vital na medicina veterinária. Assim como em humanos, animais também podem precisar de transfusões de sangue em situações de emergência, cirurgias complexas ou tratamentos de doenças graves. Ter um banco de sangue animal bem abastecido pode ser a diferença entre a vida e a morte para muitos de nossos queridos companheiros. Conscientizar-se sobre a doação de sangue animal é um ato de amor e solidariedade”, destaca.

Serviço

AmarVet’s

Endereço: Avenida Indianópolis, 962 – Moema – São Paulo.

Data: 27/07. Sábado, das 10h às 16h.

Tel/Whatsapp: (11) 5108-0092.

Site: https://amarvets.com.br/tour/index.htm

Link para cadastro do Cachorro: https://forms.office.com/r/MVkvkP8hBY

 

 


segunda-feira, 15 de julho de 2024

Cor da pelagem não define comportamento ou personalidade do gato

 


Você já deve ter ouvido algo assim: "Os gatos amarelos são terríveis. Muito elétricos e bagunceiros" ou "Gato persa é dorminhoco, quietinho" ou ainda "Gato rajado é exímio caçador por causa dos ancestrais selvagens". Pois esqueça tudo isso.

O que define o comportamento de um gato não é sua cor assim como também não é nos demais mamíferos incluindo os humanos. A personalidade de um gato (e creio eu de qualquer animal) se forma de acordo com o lugar onde ele nasce, onde ele cresce, como é tratado, pelas experiências que ele vivencia desde os primeiros dias de vida e da interpretação que faz dessas experiências.

Por isso, gatos de uma mesma ninhada, ainda que sejam todos amarelos, brancos, pretos, frajolas, rajados ou tricolores... cada um terá uma personalidade própria, única.


Do ponto de vista genético, a raça de um gato (siamês, persa etc) e, em alguns casos com olhos bicolores por exemplo, podem gerar tendência a algumas doenças ou fragilidade em alguns orgãos, mas isso é biológico, reflete no corpo físico e não no comportamento.

O que vai determinar se um gatinho se torna bagunceiro e sociável, tímido e assustado, carinhoso e comunicativo, bravo ou mal humorado não tem nada a ver com a cor e sim com as experiências que ele teve desde cedo além do ambiente onde vive.


Gato não é tudo igual. Claro que existem certos padrões comportamentais ligados à sobrevivência ou que são heranças passadas de geração a geração. Por exemplo: o hábito de fazer as necessidades em areia, terra ou cobrir as fezes de alguma forma. Buscar lugar macio e quente para dormir, se esconder debaixo de cobertas ou dentro de sacos. Amassar pãozinho. 

Esses são alguns padrões de comportamento herdados pela espécie, mas existem muitos outros comportamentos que os gatos desenvolvem de acordo com sua própria índole e o meio em que vivem.


Aliás, conosco é assim também. A humanidade tem padrões de comportamento: levantar, tomar café, ir pro trabalho, almoçar, voltar pra casa, sentar pra ver TV antes de dormir. Nem todo mundo faz isso, mas é um dos padrões da sociedade em que vivemos. E ainda que fizéssemos tudo igualzinho. mecanicamente, da hora que levantamos a hora que deitamos, ainda assim, "cada cabeça seria uma sentença".

Mesma coisa com os gatos. Inclusive, os gatos ferais que estão exterminando na Austrália e Nova Zelândia com o argumento de que levam os pássaros à extinção, nem esses gatos são todos iguais só porque vivem na floresta ou savanas. Existe o comportamento padrão ligado à sobrevivência, mas se pegarem três desses gatos e levarem pra uma casa, podem ter certeza que depois de um tempo um deles pode ficar bem interessado em trocar a dura vida no mato pela sofá.


Quem tem ou já teve vários gatos sabe bem do que estou falando. Não importa a cor porque cada gato  tem seus próprios hábitos e personalidade. Tem gato que só toma água na torneira, mas outros preferem tigela. Tem gato que mia pra tudo e outros que mal ouvimos miar. Aliás, cada um tem um miado diferente... já notaram? É como as nossas vozes... diferentes umas das outras.

