domingo, 10 de maio de 2020

GATO NÃO MORREU DE COVID-19 NA ESPANHA, ATESTAM VETERINÁRIOS




AVISO importante para amantes de gatos: NÃO MORREU de covid-19, há uma semana, o gato que vivia com uma família infectada pela doença na Espanha. 

Publicação do dia 8 de maio no jornal "El País" diz : 

"O gato tinha uma doença cardíaca genética conhecida como cardiomiopatia hipertrófica, que pode levar à morte súbita. Nenhum dos problemas encontrados no gato era compatível com uma infecção por covid-19. Em outras palavras, o vírus não teve nenhum impacto em sua saúde, segundo os veterinários". Leia a matéria completa AQUI 

Estou fazendo esse alerta antes que essa notícia comece a pipocar em vários portais no Brasil de forma equivocada e irresponsável dizendo que o gato morreu de covid. Não foi.

O corpo do gato foi analisado no Centro de Pesquisa em Saúde Animal (Cresa), em Barcelona. Ele tinha quatro anos de idade, se chamava Negrito e sofria de insuficiência cardíaca. Foi levado ao veterinário porque estava com dificuldade para respirar. Devido à gravidade do estado os veterinários optaram por induzí-lo à morte.

Nos exames foi encontrada uma carga "MUITO BAIXA" de covid-19, incapaz de causar a morte do animal. Já se sabe que o contato próximo entre pessoas infectadas e animais domésticos pode levar a uma contaminação pelo "contato", mas não ao desenvolvimento da doença. 

                                                     Foto Gitti Lohr/Pixabay

A reportagem cita a conclusão dos veterinários: 

"Esses são achados incidentais e não há evidências de que os gatos possam adoecer ou morrer de coronavírus"

Destaco ainda da matéria do "El País": 

Víctor Briones, professor de saúde animal da Universidade Complutense de Madri disse: "O Covid-19 é uma doença humana, como visto por milhões de casos, enquanto o número de casos de animais pode ser contado em duas mãos. As pessoas precisam deixar claro que, em pouquíssimos casos conhecidos, o gato sempre foi o receptor da transmissão, não há evidências de que possa transmiti-la a uma pessoa".

Valentina Aybar, presidente do grupo de especialistas em felinos da Associação Veterinária de Especialistas em Animais Pequenos, acrescentou: “Temos que enviar uma mensagem de calma a todos que possuem gatos. Esses são achados incidentais e não há evidências de que os gatos possam adoecer ou morrer de covid-19".

ATENÇÃO: Sabemos que basta uma informação errada ou mal explicada para causar enorme prejuízo aos animais. Os gatos, em particular, já sofrem bastante preconceito. Então guardem bem as conclusões acima sobre o gatinho que morreu na Espanha para passar a informação correta dos fatos. 

Vale ressaltar que cães só podem contrair o coronavírus canino e os gatos o felino. Nenhum deles é transmissível aos humanos.

Foto de abertura Valeria Janno/Pixabay (meramente ilustrativa - não é o gato espanhol)

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora


NASCE BEBÊ GORILA DA MONTANHA EM UGANDA. No mundo todo só existem mil gorilas dessa espécie


No começo de maio a população de gorilas-das-montanhas ganhou mais um membro. Ele nasceu no grupo Nshongi que vive em Uganda. A mãe se chama Kabagyenyi e o pai Bweza (um silverback ou chefe do grupo). Essa é uma grande notícia porque só existem pouco mais de mil gorilas-das-montanhas no mundo (não chegam a 1.100) vivendo na fronteira entre Uganda, Ruanda e República Democrática do Congo. São chamados "gorilas-das-montanhas" por viverem nas Montanhas de Virunga, um lugar protegido pela ONU, porém frequentemente invadido por caçadores e grupos rebeldes.

A imagem é  da Autoridade da Vida Selvagem de Uganda (UWA) -  uma agência governamental criada em 1996 semi-autônoma, que conserva e gerencia a vida selvagem do país. Os desafios enfrentados pela UWA incluem caça furtiva, conflitos entre seres humanos e crimes contra a fauna. Com a pandemia da covid-19 a atividade turística de observação das famílias de gorilas foi suspensa, mas é uma das formas de garantir a proteção da espécie no país.

