segunda-feira, 30 de junho de 2025

Animação de gatinho preto que ganhou o Oscar é obra-prima. Veja trailer e fotos!


Flow, que ganhou o Oscar de Melhor Animação neste domingo, é uma obra de arte... acreditem! O filme reforça valores como amizade e solidariedade e deveria ser exibido em todas as escolas do planeta para motivar as crianças a cultivarem tais sentimentos. Veja belíssimo trailer ao final deste texto!

Não é um desenho infantil. Ele abrange todas as idades e especialmente quem AMA gatos e todos os animais. E o mais sensacional é que o personagem principal é justamente um gatinho preto de olhos amarelos - o tipo de felino que mais encalha nos abrigos, que mais sofre rejeição e preconceito.


Foi a primeira vez que a Letônia ganhou um Oscar e, claro, está em festa. Flow venceu também o Globo de Ouro e outros 50 prêmios espalhados pelo mundo. O simpático gatinho ganhou uma estatueta bem no centro de Riga, capital da Letônia, que em abril se muda para a prefeitura da cidade.

Em entrevista a diversos jornais, o diretor Gints Zilbalodis, que compareceu ao Oscar usando terno com gatinhos bordados, agradeceu aos seus próprios cães e gatos, pelos prêmios. E comentou que na Letônia, a animação arrecadou na bilheteria mais que filmes premiados mundialmente como Avatar e Titanic.

Vale lembrar que a Letônia é um país cuja população gosta bastante de gatos. Inclusive, existe uma conhecida "Casa do Gato" que tem no topo do telhado exatamente um gatinho preto. "Dizem" que o escultor caiu do telhado e morreu ao tentar mudar a posição do gatinho no alto do edifício por imposição de comerciantes do outro lado da rua. História a confirmar.


Mas voltando ao filme, reforço que é uma obra-prima. Sem diálogos nem legendas, os animais conseguem transmitir tudo que pensam e sentem por meio de expressões faciais e corporais. 

Flow tem ainda uma importante mensagem ambientalista: o cenário é nosso planeta se extinguindo com desastres naturais como grandes dilúvios afundando as maiores cidades. O gatinho sobrevive, consegue se movimentar com um pequeno barco e vai fazendo amizade com um cachorro, uma capivara, um lêmure e uma garça.


De tudo que se mostra na animação, o que fica mais marcante é a AMIZADE entre espécies. São vários detalhes cuidadosamente pensados que enriquecem o comportamento de cada bichinho. Enfim, lindo lindo!!!

A técnica de animação é outra surpresa agradável porque foge das animações tradicionais. É uma técnica com texturas e sombreados que não vemos nas animações em geral.


Outro detalhe bem curioso é que a casa onde Flow morava (e que afunda na inundação) era de um artista que se inspirava em gatos e cães para fazer grandes estátuas, algumas monumentais num local montanhoso. Esse local é fantástico!

Aliás, depois de ver Flow, quem ama gatos vai ter vontade de conhecer ou morar na Letônia.

Faltou falar de um grande peixe, talvez mais parecido com um dragão marinho, que acompanha a pequena Arca de Flow - outro personagem saído de uma imaginação iluminada!

Eu amo animações com bichos e de tudo que já assisti na vida, aponto Flow como uma das mais inteligentes e sensíveis... eu diria completa e perfeita. Não percam!


Fátima ChuEcco - jornalista, escritora e amante fervorosa de gatos😻

 






sexta-feira, 27 de junho de 2025

Aprenda como procurar gatos perdidos nos locais certos! Veja vídeo!


Existem dois tipos de gatos desaparecidos: os que nunca pisaram na rua, escapam e, de fato, se perdem, e aqueles que têm vida livre e, por um problema qualquer não conseguem voltar para casa. Os gatos livres "não se perdem": eles conhecem o entorno da casa onde vivem, mas se encrencam na vizinhança de alguma forma e ficam impedidos de voltar.

Em ambos os casos, postar na rede social e espalhar cartazes é "fundamental", mas não é suficiente porque o gato pode estar num local de difícil acesso visual ou tão bem escondido que ninguém o vê.


