domingo, 7 de abril de 2013

DIA DO JORNALISTA – 7 DE ABRIL



Foto: alguns de meus trabalhos com Consulado da Austrália, Feira Revestir, 100 anos da Primeira Corrida de Automoveis da America Latina, Papai Noel do Banco Luso e Gorillas do Congo
DIA DE AGRADECIMENTO a todas as pessoas que me ajudaram a percorrer a carreira que desejei desde criança: diretores de redação que me abriram as portas, colegas de redação (muitos dos quais se tornaram amigos), fotógrafos e, claro, as fontes, personagens e entrevistados em geral que rechearam de emoção as histórias reais que narrei em jornais, revistas, TV e sites. Quando digo “CARREIRA QUE ESCOLHI DESDE CRIANÇA” não é exagero. Comecei aos sete anos de idade, recém-alfabetizada, escrevendo sobre os acontecimentos da minha rua como casamento, briga, acidente etc. Fazia cópias com papel carbono e distribuía nas casas vizinhas. Foi meu primeiro jornalzinho. Não passei por aquela dúvida sobre qual faculdade fazer. Sempre quis jornalismo. Era isso ou nada. 

                        Participando do Programa NetKids Superecológico para falar de gorillas

Mas não entrei na USP e precisei fazer universidade particular. Segurei as pontas no primeiro semestre com meu salário (era recepcionista), mas ficou insuficiente. Daí surgiu a PRIMEIRA PESSOA A QUEM AGRADEÇO. Meu namorado na época quis vender o carro para eu não ter que largar o curso. Ele tinha só 20 anos de idade, mas ganhou carro e moto do pai. Lembro que fiquei muito comovida, mas achei melhor não aceitar. Logo depois consegui crédito educativo e pude concluir a faculdade. No último ano do curso idealizei o jornal Preserv-Ação. Chamei colegas de classe, amigos e o namorado para realizar. Ficou lindo!

                                                             Jornal próprio Preserv-Ação

DEVO agradecimento também a JORNALISTAS VETERANOS com os quais convivi e sem os quais jamais saberia muito do que sei porque a faculdade não nos dá tudo, aliás, nos dá bem pouco perto do que a gente aprende com gente mais madura na profissão. Hoje as redações estão lotadas de estudantes e recém-formados - o que é uma pena para quem está começando. Recém-formados precisam de oportunidade, mas não podem dominar as redações. O IDEAL É mesclar a energia do pessoal novo com a maturidade profissional de veteranos. Infelizmente, muito empresário da comunicação está priorizando custos e não qualidade.

                           Com outras jornalistas (duas Anas) na Feira Revestir de 2008

Tive a oportunidade de trabalhar com jornalistas que me inspiraram e, as vezes, me puxaram a orelha. Agradeço aos jornalistas (geralmente diretores de redação) que me abriram a porta. Sempre fui do tipo que, literalmente, bate na porta. Sou até hoje. Batendo na porta entrei no SBT Repórter, no Correio Popular de Campinas, na Notícias de SC e no primeiro jornal que atuei: SÃO PAULO ZONA SUL. E aqui outro agradecimento: ao dono do jornal e seu filho que, embora tenha se assustado comigo num primeiro momento (era gótica e tinha bastante visual nessa época), abriu a porta e me deu uma mega-oportunidade de sentir o jornalismo na veia.

                          Com embaixador da Johnny Walker em evento dos 500 anos do whisky

Outra oportunidade fantástica foi no Diário de Osasco porque pude fazer várias matérias especiais. Aliás, fiz tb uma matéria sobre a explosão do Osasco Plaza porque estava dentro do shopping na hora do acidente. E pasmem: voltei na contramão pela saída de emergência porque esqueci minha agenda em cima da mesa da praça de alimentação. Pra quem não sabe, JORNALISTA TEM CERTA OBSESSÃO POR AGENDAS. E lá fui eu me arriscar pra recuperar a minha. 

Outro episódio interessante nesse jornal é que denunciei um juiz da vara de menores que tentava tirar dois irmãozinhos gêmeos de um casal que os adotou. O casal era muito humilde, mas amava os garotos e vice-versa. Bom, o juiz ficou louco da vida e quis processar o jornal. Fiquei angustiada e imaginei que ganharia uma bela de uma demissão. Mas o diretor de redação me surpreendeu ao dizer que eu devia ficar feliz, que uma consequência dessas é motivo pra se orgulhar e que valoriza o currículo. SERÁ QUE AINDA DIZEM ISSO AOS JOVENS JORNALISTAS?

                           No meio de famosas e anônimas em página da revista UMA

No Diário de SP também ganhei oportunidades incríveis de fazer MATERIAS EMPOLGANTES. Numa delas consegui transporte público para as crianças de um lugar nos confins da capital. Elas dependiam da carona de um trator para chegarem à escola. Dá pra acreditar nisso? Se chovia iam mesmo assim. Mas a matéria forçou a prefeitura a colocar imediatamente um ônibus escolar na região.  
 
Noutra ocasião, eu e um fotógrafo fomos investigar um matadouro de bodes clandestino. Prefiro não comentar a cena triste que vi. Eu me fingi de compradora. Depois nos escondemos e flagramos uma compra. A polícia foi acionada e o MATADOURO DESATIVADO. São coisas assim que deixam os jornalistas felizes. É quando a gente vê que uma matéria nossa fez efeito, ajudou pessoas, animais, colaborou pra melhorar as coisas.

          Meu trabalho sobre os gorillas do Congo mencionado no portal da ONU/Pnuma

Foram várias revistas e jornais e muita gente pra agradecer... inclusive nas assessorias de imprensa pelas quais passei e fiz amigos. E nos últimos anos portas se abriram no campo de jornalismo ligado ao ATIVISMO ANIMAL. Sempre escrevi contra rodeios, vivissecção, farra do boi etc, mas na ANDA tive mais espaço para isso (onde comecei escrevendo sobre gorilas que são minha paixão). Em outros veículos como as revistas Newton, Mãe Terra, Sete Dias com Voce e, atualmente, na MEU PET continuei tendo esse espaço e agradeço por mais essas oportunidades.

                            No Club Havana com o consul Mark Argar em evento do Consulado

Obrigada também a todos os MARAVILHOSOS FOTÓGRAFOS com os quais trabalhei no Diário de SP, no Diário de Osasco, no Correio Popular de Campinas, na Notícia ou esporadicamente em frilas. Muitas vezes o texto precisa de imagens para atingir e emocionar as pessoas. Muitas vezes a imagem fala por si só.

E, por fim, agradeço a todos os entrevistados... as fantásticas histórias de vida que pude narrar... as emoções passadas, o conhecimento compartilhado... JORNALISTA NÃO É NADA SEM SEUS PERSONAGENS REAIS. Podemos ter o dom da palavra, mas nada poderíamos fazer sem esse imenso universo de pessoas com suas experiências, dores, alegrias, invenções e sentimentos. Nesse Dia do Jornalista... agradeço a todos. Abaixo, matéria sobre minha trajetória publicada na revista Imprensa de 2009. Minha trajetória completa em www.fatimachuecco.com

                    

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