Apesar do tamanho, os gorilas não são carnívoros. A alimentação é por meio de uma quantidade grande de folhas, brotos, raízes e frutos. Eventualmente comem cupins das árvores. Também não são agressivos, salvo quando são atacados mas, mesmo nesse caso, o silverback (líder) nunca parte para o confronto corpo a corpo de imediato. Ele costuma bater as mãos com força no peito, urrar e quebrar galhos para espantar o inimigo. A luta corporal é sua última opção. No entanto, enquanto cumpre com esse ritual é morto pelas armas dos caçadores. Esse é um dos fatores que faz o número de gorilas-das-montanhas ser tão pequeno.

Outra razão de beirarem a extinção é a reprodução. As gorilas só dão à luz a um bebê por vez e a gestação leva o mesmo tempo que a gravidez humana. Além disso, os gorilas não se reproduzem com parentes. As jovens, ao atingirem por volta de 12 anos de idade, deixam a família e buscam serem aceitas em outro grupo. Nessa busca elas podem ser atacadas por animais selvagens ou cair em armadilhas feitas pelos humanos.


Na República Democrático do Congo a situação tem sido muito dura. Recentemente publiquei a triste notícia da morte de 12 guardas florestais que protegiam os gorilas. Foi um violento ataque armado de um dos grupos guerrilheiros que transitam no país. Você pode ver a notícia AQUI

Na foto acima, da instituição Virunga.org, registro de bebê nascido na República Democrática do Congo recentemente.

Para conhecer melhor o trabalho do UWA acesse o FACE da ONG AQUI 

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora








sexta-feira, 8 de maio de 2020

O covid-19 seria um vírus alienígena estudando nossas fragilidades para um futuro extermínio da humanidade?


Essa hipótese me ocorreu  ao ler o que o médico, físico e matemático Eduardo Mussad disse numa excelente entrevista dada à Monica Manir da BBC Brasil. Pelo comportamento do vírus, provocando sintomas muito distintos nas pessoas, estou intuindo que o covid-19 faz parte de um "ensaio" antes de um verdadeiro ataque em massa letal.

Mussad também fala em "ensaio" na entrevista. 
Ele comenta que, mesmo chegando ou ultrapassando um milhão de mortos em todo o planeta, a covid-19, embora trágica, ainda não é a grande epidemia que deve reduzir em muito a humanidade, mas pode ser uma espécie de "sondagem" para uma verdadeira peste futura - uma catástrofe como foi, por exemplo, a peste bubônica.

O covid-19 é extremamente mutável e se adapta facilmente a diferentes climas e DNAs humanos. Não é um vírus de frio, de calor, de umidade, de negros, brancos ou asiáticos. Ele se desenvolve bem em qualquer lugar independente do clima e da etnia. Cada vez que migra para um novo ambiente ele sobrevive e se espalha graças as mutações.

E, embora pareça que é letal principalmente para os mais idosos, isso é apenas um processo natural que se repete com qualquer outra doença transmissível por secreções ou pelo ar. São sempre os mais idosos e os mais frágeis que morrem num primeiro momento. Mas num segundo momento qualquer um pode se tornar uma vítima fatal. É como uma onda gigante que varre primeiro quem está na beira da água, mas em seguida varre o resto que está na areia da praia.

Porém, o que me faz imaginar que o novo coronavírus parece estar "estudando" a humanidade (seus hospedeiros escolhidos) é o fato dos sintomas serem muitos diversificados. Cada pessoa reage de uma forma diferente.

                                                       Foto Frauke Riether/Pixabay

Embora tenha se definido como sintomas principais a febre, tosse e dificuldade para respirar, existem muitas pessoas que sequer passam por esses sintomas, mas devolvem outros como dores pelo corpo, perda do olfato e paladar.

Com essa variedade imensa de sintomas, os tratamentos teriam que ser personalizados. Digo "teriam" porque num sistema de saúde lotado, onde faltam médicos, enfermeiros, medicamentos e equipamentos fica impossível um  atendimento/tratamento individualizado.

O vírus parece sondar as fraquezas físicas de cada organismo que invade e então ataca fortemente justamente esses pontos fracos.

Como uma espécie de padrão tem a insuficiência respiratória grave nos casos que evoluem. Na ponta da infecção é possível detectar esse padrão, mas antes disso é tudo muito aleatório.