Diferentes dos cães que podem andar quilômetros num único dia, os gatos ficam por perto, às vezes muito perto, por isso, não se procura gato de carro... a busca tem que ser a pé.

No vídeo abaixo, feito com base na minha experiência com gatos perdidos, você vai saber os pontos básicos que deve acessar. Claro que existem outros, mas esses pontos que selecionei, muitas vezes completamente ignorados pelos tutores, correspondem a itens obrigatórios de uma busca.

Em breve estarei também tirando dúvidas e orientando quem está com um gatinho perdido, gratuitamente, por meio de lives. Para ser avisado sobre as lives siga o instagram @buscacats e acompanhe as postagens.


Texto: Fátima ChuEcco jornalista especializada em gatos, gatóloga e escritora

Vídeo produzido com imagens de AI

domingo, 22 de junho de 2025

Intestino "preso" pode dar depressão e tristeza. Conheça a solução mais simples


Muita gente já sabe que quando o intestino está "preso" pode provocar mau humor. Inclusive é costume dizer que as pessoas com fezes presas ficam "enfezadas" ou seja, bravas, nervosas e irritadas. Mas você já ouviu dizer que as pessoas ficam felizes quando o intestino funciona bem? 

Pois inúmeros estudos comprovam que a ligação entre cérebro e intestino é uma via de mão dupla e exatamente por isso o intestino tem sido reconhecido como o "segundo cérebro". Não são apenas as emoções que "mexem" com o intestino causando prisão de ventre ou diarreia. O intestino tratado de forma errada, com a alimentação inadequada e mergulhado num corpo sedentário também "mexe" com as emoções. E como!

A delicada estrada que se estende do intestino até o crânio (passando pelo abdômen e tórax) leva o nome de Nervo Vago

Mas o conceito de termos um cérebro nas nossas tripas é difícil de absorver porque culturalmente ligamos o coração às emoções. 


Ninguém desenha um intestino num cartão de amor. Ninguém coloca as mãos sobre o ventre pra dizer "eu te amo". Aprendemos que é no coração que guardamos bons e maus sentimentos.

Mas na verdade, o orgão que mais se inter-relaciona com o cérebro, celeiro das emoções, não é o coração e sim o intestino que, aliás, pode sim causar felicidade, deixar um pessoa bem humorada e com sensação de serenidade se estiver em bom funcionamento. 

Por isso, alimentos com fibra podem gerar mais paz de espírito do que calmantes e ansiolíticos.

Guardião do ânus (como?!)

Até parece palavrão, mas na verdade era o nome dado aos médicos que faziam uma limpeza no intestino introduzindo água pelo ânus por meio de um longo bico. Foi a versão mais remota das "lavagens" intestinais. E isso 2500 anos antes de Cristo. A prática era comum entre monarcas e seus familiares cujo objetivo não era meramente um limpeza física, mas também energética.

Mas o que o intestino tem de tão especial para merecer tratamento de rei? Nele vivem, como todos sabem, nossas boas bactérias - aquelas mesmas para as quais oferecemos "petiscos" sob vários nomes: yakult, chambinho etc. Antigamente chamávamos essa população de criaturas microscópicas de flora intestinal, mas hoje se conhece por microbiota.

No livro "A incrível conexão intestino cérebro", de Camila Rowlands, ela diz: 

"As bactérias que habitam nosso organismo influem na maneira em que a mente trabalha e problemas psicológicos como ansiedade e depressão, podem estar em grande parte relacionados com o estado que mantemos o habitat dos nossos minúsculos habitantes".

Sabe aquela frase: somos o que comemos? É mais ou menos isso que a autora diz.

Segundo ela, essas boas bactérias próprias da nossa microbiota são muito eficientes na absorção de minerais e na síntese de vitaminas. Produzem, por exemplo, B12, essencial para a saúde do cérebro. O déficit de B12 pode provocar depressão.

Troque seu calmante por alimentos

Parece difícil acreditar que um combo com couve, espinafre e brócolis, por exemplo, consumido com frequência, pode aposentar sua sertralina ou qualquer outro remédio que combate ansiedade e depressão. Pois tente. Durante uma semana alterne diversas verduras, frutas e legumes ricos em fibras e observe seu humor, ânimo, produtividade e pensamentos mais leves.

