quinta-feira, 11 de abril de 2013

THE END




O que dói mais que o fim de um amor? Mas era AMOR?
Não importa o q aconteça, agradeça tudo o vc pôde viver no seu último relacionamento. Algumas relações a dois (e tb de amizade) se desgastam ou, simplesmente, as pessoas deixam de ter motivos para continuarem juntas.Talvez, a essa hora, o amor q vc vivia até então tenha acabado e vc esteja se perguntando: “MAS PRA ONDE ELE FOI?”.

É preciso lembrar que algumas pessoas entram e saem de nossas vidas. Podem ficar por muito tempo, pra sempre ou bem pouco. Mas qdo não ficam o tempo q gostaríamos, um gosto amargo toma conta da boca e o corpo todo parece que vai entrar em colapso. Despencar de uma escada q era escalada com empolgação sempre machuca. E, além disso, tem a VERGONHA dos outros, especialmente da família e amigos próximos que, mais uma vez, torciam pra vc ser feliz no amor. 


A tendência é SUPERVALORIZAR O VASO QUEBRADO. Enquanto estava inteiro nem era assim tão vistoso, mas foi só quebrar pra se transformar numa obra de arte. Fica impossível lembrar os defeitos do outro. Ele vira príncipe, anjo, melhor homem do mundo e sua última oportunidade de ser feliz com alguém. Ganha megapoderes que, segundo vc, te fariam feliz pra sempre.

Tb é tendência achar que o último parceiro é o “THE BEST”. Sempre supera os anteriores. Mas se comparar friamente verá que há bastante “mais do mesmo” em todas as relações que teve.  Daí, pra justificar tamanha dor, é comum pensar: “Mas com esse tinha amor e compromisso”. Tinha?


Alguns homens fazem sexo com tanto FERVOR que as mulheres acreditam que é amor. Mas isso pode ser uma atitude meramente biológica. Muitos homens ainda carregam uma determinação muita forte e de origem primitiva que os faz “marcar” as namoradas como se estivessem marcando territórios. Querem deixar as parceiras impregnadas deles. Mas isso não tem nada a ver com amor.

Além disso, tem uma questão que pouca gente consegue entender... pelo menos no calor da separação. Vc AMA seu ex ou AMA a situação de namoro? Seu prazer, satisfação e gratidão estão mesmo ligados à essência daquele homem ou à situação de relacionamento fixo e gostoso que ele inseriu na sua vida? 


Nessas horas costuma surgir uma culpa bastante infantil: “Estraguei tudo!”. Vc se sente culpada por não ter conseguido “manter” o namoro com um cara tão maravilhoso. Será?

Quando tem que durar dura, não importa o que a gente faça. Quando um homem está muito interessado numa mulher, todos os defeitos dela viram “charminho”. Ele não implica com eles... mas acha graça.

Claro q a cada relação é bom ir corrigindo vícios de comportamento e atitudes inadequadas. É necessário ir se conhecendo e melhorando para não cair sempre na mesma situação de conflito a dois. Mas mesmo se corrigindo e evitando erros do passado, há de se levar em conta os anseios do outro. ALGUÉM PODE DESISTIR DE UM RELACIONAMENTO ATÉ MESMO QUANDO ELE ESTÁ BOM por uma razão íntima qualquer.


É preciso ser íntegro e não carregar relações meia-boca por medo de não aparecer outra ou de quebrar a cara de novo. É tb preciso prestar atenção se vc estava de fato amando seu namorado ou apenas a situação criada com ele que te dava a sensação de inclusão, de proteção e de preencher algumas carências.

Outra TENDÊNCIA comum é a pessoa, digamos, rejeitada, sentir que não tem valor.  Mas a verdade é que vc foi sim valorizada. Cada parceiro conheceu e apreciou suas qualidades, tanto, que firmou uma parceria com vc por algum tempo. Mas num dado momento, quis romper essa união e não cabe a vc ficar sondando as razões íntimas que o levaram a isso. PARCERIAS TB TERMINAM.

É muito importante sentir-se INTEIRA, sem aquela sensação de que te levaram uma parte do corpo ou da alma. AH... QUE BOM SERIA SE SERENIDADE VENDESSE EM FARMÁCIA. A gente poderia engolir uma pílula todo dia e tudo seria mais fácil. Assim, olharíamos para quem sai da nossa vida como alguém que apenas entrou no mesmo vagão que o nosso, sentou do nosso lado e numa determinada estação foi embora. Nesse momento, atentaríamos os olhos para o próximo passageiro que se sentasse do nosso lado.


Infelizmente, em geral, É COMUM entrar num turbilhão de emoções antagônicas. As pessoas querem continuar junto, beijar, se reconciliar e, ao mesmo tempo, esbofetear o outro até desmaiá-lo.

MAS O MELHOR A FAZER É NÃO FAZER NADA. O que vc faz quando um temporal te pega no meio da rua?  Vc busca abrigo e espera o temporal passar ou enfrenta a chuva gritando mais que os trovões?

A melhor coisa é relaxar e esperar a PRÓXIMA ESTAÇÃO de trem. O problema é: QUEM AGUENTA? A maioria puxa logo o gancho de emergência.  A maioria para o vagão e não deixa mais ninguém sair ou entrar. Cria-se pânico e desespero na estação.

É muito difícil lidar com a ambigüidade de emoções. A gente fica bem, mal, bem mal... CONFUSÃO MENTAL. De uma única pessoa começam a saltar várias: a chorona, a determinada a esquecer e dar a volta por cima, a revoltada que vai quebrar tudo, a magoada, a vítima, a superior q não se sente afetada, a estraçalhada...


RESULTADO: inércia ou, pior, agitação inadequada, catastrófica.
Daí pra frente, continuar vivendo parece a Guerra dos Cem Anos. E tudo isso por algo que talvez nem tenha nada a ver com amor.

Tb NÃO É FÁCIL levantar a cabeça imediatamente e pisar “duro” como se nada tivesse acontecido. Mas a sugestão é se reerguer com motivação saudável. REVOLTA E RAIVA não devem ser a força motriz para readquirir uma postura “ereta”. A gente tem q ficar em pé com a força da compreensão da situação, do amor que temos por nós mesmos e respeito a tudo de maravilhoso que nos cerca e que nos foi dado como ferramentas para vivermos cada vez melhor... não pior.... espiritualmente falando.

A força da serenidade e da paciência é que precisa nos reerguer. A força da clareza. A força da consciência de que “Hei! Vc ta inteira! Ninguém levou nenhum pedaço!”. E a força da gratidão porque ninguém entra na nossa vida por acaso. E cada pessoa que entra, ainda que saia, deixa algo precioso para nossa evolução espiritual.

Reflexões de Fátima ChuEcco




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