Mussad acredita que uma grande epidemia futura vai também atacar os pulmões dos humanos, mas de forma muito mais articulada... quem sabe aprendida com essas epidemias anteriores, como esses "ensaios" como o covid-19.

Outra coisa que o pesquisador diz é que, ao que parece, ter covid-19 não significa ficar imune à doença no futuro. Várias pessoas criam imunidade depois de infectadas, mas outras não. Vi uma matéria em que são relatados casos de pessoas que foram infectadas duas vezes pelo covid-19 na China. Então esse fato é mais um duro ataque a nossa defesa natural.

Mas e os MORCEGOS E OUTROS ANIMAIS CONSUMIDOS NA CHINA???

Sabiamente, Mussad alinhava que essa e qualquer outra grande epidemia tem origem no consumo de animais... alinhava... mas há quem afirme isso, afinal, muitas doenças e gripes anteriores tiveram essa origem: vieram do consumo da vaca, do porco, da galinha, do morcego... e por aí vai.

Só que isso não descarta o fato do vírus ter origem fora do planeta. Supondo (apenas supondo) que seja um vírus para sondar as fragilidades do corpo humano, ele precisa de um vetor, de um organismo que dê início ao contágio e, de preferência, num país bem populoso.


                                                Foto Syaibatul Hamdi/Pixabay

VÍRUS ALIENÍGENA???

Supondo se tratar de um "vírus alienígena", talvez tenha sido desenvolvido para estudar as formas mais eficientes de exterminar a humanidade e deixar o planeta livre do único animal que o destrói e escraviza outras espécies.

Ressalto que essa hipótese não é de Mussad. Sou eu mesma que estou levantando mais essa possibilidade diante do que ele fala na entrevista à BBC. Afinal, aquela coisa violenta e com total desperdício de recursos tipo "Guerra nas Estrelas", para conquistar novos planetas, já deve fazer parte do passado remoto de povos mais evoluídos.

Certamente, a conquista de um novo planeta se faz com armas sutis e invisíveis, mas terrivelmente mortais como, por exemplo, por meio de um vírus. Pensem bem: se alienígenas quisessem tomar a Terra por que eliminariam os outros animais e toda a natureza que há nela? Eles focariam em tirar do caminho a única espécie que não respeita nenhuma outra, que polui tudo e está levando o planeta a um cruel fim. E para isso bastaria introduzirem uma doença fatal somente para os humanos.

Leiam a entrevista com Mussad... muito boa mesmo.
Leia AQUI

E se vc gosta do tema ou pesquisa sobre extraterrestres, precisa ler  esse outro artigo
"Será que os vírus são de outros planetas? Há vida em Marte e ela será trazida para cá". Toda vez que lançamos algo no espaço e trazemos de volta, seja espaçonave ou sonda espacial, estamos sujeitos a trazer algum vírus ou bactéria fatal.
LEIA AQUI 

Foto de abertura Stefan Keller/Pixabay

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

terça-feira, 5 de maio de 2020

Não deixe que os animais resgatados sejam mortos apenas por estarem doentes. Eles têm direito a uma segunda chance


No video abaixo é explicado o que está acontecendo, tem o apelo de artistas e o abaixo assinado. É preciso que todo mundo que ama animais se mobilize, senão a proteção animal, que já enfrenta tanta dificuldade, pode ficar ainda pior. Muitos animais em estado deplorável são resgatados, tratados e até curados.  Mas um golpe fatal nos protetores de animais pode fazer isso mudar. Como a própria palavra diz, res-gatar é dar uma "segunda chance" e não abreviar a vida.



O Brasil é um dos poucos países do mundo onde animais abandonados, maltratados ou que vivem nas ruas não podem ser mortos pelas prefeituras de diversos Estados. Não no Brasil todo, mas na maioria dos estados brasileiros é proibida a eutanásia de animais resgatados das ruas ou de maus-tratos. Temos que andar pra frente, não pra trás. Não podemos perder essa conquista que teve início em 2008 em SP, com a Lei Feliciano que passou a proibir a matança dos animais que viviam nas ruas.



 Assine o abaixo-assinado e ajude na mobilização.