A lista de alimentos que fazem bem ao intestino é enorrrrrme. E muitos com custo bem acessível. Quer ver?

Os principais: couve, espinafre e brócolis. E ainda: rúcula, feijão, lentilha, ervilha, abacate, manga, laranja, tangerina, abóbora, mamão, ameixa (tanto seca quanto ao natural), tomate, maracujá, arroz e pão integral. A lista segue com grãos e algumas outras frutas de época. 

Caminhada, exercícios ou dança complementam o tratamento natural porque movimento é essencial a uma vida saudável.

É tanta coisa boa para o intestino que ele tem toda a razão de ficar enfezado se você nega esse prazer a ele.

Fátima ChuEcco - jornalista e escritora - Fotos feitas com AI







sábado, 21 de junho de 2025

Efeito Rebanho: entenda porque frequentamos locais onde a maioria vai


Frequento uma feira livre com aquelas tradicionais barracas de pastel, mas apenas uma delas é abarrotada de gente. À primeira vista podemos deduzir que se trata do melhor pastel da feira... só que não é bem assim. Já comi pastel de todas as barracas e a mais frequentada não tem nenhum sabor ou preparo especial, inclusive, é até um pouco mais cara.

Em 2005, na Turquia, bastou uma única ovelha cair de um penhasco para que todas as demais fizessem o mesmo. Eram 1500 ovelhas. As primeiras 450 que pularam morreram e as demais sobreviveram porque tiveram a queda amortecida pelos corpos das "colegas". 

Penhascos costumam ser frequentados por rebanhos de ovelhas e, embora alguns presumam que se tratou de um suicídio em massa, na verdade, ninguém sabe se a primeira ovelha a cair se distraiu ou escorregou à beira do precipício provocando uma queda. O que se sabe é que as demais a seguiram. O fenômeno ficou conhecido como "efeito rebanho".

Segundo a neurociência, nós humanos também sofremos o "Efeito Manada" ou "comportamento de rebanho" seguindo a opinião ou ação de um grupo sem uma efetiva análise da situação. Isso pode envolver desde pequenas decisões cotidianas, como onde comer um pastel por exemplo, até questões mais complexas que envolvem finanças, política, religião etc.

O Efeito Manada ocorre quando pessoas seguem a maioria, mesmo sem entender os motivos, o que torna o ato quase que intuitivo. Inclusive, a própria "moda", por vezes, é um tipo de efeito manada seja nas roupas, corte de cabelo, uso de acessórios e por aí vai. 

Esse efeito gera resultados bem positivos para alguns e negativos para outros: reparem que na feira dada como exemplo, enquanto a pastelaria escolhida pelo rebanho atende cerca de 30 pessoas simultaneamente, as demais, no mesmo horário e local, atendem entre dois e cinco clientes.

Estudos da neurociência apontam que essa atitude pode ser inconsciente na busca de uma sensação de conforto e de pertencer a um grupo. Na nossa pré-história esse comportamento favoreceu a formação de tribos que conseguiram sobreviver num mundo cheio de ameaças. Talvez essa necessidade ancestral, enraizada em nossa genética, ainda mova algumas de nossas escolhas às cegas, fazendo com que a gente consuma, use ou faça coisas apenas pelo simples fato de ver várias pessoas fazendo.

Fátima ChuEcco - jornalista e escritora- Fotos: feitas com AI




domingo, 15 de junho de 2025

Bebê Reborn: doença, terapia ou brincadeira provocativa? Entenda antes de condenar!


Problema psicológico, ferramenta de terapia ou apenas uma brincadeira inofensiva, porém provocativa na fase adulta? As três coisas! E vou explicar cada uma. No calor da coletividade indignada com as mães de bebês reborn, muitas vezes deixamos de procurar entender a situação. É mais fácil mandar adotar uma criança ou um animal de estimação, sendo que as pessoas envolvidas com bebês reborn, muitas vezes sequer têm perfil para serem mães de verdade ou tutoras de animais.

