Foto: alguns de meus trabalhos com Consulado da Austrália, Feira Revestir, 100 anos da Primeira Corrida de Automoveis da America Latina, Papai Noel do Banco Luso e Gorillas do Congo
DIA DE
AGRADECIMENTO a todas as pessoas que me ajudaram a percorrer a carreira que
desejei desde criança: diretores de redação que me abriram as portas, colegas
de redação (muitos dos quais se tornaram amigos), fotógrafos e, claro, as
fontes, personagens e entrevistados em geral que rechearam de emoção as histórias reais
que narrei em jornais, revistas, TV e sites. Quando digo “CARREIRA
QUE ESCOLHI DESDE CRIANÇA” não é exagero. Comecei aos sete anos de idade,
recém-alfabetizada, escrevendo sobre os acontecimentos da minha rua como
casamento, briga, acidente etc. Fazia cópias com papel carbono e distribuía nas
casas vizinhas. Foi meu primeiro jornalzinho. Não passei por aquela dúvida
sobre qual faculdade fazer. Sempre quis jornalismo. Era isso ou nada.
Participando do Programa NetKids Superecológico para falar de gorillas
Mas não
entrei na USP e precisei fazer universidade particular. Segurei as pontas no
primeiro semestre com meu salário (era recepcionista), mas ficou insuficiente.
Daí surgiu a PRIMEIRA PESSOA A QUEM AGRADEÇO. Meu namorado na época quis vender
o carro para eu não ter que largar o curso. Ele tinha só 20 anos de idade, mas
ganhou carro e moto do pai. Lembro que fiquei muito comovida, mas achei melhor
não aceitar. Logo depois consegui crédito educativo e pude concluir a
faculdade. No último ano do curso idealizei o jornal Preserv-Ação. Chamei colegas de classe, amigos e o namorado para realizar. Ficou lindo!
Jornal próprio Preserv-Ação
Jornal próprio Preserv-Ação
DEVO agradecimento também a JORNALISTAS
VETERANOS com os quais convivi e sem os quais jamais saberia muito do que sei
porque a faculdade não nos dá tudo, aliás, nos dá bem pouco perto do que a
gente aprende com gente mais madura na profissão. Hoje as redações estão
lotadas de estudantes e recém-formados - o que é uma pena para quem está começando.
Recém-formados precisam de oportunidade, mas não podem dominar as redações. O
IDEAL É mesclar a energia do pessoal novo com a maturidade profissional de
veteranos. Infelizmente, muito empresário da comunicação está priorizando
custos e não qualidade.
Com outras jornalistas (duas Anas) na Feira Revestir de 2008
Tive a
oportunidade de trabalhar com jornalistas que me inspiraram e, as vezes, me
puxaram a orelha. Agradeço aos jornalistas (geralmente diretores de redação) que
me abriram a porta. Sempre fui do tipo que, literalmente, bate na porta. Sou
até hoje. Batendo na porta entrei no SBT Repórter, no Correio Popular de
Campinas, na Notícias de SC e no primeiro jornal que atuei: SÃO PAULO ZONA SUL.
E aqui outro agradecimento: ao dono do jornal e seu filho que, embora tenha se
assustado comigo num primeiro momento (era gótica e tinha bastante visual nessa
época), abriu a porta e me deu uma mega-oportunidade de sentir o jornalismo na
veia.
Outra
oportunidade fantástica foi no Diário de Osasco porque pude fazer várias
matérias especiais. Aliás, fiz tb uma matéria sobre a explosão do Osasco Plaza
porque estava dentro do shopping na hora do acidente. E pasmem: voltei na
contramão pela saída de emergência porque esqueci minha agenda em cima da mesa
da praça de alimentação. Pra quem não sabe, JORNALISTA TEM CERTA OBSESSÃO POR
AGENDAS. E lá fui eu me arriscar pra recuperar a minha.
Outro
episódio interessante nesse jornal é que denunciei um juiz da vara de menores
que tentava tirar dois irmãozinhos gêmeos de um casal que os adotou. O casal
era muito humilde, mas amava os garotos e vice-versa. Bom, o juiz ficou louco
da vida e quis processar o jornal. Fiquei angustiada e imaginei que ganharia
uma bela de uma demissão. Mas o diretor de redação me surpreendeu ao dizer que
eu devia ficar feliz, que uma consequência dessas é motivo pra se orgulhar e
que valoriza o currículo. SERÁ QUE AINDA DIZEM ISSO AOS JOVENS JORNALISTAS?
No meio de famosas e anônimas em página da revista UMA
Noutra
ocasião, eu e um fotógrafo fomos investigar um matadouro de bodes clandestino.
Prefiro não comentar a cena triste que vi. Eu me fingi de compradora. Depois
nos escondemos e flagramos uma compra. A polícia foi acionada e o MATADOURO
DESATIVADO. São coisas assim que deixam os jornalistas felizes. É quando a
gente vê que uma matéria nossa fez efeito, ajudou pessoas, animais, colaborou
pra melhorar as coisas.
Meu trabalho sobre os gorillas do Congo mencionado no portal da ONU/Pnuma
Foram várias
revistas e jornais e muita gente pra agradecer... inclusive nas assessorias de
imprensa pelas quais passei e fiz amigos. E nos últimos anos portas se abriram
no campo de jornalismo ligado ao ATIVISMO ANIMAL. Sempre escrevi contra rodeios,
vivissecção, farra do boi etc, mas na ANDA tive mais espaço para isso (onde
comecei escrevendo sobre gorilas que são minha paixão). Em outros veículos como
as revistas Newton, Mãe Terra, Sete Dias com Voce e, atualmente, na MEU PET
continuei tendo esse espaço e agradeço por mais essas oportunidades.
No Club Havana com o consul Mark Argar em evento do Consulado
No Club Havana com o consul Mark Argar em evento do Consulado
Obrigada
também a todos os MARAVILHOSOS FOTÓGRAFOS com os quais trabalhei no Diário de
SP, no Diário de Osasco, no Correio Popular de Campinas, na Notícia ou
esporadicamente em frilas. Muitas vezes o texto precisa de imagens para atingir
e emocionar as pessoas. Muitas vezes a imagem fala por si só.
E, por fim, agradeço
a todos os entrevistados... as fantásticas histórias de vida que pude narrar...
as emoções passadas, o conhecimento compartilhado... JORNALISTA NÃO É NADA SEM
SEUS PERSONAGENS REAIS. Podemos ter o dom da palavra, mas nada poderíamos fazer
sem esse imenso universo de pessoas com suas experiências, dores, alegrias,
invenções e sentimentos. Nesse Dia do Jornalista... agradeço a todos. Abaixo, matéria sobre minha trajetória publicada na revista Imprensa de 2009. Minha trajetória completa em www.fatimachuecco.com
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