Na noite de 6 de maio, quarta-feira, o assunto também abre espaço para um esclarecimento:



Além de artistas como Rita Lee e Xuxa, vários políticos  também estão se mobilizando.


Foto de abertura Sandeep Handa/Pixabay





sexta-feira, 1 de maio de 2020

MAIS HUMANOS IMPOSSÍVEL. MACACOS SÃO PESSOAS.




As fotos mostram Dafina e seu filho Douli em dois momentos: quando Douli ainda era um bebê e em 2016 quando já era um garoto, porém muito apegado à mãe. Eles vivem no Artis Royal Zoo em Amsterdam que, obviamente, apesar do esforço em produzir um ambiente mais "natural", não é a verdadeira "casa" deles. Dafina e Douli são gorilas asiáticos e, como qualquer outro grande primata, possuem expressões faciais idênticas as nossas, além de mãos e pés. Mas nem é preciso enumerar outras semelhanças com os humanos. As fotos tiradas no zoo falam por si. Por isso que sempre digo que Macacos são Pessoas.


Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Vídeo imperdível: Orangotangos orfãos aprendem a evitar cobras





Na Escola de Orangotangos da Indonésia, Orangutan Jungle School, os pequenos orfãos vivem aprendendo importantes lições para sobreviverem na selva quando chegar a hora de deixarem a "creche".  A escola é dirigida pela Fundação Borneo Orangutan Survival (BOS) que, ao todo, abriga 440 orangotangos bebês, jovens e adultos em diversos centros de acolhimento. 

O vídeo mostra alguns orfãos se deparando com uma serpente (de mentira) dentro da escola. As expressões são absolutamente humanas e demonstram medo, curiosidade e até certa coragem de enfrentar a "intrusa". A experiência visa ensinar os orangotangos a evitarem as cobras. Segundo a instituição, "nos primatas, o reconhecimento de cobras é instintivo, mas o medo de cobras precisa ser aprendido". E como os orfãos não possuem seus pais por perto, os funcionários da BOS tentam ensinar mais essa importante lição.

Veja o vídeo  que, aliás, é imperdível:



Outro vídeo sensacional da Escola de Orangotangos é de Cinta lavando as mãos  e que vem a calhar nesses tempos da covid-19. Embora muita gente ainda não tenha aprendido ou acatado essa lição, a orangotango Cinta já sabe direitinho como cuidar da sua saúde.

No vídeo ela aparece lavando as mãos num pequeno riacho com bastante cuidado e em exatos 20 segundos – que é o tempo recomendado pelos infectologistas. 

Veja o vídeo:




E, aliás, por causa da covid-19, as dificuldades começam a aparecer. 
“Ainda não sabemos se esse vírus pode se espalhar na população de orangotangos em nossos centros, mas como eles compartilham 97% do nosso DNA e são suscetíveis ao resfriado comum, é uma possibilidade muito real e assustadora”, explicou a instituição, que disse ainda que está difícil obter medicamentos, desinfetante, sabão, máscaras, luvas e outras coisas vitais para controlar a transmissão de doenças. Além disso, os alimentos necessários aos orangotangos estão cada vez mais caros.
Por isso foi criado um fundo de emergência para ajudar a manter os orangotangos. Para ajudar clique AQUI.
“Faremos o possível para oferecer o melhor atendimento a esses queridos orangotangos bebê e apoiá-los durante todo o longo processo de reabilitação. Felizmente, todos eles terão a chance de provar a verdadeira liberdade na natureza algum dia” - é o recado final da BOS.
Fátima ChuEcco - Jornalista/Escritora

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Veja Vídeo da Campanha Internacional "TIRE AS PANDEMIAS DO CARDÁPIO" que reúne Jane Goodall, Peter Singer e Bill Gates



A organização internacional Million Dollar Vegan acaba de lançar a campanha “Tire as pandemias do cardápio” com conhecidos e respeitados personagens da ciência, medicina, proteção animal e celebridades em geral como Bill Gates, o filósofo e professor de Bioética Peter Singer e a primatologista Jane Goodall. O vídeo, que conta com depoimentos bem consistentes de especialistas, mostra a relação da ingestão de carne com o surgimento de doenças cada vez mais graves e incontroláveis. No Brasil a campanha recebe apoio de ativistas da causa animal como Luisa Mell e da Associação Brasileira de Médicos Vegetarianos (ABMV).

