O que Amy Winehouse, Kurt Cobain, Jim Morrison, Jimi Hendrix, Janes Joplin e Brian Jones têm em comum além da música, é claro? Todos morreram de overdose ou consequência das drogas aos 27 anos de idade. É nesse enigma que em parte se baseia a peça Monalisa Underwear, que estreia dia 12 de abril no Teatro Cemitério de Automóveis (SP), num horário bastante sombrio também: sempre à meia-noite. No enredo, personagem feminina flerta com a morte e a ideia de perder a vida antes dos 28, assim como tantos ídolos do rock. A peça marca a estreia do jovem dramaturgo Guilherme Junqueira nos palcos, assinando texto e direção. Para compor as narrativas para o teatro, Junqueira cita duas referências: Nelson Rodrigues e Plínio Marcos. “Não se pode tirar uma pessoa do inferno, sem entrar no inferno dela também”, diz o renomado escritor, Lagash (Haroldo Costa Ferrari), personagem central da trama que, ao lado de Mona Hard (Lara Giordana), uma jovem diva underground (vocalista da banda Serpentes de Medusa), embarca numa viagem sombria entre delírios e fantasmas do passado. O texto revira vícios, paixões e o emaranhado de questões existenciais que assombra as personagens o tempo todo.
Monalisa Underwear
de Guilherme Junqueira
Temporada: de 12 de abril a 4 de maio
Sextas e sábados, meia-noite
Teatro Cemitério de Automóveis (Rua Frei Caneca, 384 – Bela Vista)
Ingressos: R$20 (meia-entrada: R$10)
Elenco: Haroldo Ferrari, Lara Giordana, Lu Vitaliano e Fred Steffen
Trilha original: Kas Dub
Cenografia e figurino: Osalquimistas
Operação técnica: Pablo Perosa e Ademir Muniz
Produção e fotografia: Gisela Schlögel
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