Cada gato com seu miado é outro tema que já abordei nesse blog: "Miados com Sotaque". Se quiser leia acessando AQUI


Também vejo algumas pessoas dizerem que todo gato é caçador. Não é. Já tive gato que ignorava por completo baratas e outros que estampavam um sorriso sádico de uma orelha a outra ao avistarem uma barata. Nos parques já vi pombas e gatos comendo no mesmo prato. Aliás, até sabiá já vi bicando pratinho do gato enquanto o bichano não se importava nem um pouco.

Tenho uma matéria neste blog que abrange de forma bem mais completa os mitos que se criaram em cima dos gatos: "Doze Mitos sobre os Gatos. Ajude a derrubá-los" e se você é gateira de carteirinha vale a pena ler e se, quiser, comente.

Leia acessando AQUI

Fotos Pixabay Free
Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista especializada em pets 🐶, escritora e gatóloga 😸. Fundadora da www.miaubookecia.com (especializada em fotolivros sobre animais e crianças) e  da http://buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos). Ministra a palestra "O Poder Curativo dos Gatos", em breve em formato de livro e faz numerologia associada ao Tarô dos Gatos e dos Cachorros. 😸😻😺🐕🐈
Autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" que teve participação da Brigitte Bardot em sua segunda edição e do livro "Ághata Borralheira (Cat) e Amigos tocando corações" com participação de bichinhos brasileiros e estrangeiros. Participante de várias coletâneas literárias sobre animais. 😻🐶🐒🐦🐞
Atuou com os Gorilas das Montanhas da República Democrática do Congo, Rancho dos Gnomos (Brasil) e foi por 11 anos colaboradora da Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais, além de colunista das Revista Meu Pet e 7 Dias com Você, e do portal português Miaumagazine. No SBT Repórter foi editora e produtora do programa "Bichos" que destacou animais de moradores de rua. Veja trajetória completa no lado direito do blog 🐱🐶🐵🐰🐭🐾🐾🐾

sábado, 13 de julho de 2024

Meu sábado de mulher solteira, sozinha e passando dos 50


Que CHEIRO tem o seu sábado? Eu me identifiquei 100% com esse texto achado na internet de autora desconhecida, mas juro que parece que eu que escrevi. Resolvi compartilhar ilustrando com imagens do famoso Sexy and City porque as atrizes estão hoje na faixa dos 50/60 anos:


Eu sei que várias mulheres na faixa dos 50 continuam com uma razoável vida social saindo com amigas nas mesmas condições aos sábados. Não é meu caso e isso não me incomoda porque na verdade é uma escolha minha. Há tempos meu sofá diante da TV e um bom filme me atraem mais que passar a noite de sábado numa atividade coletiva.


Não significa que não tenho amigas ou que não gosto de vê-las e sair com elas. Às vezes sim... é muito bom estar com amigas, rir, conversar. Mas não todo sábado. Isso porque, no meu caso particular, sábado tem um clima e um cheiro diferente do de reunião com amigas. Sou de uma geração que cresceu escalando o sábado como o dia “vip” do namoro.

Eu podia ver o namorado a semana toda, mas o sábado era sempre diferente... tinha um “quê” diferente. Era o dia de se arrumar pra valer e isso incluía uma bela lingerie. Dia do cabelo ficar lindo e não apenas apresentável. Dia da maquiagem que eu, meio preguiçosa pra me pintar, só usava aos sábados. Dia de usar mais perfume ou um perfume mais marcante.  Dia que, logo cedo, já criava uma expectativa boa para a noite. Dia de... vocês sabem.


Então hoje, quando faço um tour em algum shopping aos sábados e acabo comprando alguma bobagem de que não preciso, todas essas lembranças me vêem à mente naturalmente. E o CHEIRO! Já repararam que sábado tem seu próprio cheiro? E que seus melhores sábados do passado também têm um cheiro peculiar, único? É uma lembrança olfativa, mas também de cores e imagens que aparecem e desparecem ao andar por um shopping num sábado à noite.