O video com legendas em português pode ser visto AQUI

Ou no original Abaixo:


Quero ressaltar a participação do Dr Neal Barnard, presidente do Comitê de Médicos para uma Medicina Responsável. Para o Dr. Barnard, “tirar os animais do nosso prato ajudaria bastante a evitar pandemias futuras, ao mesmo tempo em que melhoraria nossa saúde e nosso meio ambiente”. Em 2018 fiz duas matérias sobre o Comitê sendo uma de entrevista com um dos médicos que dirige a instituição. Veja  AQUI  e AQUI

Destaco também a participação do Dr Peter Li, professor associado de Política do Leste Asiático na campanha. Foi ele quem salvou o gatinho Huru de um matadouro em Yulin na China junto com uma equipe da HSI – Humane Society International
A foto de Huru pendurado nas grades do matadouro rodou o mundo na época e eu fiz uma matéria sobre o destino dele depois do resgate.

Uma história incrível que pode ser lida AQUI

Veja o ANTES e o DEPOIS do gatinho HURU:



Entenda porque médicos e cientistas afirmam que o consumo de carne leva a pandemias como as que enfrentamos agora:

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos 75% das doenças infecciosas emergentes são provenientes de animais. “As pandemias de gripe continuarão se insistirmos em amontoar animais para nosso consumo”, afirma o Dr. Kraselnik, apoiador da Million Dollar Vegan.


A Million Dollar Vegan acredita que “nunca houve momento mais importante do que o atual para uma reavaliação do relacionamento das pessoas com os animais, bem como para adotar uma dieta à base de vegetais e aderir à campanha global #tireaspandemiasdocardapio”.

Para Naomi Hallum, diretora da Million Dollar Vegan, a Covid-19 é um duro lembrete de que toda a vida no planeta está conectada. “Portanto, se desejamos preservar nossas próprias vidas, devemos nos esforçar para preservar a vida de todos. Se continuarmos a ameaçar os animais selvagens, dizimando seus hábitats, capturando-os e aprisionando-os em mercados – e se continuarmos criando animais em fazendas insalubres, transportando-os por longas distâncias –, não haverá como evitar uma nova pandemia no futuro”.


A médica pediatra e nutróloga Dra. Fernanda de Luca, presidente da ABMV, também afirma que “uma alimentação baseada em legumes, verduras e frutas contém todos os nutrientes necessários para um ótimo funcionamento do nosso sistema imunológico, e um sistema imunológico competente é capaz de combater qualquer infecção, inclusive a infecção pelo coronavírus”.

Pandemias e sua ligação com consumo de animais:

Segundo a Million Dollar Vegan, "a longa história de exploração de animais em busca de carne, leite, ovos e peles significa também uma longa história de doenças graves e mortes generalizadas de pessoas".

“Acredita-se que a tuberculose tenha sido adquirida com a domesticação de cabras; a coqueluche, de porcos domesticados; a febre tifoide, das galinhas; a hanseníase, de búfalos; e o vírus do resfriado, de vacas ou cavalos”

E mais:

“A pandemia de gripe de 1918, que matou de 50 a 100 milhões de pessoas, veio de aves. Em 2003, o vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) pode ter tido origem em mercado de animais vivos. Em 2009, veio a gripe suína (H1N1) com origem possivelmente nos porcos e  que infectou cerca de 60,8 milhões de pessoas. Em 2012, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), surgiu diretamente da exploração industrial de camelos no Oriente Médio. Em 2013, a gripe aviária (H7N9) emergiu de aves domésticas”

Participe e apoie repassando o vídeo e usando as hashtags                                                                    #tireaspandemiasdocardapio #Takepandemicsoffthemenu 

Foto de abertura Susanne Jutzeler/Pixabay

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora





segunda-feira, 27 de abril de 2020

Doze guardas que defendem os gorilas-das-montanhas são mortos na República Democrática do Congo

O atentado ocorrido na sexta-feira (24/04) matou 17 pessoas mostrando que realmente parece não ter fim as guerrilhas no único lugar onde vivem essas magníficas criaturas vegetarianas


                       
Quando comecei a acompanhar a vulnerável vida dos gorilas-das-montanhas em 2007 havia pouco mais de 600 indivíduos dessa espécie em todo o planeta e, para piorar, uma família inteira de gorilas tinha sido assassinada por caçadores chamando a atenção da mídia internacional. Passados 22 anos, os gorilas aumentaram em número... não muito... mas subiram para cerca de 1.050 indivíduos que vivem apenas num lugar: nas Montanhas de Virunga que se estendem entre as fronteiras de Ruanda, Uganda e República Democrática do Congo. 