Mas há casos em que tratar bebê reborn como de verdade pode ser sinal de uma compensação emocional, principalmente em mulheres que perderam seus bebês na vida real. Isso requer ajuda psicólogica ao invés de críticas ferozes.


No filme "A Grande Ilusão", de 2013 (foto acima), que pode ser acessado pela internet ou no Prime Video, a atriz Jessica Biel ( que também atua na série "A Melhor Irmã") faz o papel de uma mulher que cuida de um bebê reborn como gente. O filme, com direção e roteiro de outra mulher, Francesca Gregorini, tem um conteúdo sério, bem trabalhado e nos mostra a visão médico-psiquiátrica sobre as mães de bebês reborn. Inclusive, o desfecho do filme sugere uma solução para o problema bem interessante. Veja o trailer: 

Psicólogos e psiquiatras têm afirmado que brincar de boneca na fase adulta não tem nada de mal. Configura um passatempo como qualquer outro se a pessoa está ciente que se trata de fato de uma boneca. É só quando a fronteira entre a ilusão e a realidade se quebra que surge uma patologia a ser tratada ao invés de duramente reprimida pela sociedade ou família.

Só a título de curiosidade, vale lembrar que entre as chimpanzés que perdem seus filhotes (espécie mais próxima da humana), não é incomum a mãe carregar o bebê morto nos braços por semanas e até meses. No ano passado a chimpanzé Natalia, de um zoo espanhol, carregou o filhote morto por três meses num processo de luto. Os administradores do zoo evitaram retirar o bebê a força compreendendo que aquilo fazia parte da natureza da espécie. Leia mais sobre esse caso AQUI - Chimpanzé se recusa a soltar filhote que morreu - 23/05/2024 - Bichos - F5

Alzheimer e bebês reborn

Além do mostrado acima, algumas pesquisas indicam que um bebê reborn pode tornar mais leve a vida de algumas pessoas com Alzheimer em estágio mais avançado. Pacientes se mantiveram por mais tempo ligados à realidade quando foram presenteados com bebês reborn. A boneca representava algo do qual podiam cuidar, se entreter e que lhes dava vontade de viver. Leia mais sobre isso AQUI  - Entre o lúdico e a realidade: o que está por trás da polêmica dos bebês reborn?

Então não podemos condenar as pessoas sem saber o que existe por detrás de suas atitudes. Será alguém que se desligou da realidade e necessita de atenção médica? Ou será alguém que apenas está brincando de "casinha" na vida adulta? Vários apresentadores de TV possuem um boneco falante com quem dividem as cenas e, naqueles momentos diante das câmeras, eles ganham vida, não ganham?!

Fátima ChuEcco, jornalista, escritora e que tem vários bichinhos de pelúcia, sendo que vários deles já ganharam vida em seus livros

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Rei Leon...cio: depois do abandono, casa gatificada e muitas fãs


Essa história é realmente inspiradora. O gatinho Leôncio, ex-miador de rua, hoje leva vida de rei, inclusive com súditos que estão a postos para lhe servir petiscos, brinquedos e  fazer cafunés. Três anos atrás ele vivia com uma família problemática, que não o alimentava direito e que, quando se mudou de casa, largou ele para trás.  Então Leôncio tratou de ir entrando aqui e ali pelas ruas na tentativa de sobreviver sozinho até parar no estacionamento da loja Mafecom - Madeiras e Ferragens, em Santo André (SP). 


"Apareceu na garagem bem arisco. Aceitava a comida que colocávamos para ele, mas não nos deixava chegar perto. Depois de três meses minha mãe teve a ideia de tentar escová-lo. Só então ele se rendeu.  Por incrível que pareça, ele não só permitiu a escovação, como passou a aceitar carinho", conta Vitória Mafecom. 


Ela explica que a família sempre teve muito amor pelos animais e que desde a primeira vez que viram Leôncio sentiram que a história não iria acabar ali.

"Só não levamos o Leôncio pra casa porque minha cachorra não aceita e chega a passar mal. Já até tentamos, mas ele também não gostou e ficou miando sem parar. Foi só soltá-lo no estacionamento de novo que ele ficou calmo. É o lugar que ele escolheu para morar", diz.

