segunda-feira, 17 de agosto de 2015

NÃO PERCAM O EXPRESSO DO AMANHÃ


 
No dia 27 estreia nos cinemas esse genial filme que nos conduz a um futuro sombrio e frio, muito frio. É uma obra de arte e, na minha opinião, só perde para o último Mad Max (Estrada da Fúria) que é também um espetáculo de filme – o melhor do ano em produção e conteúdo. Em O Expresso do Amanhã um grupo de sobreviventes é obrigado a permanecer dentro de um trem dividido em alas para os pobres e para os ricos. A Terra sofreu com o aquecimento global e uma técnica para salvar o planeta deu errado fazendo gerar uma nova era glacial.
 
Assim, a réplica da vida na Terra, em suas diversas facetas, se repete dentro do trem.  Os motins reservam cenas inesquecíveis. À medida que um grupo de rebeldes avança para os vagões luxuosos em busca de comida decente e conforto, o filme vai ficando mais surpreendente, com cenários memoráveis e muito interessantes. São vários os personagens curiosos e que nos prendem a atenção. Um deles é um asiático que ajudou a montar a locomotiva – louco de pedra – que tem uma filha mais louca ainda e vidente.




Amontoados há anos sem sequer tomar banho e sobrevivendo com tabletes de uma pasta que nem sabem do que é feita, os residentes dos últimos vagões decidem que é hora de “tomar” a locomotiva e a aventura cheia de ação preenche duas horas de filme que passam num piscar de olhos. O trem não para. Ele é muito longo e atravessa as geleiras em velocidade extraordinária. Do lado de fora tudo congela. Só há vida nos vagões. Mas que vida é essa? Não tente adivinhar. Só mesmo da metade do filme em diante é que você vai descobrir as diversas realidades aprisionadas num único trem. Vida miserável? Vida sustentável? A cada vagão uma novidade.
 
O filme dirigido pelo sul-coreano Joon-ho Bong é uma produção que reúne Coreia do Sul, França, EUA e República Tcheca. Joon-ho ganhou fama e fãs com os filmes “Memórias de um assassino” e “O Hospedeiro”.  Sem dúvida, em O Expresso ele se mostra um diretor bem mais maduro e talentoso.  Destaque para a atriz Tilda Swinton que está ótima, creio que em seu melhor papel até hoje, mas irreconhecível. Tentem reparar nos detalhes, nos tons e se preparem para as cenas finais e, em especial, para a última cena – fabulosa!
 
 
 
 
 

 
 
 

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