Não... não é exatamente tristeza... talvez nostalgia... e a constatação de que aquela época de namoros aos sábados passou... de vez. Sabe aqueles abraços e beijos na escada rolante indo para o cinema... passou. Aquele olhar dentro do carro, depois do cinema do tipo... “O que vamos fazer agora?”. Bem... nós sabíamos o que vinha depois e depois...


O sábado era uma caixinha de surpresa que a gente mesma montava e sabia tudo que tinha dentro.
E os sábados tinham a noite começando assim: toda arrumada, perfumada e com brilho nos olhos na porta de casa esperando o namorado. Podia acabar e começar outro namoro, depois outro e outro... podia trocar de namorado dezenas de vezes que o sábado tinha sempre a mesma sequência de cenas e expectativas. E o tal CHEIRO exclusivo de sábado.

Então agora, quando caminho sozinha num sábado final de tarde e começo de noite por um shopping, galeria, Av Paulista ou Rua Augusta... tenho uma sensação de deslocamento para aquela época que ficou arquivada na memória... aliás, época não porque na verdade foram várias épocas já que uma mulher que nunca se casou passou a vida toda namorando, dos 15 aos 45 normalmente... com sorte 50... Várias fases da vida... mas sempre com o mesmo sábado de cheirinho bom, de friozinho na barriga, de sensação de pertencer a esse mundo.

A sensação agora beira a invisibilidade. 


Praticamente ninguém me nota, a não ser a vendedora da loja. Mas já é muito bom, uma benção ainda ter condições de jantar num shopping aos sábados...
A nostalgia vai se desfazendo enquanto eu devoro uma macarronada, uma pizza bem calórica, um doce enorme que eu tinha jurado não comer pq ando com colesterol alto e beirando a diabetes. Nesse momento gourmet de pura entrega as lembranças começam a ir embora e então eu me lembro que ainda dá tempo de pegar o finalzinho da novela das 7 ou das 9... portanto, hora de ir embora.

O caminho de volta é um pouco irritante. Parece mais longo que na ida... não chega nunca. Mas quando piso em casa, que alívio. Eu me jogo de braços e pernas abertos na cama e penso: “Que bom ter uma casa onde se possa chegar”. Que bom ter um sofá pra abraçar. Um chuveiro quentinho, uma geladeira cheia de coisas que eu nem deveria comer, mas pelo menos tá cheia... um silêncio nessa bat-caverna que criei pra mim.


E assim, depois de uns minutos na cama de casal, porque a maioria das solteiras têm cama de casal comprada para os tempos em que ainda recebia “visitas”... depois de uns minutos entregue à delícia do descanso... eu me levanto, vou até a sala e ligo a TV. Pronto! Agora falta pouco para o sábado chegar ao fim... e para eliminar de vez o CHEIRO do passado, que sorte a minha, vai passar justamente um filme de suspense dos bons. Romance não assisto mais... dá preguiça.


Abaixo meu acréscimo pessoal:

O sábado tem um cheiro só dele, mas que é diferente para quem sai à noite e para quem fica em casa.  Para quem se diverte fora de casa o sábado tem um cheiro de banho caprichado, de cabelo escovado, de roupa cuidadosamente escolhida para fazer bonito. É cheiro de expectativa, cheiro de felicidade pouco contida.

Para quem passa as noites de sábado em casa o cheiro é de aconchego. É um cheiro mais quentinho, de jantar que alegra o estômago e o espírito antes de sentar na sala pra ver um filme. É um cheiro que abraça e conforta especialmente quem tem algum bichinho em casa.

Já o domingo tem um cheiro bipolar. Começa alegre e ao cair da tarde vai se emburrando. É um cheiro de desalento, de viagem que chega ao fim, de passeio que acaba. 

A segunda-feira também tem seu próprio cheiro que é de noite mal dormida, de cara amassada, cheiro abafado, denso... cheiro meio desanimado de recomeço.

E por aí vai nos demais dias da semana cada qual com seu aroma impregnado no ar, em casa e no trabalho.