E que moradia! Digna de prêmio de design de interiores. A casa do Rei Leon...cio tem quarto com camas macias, comedoria, banheiro privativo, sala de estar, sala de jogos e galeria de fotos.



Sem falar que, além de espaçosa, gatificada e toda personalizada, é também segura, com cercas para impedir que Leôncio vá para a rua. Inclusive, a "casa" acaba de ganhar mais um compartimento. O novo espaço fica na laje e foi todo envidraçado para permitir que Leôncio tome sol ou descanse na sombra, mas com uma vista privilegiada de outros gatos sondando os telhados: 

"Minha mãe apelidou o novo espaço de Le Jardin. Meu pai, que gosta de decoração, é que desde o início teve a ideia de deixar a casa do Leôncio bonita e acolhedora. E o artista Clóvis retratou o Leôncio na parede".


O "Le Jardin" foi também pensado porque recentemente Leôncio sofreu ataques de cães dentro do estacionamento. As cercas estouraram e ele conseguiu escapar, mas ficou dias desaparecido. De alguma forma ficou preso dentro de uma caixa d`agua de casa vizinha à loja. A moradora ouviu um miado e era Leôncio pedindo ajuda. Salvo por um triz. Assim, o"Le Jardin" é uma forma de deixar Leôncio curtir um pouco o sol nas alturas, mas sem ir pra rua.




"Ele é nosso bebezinho. É o amor das nossas vidas. Quando os cães o atacaram só Deus sabe como ficamos desesperados atrás dele. A gente ama animais de uma forma surreal".

Vitória conta ainda que a fama de Leôncio foi consequência da postagem de uma fã no TikTok. Ela filmou a criativa casa do bichano e a postagem bombou. A partir de então foi necessário que Leôncio tivesse sua própria conta no Instagram @leonciomafecom porque, inclusive, a gente vê que ele ama posar para fotos e tem vídeos lindos! Já pensou se toda loja ou comércio criasse um espaço acolhedor desses para um mascote felino ou canino? É uma ideia adorável!


Vejam o vídeo do "Le Jardin":


Texto: Fátima ChuEcco, jornalista, escritora, gatóloga e gatoróloga, consultora da @buscacats (especializada na busca de gatos perdidos)
Fotos: cedidas pela Mafecom










domingo, 4 de maio de 2025

Chocante morte de gatos do Museu do Ipiranga mobiliza comunidade. Participe!


Se você ama gatos e os animais em geral participe da "Caminhada por Justiça pelos Gatos do Ipiranga" que acontece na próxima quinta-feira, dia 8 de maio, às 7h, com início no portão da Rua Xavier de Almeida do Parque Independência. Saiba mais detalhes e como ajudar os felinos do parque acessando o instagram @gatosdoipiranga

A caminhada é uma forma dos protetores de animais e da comunidade exigirem respostas para o recente e brutal assassinato de quatro gatos. Uma gata ainda está desaparecida. 

Não foi envenenamento, pois, pombas e diversos pássaros que comem restos de comida dos gatos também apareceriam mortos. Além disso, nos corpos havia sinais de violência.

O grupo Gatos do Ipiranga, que cuida dos gatos residentes do parque, pagou por uma necropsia que pode dizer o que causou a morte de Maria da Glória, Boquinha (no parque há 15 anos), Fosther e de mais um gatinho que ainda nem tinha recebido um nome. 

Esse tipo de investigação é bem importante porque quando animais começam a ser mortos em parques e cemitérios (onde também costumam se formar colônias felinas), toda a comunidade corre risco já que os crimes podem ter sido cometidos por um serial killer, capaz de matar pessoas. Já está cientificamente provado que os psicopatas que sequestram e matam crianças e/ou adultos normalmente também matam pequenos animais de forma violenta.

Casos assim exigem providências de autoridades para segurança dos animais e da própria comunidade local.