Mil gorilas-das-montanhas ainda é muito pouco, mas é uma grande vitória o nascimento de bebês como os da foto numa região extremamente violenta, lotada de milícias armadas e cheia de caçadores e traficantes de animais. E essa vitória só tem sido possível graças aos guardas florestais. Desde que o Parque Nacional de Virunga foi criado, em 1925, 175 guardas perderam suas vidas defendendo os gorilas. São esses mesmos guardas que conhecem e até convivem com várias famílias de gorilas-das-montanhas. Muitas das fotos mais lindas dessa espécie de gorila são tiradas pelos "anônimos" fotógrafos da selva, que carregam uma espingarda no braço e um celular no bolso.

Lamentavelmente, a vida desses homens e mulheres a serviço da instituição Virunga Org está sempre por um fio, bem como a dos gorilas. Alguns anos atrás eu escrevi sobre um ataque perto da creche dos gorilas orfãos. Os bebês, funcionários e administradores da creche correram para trás de trincheiras e se abraçaram. Eu vi algumas fotos do conflito e até hoje me emociono. 

O ataque de sexta é mais um balde de água gelada num castelo de areia construído com muito suor e sangue por esses corajosos guardas florestais. No facebook da instituição que administra o parque um post diz:


O Parque Nacional Virunga gostaria de expressar a nossa mais sincera gratidão pela onda de amor e positividade que as pessoas nos mostraram durante este tempo despedaçoso. Nós, juntamente com as famílias dos guardas e da comunidade local, somos encorajados pelas mensagens de simpatia e apoio. Vários de vocês perguntaram sobre o que podem fazer. Estamos a recolher doações para ajudar com os funerais, bem como para ajudar as famílias devastadas. Também é necessário apoio geral para manter a tocha da esperança  ardendo para os corajosos guardas e funcionários que continuam com o trabalho crítico de proteger a vida selvagem do parque e comunidades. A doação pode ser feita  no site www.virunga.org/donate 

Então... se puderem, ajudem! Foto extraída do Facebook Virunga.Org

Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Clipe da canção "Home" mostra tutores e seus animais nas janelas de SP


Video mostra cenas de uma São Paulo cumprindo o isolamento que, infelizmente, cai a cada dia colocando em risco não somente pessoas idosas ou com doenças pré-existentes, mas também pessoas de todas as idades que atuam nos serviços essenciais (mercados, farmácias, cemitérios etc) e todo o corpo médico. Vários tutores são vistos com seus animais nas janelas. 
O isolamento em SP está completando um mês hoje (24/04) com muita gente nas ruas e pouca gente usando máscaras que, aliás, são essenciais para conter a contaminação.  Isso porque ainda tem muita gente que desacredita que os hospitais estão lotados e que já começa a faltar leito para pessoas que precisam ser atendidas por outros problemas. Pessoas que zombam da letalidade da covid-19.
Todos têm o direito de "ir e vir", mas nosso direito termina onde começa o direito do outro de viver. E o isolamento e uso de máscaras é uma proteção essencial para a própria economia, pois, mais pessoas contaminadas e mortas significa menos gente para produzir e comprar. A economia só sobrevive com gente viva e saudável.
Veja o video