Fátima Chu🌎Ecco, jornalista especializada em pets 🐶, ativista pelos direitos dos animais, escritora e gatóloga 😸. Fundadora da www.miaubookecia.com (editora especializada em fotolivros sobre animais e crianças) e da http://buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos). Ministra a palestra "O Poder Curativo dos Gatos", em breve em formato de livro e faz numerologia associada ao Tarô dos Gatos e dos Cachorros. 😸😻😺🐕🐈

Autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" que teve participação da Brigitte Bardot em sua segunda edição e do livro "Ághata Borralheira (Cat) e Amigos tocando corações" com participação de bichinhos brasileiros e estrangeiros. Participante de várias coletâneas literárias sobre animais. 😻🐶🐒🐦🐞
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sábado, 6 de julho de 2024

Gatinho vive em luxuoso hotel de Nova York e participa de campanhas inclusivas e pet-sociais




Hamlet VIII, esse gatinho da foto, vive no The Algonquin Hotel, um dos mais luxuosos de Nova York, nos EUA. Hamlet foi resgatado de uma colônia de gatos selvagens em Long Island é o 12º felino residente do The Algonquin. É ele quem normalmente recepciona os hóspedes.

Desde que foi adotado pela equipe do hotel, esse gatinho nem sonha em pisar na lama ou caçar para sobreviver, mas marcas do passado ainda são visíveis como o corte na orelha esquerda (marca comum em gatos de vida livre castrados).

Hoje Hamlet tem sob as patas um suntuoso piso de mármore e sofás maravilhosos para tirar uma soneca.  Mas a vida de gato "rico" não o impede de fazer um trabalho "social". Ele é o “garoto-propaganda” de inúmeros eventos em prol de abrigos de animais de NY e também participa de campanhas inclusivas como o Pride Month que é comemorado de 1 a 30 de junho nos EUA e corresponde à parada LGBT+ do Brasil.



Como é um gatinho muito querido, que recebe cartas e presentes de fãs do mundo todo, ele aparece, inclusive, na apresentação do Hotel no site, onde tem também uma página inteirinha dedicada a ele cheia de fotos, afinal, tem gente que só se hospeda no luxuoso Algonquin por causa do Hamlet. Veja AQUI







Acompanhe várias fotos de  Hamlet VIII pelo  https://www.instagram.com/thealgonquincat/



Curiosidade:
Durante a pandemia de Covid-19, a rede Marriott International, do qual o The Algonquin faz parte, fez parceria com o Colégio Americano de Médicos de Emergência, com a Associação de Enfermeiros de Emergência e a Associação Americana de Hospitais para hospedar médicos e enfermeiros da linha de frente com acomodações gratuitas..

Durante aquele período Hamlet, com todo seu encanto, alegrou um pouco a vida desses profissionais que dedicam suas vidas para salvar outras vidas.



Fotos: Rede Social "The Algonquin Cat" https://www.instagram.com/thealgonquincat/

Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista especializada em pets 🐶, escritora e gatóloga 😸. Editora da www.miaubookecia.com (especializada em fotolivros sobre animais e crianças) e consultora da http://buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos). Ministra a palestra "O Poder Curativo dos Gatos", em breve em formato de livro e faz numerologia associada ao Tarô dos Gatos e dos Cachorros. 😸😻😺🐕🐈
Autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" que teve participação da Brigitte Bardot em sua segunda edição e do livro "Ághata Borralheira (Cat) e Amigos tocando corações" com participação de bichinhos brasileiros e estrangeiros. Participante de várias coletâneas literárias sobre animais. 😻🐶🐒🐦🐞
Atuou com os Gorilas das Montanhas da República Democrática do Congo, Rancho dos Gnomos (Brasil) e foi por 11 anos colaboradora da Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais, além de colunista das Revista Meu Pet e 7 Dias com Você, e do portal português Miaumagazine. No SBT Repórter foi editora e produtora do programa "Bichos" que destacou animais de moradores de rua. Veja trajetória completa no lado direito do blog 🐱🐶🐵🐰🐭🐾🐾🐾





quinta-feira, 4 de julho de 2024

Nestor é encontrado depois de se perder 2 vezes seguidas e ficar 58 dias sumido


Quem perde um gato fica com os cabelos em pé, não é mesmo? Agora imagine perder o mesmo gato duas vezes seguidas num curtíssimo espaço de tempo. Foi exatamente o que aconteceu com o Nestor (foto). Ele se perdeu de casa no bairro de Artur Alvim (SP) e, no mesmo dia, foi resgatado por uma pessoa que o levou para a Vila Campanella mas, infelizmente, o deixou escapar novamente. 