Diante de várias investigações já feitas em outros locais ao longo dos anos, já se sabe que massacre de gatos em parques, cemitérios e lugares públicos geralmente decorrem de:

1) Funcionários internos ou terceirizados que têm acesso ao local antes de ser aberto ao público ou após seu fechamento. São pessoas que conseguem cometer a crueldade em horários que o local se encontra vazio e em pontos que eles sabem que não possuem câmera. Podem ser motivados por vingança relacionada ao ambiente de trabalho ou serem psicopatas

2) Frequentadores que maldosamente atiçam seus cães contra os gatos. Podem ser moradores locais ou viciados que passam a noite com seus cães nesses locais. Aliás, uma medida importante a ser tomada no Pq Independência é impedir que os cães andem soltos pelas trilhas. Já existe um cachorródromo e outros espaços onde os cães podem ficar soltos

3) Frequentadores com forte indício de serem matadores em série. Eles procuram cometer os crimes nas primeiras horas da manhã ou perto do fechamento dos portões. Geralmente também são violentos em casa e podem migrar do assassinato de animais para assassinato de pessoas

PERIGO para Todos: Em qualquer uma dessas hipóteses mora um perigo que não atinge apenas os gatos, mas toda a comunidade. Esse mesmo criminoso é capaz de fazer mal a crianças, mulheres e outras pessoas que tenha condições de imobilizar, sequestrar e machucar. Quantas crianças e pessoas não somem sem deixar rastro todos os dias? Pois muitas delas vão parar nas mãos de psicopatas que costumeiramente assassinam animais por puro prazer de ver o outro sofrer.

Relembrando alguns casos como esse que acompanhei e escrevi a respeito, me ocorrem situações que vale mencionar:

Foto de artista de Piracicaba: Gatos Cemitério da Saudade

Em 2015 os gatos do Cemitério da Saudade, de Piracicaba, no interior de SP, sofreram terríveis ataques. Morreram cerca de 40. A união entre a administração do parque, prefeitura e protetores dos gatos resultou numa investigação complexa, no afastamento de alguns funcionários suspeitos e na instalação de câmeras, entre outros procedimentos que conferiram maior segurança aos gatos e a todos os usuários do cemitério.

Veja matéria completa "Gatos de Cemitérios: Amados e Bem Cuidados" que escrevi para a Agência de Notícias de Direitos Animais clicando AQUI

Em 2016 o massacre foi no Cemitério da Quarta Parada com mais de 20 gatos assassinados brutalmente e tendo suas vísceras arrancadas. Nesse caso apurou-se que os gatos eram usados em rituais específicos de alguns países. Uma empresa terceirizada pelo cemitério e que contratava imigrantes praticantes desse ritual foi notificada e a matança finalmente teve fim. Mesmo assim, um dos gatos mais antigos e queridos foi vítima.

Veja a matéria completa "ONG faz protesto contra matança de gatos em cemitério" na revista Veja clicando AQUI

Na Itália os gatos fazem parte dos principais pontos turísticos

Gato com corte na orelha indicando castração em Roma

Para quem torce o nariz para os gatos que residem no Parque da Independência ou em qualquer outro parque, vale avisar que na Itália os gatos comunitários são protegidos por lei e eles vivem há decadas (talvez séculos) em locais como o Coliseu e a Escadaria Espanhola, no Largo Di Torre Argentina e nas ruínas do Teatro Pompeu. Calcula-se que em Roma, Sicília e Veneza existam 5 mil colônias de gatos cuidados em monumentos e parques públicos. 

Nesses locais as prefeituras ajudam os protetores. Ficou muito famosa uma gata chamada Nerina que viveu por 10 anos no Coliseu e foi fotografada por milhares de turistas que se encantaram por ela. 

Na Itália os protetores de gatos recebem até um nome específico: são os "gattares".


Na França são os cemitérios os principais redutos escolhidos pelos gatos e por lá também são cuidados e respeitados. No cemitério de Montmarte, em Paris, vivem cerca de 50 gatos com total liberdade de deitarem sobre os túmulos de artistas e celebridades europeias. Inúmeros ensaios fotográficos já foram feitos com esses felinos.