O vídeo da banda  "The Client Said No" foi criado para a canção “Home” inspirada em briefing da ONU (Organização das Nações Unidas), que incentiva criações artísticas que divulguem as mensagens de distanciamento social. O trabalho uniu artistas e publicitários de agências como Wieden+Kennedy, Africa, Live e VML.
Com o conceito final de Felipe Ribeiro (W+K), arte de Felipe Cury (Africa) e montagem de Dimitri Lucho (Polvo Content), o clipe foi captado por quatro drones, guiados de dentro de seus carros – respeitando a quarentena – pelo produtor e músico Lucas Mayer, o diretor de arte Paulo Focca, o fotografo Diego Rinaldi e o diretor de cena Jorge Brivilati, mostrando cenas de várias paisagens vazias da cidade de São Paulo e de pessoas em suas janelas. 
“A ideia do clipe é chamar atenção para pequenos retratos da vida atual em cada uma das janelas, numa linguagem muito mais documental que de ficção. A cidade em preto e branco, em contraste com as árvores e cenas coloridas, trazem essa semiótica”, destaca Lucas Mayer, sócio da DaHouse e um dos músicos da The Client Said No. “Pilotamos os drones de dentro de nossos carros, respeitando a quarentena, para mostrar um pouco da rotina dos nossos personagens em suas casas. O Hertz, por exemplo, está realmente tocando em seu violino o que aparece na música. Foi muito legal fazer esse sincronismo!”, complementa.
A The Client Said No é formada por Artur Roman nos vocais, Lucas Mayer na guitarra, Wonder Bettin no baixo, Silvinho Erné nos teclados e Victor Le Guy na bateria. “Home” tem participação especial de Thom K nos vocais.
 Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

domingo, 19 de abril de 2020

O filme Contágio devia ser assistido pelo mundo inteiro! É retrato da realidade atual mas com final feliz!



Podia muito bem se chamar “Presságio” o filme “Contágio” que, embora seja de 2011, voltou a ser visto agora. O trailer no you tube tem mais de 1 milhão de visualizações e em poucas cenas já impressiona pela semelhança com a pandemia da covid-19. É tudo tão igual ao que estamos vivendo agora que parece mais uma premonição do que um filme de suspense. E tomara que seja mesmo porque no filme, depois de muito caos, uma vacina “autoaplicável” é descoberta – desculpem o spoiler mas eu precisava contar para motivá-los a assistir.

E o final é ES-PE-TA-CU-LAR!!!! Mostra exatamente como o vírus se originou a partir de um morcego. São cenas imperdíveis! Fiquei impressionada com tanta semelhança a respeito do que se pensa da covid-19.



A história tem uma carga grande de medicina. Pudera! Infectologistas foram consultados pelos roteiristas para se criar o vírus retratado no filme e tudo que se poderia fazer na área médica para contê-lo. Inclusive são mostrados testes com “Ribavirin” que eu tive curiosidade de ver se existe e como atua. Na bula da Anvisa diz que “Ribavirin é indicado para o tratamento da infecção crônica pelo vírus da hepatite C e que pode ser melhor descrito como virustático, evitando a formação de novos vírus. A inibição da replicação do vírus permite que uma resposta imunológica se desenvolva naturalmente para o combate da infecção viral”.

Além dos testes com Ribavirin, no filme há também um personagem que jura ter encontrado uma cura por meio do fitoterápico “Forsythia”. Trata-se de um arbusto cuja fruta seca é usada para remédios especialmente na China. É usado contra doenças das vias aéreas, inchaço, febre e outras condições. Mas não há pesquisas científicas para apoiar seu uso. Leia mais AQUI




O fechamento de lojas, estradas, o contágio via mucosas em alta velocidade, a distribuição de refeição nas ruas... tudo muito igual aos dias de hoje, mas com a esperança de uma vacina que é outra excelente sacada do filme. É fabricada em embalagens individuais autoaplicáveis evitando aglomerações. Deve ser pingada nas narinas e inalada. 

Excelente filme que antecipou quase 100% de tudo que está acontecendo no mundo agora. Pode ser encontrado na Internet e por esses dias tem sido exibido na HBO.

Recomendo a leitura dos artigos abaixo que reúnem mais informações do filme, inclusive, detalhes de como foi construído junto a especialistas da área médica. São excelentes textos com vários detalhes que vale a pena conferir. E veja também o trailer logo abaixo.

Artigo de Rafael Battaglia/ Superinteressante - Leia AQUI

Artigo de Luiz Gustavo Vilela/ Gazeta do Povo - Leia AQUI

Artigo de Rui Maciel/ Canal Tech  - Leia AQUI 

Trailer "Contágio"





Fátima ChuEcco
Jornalista/Escritora

PENSE FORA DA CAIXA

Dianna ilustra a expressão “Pensar fora da Caixa” que vem do inglês “Think outside the box” e significa pensar de forma criativa, livre...