Então Nestor, por duas vezes sem eira nem beira, começou a frequentar uma casa onde já morava outro gatinho:

"Fazia quatro dias que eu havia distribuído as cartinhas da BuscaCats nas casas da Vila Campanella. Então um rapaz me ligou dizendo que Nestor estava se abrigando no forro do telhado da casa da irmã dele e indo no quintal buscar comida do outro gato", conta a tutora Gislei Barbosa.

Nestor começou a confiar na desconhecida que lhe dava comida e se deixou apanhar. Então, após uns dias, a dona da casa resolveu doar Nestor para sua mãe idosa que morava num outro bairro.

Quantas viagens, hein Nestor?!


Assim, após quase dois meses desaparecido e sem qualquer pista de seu paradeiro, essa história tinha tudo para não terminar do jeito que a tutora Gislei gostaria, mas...

"Eu já havia colado cartazes, contratado carro de som, falado com muita gente, mas a cartinha de sensibilização da BuscaCats foi um fator decisivo para Nestor ser devolvido. Foi fundamental para um final feliz, pois, o rapaz me procurou assim que leu a cartinha".

Curiosamente Gislei havia sonhado que Nestor estava com alguém de cabelos grisalhos. Seria a senhora que ganhou Nestor de presente dos filhos? Talvez. Alguns tutores sonham exatamente com o que acontece com seus gatos perdidos.

Dessa incrível história do Nestor, que atravessou três bairros em 58 dias e mesmo assim foi reencontrado, a gente tira algumas lições.

🐱Em primeiro lugar... tem que procurar bem, mas bem perto mesmo da onde o gato se perdeu porque ele pode estar preso ou vivendo na vizinhança ou ainda ter sido resgatado por algum vizinho que às vezes nem sabe que o gato está perdido.

😸Em segundo lugar... eu sempre digo para as pessoas que buscam minha consultoria sobre gatos perdidos: procurem em forros das casas, casas vazias e locais onde vivem outros gatos. A tendência de um gato perdido é buscar abrigo bem perto de casa e seguir na direção do cheiro de outros gatos.

😻Em terceiro lugar... tem que ter esperança e perseverança... como a Gislei teve. Alguns gatos são encontrados em poucos dias, mas outros depois de semanas e até meses.

Claro que existem muitos perigos nas ruas e nem todos gatinhos podem ser encontrados, mas se o gato estiver "vivo" e nas proximidades, a chance de revê-lo é grande se o tutor não desistir de procurar. 

E tem que procurar por perto porque um gato só vai parar longe quando entra no motor de um carro ou é levado por alguém como, aliás, aconteceu com o Nestor. Os gatos tendem a ficar no próprio quarteirão da onde fogem ou nos quarteirões ao redor.

Veja mais orientações no blog da @buscacats acessando AQUI

Atendimento BuscaCats zap 11 94682-6104

Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista especializada em pets 🐶, escritora e gatóloga 😸. Editora da www.miaubookecia.com (especializada em fotolivros sobre animais e crianças) e consultora da http://buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos). Ministra a palestra "O Poder Curativo dos Gatos", em breve em formato de livro e faz numerologia associada ao Tarô dos Gatos e dos Cachorros. 😸😻😺🐕🐈
Autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" que teve participação da Brigitte Bardot em sua segunda edição e do livro "Ághata Borralheira (Cat) e Amigos tocando corações" com participação de bichinhos brasileiros e estrangeiros. Participante de várias coletâneas literárias sobre animais. 😻🐶🐒🐦🐞
Atuou com os Gorilas das Montanhas da República Democrática do Congo, Rancho dos Gnomos (Brasil) e foi por 11 anos colaboradora da Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais, além de colunista das Revista Meu Pet e 7 Dias com Você, e do portal português Miaumagazine. No SBT Repórter foi editora e produtora do programa "Bichos" que destacou animais de moradores de rua. Veja trajetória completa no lado direito do blog 🐱🐶🐵🐰🐭🐾🐾🐾






Gatinho Frodo do filme "Um lugar Silencioso - Dia Um" é apaixonante. Não perca!