Os gatos do Museu do Ipiranga já fizeram parte de uma das matérias mais lidas deste blog

O cuidado especial com os gatinhos que foram abandonados no Museu ou se perderam e acabaram ficando por lá, foi tema de uma matéria que fiz anos atrás e que repercutiu positivamente servindo de exemplo para a administração de outros parques de São Paulo.

Acesse a matéria "Gatos de Roma e do Museu do Ipiranga: Castrar e Cuidar é a Melhor Estratégia" clicando AQUI 

Fátima ChuEcco, jornalista especializada em pets, consultora sobre gatos perdidos pela @buscacats, fundadora da MI-Au Book Editora, gatóloga e gatoróloga mantém esse blog. Número de acessos segundo Google: 1 milhão e 69 mil. Vide trajetória ao lado direito do blog.

Fotos: Da plataforma Pixabay Free (livre para uso)






sábado, 5 de abril de 2025

Conheça Max: O Rei do Santuário de Gatos da Síria


Em Julho de 2024 esse blog ultrapassou 1 milhão de acessos e, para comemorar, estou repostando as matérias de maior repercussão. Essa, de um gatinho da Síria que "amo, é uma delas: 

Maximus ou Rei Max é a figura mais marcante e apaixonante do Ernesto`s Sanctuary for Cats in Syria. Com 1500 gatos resgatados de locais bombardeados, o santuário sempre passa por emergências para compra de medicamentos, vacinas e, claro, comida para tantas boquinhas.

Então Max, cheio de pompa, tem encabeçado campanhas para arrecadar fundos. A página no instagram tem vídeos maravilhosos dos gatinhos. Veja em https://www.instagram.com/houseofcatsernestos/

O Santuário, criado pelo famoso "Homem - Gato de Aleppo", tem também cachorros, aves e vários outros animais. O local virou uma espécie de Arca de Salvação para muitos bichos que, sem essa ajuda, teriam morrido de fome ou por conta de suas feridas.

Uma das sedes do Santuário também já sofreu bombardeio alguns anos atrás, mas a equipe se reergueu em outro local e hoje mantém centenas de animais com doações. 


AJUDE esse Santuário de Gatos ÚNICO no mundo. Você pode colaborar à distância com doação em dinheiro e também pode divulgar esse lindo e corajoso trabalho. Acesse https://www.facebook.com/TheSyrianCatMen ou
https://ernestosanctuary.org/

Veja vídeo com alguns dos gatinhos. Coisa mais linda!!! 😸😺😻😻😻


😸😺😻😻😻Conheça a história do Ernesto`s Santuário (descubra por que recebe esse nome) e veja mais vídeos encantadores dos gatos acessando abaixo:



Quer ver vídeo dos cachorros e outros bichos do Santuário?
Abaixo



Fotos: Facebook do Santuário
Texto: Fátima Chu🌎Ecco, jornalista especializada em pets 🐶, escritora e gatóloga 😸. Editora da www.miaubookecia.com (especializada em fotolivros sobre animais e crianças) e consultora da http://buscacats.blogspot.com (única consultoria especializada em gatos perdidos). Ministra a palestra "O Poder Curativo dos Gatos", em breve em formato de livro e faz numerologia associada ao Tarô dos Gatos e dos Cachorros. 😸😻😺🐕🐈
Autora do clássico "Mi-AU Book - Um Livro Pet-Solidário" que teve participação da Brigitte Bardot em sua segunda edição e do livro "Ághata Borralheira (Cat) e Amigos tocando corações" com participação de bichinhos brasileiros e estrangeiros. Participante de várias coletâneas literárias sobre animais. 😻🐶🐒🐦🐞
Atuou com os Gorilas das Montanhas da República Democrática do Congo, Rancho dos Gnomos (Brasil) e foi por 11 anos colaboradora da Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais, além de colunista das Revista Meu Pet e 7 Dias com Você, e do portal português Miaumagazine. No SBT Repórter foi editora e produtora do programa "Bichos" que destacou animais de moradores de rua. Veja trajetória completa no lado direito do blog 🐱🐶🐵🐰🐭🐾🐾🐾








quarta-feira, 2 de abril de 2025

Diga 5 países e 5 frutas sem a letra A. Isso é ginástica para seu cérebro, sabia?