"Um Lugar Silencioso - Dia Um" que ainda está em alguns cinemas, vai mexer com os nervos de gateiras e gateiros. Isso porque o papel do gatinho Frodo não é de um mero bichinho que aparece de vez em quando não. Ele faz coisas importantes e a gente fica torcendo por ele o tempo todo no filme... e o final... bem... o final vocês vão AMAR.

Para quem não conhece a história que chega ao seu terceiro filme, trata-se de uma invasão alienígena com criaturas que se alimentam de humanos. No meio desse caos em que a humanidade é mergulhada está Frodo, um gatinho que já faz mais sucesso que os protagonistas do filme... aliás, é mais justo dizer que Frodo é o maior  protagonista.

Na verdade são dois Frodos: Schnitzel e Nico (foto de abertura desse artigo) que se revezam na interpretação do gatinho levado para todo lado durante a fuga dos ETs. Quem o carrega no peito, braços e onde mais for possível é a atriz Lupita Nyong`o que, à princípio, confessou ter pavor de gatos. Ela passou por um treinamento de aceitação dos bichanos e, inclusive, acabou adotando um gato que batizou de Yoyo.

O diretor Michael Sarnoski explicou que sentiu ser importante ter um bichinho de verdade  na história com o qual as pessoas pudessem se identificar... na verdade, torcer por ele o tempo todo. Vale lembrar que nos Estados Unidos e alguns países europeus, todo filme com algum animal de verdade tem as cenas acompanhadas por entidades protetoras de animais. É uma exigência.

E, além disso, ss dois gatinhos que interpretam Frodo aparecem junto com o nome dos atores humanos principais - algo muito raro de acontecer. Acompanhe os letreiros finais e você verá a citação deles.

VEJA ABAIXO TRAILER DUBLADO:


Vale lembrar também que os bichinhos que aparecem nos filmes geralmente são adotados pela própria equipe ou têm a adoção disputada pelo público que se encanta com eles. Dois exemplos maravilhosos são "A caminho de casa" e "Dezessete" cujas matérias contam o feliz destino que tiveram os cães que saíram de abrigos para virar estrela de cinema e ganharem lares amorosos. Aliás são algumas das matérias mais lidas deste blog. Veja abaixo:

Filme "A caminho de casa" - sucesso de cinema - cadelinha, além de adotada passou a frequentar escolas em programas de educação infantil voltados para respeito para com os animais
Leia e veja trailer clicando em


"Dezessete" é um filme encantador disponível apenas na Netflix. Cachorrinho do filme foi adotado pelo ator principal. O filme mostra também vários outros cães do mesmo abrigo. 
Leia e veja trailer clicando em



Fotos: Divulgação
Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista especializada em pets 🐶, escritora e gatóloga 😸. Editora da www.miaubookecia.com (especializada em fotolivros sobre animais e crianças) e consultora da http://buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos). Ministra a palestra "O Poder Curativo dos Gatos", em breve em formato de livro e faz numerologia associada ao Tarô dos Gatos e dos Cachorros. 😸😻😺🐕🐈
Autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" que teve participação da Brigitte Bardot em sua segunda edição e do livro "Ághata Borralheira (Cat) e Amigos tocando corações" com participação de bichinhos brasileiros e estrangeiros. Participante de várias coletâneas literárias sobre animais. 😻🐶🐒🐦🐞
Atuou com os Gorilas das Montanhas da República Democrática do Congo, Rancho dos Gnomos (Brasil) e foi por 11 anos colaboradora da Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais, além de colunista das Revista Meu Pet e 7 Dias com Você, e do portal português Miaumagazine. No SBT Repórter foi editora e produtora do programa "Bichos" que destacou animais de moradores de rua. Veja trajetória completa no lado direito do blog 🐱🐶🐵🐰🐭🐾🐾🐾




Pré-histórica? Alienígena? Quem é essa grande ave esquisita e comunicativa?

                                                            Foto @Pinterest
Ela se chama cegonha-bico-de-sapato (também cegonha-bico-de-tamanco)e só existe na Zâmbia e no Sudão, na África, em quantidade cada vez mais reduzida que a faz entrar para a lista de animais em risco de extinção. Seu aspecto pré-histórico e ao mesmo tempo, digamos, "simpático", povoa o imaginário das histórias fantásticas. Pudera... até o nome científico lembra a fauna da época dos dinossauros: Balaeniceps rex.
É uma ave muito grande, com cerca de 1 metro e meio de altura. A distância de uma asa a outra aberta é de 2,60 m. Anda erecta e pode viver até 50 anos. Vive solitária com exceção da fase de acasalamento e cuidado com os filhotes. Escolhem um único parceiro para toda a vida e só atingem maturidade sexual aos quatro anos de idade. Veja o vídeo da BBC que registra aves adultas e seus filhotes:

Três fatores estão levando essas belíssimas criaturas à extinção: destruição do habitat natural que também é usado para cultivo de cereais ou pasto para gado, caça para consumo ou para servir de atração em zoológicos, e uma superstição em algumas áreas africanas onde povoados a associam com azar.
Embora comam uma variedade de gramas em alguns pântanos onde habitam, também são carnívoras. Comem peixes, cobras aquáticas, rãs e até crocodilos jovens. O que chama a atenção é sua maneira de se comunicar agitando a cabeça e sua relação pacífica com humanos - razão pela qual é muito capturada para servir de atração. Veja alguns exemplos em países asiáticos:



Aqui mais um exemplo de ave que parece estar em algum tipo de zoológico:



E aqui turistas provavelmente na África... reparem que guia força a ave a tirar fotos:



Seria uma ave alienígena?
O aspecto físico e o comportamento da cegonha-bico-de-sapato também lembram algumas criaturas alienígenas retratadas em livros,  animações e filmes de ficção científica. Alguns fósseis semelhantes a essa cegonha foram encontrados no antigo Egito - palco do famoso livro "Eram os Deuses Astronautas?", do autor suíço Erich von Daeniken. A obra busca provar que as pirâmides egípcias e as estátuas da ilha de Páscoa, por exemplo, foram construídas por ETs. 

SONHO: teve um motivo pessoal para eu me interessar em pesquisar essa ave. Costumo sonhar com várias criaturas híbridas que não existem na Terra. São peixes com pelos, aves com escamas, gatos com penas... animais que parecem ter sido fabricados em laboratório ou que simplesmente não existem aqui, mas sim em outros lugares. Num desses sonhos uma ave enorme, da minha altura, pousou ao meu lado. Ela me conhecia... creio que frequentava minha casa. Eu a cumprimentei, fiz carinho no dorso dela. Era muito mansa e lembrava demais a cegonha-bico-de-sapato.

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Crianças ajudam a matar 370 gatos na Nova Zelândia em apenas 24 horas


O último final de semana de junho foi um pesadelo para os gatos selvagens numa região rural da Nova Zelândia. O mais chocante é que a matança de 370 gatos, incluindo filhotes, contou com a ajuda de 460 crianças motivadas pelos adultos. Houve atraente prêmio em dinheiro para quem matasse mais gatos e também para quem matasse o maior gato.


O vencedor reuniu 65 corpos (com certeza alguns nem totalmente mortos) e também foi dado prêmio para o matador de um gato com quase 7 quilos. Essa competição acontece anualmente na Nova Zelândia para a caça (igualmente cruel) de veados, porcos do mato, patos, ratos, gambás e coelhos. Mas desde o ano passado passou a incluir os gatos com a alegação de que eles destroem a vida selvagem.