Esses dias peguei uma revistinha da empresa Supera que trabalha com ginástica para o cérebro, ou seja, desenvolve um atendimento focado em cognição, mas engana-se quem pensa que isso é coisa para quem já passou dos 60 anos. A perda de foco, distração e problemas com cognição podem aparecer em qualquer idade, especialmente com a avalanche de informações que recebemos todos os dias, em parte, graças ao hábito de passar o dia todo ligados no celular.

A neurocientista da Supera, Livia Ciacci, explica: "O mundo acelerado favorece a atenção fragmentada e dispersa. Quanto mais as pessoas entram nesse fluxo, mais difícil se torna a sustentação do foco cognitivo em uma única tarefa ou estímulo, afinal de contas, o cérebro se torna especialista naquilo que mais faz. Se só praticamos a atenção saltitante e dispersa, é como se desaprendêssemos a usar a atenção focada".

E atenção: "Perdemos cerca de 25% da produtividade em ambientes com muitos estímulos e interrupções"


E sabem qual o resultado? Prejuízos na memória que podem ser leves, moderados ou graves.

Lapsos de memória:

Onde coloquei a chave? Desliguei a luz antes de sair? O que eu ia mesmo comprar no mercado?

Claro que idade avançada é um fator que contribui para "esquecimentos" e, inclusive, alguns problemas mais complicados ligados à cognição, mas não é só isso. Tem gente bem nova não se lembrando do que comeu no almoço. 

O bombardeio de informações que recebemos e buscamos o tempo todo, além das inúmeras tarefas que nos colocamos a fazer quase que simultaneamente... tudo isso dá um nó no cérebro. Pense num bairro com todas as suas vias congestionadas por carros, caminhões, ônibus, pessoas, vozes, luzes, barulho... a nossa mente fica desse jeito.


A proposta da Supera é exercitar o cérebro de pessoas em qualquer idade para protegê-lo nesse mundo hiperconectado. Na revista da Supera tem alguns exercícios bem interessantes sendo um deles o que coloquei no título dessa matéria: "Diga 5 países e 5 frutas sem a letra A". Confesso que só consegui lembrar de 3 países e 3 frutas.

A revistinha traz vários exercícios de raciocínio lógico e memória. Tem um bem legal e fácil. Veja se acerta:

Se a neve é vermelha e o sangue é branco, se a relva é preta e a fuligem é verde, qual é a cor do sujo se o céu for castanho? Fácil né? Mas divertido.

Tem outros exercícios na revista bem mais difíceis que servem para nos dar uma pequena amostra de como podemos praticar esse tipo de ginástica tão valiosa para o cérebro.


Tem também um teste rápido para você saber o quanto precisa treinar seu cérebro. Meu resultado foi de um cérebro do tipo "atleta de fim de semana" - e eu assino embaixo. Minha atenção anda medianamente fragmentada. 

Não é o pior dos resultados, mas merece cuidado. Aliás, acho que esse meu perfil desatento não é de hoje. Muitos anos atrás, me distraí e me choquei contra aquelas caixas de correio que havia nas calçadas... ela até balançou! Fui atropelada três vezes estando acompanhada em duas delas por pessoas que não foram atingidas - o que sugere que posso ter me distraído ao atravessar as ruas. 

E durante uma rebelião de presos, entrei na delegacia e fui direto para a cela onde presidiário e negociador conversavam. Simplesmente entrei. Os dois pararam de falar e me fuzilaram com os olhos. Só então olhei para trás e vi que num estreito corredor tinha uma fila de jornalistas aguardando o parecer do delegado. Passei por toda aquela gente sem ver ninguém e, claro, depois do vexame, dei meia volta e fui pro fim da fila.

Se você se identificou com essa matéria procure por @metodosupera no instagram.

Fátima ChuEcco, jornalista e escritora, amante de gatos, animais, cinema e ciência

Serviço pioneiro para achar gatos perdidos é destaque em O Dia - RJ

 A BuscaCats, serviço que desenvolvi para encontrar gatos perdidos com técnica e estratégia personalizadas, foi tema de matéria publicada ho...