Essa é a mesma alegação que o governo australiano usa para por fim à vida de 2 milhões de gatos selvagens. Em matéria recente publicada em jornais do mundo inteiro, e também neste blog, o governo confirmou a decisão de usar robôs para espirrar veneno diretamente nos gatos levando-os a uma morte terrível à medida que eles comecem a se lamber.


Claro que a medida australiana terá consequências ambientais inimagináveis. Os próprios pássaros que se pretende proteger sofrerão com o veneno. O solo, o meio ambiente, tudo ficará contaminado com a urina, fezes e vômitos dos gatos envenenados. Pássaros, insetos e plantas morrerão ou sofrerão mutações. 


Pássaros somem com a perda do meio ambiente por queimadas (principalmente as criminosas), desmatamento, expansão urbana e crise climática. Tudo isso faz os pássaros perderem árvores para se abrigarem e alimento para seu sustento. Porém é mais fácil culpar os gatos pelo desaparecimento das aves do que assumir que é o próprio homem que tem devastado a vida selvagem.

Sobre a Austrália você entende melhor a situação clicando no link abaixo:

https://jornalistafatima.blogspot.com/2024/06/matando-2-milhoes-de-gatos-australia.html

Veja matérias sobre esse triste acontecimento na Nova Zelândia em jornais internacionais acessando os links abaixo:

 https://www.barrons.com/news/new-zealand-cat-killing-contest-vows-to-keep-hunting-crazy-felines-f74c2286

https://www.theguardian.com/world/article/2024/jul/02/new-zealand-feral-cat-killing-competition

https://www.youtube.com/watch?v=Sn5VuvOKX9k


E sobre essa atrocidade na Nova Zelândia fiz um vídeo com legendas em português e inglês sem cenas fortes, apenas pedindo mais amor aos gatos e soluções éticas de controle populacional porque elas certamente existem. 


Se puder, ajude a compartilhar a matéria e esse vídeo. Quem sabe chegando a muitas ONGs, ambientalistas, protetores e gente sensata, providências éticas e humanas em favor de "toda" vida selvagem comecem a surgir.


Fátima Chu🌎Ecco - jornalista amante dos animais, apaixonada por gatos e defensora do meio ambiente


terça-feira, 2 de julho de 2024

Macacos são pessoas

Eles não têm patas, mas mãos e pés muito semelhantes aos nossos. Expressões faciais, olhares e sentimentos idênticos aos nossos. Eles riem e gargalham. Aprendem a linguagem dos sinais. Sabem usar o computador. Folheiam revistas, adoram gibis, se reconhecem em fotos e no espelho. São capazes de aprender muitas coisas que fazemos. São nossos ancestrais, embora exista controvérsias  sobre isso. De qualquer forma  sabemos (e já foi documentado) que vários macacos podem ser mais solidários que muitos humanos. O que mais falta para os macacos também serem considerados pessoas? 


Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista especializada em pets 🐶, escritora e gatóloga 😸. Editora da www.miaubookecia.com (especializada em fotolivros sobre animais e crianças) e consultora da http://buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos). Ministra a palestra "O Poder Curativo dos Gatos", em breve em formato de livro e faz numerologia associada ao Tarô dos Gatos e dos Cachorros. 😸😻😺🐕🐈
Autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" que teve participação da Brigitte Bardot em sua segunda edição e do livro "Ághata Borralheira (Cat) e Amigos tocando corações" com participação de bichinhos brasileiros e estrangeiros. Participante de várias coletâneas literárias sobre animais. 😻🐶🐒🐦🐞
Atuou com os Gorilas das Montanhas da República Democrática do Congo, Rancho dos Gnomos (Brasil) e foi por 11 anos colaboradora da Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais, além de colunista das Revista Meu Pet e & Dias com Você, e do portal português Miaumagazine. No SBT Repórter foi editora e produtora do programa "Bichos" que destacou animais de moradores de rua. Veja trajetória completa no lado direito do blog 🐱🐶🐵🐰🐭🐾🐾🐾

Todos têm a fé instalada, mas é preciso acioná-la para funcionar

Se tem uma palavra conhecida em todo o mundo e que é também a base de toda religião, doutrina ou seita, essa palavra é a Fé.  E mesmo quem n...